Dentre os encontros promovidos pela segunda rodada do Campeonato Piauiense, um deles reunirá adversários que se conhecem tão bem. Na partida entre Parnahyba e Piauí, no próximo domingo, 2, não existem tantos segredos assim. Ao menos é o que prega o técnico do Enxuga Rato, Paulo Moroni, que arrisca o palpite para o jogo. Não se trata de um placar, mas algo mais importante para a montagem do time: o esquema tático que Jorge Pinheiro deve adotar no Tubarão.
Colocando na ponta do lápis, Moroni conhece muito bem as formações que o seu adversário pode adotar durante o jogo. Foi ele quem levou esse grupo por duas vezes ao título estadual nos últimos dois anos. Hoje, no comando do Enxuga Rato, ele tem a zaga da equipe bicampeã estadual.
- Bem, 20% eu tenho; eles têm 80% do plantel passado, ai você calcula – brinca.
- Eu acredito que, como vieram com três volantes, jogarão com dois volantes e três meias - arrisca o palpite.
Mas para falar em favoritismo, ele joga a responsabilidade para o adversário. As adaptações de gramado serão a maior desvantagem para a equipe da capital. Mesmo conhecendo o time, Paulo Moroni compareceu ao estádio Lindolfo Monteiro para vê a atuação do seu próximo adversário.
- O estilo de jogo, pelo que eu vi no domingo, não mudou não. Então vamos ter muito trabalho e dificuldade. A gente conhece, mas eles também conhecem a gente, então nesse quesito acho que vai ser tudo por igual vence quem se dedicar mais dentro de campo – afirma o técnico.
Mas nem por isso ele vai se fazer de rogado e não tentar nenhuma abordagem mais direta para surpreender o Tubarão em casa. Com a vitória em Teresina no primeiro jogo, o time agora busca fazer o resultado positivo fora de casa, mesmo com as adversidades em Parnaíba e do próprio time.
- Vamos tentar aprontar lá, tentar fazer com que esse favoritismo seja revertido. A postura mais tática de manutenção, fizemos o trabalho todo durante a semana e durou 15 a 20 minutos na primeira parte, depois desestruturou tudo e isso é fácil de corrigir se for mantido aquilo que foi trabalhado e a tendência é muito boa de isso ser melhorado – afirmou Paulo Moroni.
A partida entre Parnahyba e Piauí no domingo será às 16h, no Estádio Verdinho.
Depois da derrota na primeira rodada, é hora de mudança na equipe do Cori-Sabbá. Além da postura, o técnico Vanin quer um esquema tático diferente diante do próximo adversário. Alguns detalhes revelados e outros sob sigilo, pelo menos até os últimos dias de preparação. Mas uma coisa o técnico está convencido: o momento é de somar pontos.
Na segunda rodada, Cori-Sabbá e 4 de Julho fazem o duelo das equipes que precisam se recuperar no estadual. Ambas equipes vêm de derrota na primeira rodada. O Colorado foi goleado pelo Barras por 3 a 0, e o Alvinegro perdeu para o Flamengo-PI por 2 a 0 em casa. Agora é o momento das mudanças, e Vanin já começou pela lateral. A saída de Jorginho (foto) e a entrada de Marcelo Muniz é dada como certa.
- É uma questão de opção, pois o jogador vai passar até dez dias afastado para se condicionar fisicamente. O que eu desejo é contar com o Jorginho que conheço – esclareceu Vanin.
Sem aprovar os primeiros 45 minutos da equipe na partida contra o Flamengo-PI, Vanin é taxativo e afirma que não pode existir um Cori-Sabbá de um único tempo, embora tenha gostado da forma agressiva como seus comandados se comportaram no segundo tempo.
A forma como os jogadores passaram a treinar e como devem entrar no gramado da Arena Ytacoatiara foi definido pelo treinador. Sem apontar favoritos, o comandante afirma que atuar diante do Colorado em sua casa com a torcida de Piripiri marcando presença para incentivar o time será um desafio ainda maior para o Cori-Sabbá.
Não é porque perdemos o primeiro jogo que vamos entrar em campo de qualquer jeito. O campeonato está começando e temos que somar pontos principalmente jogando fora de casa – avisou o técnico.
A partida entre 4 de Julho e Cori-Sabbá acontece nesse sábado, 1º, às 18 horas, na Arena Ytacoatiara, em Piripiri.
Após dois dias de competição, passando por trilhas de litoral, sertão e serra, os participantes do Cerapió 2014 chegaram a Viçosa, no Ceará, na tarde dessa quarta-feira, 9. A cidade da Serra da Ibiapaba marca metade do percurso completado, além disso, começa definir os pilotos que brigarão pelo título nas principais categorias.
Entre os UTVs, modalidade mais recente do Cerapió, o domínio é piauiense. A dupla Leônidas Escobar e Peter Ferreira, de Teresina, lidera na categoria graduado. Anderson Gorgen e Audir Neto, de Balsas (MA), estão em segundo e são os principais concorrentes. Na prova de bikes, o resultado acumulado só é divulgado no último dia de competição.
Nos carros da categoria master, a principal da competição, José Augusto Sá Neto e Wellington Rezende, de Fortaleza, estão liderando até a segunda parte do trajeto. Entre os piauienses, destaque para a dupla Maycon Gomes Soares e Daniel Rocha Rodrigues, que estão em terceiro e vivos na briga pelo primeiro lugar.
Já nas motos, o atual bicampeão Guilherme Cascaes, de Santa Catarina, mostra que está em busca do tricampeonato e lidera. O piauiense mais bem colocado na master é Wesley Antunes de Macedo, de Caracol, no sul do Piauí. O piloto ocupa a sétima colocação. Na categoria executivo, o parnaibano Fredy Oliveira de Carvalho lidera. Já entre as motos-rally, que fazem o mesmo percurso que os carros, a liderança é do paraense André Luís Barbosa Furtado. Roberto Gayoso, o mais antigo competidor do Cerapió, está em quinto, sendo o piauiense mais bem colocado.
Nos quadriciclos, o atual campeão brasileiro Antônio Matos de Pinho Júnior, o Pezão, vem confirmando o favoritismo e lidera a prova na categoria graduado. O principal concorrente do maranhense é Francinei Souza Costa, de Fortaleza, que vem em segundo. Não há piauienses nesta categoria.
O mistério envolvendo o atacante Adriano e o Atlético-PR chegou ao fim no meio da tarde dessa quinta-feira, 30. Após dar um grande deslize, o atleta se reapresentou e, depois de uma reunião de duas horas, assinou um contrato de um ano. A novela entre o jogador e o time rubro-negro, nos últimos dias, parecia não ter um final feliz. O "sumiço" de nove dias deixou a diretoria bem irritada, após ter apostado em uma recuperação que tinha a tendência de dar muito certo.
Adriano chegou ao Atlético-PR no dia 3 de dezembro do ano passado, causando um grande impacto na mídia brasileira e mundial. Ao longo do mês, o atleta demonstrou através de várias fotos que estava focado e com o objetivo de retornar, de vez, ao futebol. O empenho e a vontade do atacante, sob o auxílio do preparador físico Moraci Sant'anna (saiu no início desta temporada), mostravam que a recuperação caminhava do jeito que ambas as partes desejavam. Essa experiência na parte física, inclusive, foi um dos fatores que trouxeram o craque ao CT do Caju.
O modelo de gestão do Atlético-PR, que recuperou atletas como Washington e Rhodolfo, além de ter uma política restrita à imprensa paranaense e estar longe do Rio de Janeiro, fora outros motivos pertinentes, ajudaram na chegada do jogador a capital paranaense. Todo o processo vinha caminhando bem e o combinado era de que, após as festas de final de ano, Adriano retornasse à Curitiba para seguir seu tratamento e conseguir a assinatura de contrato com o time que abriu suas portas.
A reapresentação, no dia 3 de janeiro, foi cumprida com êxito. Adriano apareceu no Centro de Treinamento, surpreendendo a todos que alertavam para uma “história com final conhecido”. A partir daí, a assinatura do contrato era questão de tempo.
O atacante teve seu contrato redigido e aguardava a presença do mandatário Mario Celso Petraglia para discutir os últimos detalhes de seu acerto. A expectativa era tanta que o atacante, que morava em um hotel no centro da cidade, resolveu definir sua residência na cidade ao alugar um apartamento entre a região central e oeste de Curitiba. E foi aí que começou a reviravolta no caso entre as partes.
Cumprindo seu papel e treinando no ritmo adequado, Adriano esperava a presença do dirigente para definir os últimos detalhes do acerto. Uma semana prometida passou, já que o presidente do Atlético-PR viajou à Europa. Na semana seguinte, que ficou para a definição, Petraglia retornou, mas teve que lidar com o risco da Arena da Baixada ser excluída da Copa do Mundo.
Assim, a decisão ficou para a próxima semana. O grupo principal, na terça-feira, recebeu folga e devia se reapresentar na quinta-feira. Adriano aproveitou para visitar o Rio de Janeiro e conhecer sua filha recém-nascida Lara. A volta demorou mais que o esperado.
No dia previsto, Adriano alegou que precisava registrar o nascimento de sua nova herdeira e retornava na sexta-feira. No dia determinado, cancelou e seu retorno ficou para a segunda-feira. Durante esse período em sua cidade natal, o atacante foi visto em festas em sua residência e casas noturnas já frequentadas pelo jogador.
A sua volta era aguardada para o início da semana seguinte, porém não aconteceu. O dia seguinte acabou irritando a cúpula do Atlético-PR e a direção estipulou até final da semana para receber o jogador.
Na quarta-feira, o atleta foi visto em uma churrascaria e nem deu atenção para o clube que o aguardava. Um dia após, finalmente, Adriano chegou a Curitiba e sua assessoria de imprensa, que alegava "não ter informações sobre os acontecimentos", divulgou que o atacante retornou na data acordada entre as partes.
Reunião
A volta de Adriano aconteceu no começo da tarde de quinta-feira. Após desembarcar no aeroporto Afonso Pena, o atleta foi se reunir diretamente com os dirigentes do Atlético-PR para ter uma conversa definitiva. Depois do encontro, tanto integrantes do clube quanto o próprio Adriano posaram para uma foto sorridente. Porém, o atacante chegou ao escritório de cabeça baixa e teve que escutar as considerações da direção rubro-negra em silêncio, no início.
Esse "sumiço", inclusive, foi determinante na negociação do contrato. Confiante em sua recuperação e evolução, o clube acabou adiando – sem intenção – a assinatura do contrato. Com a demora de nove dias de Adriano ao retornar, os detalhes discutidos se voltaram a favor do Atlético-PR.
Contrato
Adiado por três vezes, a assinatura do contrato acabou tomando outras diretrizes. No encontro desta quinta-feira, alguns detalhes foram estipulados entre as partes. O salário, a princípio, de R$ 80 mil acabou sendo reduzido. O valor não é confirmado, mas não ultrapassa de R$ 50 mil. A duração é de um ano e qualquer deslize de Adriano resulta em uma multa de R$ 10 mil para o atleta.
Dependendo da gravidade, o contrato pode ser rescindido imediatamente. Essa assinatura do contrato serve para Adriano se motivar. O principal motivo para ficar no Rio de Janeiro por quase 10 dias foi o fato de não ter tido nenhuma garantia de continuidade do tratamento, o que desanimou o atleta.
Além do valor mensal, Adriano também possui cláusulas que garantem um bônus por produtividade – ou seja, partidas, assistências e gols com a camisa rubro-negra. A promessa de trazer patrocinadores com sua chegada ao clube resultará em benefícios por um percentual que aumenta sua garantia financeira. O jogador ainda indicou alguns jogadores para reforçar o elenco.
A tendência é de que o clube oficialize a contratação até o final de semana – os quatro reforços até aqui tiveram, em média, a oficialização quatro dias após a divulgação da imprensa. Vale lembrar a política do clube em não dar espaço no dia a dia aos veículos de comunicação (com exceção da(s) emissora(s) com direitos de transmissão da competição disputada). O marketing do Atlético-PR estuda a possibilidade de Adriano ser apresentado à torcida antes do jogo de quarta-feira, às 22h, na Vila Capanema.
Libertadores
A pretensão do clube, que não teve Adriano inscrito na pré-Libertadores, é de que o atacante seja utilizado na fase de grupos. Para isso, o Atlético-PR precisa garantir a vaga vencendo o Sporting Cristal, ao menos, pelo placar mínimo na quarta-feira. Na ida, o resultado foi de 2 a 1 para a equipe peruana.
Mesmo que consiga o objetivo, a comissão técnica sabe que Adriano carece de um período para ter condição de jogo. O segundo turno na fase de grupos, por exemplo, é um plano traçado para utilizar Adriano. Apesar do contrato assinado, o Atlético-PR tem garantias caso o jogador "desista" de retornar ao futebol durante seu tratamento.