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A maioria das pessoas está acostumada com dois sistemas que determinam o tipo de sangue de cada indivíduo: o sistema ABO (tipos A, B, AB e O) e o Rh (positivo ou negativo). Mas existem outros 42 grupos sanguíneos, e uma variação rara do grupo descoberto mais recentemente, o Er, pode ser a causa de algumas mortes de recém-nascidos e fetos pelo mundo.

Cientistas e médicos pesquisadores do departamento de sangue e transplante do NHSBT (Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido, na sigla em inglês) e da Universidade de Bristol descobriram recentemente outro sistema de grupos sanguíneos em humanos. Atualmente, a ISBT (Sociedade Internacional de Transfusão de Sangue, na sigla em inglês) identifica 43 classificações de sistemas de grupos sanguíneos em humanos: “(O) termo 'grupo sanguíneo' geralmente se refere à combinação individual de antígenos de superfície de glóbulos vermelhos (RBC). Os antígenos são locais específicos em diferentes proteínas (…) que formam partes da membrana RBC com as quais o sistema imunológico pode interagir”.

Agora deverá ser incluída na lista a classificação Er. Até o momento, existem os seguintes tipos sanguíneos desse grupo: Er a, Er b, Er 3, Er 4 e Er 5. Os dois últimos foram descobertos há pouco tempo; já os três primeiros existem há cerca de 30 anos, mas não foram categorizados em nenhum sistema conhecido.

Identificar corretamente os sistemas de grupos sanguíneos com base nos antígenos é importante para garantir doações e transfusões de sangue seguras. Isso explica por que o sistema imunológico de quem recebe a doação pode reagir violentamente ao sangue do doador se este transportar antígenos diferentes dos encontrados no próprio sangue, o que pode resultar até mesmo em morte.

Durante as décadas de 1980 e 1990, aconteceu essa incompatibilidade, mas não deveria. Dois fetos morreram porque o sangue deles era incompatível com o das mães, e isso desencadeaou uma resposta imune do corpo das mães contra os próprios bebês ainda não nascidos, e os levou à morte. Embora os médicos, naquele momento, percebessem que as mães carregavam um tipo de sangue ultrarraro, eles não conseguiram progredir efetivamente.

Entre 1982 e 2022, cientistas do NHSBT identificaram um total de 13 casos em que as amostras de sangue não se enquadravam em nenhuma classificação dos sistemas de grupos sanguíneos existentes. Isso os levou a estudar as características dessas amostras por meio de sequenciamento de DNA.

Os cientistas observaram que, em todas as 13 amostras, houve uma alteração específica na codificação do gene de uma proteína chamada Piezo1, o que levou a uma proteína alternativa encontrada na superfície das células sanguíneas desses indivíduos.

Ao usar o software de edição de genes para primeiramente remover e depois adicionar Piezo1 de volta à codificação genética das amostras, os pesquisadores concluíram que a proteína alterada nessas amostras de sangue era diferente de outros sistemas de grupos sanguíneos.

Com base nas diferentes alterações da proteína Piezo1, os pesquisadores identificaram cinco grupos diferentes no sistema: Er a, Er b e Er 3, que os cientistas já conheciam; e Er 4 e Er 5, duas variantes completamente novas.

O pesquisador da Universidade de Bristol e um dos principais autores do estudo, Timothy Satchwell, comemora o fato de a tecnologia estar sendo usada também em questões antigas, que ainda não tinham solução.

"As novas tecnologias podem ser combinadas com abordagens mais tradicionais para tratar de questões de longa data às quais foi impossível responder, por muitos anos", diz Satchwell.

A descoberta é essencial para entender com precisão as complicações decorrentes da incompatibilidade sanguínea do sistema Er. As implicações são imensas, e os médicos podem agora criar tratamentos exatos para evitar a morte de fetos em razão desse conflito.

Além disso, pode ser criado um repositório dessa amostra de sangue para uso em emergências.

R7

A meningite é uma inflamação (inchaço) das membranas protetoras que cobrem o cérebro e a medula espinhal. Uma infecção bacteriana ou viral do líquido que envolve o cérebro e a medula espinhal geralmente causa o inchaço. No entanto, lesões, câncer, certos medicamentos e outros tipos de infecções também podem causar meningite.

Ter meningite nem sempre significa que a pessoa tem doença meningocócica. Além disso, ter doença meningocócica não significa necessariamente que alguém tem meningite. Essa condição é qualquer doença causada por um tipo de bactéria chamada Neisseria meningitidis. Estas doenças são graves e incluem meningite e infecções da corrente sanguínea (septicemia).

É importante conhecer a causa específica da meningite porque o tratamento difere dependendo da causa. São tipos da doença:

Meningite bacteriana: causada por bactérias, pode ser mortal e requer atenção médica imediata. Vacinas estão disponíveis para ajudar a proteger contra alguns tipos de meningite bacteriana.

Meningite viral: causada por vírus, é grave, mas muitas vezes é menos grave do que a meningite bacteriana. Pessoas com sistemas imunológicos normais que têm meningite viral geralmente melhoram por conta própria. Existem vacinas para prevenir alguns tipos de meningite viral.

Meningite fúngica: causada por fungos, é rara, mas as pessoas podem obtê-la inalando esporos fúngicos do ambiente. Pessoas com certas condições médicas, como diabetes, câncer ou HIV, têm maior risco de meningite fúngica.

Meningite parasitária: vários parasitas podem causar meningite ou podem afetar o cérebro ou o sistema nervoso de outras maneiras. No geral, a meningite parasitária é muito menos comum do que a meningite viral e bacteriana.

Meningite amebiana: a meningoencefalite amebiana primária (PAM) é uma infecção rara e devastadora do cérebro causada por Naegleria fowleri, uma ameba microscópica de vida livre que vive em água morna e solo.

Meningite não infecciosa: às vezes, cânceres, lúpus eritematoso sistêmico (lúpus), certos medicamentos, lesão na cabeça e cirurgia cerebral podem causar meningite.

Os primeiros sintomas de meningite podem imitar a gripe (influenza) e podem se desenvolver durante várias horas ou durante alguns dias. Os possíveis sinais e sintomas em qualquer pessoa com mais de dois anos incluem: febre alta repentina; torcicolo; dor de cabeça severa que parece diferente do normal; dor de cabeça com náuseas ou vômitos; confusão ou dificuldade de concentração; convulsões; sonolência ou dificuldade em acordar; sensibilidade à luz; falta de apetite ou sede; erupção cutânea (às vezes, como na meningite meningocócica).

A meningite bacteriana é grave e pode ser fatal dentro de dias sem tratamento antibiótico imediato. O tratamento tardio aumenta o risco de danos cerebrais permanentes ou morte.

Também é importante conversar com um médico se um membro da família ou alguém com quem mora ou trabalha tiver meningite. A pessoa pode precisar tomar medicamentos para evitar a infecção.

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Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cancerologia (SBC), o tumor ósseo representa 2% das patologias oncológicas no Brasil, com uma incidência de aproximadamente 2,7 mil casos novos por ano. Os principais tipos de câncer ósseo são: Osteossarcoma - que é o mais comum-, o Condrossarcoma e por fim Sarcomas de Ewing.

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O tratamento geralmente é baseado na remoção cirúrgica do tumor e logo após, seguida ou em combinação com terapias como quimioterapia e radioterapia, entretanto elas acabam não sendo boas para o paciente, pois não só destroem o tumor maligno como também destrói células saudáveis, sendo assim um desafio para os cientistas, que buscam desenvolver terapias mais efetivas e menos agressivas.

Uma delas é a Hipertermia térmica, um tipo de terapia que consiste em aquecer as células cancerígenas há uma temperatura aproximada de 43°C, fazendo com que as proteínas delas sejam destruídas - já que são menos resistentes ao calor que a saudável-. Com isso os pesquisadores brasileiros, criaram um material compósito multifuncional formado por uma matriz de vidro bioativo com partículas magnéticas, na UFSCar (Universidade Federal de São Carlos).

A matriz vítrea, quando entra em contato com fluidos biológicos, tem a capacidade de regenerar o tecido ósseo, formando uma camada de hidroxicarbonato apatita - um mineral presente naturalmente no osso humano - e que é cristalizado entre o vidro e o tecido ósseo, permitindo a fixação do compósito ao osso.
A primeira autora do artigo, Geovana Santana, em entrevista para a "Veja", explicou que as partículas ao serem submetidas a um campo magnético externo são responsáveis pela produção de calor e viabilizam o controle da temperatura máxima alcançada.

"Nesse caso, o controle de temperatura é extremamente importante, uma vez que impede o superaquecimento local e, consequentemente, a destruição dos tecidos saudáveis adjacentes à área de tratamento". Ela ainda explica que no geral o oxido de ferro é o material mais utilizados nos estudos, entretanto a alta liberação do calor produzido é dificilmente controlada no interior do corpo "Torna -se uma desvantagem em relação as partículas magnéticas" finalizou Santana.

Na próxima etapa, os pesquisadores pretendem avaliar a toxidade do material, em culturas celulares e também otimizar o processo de geração de calor dos compósitos e assim estabilizar a temperatura.

O trabalho envolveu, as equipes do CDMF - Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais -, do CeRTEV -Centro de Pesquisa, Educação e Inovação em Vidros-. O vidro (matéria prima utilizada) foi cedido pela empresa VETRA–HighTech Biocerâmica, localizada em Ribeirão Preto. O trabalho com a descrição completa está no artigo publicado na revista cientifica "Materials". Doença silenciosa

O câncer ósseo é uma doença silenciosa e muitas vezes é diagnosticado em estágio avançado, o que dificulta os tratamentos. “O tumor inicia no próprio osso, músculo e articulação". Disse o médico ortopedista oncológico, Valter Penna em entrevista ao site do Hospital do Câncer UOPECCAN.

Ele ainda conta que o tumor pode ser resultado de metástase - que são tumores ósseos mais comuns - e que são provenientes de um câncer de outro órgão como mama, próstata e pulmão. De acordo com Valter, trata-se de uma doença genética e, por não possuir prevenção, seu diagnóstico precoce e correto se torna de extrema importância.

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Foto: X. Reprodução/Abificc

Já está no Brasil o primeiro lote importado de vacinas contra a Monkeypox, doença que é mais conhecida como varíola do macaco. Segundo o Ministério da Saúde, a remessa de 9.800 doses desembarcou na terça-feira (4) no Aeroporto de Guarulhos (SP).

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Cerca de 50 mil doses já foram compradas via fundo rotatório da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde). Os próximos lotes estão previstos para serem entregues até o fim de 2022. De acordo com o ministério, os imunizantes serão utilizados para a realização de estudos, conforme recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde).

“É importante ressaltar que as vacinas são seguras e atualmente são utilizadas contra a varíola humana ou varíola comum. Por isso, o estudo pretende gerar evidências sobre efetividade, imunogenicidade e segurança da vacina contra a varíola do macaco e, assim, orientar a decisão dos gestores”, informou a pasta.

A coordenação da pesquisa ficará a cargo da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) com o apoio da OMS e financiamento do ministério. O estudo foi discutido pela pasta, em conjunto com a Opas, pesquisadores e especialistas da área.

“O objetivo é avaliar a efetividade da vacina Jynneos/MVA-BN contra a varíola do macaco na população brasileira, ou seja, se a vacina reduz a incidência da doença e a progressão à doença grave. A população-alvo do estudo será formada por pessoas mais afetadas e com maior risco para a doença”, detalhou o ministério.

A pasta ainda informou que, inicialmente, os grupos a serem vacinados serão de pessoas que tiveram contato prolongado com doentes diagnosticados ou em tratamento com antirretroviral para HIV.

Ainda segundo o ministério, em breve serão divulgados quais centros de pesquisa serão incluídos “considerando as cidades com elevados números de casos confirmados da doença e a infraestrutura disponível para a condução do estudo”.

Agência Brasil

Foto: Rebecca Noble/Reuters