Neste domingo (21) o Brasil registrou 3.788 casos da Varíola do Macaco, superando o Reino Unido e a Alemanha. Segundo o boletim do ministério da saúde, os outros 4.175 casos são considerados suspeitos e aguardam o resultado do exame RT-PCR.

Os Estados Unidos é o país com mais casos da Varíola do Macaco até o momento com 14.594 diagnósticos positivos para a doença. Segundo o boletim mais recente do centro de controle de doenças, até a última quinta-feira (18) eram 5.792 pacientes que contraíram o vírus. Na última sexta-feira (19) a Agência Nacional de Vigilância (Anvisa) permitiu a aceleração da importação de medicamentos e vacinas contra a Varíola do Macaco, mas o Brasil ainda não tem registros para a liberação. Com isso, a agência determinou que os pedidos de importação sempre terão prioridade no processo de avaliação.

Segundo o pesquisador e professor universitário Amilcar Tanuri, chefe do laboratório de virologia molecular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a testagem ainda é insuficiente. O Brasil precisa ampliar a testagem dos casos suspeitos, incluindo a busca de diagnósticos para controlar o vírus que foi confirmado em humanos pela primeira vez em maio de 2022, aparecendo no Brasil um mês depois.

O pesquisador Amilcar Tanuri comentou que “Nós fizemos a estimativa no sentido que a gente teria que ter pelo menos uma taxa de positividade de 10%”. Significa que, a cada dez testes realizados nos hospitais, apenas 1 teria resultado positivo.Dados obtidos pela produção do SP1 junto com a secretaria Estadual de Saúde de São Paulo (SES-SP) mostram que a positividade entre a sociedade entre a população paulista desde o 1 ° de agosto de 2022 que foi mais de 34 % mais de três vezes.

Segundo o virologista e divulgador científico Atila Iamarino , o aumento da taxa de positividade é um indicativo de que o estado de São Paulo não tem realizado o suficiente para frear a circulação do vírus.

R7

Cientistas avançaram no desenvolvimento de um antibiótico que poderá ser um marco no enfrentamento de bactérias resistentes aos tratamentos hoje disponíveis.

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Pesquisadores da Sociedade Americana de Química (ACS, na sigla em inglês) criaram uma molécula, denominada fabimicina, que se mostrou capaz – em estudos iniciais – de tratar infecções agressivas causadas por mais de 300 bactérias resistentes a diversos antibióticos. Essas bactérias, conhecidas como Gram-negativas, de acordo com os CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças) dos EUA, podem causar quadros de pneumonia, infecções do trato urinário e da corrente sanguínea, por exemplo.

As doenças são difíceis de tratar devido ao forte sistema de defesa das bactérias, como as paredes celulares resistentes que mantêm a maioria dos antibióticos "do lado de fora".

Além do mais, os tratamentos disponíveis contra essas bactérias não são específicos e acabam eliminando também as chamadas bactérias boas, o que pode causar desequilíbrio na flora intestinal dos pacientes. “As bactérias resistentes a drogas representam talvez a maior ameaça à segurança global da saúde”, alertou o especialista em doenças infecciosas e presidente da Universidade da Califórnia em Irvine, Oladele Ogunseitan, ao site Healthline.

O novo medicamento promissor foi combinado a uma molécula capaz de se infiltrar nas defesas das bactérias resistentes e tratar as infecções, bem como manter as os micróbios que não trazem malefícios para o indivíduo.

Nos testes em camundongos com pneumonia ou infecção do trato urinário (em níveis iniciais ou baixos), a fabimicina teve um desempenho tão bom ou até melhor do que os antibióticos já utilizados, em doses parecidas, o que sugere que o tratamento poderá ser eficaz contra infecções persistentes.

“A fabimicina demonstra atividade em vários modelos de camundongos com infecção causada por bactérias Gram-negativas, incluindo um modelo desafiador de infecção do trato urinário”, informam os cientistas no artigo, publicado no periódico científico ACS Central Science.

Para eles, “o medicamento tem uma promessa translacional (que visa agilizar o teste em seres humanos), e sua descoberta fornece evidências adicionais de que os antibióticos podem ser sistematicamente modificados para se acumular em bactérias Gram-negativas e matar esses patógenos problemáticos”.

O especialista em doenças infecciosas Oladele Ogunseitan também afirmou ao Healthline que "a pesquisa para descobrir antibióticos eficazes está atrasada há muitos anos, então esse estudo é um grande passo na direção certa".

R7

Foto: Pixabay

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta segunda-feira (22) que as 50 mil doses de vacina contra a varíola do macaco (monkeypox) compradas pelo Brasil "não têm o poder de controlar esse surto" no país.

O quantitativo foi adquirido do laboratório dinamarquês Bavarian Nordic, por meio do fundo rotativo da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), e deve chegar ao Brasil em setembro. Cada pessoa recebe duas doses, o que significa que 25 mil brasileiros poderão ser imunizados.

"Essas vacinas estão aí para proteger os profissionais da saúde que lidam diretamente com material contaminado", declarou o ministro em entrevista coletiva.

Segundo Queiroga, não há necessidade de imunizar todos os profissionais de saúde porque "a grande maioria deles não lida com essa situação".

O ministro também afastou a necessidade de imunização em massa contra a varíola do macaco neste momento, ao dizer que o cenário epidemiológico não aponta nesse sentido.

Presente na coletiva, a representante da Opas no Brasil, Socorro Gross, acrescentou que o imunizante que está sendo usado globalmente como ferramenta para enfrentar o avanço da varíola do macaco foi desenvolvido para a varíola humana, uma doença já erradicada.

Por esse motivo, não houve testes de eficácia, mas se trata de uma vacina segura.

"A importância disso neste momento é que países que estão utilizando a vacina estão desenvolvendo evidências para identificar a efetividade para esta [doença], que é sim da família dos orthopoxvirus, mas é diferente."

Há indícios de que a vacina da Bavarian Nordic possa oferecer um grau de proteção contra a varíola do macaco. Mas ainda não se sabe qual é a eficácia e quanto tempo dura a imunidade.

A principal medida de prevenção para se proteger contra a infecção pelo vírus monkeypox é evitar o contato de pele, sobretudo com pessoas que estejam com a doença e tenham lesões cutâneas.

Socorro Grosso diz que, além disso, é necessário fazer o diagnóstico imediato e o isolamento de casos confirmados.

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A vitamina B12 é uma vitamina solúvel em água, o que significa que não é armazenada no corpo. É também uma vitamina considerada essencial que o organismo não pode fabricar sozinho. A B12 precisa ser consumida todos os dias e tem um papel importante na maioria das funções corporais, ajudando a criar células sanguíneas normais e manter a saúde das células nervosas.

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Essa vitamina também tem impacto fundamental na saúde do cérebro e do coração. A deficiência de B12 pode levar à anemia com os sintomas associados de fadiga, tontura e palidez da pele. Há também uma longa lista de sintomas que podem vir de uma falta dessa substância na dieta. Os sintomas incluem perda de apetite, formigamento ou dormência nas mãos, confusão mental, depressão, ataques de pânico, insônia e problemas de equilíbrio e caminhada.

Algumas condições fazem que uma pessoa seja suscetível à deficiência de vitamina B12. A idade, por exemplo, é uma delas. Os adultos mais velhos têm menos ácidos estomacais, o que contribui para que menos B12 seja absorvida no corpo. Quatro ou mais xícaras de café por dia diminuirão a quantidade dessa vitamina, assim como a ingestão regular de bebidas alcoólicas.

Certos medicamentos e antiácidos também prejudicam a manutenção da substância. Cirurgia ou distúrbios do estômago, ou intestinal também diminuem os níveis da vitamina, mais uma vez devido ao problema do ácido clorídrico. Vegetarianos ou veganos possuem baixos níveis de concentração de B12, pois a vitamina B12 é encontrada em alimentos de origem animal, como carne, peixe, ovos e laticínios. No que se refere à relação entre a COVID-19 e a vitamina B12, um estudo de 2020 realizado em Cingapura descobriu que os pacientes que receberam B12, além de seus tratamentos médicos, tiveram resultados significativamente melhores e tiveram sintomas menos graves de COVID-19.

Na pesquisa, 17% dos pacientes que receberam vitaminas B12 com vitamina D e magnésio precisaram de oxigenoterapia no hospital, em oposição a 61,5% dos pacientes que não receberam as vitaminas. No entanto, houve outros tratamentos não tradicionais contra o coronavírus que não tiveram tal eficácia comprovada. Alguns dos remédios utilizados – muitas vezes sem recomendação médica – como tratamento precoce incluem corticosteroides, vitamina D3, vitamina C de alta dose intravenosa, N-acetil cisteína (NAC) (aminoácido usado para tratar a asma), ivermectina (medicamento antiparasitário) e hidroxicloroquina com infusão de zinco.

Com a progressão da infecção por SARS-CoV-2, resultando em várias ondas mundiais e a falta de qualquer terapia antiviral eficaz contra o seu tratamento, as vitaminas estão sendo investigadas como uma fonte potencial para o desenvolvimento terapêutico antiviral.

O mais recente estudo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz revelou que o papel das vitaminas como suplementos de imunonutrição poderia ser implantado como suplementos potenciais para atenuar a gravidade da infecção pelo coronavírus.

Os resultados indicam claramente que a vitamina B12 tem interação justa com todos os alvos de remédios contra a COVID-19. Demonstrou forte efeito inibitório sobre os processos inflamatórios, de acordo com a análise de amostras sanguíneas de pacientes infectados e internados com as formas grave e moderada da doença.

A realização dos testes implica que a vitamina B12 poderia ser a molécula para encolher a virulência estimulando a produção de metil, uma substância capaz de combater genes de inflamação. Essas vitaminas identificadas podem ajudar eficazmente na gestão terapêutica de SARS-CoV-2 para impulsionar a imunidade inibindo o vírus que potencializa a inflamação pulmonar.

A pesquisa teve colaboração de profissionais da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e realizada em parceria com o Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro, em Belo Horizonte, onde foram recolhidas as amostras dos pacientes infectados e dos registros médicos primordiais para análise.

Leonardo Ferreira R7