Popularmente conhecido como derrame, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) é temido por vários brasileiros pelos seus graves efeitos, ele ocorre quando os vasos que transportam o sangue ao cérebro por diversas razões se rompem ou entopem, o que gera comprometimento do movimento dos membros e paralisia total, ele está entre as principais causas de morte e incapacidade em todo o mundo.
Apesar dos fatores já conhecidos que podem estar ligados ao aparecimento do quadro, os resultados de um novo estudo realizado por um grupo de pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos e publicados pela revista científica ‘Neurology’ podem acrescentar mais um fator de influência no surgimento do AVC.
Os pesquisadores analisaram os dados dos resultados de cerca de 48 estudos realizados na Europa, Japão, Austrália, Paquistão e América do Norte com cerca de 17 mil pessoas que já haviam sido acometidas com o derrame em algum momento da vida, a respeito do AVC isquêmico - tipo de Acidente Vascular Cerebral que ocorre com o entupimento de artérias e veias que atuam na irrigação de várias partes do cérebro, e genética.
Os dados foram cruzados com informações de cerca de 600 mil pessoas que nunca haviam desenvolvido a doença, com esse comparativo os cientistas chegaram à conclusão que as pessoas que possuíam o tipo sanguíneo A tinham predominância do aparecimento de AVC com 60 anos ou mais, ou que nunca tiveram o quadro.
Os resultados da pesquisa apontam que o risco de derrame precoce nessa parcela dos participantes do estudo foi 16% maior, já em relação aos indivíduos que possuíam o tipo sanguíneo O, o risco de desenvolver derrame foi 12% maior.
O estudo pode ajudar a tornar mais precisa a detecção e tratamento do Acidente Vascular Cerebral, mas serão necessários ainda mais testes e pesquisas para identificar o quadro com mais assertividade.
Parte da rotina de muitas pessoas, o café sempre acende uma dúvida: afinal, ele faz bem ou mal para a saúde? Um estudo recente, publicado no European Journal of Preventive Cardiology, procurou a resposta e descobriu que beber de duas a três xícaras de café por dia está associado a um aumento da expectativa de vida e a risco menor de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, em comparação com pessoas que não consomem ou evitam o produto.
"Neste grande estudo observacional, o café moído, instantâneo e descafeinado foi associado a reduções equivalentes na incidência de doenças cardiovasculares e morte por doença cardiovascular ou qualquer outra causa", disse o autor da pesquisa, Peter Kistle. Para ele, de agora em diante, o consumo leve e moderado do café deve ser considerado um estilo de vida saudável A pesquisa contou com 449.563 participantes, entre 40 e 69 anos de idade, livres de arritmias ou outras doenças do coração. Os cientistas examinaram a ligação entre os tipos de café e arritmias incidentes, problemas cardiovasculares (doença cardíaca coronária, insuficiência cardíaca congestiva e acidente vascular cerebral isquêmico) e até mesmo a morte.
Os voluntários preencheram um questionário em que contavam quantas xícaras de café bebiam por dia e qual o tipo que mais consumiam. A maioria dos voluntários declarou optar pelo instantâneo (44,1%), seguido do café moído (18,4%) e o descafeinado (15,2%).
Mais de 100 mil participantes, o equivalente a 22,4% do total, não bebiam café — o grupo serviu como comparação para a incidência de doenças No final, todos os tipos de café foram ligados a uma redução na mortalidade, independentemente da causa. A menor taxa foi observada em pessoas que consumiam de duas a três xícaras por dia, e os dados mostraram que, em comparação com aqueles que não bebiam café, o produto moído diminui o risco de morte em 27%, o descafeinado em 14% e o instantâneo em 11%.
Esses subtipos também foram associados a uma redução na incidência de doenças cardiovasculares, especialmente em quem opta por tomar de duas a três xícaras por dia. Em comparação àqueles que vivem com abstinência de café, a redução da probabilidade dessas doenças foi maior para o café moído (20%), acompanhado do instantâneo (9%) e descafeinado (6%).
No caso das arritmias, quando os voluntários que bebiam café foram comparados aos não bebedores, o grupo que consumia de quatro a cinco xícaras por dia de café moído e de duas a três xícaras diárias de café solúvel teve um risco menor de 17% e 12%, respectivamente, de desenvolver a condição Para Kistler, "a cafeína é o constituinte mais conhecido do café, mas a bebida contém mais de 100 componentes biologicamente ativos. É provável que os compostos não cafeinados tenham sido responsáveis pelas relações positivas observadas entre o consumo de café, doenças cardiovasculares e sobrevivência. Nossas descobertas mostram que beber pequenas quantidades de café de todos os tipos não deve ser desencorajado, mas pode ser apreciado como um comportamento saudável para o coração".
O agente imunológico é diretamente responsável por defender o corpo de invasores como fungos, vírus e bactérias. Ele é composto por células, tecidos e alguns órgãos. Por isso, o organismo deve estar com um bom funcionamento, para que o individuo não esteja suscetível a doenças. Exemplos de hábitos ruins, como o consumo excessivo de álcool, cigarro, má alimentação e ingestão de água, poucas horas de sono e muitos outros, podem ser agravantes da questão.
É importante ressaltar que uma dieta equilibrada com a manutenção de exercícios físicos e boas noites de sono é uma ótima forma de moldar sua rotina a favor de sua saúde. Mas a verdade é que a imunidade de toda uma sociedade caiu após a pandemia de covid-19. Pois com todos reclusos em casa, foi tornando-se mais difícil de manter a rotina como antes. As consequências de uma rotina não balanceada são resfriados, viroses, e talvez doenças ainda mais graves.
Segundo a médica Manuela Dowsley, da clínica Otorrino DF, “Os pacientes estão mais preocupados com isso, buscando orientações preventivas com profissionais de saúde ou investigando as razões para fraqueza, ou gripe constante, por exemplo. Estar atento a essas questões é importante, a preocupação com o sistema de proteção do nosso organismo deve ser constante”.
Para ter um sistema imunológico funcionando bem e para se livrar de qualquer mal-estar a melhor saída é melhorar seus hábitos diários, o que de início não é nada fácil, pois as pessoas se acostumam com as suas rotinas. É também indicado reforçar o consumo de alimentos antioxidantes, como frutas ricas em vitamina C, por exemplo. Mas com a perseverança as mudanças vão acabar se tornando hábitos de fato, sendo assim, indispensáveis em seu cotidiano.
Esses são os principais sinais de imunidade baixa:
– Infecções recorrentes, como amigdalites; – Doenças simples que demoram a passar, como gripes; – Cansaço excessivo; – Manchas vermelhas ou brancas na pele; – Queda acentuada de cabelos; – Unhas fracas.
A vitamina D virou umas das grandes preocupações das pessoas, principalmente após a pandemia, já que ela ajuda o sistema imune e só é produzida a partir da exposição ao sol, coisa que nem todos conseguiram fazer durante longo tempo de isolamento social o qual passamos.
Mas como saber se de fato estamos com deficiência do nutriente ou se é só uma preocupação que virou febre nesses tempos? A nutricionista funcional e esportiva da CliNutri, Thais Barca, explica os sinais mais comuns no caso de falta da vitamina. "Baixa imunidade, fadiga sem um motivo aparente, dores nas costas, dores como sensação de dor óssea, desânimo, desmotivação, apatia problemas na cicatrização e dor muscular são comuns."
A endocrinologista da SBEM-SP (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo), Marise Lazaretti Castro, diz ainda que existe uma consequência indireta que é a osteoporose.
"Uma das funções da vitamina D é aumentar a absorção do cálcio dos alimentos. Então, quando eu não tenho vitamina D, o cálcio dos alimentos não é aproveitado e o paratormônio [hormônio responsável por regular os níveis de alguns nutrientes circulando no sangue de um indivíduo] para manter o cálcio normal ele o nutriente do osso para manter o sangue sempre normal." "O calcentriol, que é a forma ativa da vitamina D, também pode agir em outros locais não somente nos ossos, como no cérebro, no coração, no pâncreas e na pele", afirma Thais. Outra característica que pode ser notada em pessoas com déficit desse nutriente é a reincidência frequente de infecções respiratórias.
"Quem tem muita infecção respiratória pode estar com deficiência. Claro que essa não é a única causa, mas a vitamina D é importante para que o sistema imune fique competente, para que tenhamos todas as competências do sistema imune funcionando", ressalta Marise. Deficiência é mais comum em idosos
A única forma do corpo produzir a vitamina D é pela exposição ao sol. Diferente de outros nutrientes, os alimentos não são capazes de oferecer o necessário para manter o indivíduo saudável.
Os produtos mais ricos em vitamina D são os peixes gordurosos de águas geladas, como o salmão e o atum. "Teríamos de comer todo dia um filé de um desses peixes e não fazemos isso, já que não é nosso hábito. Outros alimentos têm pouquíssima vitamina D e não são considerados fonte", orienta a endocrinologista.
As pessoas que têm mais chances de apresentar deficiência do mineral são idosos, obesos, quem não se expõe ao sol ou usa protetor solar o tempo todo, doentes, quem tem distúrbios de absorção intestinal, como os pós-bariátrico e pacientes com doenças inflamatórias intestinal.
As pessoas de pele escura – negros, indianos e árabes – também têm possibilidades maiores da deficiência na vitamina D, já que a melanina da pele funciona como 'protetor solar' natural. "Essas pessoas precisam de mais sol para produzir vitamina D, quando toma pouco sol a deficiência aparece. Isso porque a melanina, que é o pigmento escuro da pele, funciona como um filtro solar. Por isso que a pele do negro é linda, não envelhece e o sol não deteriora. Ao passo que os branquinhos a pele enruga muito mais fácil, porque o sol estraga", destaca Marise. Como é feito o diagnóstico?
Só os sintomas descritos acima não são suficientes para confirmar a necessidade da reposição. "É necessário fazer uma anamnese bem minuciosa para poder entender qual é a realidade desse paciente? O que que ele faz ou deixa de fazer durante o dia dele e isso vai ajudar a gente a entender melhor, quais são os sintomas que esse paciente tem", conta Thais.
Mas a confirmação vem só com a análise clínica. "É importante solicitar o exame de sangue para avaliar, aí juntamos os sintomas com o resultado bioquímico para poder fechar o diagnóstico de deficiência de vitamina D e qual reposição deve ser feita", complementa a nutricionista. Excesso de vitamina D
As necessidade fisiológicas variam de acordo com a idade. Nas criança são necessárias 400 unidades por dia e no adulto de 1.000 a 2.000 unidades por dia.
Todavia, diante da febre que virou a reposição da vitamina D, a endocrinologista ressalta que a superdosagem é altamente prejudicial à saúde.
"Atualmente me preocupa mais com o excesso do que com a deficiência da vitamina D. O excesso geralmente acontece por prescrição médica ou prescrição por algum profissional da saúde. Não tem intoxicação tomando essa vitamina D que tem na farmácia, disponível para venda livre, porque elas em geral são em doses pequenas, doses diárias", salienta Marise.
Doses maiores que as necessárias podem causar toxicidade e a pessoa pode ter fraqueza, náuseas, perda de apetite, dor de cabeça, dor abdominal, câimbra e diarreia.
"Se essa toxicidade for elevada, o paciente pode ter hipercalemia, que é o excesso de cálcio no sangue, e ele pode durar um bom tempo porque ele tem uma liberação lenta e também tem um acúmulo no tecido adiposo, isso pode causar uma contração anormal dos vasos no músculo liso levando ali uma hipertensão, por exemplo", alerta Thais.
A endocrinologista finaliza: "Esse conceito errado de que quanto mais melhor não tem não nenhum fundamento científico. Precisamos das doses fisiológicas normais. O pessoal dá 100.000 unidades por dia, com essa ideia de que vai melhorar a imunidade que vai evitar doenças autoimunes, é um absurdo."