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Humor ruim, falta de concentração, falhas de memória, estresse e depressão: um cenário que qualquer um deseja evitar e que, embora não seja censo comum, muitas vezes, pode estar intimamente ligado à nossa nutrição. Acontece que a falta de vitamina B12, um dos nutrientes fundamentais para o corpo, pode impactar diretamente a nossa saúde mental e emocional.

Por outro lado, quando nossos níveis de vitamina B12 estão equilibrados, o cérebro recebe o suporte necessário para sintetizar de forma eficiente neurotransmissores como a serotonina e a dopamina, responsáveis pela sensação de bem-estar.

As consequências da falta de B12 Um estudo publicado na revista científica The Journal of Neuropsychiatry and Clinical Neurosciences demonstrou que a falta dessa cobalamina pode desencadear estresse, ansiedade e piorar o humor, a concentração e a memória.

Segundo a pesquisa, a deficiência de B12 é particularmente comum entre os idosos, com aproximadamente 40% deles apresentando níveis inadequados.

Os sintomas mais frequentes incluem apatia, irritabilidade, demência e até alucinações, que podem culminar em depressão.

Esse cenário se agrava com o avanço da idade, já que a capacidade de absorção da vitamina B12 diminui com o tempo.

Estima-se que um a cada 20 indivíduos com idade entre 65 e 74 anos apresente deficiência, enquanto em idosos com mais de 75 anos, essa prevalência sobe para um em cada dez.

Como a suplementação pode ajudar

Em ensaios clínicos, a suplementação de B12, muitas vezes combinada com outros nutrientes como o ácido fólico, mostrou melhorias significativas no humor e na função cognitiva de pessoas com deficiência.

Esses estudos reforçam a ideia de que a cobalamina não é apenas um nutriente para o corpo, mas também um componente fundamental para o equilíbrio emocional e a prevenção de distúrbios mentais.

Essa abordagem ressalta a importância de considerar a nutrição como parte de um tratamento holístico para questões mentais.

As principais fontes de vitamina B12 Carnes e fígado: o fígado de boi ou cordeiro é uma das fontes mais concentradas de B12, assim como outras carnes vermelhas magras.

Peixes e frutos do mar: salmão, atum, sardinha, truta, camarões, ostras e mexilhões são excelentes fontes desse nutriente.

Laticínios: leite, queijo e iogurte fornecem quantidades significativas de vitamina B12.

Ovos: a gema é particularmente rica em B12, contribuindo para uma dieta equilibrada.

Alimentos fortificados: para quem segue dietas veganas ou vegetarianas, cereais matinais, leites vegetais e outros produtos fortificados podem ser uma boa alternativa para suprir a necessidade diária de B12.

Quando suplementar a B12?

A suplementação de vitamina B12 é recomendada quando há indicação médica ou em situações específicas em que a dieta não fornece quantidades suficientes desse nutriente.

Na terceira idade também pode ser necessária a suplementação, já que sua absorção tende a diminuir com a idade.

Condições como gastrite atrófica, doença celíaca, ou cirurgia bariátrica podem afetar a absorção de B12, fazendo com que a suplementação também seja recomendada.

Em alguns casos, mulheres grávidas ou lactantes podem precisar de suplementação para garantir níveis ideais para si e para o bebê.

É importante sempre consultar um profissional de saúde ou nutricionista antes de iniciar a suplementação para que ela seja feita de forma segura e adequada às suas necessidades individuais.

Catraca Livre

O câncer de pâncreas é uma das formas mais letais e silenciosas da doença, com sintomas iniciais que muitas vezes passam despercebidos. De acordo com a American Cancer Society, cerca de 67 mil pessoas devem ser diagnosticadas com esse tipo de câncer nos Estados Unidos em 2025, com uma taxa de mortalidade alarmante, representando 8% das mortes por câncer no país.

Um dos primeiros sinais pode surgir nas pernas, na forma de trombose venosa profunda (TVP), caracterizada por dor, inchaço, vermelhidão e sensação de calor. Embora a TVP possa ter outras causas, em alguns casos ela está associada ao câncer de pâncreas. O risco maior ocorre quando um coágulo se desprende e atinge os pulmões, provocando embolia pulmonar — uma condição potencialmente fatal.

Outros sintomas precoces incluem fadiga persistente, fraqueza sem explicação, icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos), urina escura, fezes claras ou gordurosas e coceira na pele. Com a progressão da doença, é comum ocorrer perda de peso, falta de apetite e dores abdominais ou nas costas.

Além disso, o câncer pode afetar o fígado e a vesícula biliar, levando ao aumento desses órgãos. Em alguns pacientes, há ainda interferência na produção de insulina, o que pode resultar no desenvolvimento de diabetes.

Médicos alertam que, devido à semelhança dos sintomas com outros problemas menos graves, é fundamental buscar avaliação médica ao notar sinais como coágulos sem causa aparente, icterícia ou alterações digestivas. O diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de um tratamento eficaz.

PaiPee

Durante muito tempo, acreditou-se que o casamento era benéfico para a saúde cerebral. Mas uma nova pesquisa publicada na revista Alzheimer’s & Dementia está desafiando essa ideia. O estudo, conduzido pela Faculdade de Medicina da Universidade Estadual da Flórida, sugere que pessoas solteiras ou divorciadas podem ter menor risco de desenvolver demência, incluindo Alzheimer, em comparação com indivíduos casados.

casamento

Os pesquisadores analisaram dados de mais de 24 mil adultos americanos sem sinais iniciais de demência. Os participantes foram acompanhados por até 18 anos, o que permitiu uma avaliação aprofundada da relação entre estado civil e saúde cognitiva ao longo do tempo.

Casamento: proteção ou risco? Ao contrário do que se imaginava, os dados mostraram que solteiros e divorciados apresentaram menor risco de desenvolver demência em comparação com casados. No caso de viúvos, também foi observada uma tendência semelhante.

Os pesquisadores também notaram que solteiros têm menos chances de evoluir de um quadro de comprometimento cognitivo leve para demência.

Uma explicação possível para esse resultado curioso é o chamado viés de apuração: cônjuges tendem a perceber com mais rapidez os primeiros sinais de esquecimento e buscar ajuda médica, o que pode levar a diagnósticos precoces entre casados — e dar a impressão errada de que o risco é maior nesse grupo.

No entanto, todos os participantes do estudo faziam consultas médicas anuais, o que teoricamente igualaria as chances de detecção em todos os grupos.

Nem tudo é tão simples Os próprios autores destacam que a amostra utilizada, do Centro Nacional de Coordenação de Alzheimer (NACC), não reflete totalmente a população geral. A maioria dos participantes era branca, de maior renda e quase 64% estavam casados. Isso pode limitar a generalização dos resultados. Mesmo assim, o estudo é um dos maiores já feitos sobre o tema.

Mais do que o estado civil, o que parece pesar mesmo é a qualidade das relações afetivas. A ideia de que o casamento é sempre positivo para a saúde mental é simplista. Fatores como estresse conjugal, baixa satisfação no relacionamento ou isolamento dentro da própria relação podem anular possíveis benefícios. Por outro lado, solteiros ou divorciados com uma vida social ativa e laços afetivos saudáveis podem estar tão ou mais protegidos do declínio cognitivo.

Conexão emocional é o que importa

O estudo reforça a ideia de que apoio emocional, sensação de pertencimento e satisfação nas relações interpessoais podem ser mais determinantes para a saúde cerebral do que o simples fato de estar ou não casado.

Em outras palavras, o que realmente importa não é o status no papel, mas a qualidade dos vínculos que cultivamos ao longo da vida.

Catraca Livre

Foto: © PeopleImages/istock

Durante décadas, o omeprazol foi sinônimo de protetor gástrico e parecia inofensivo — um comprimido que muita gente tomava todos os dias antes do café da manhã. Mas o entendimento médico sobre ele mudou.

omeprazol

Assim como outros remédios do mesmo grupo, o medicamento interfere na acidez do estômago e no funcionamento do corpo.

"A tendência atual é evitar o uso desnecessário", explica Débora Poli, médica gastroenterologista do Hospital Sírio-Libanês.

O que é e por que pode ser problemático Esses medicamentos pertencem à classe dos inibidores da bomba de prótons (IBPs) — fármacos que reduzem a produção de ácido no estômago. Além do omeprazol, fazem parte da categoria o pantoprazol, esomeprazol e lansoprazol e similares. Embora eficazes, eles deixaram de ser vistos como soluções sem risco.

Quando foi lançado, o omeprazol representou um marco no tratamento de úlceras e refluxo.

“Os IBPs revolucionaram o manejo de doenças gástricas, mas o problema é que seu uso se banalizou. Com o tempo, o remédio saiu do consultório e virou rotina. Muitas pessoas começaram e nunca mais pararam, sem reavaliação — o que chamamos de inércia terapêutica”, diz Raphael Brandão, oncologista clínico e diretor da Clínica First. O alerta não é novo, mas ganhou força com estudos recentes. Segundo a gastroenterologista da Clínica Sartor e membro titular da Federação Brasileira de Gastroenterologia Karoline Soares Garcia, o uso prolongado do omeprazol pode reduzir a absorção de micronutrientes como ferro, magnésio, cálcio e vitamina B12. A carência desses nutrientes pode causar anemia, fadiga, cãibras e osteopenia.

Aumenta, ainda, o risco de infecção intestinal por Clostridioides difficile, uma bactéria que pode causar diarreia grave. Além disso, incentiva o supercrescimento bacteriano no intestino delgado (SIBO) e, segundo estudos observacionais, pode estar relacionado a doença renal crônica e fraturas.

“Esses riscos valem para toda a classe dos IBPs. Eles continuam sendo medicamentos eficazes, mas devem ser usados pelo menor tempo possível, sempre com acompanhamento médico”, acrescenta Garcia. Quando o uso é realmente indicado Apesar das restrições, os especialistas reforçam que o omeprazol continua sendo essencial em vários casos. “Ele tem papel importante no tratamento de refluxo gastroesofágico, gastrite, úlceras e infecção por Helicobacter pylori. Ainda é uma medicação de baixo custo e de grande utilidade”, explica Poli.

Há pacientes que precisam usar continuamente — como quem tem esôfago de Barrett, esofagite eosinofílica ou necessidade de gastroproteção por uso crônico de anti-inflamatórios.

“Nessas situações, o médico e o paciente avaliam juntos o risco-benefício”, afirma Poli. Quem pode trocar por novas opções Embora essencial em alguns casos, nem todos os pacientes precisam seguir com o omeprazol. Os médicos ressaltam que pessoas com sintomas leves, refluxo intermitente ou sem lesão visível no esôfago podem migrar para tratamentos mais brandos.

“Em quadros leves, é possível reduzir a dose, usar o remédio sob demanda ou trocar por bloqueadores H2, como a famotidina”, explica Brandão. Esses bloqueadores agem de modo diferente — atuam nos receptores de histamina no estômago — e, embora sejam menos potentes, provocam menos efeitos adversos a longo prazo.

Há ainda opções mais recentes, como os P-CABs (bloqueadores de potássio) — caso da vonoprazana, que tem ação rápida e duradoura. “Ela pode ser uma alternativa em pacientes que não respondem bem aos IBPs, mas ainda é cara e pouco disponível no Brasil”, observa Brandão.

A decisão de prescrever, de cortar ou de substituir o omeprazol deve ser tomada por um médico, e nunca sem supervisão.

Mudanças no estilo de vida fazem diferença Ainda segundo os especialistas ouvidos pelo g1, há, ainda, casos em que o refluxo pode ser controlado sem medicação.

“Perder peso, evitar deitar logo após comer, reduzir ultraprocessados, álcool e chocolate, e elevar a cabeceira da cama são medidas que funcionam de verdade”, diz Brandão.

Poli reforça que a rotina alimentar também conta: “Comer devagar, mastigar bem e respeitar os horários das refeições pode ser tão eficaz quanto o medicamento em quadros leves”.

Um novo olhar sobre um velho remédio Para os médicos, o movimento de “cortar o omeprazol” não é uma campanha contra o remédio, e sim uma tentativa de devolver o uso racional a um medicamento que foi, por muito tempo, usado sem critério.

“O omeprazol é um avanço da medicina moderna e tem seu valor, mas como qualquer medicamento, precisa de indicação, tempo e acompanhamento”, resume Karoline Soares Garcia.

G1

Foto: AdobeStock