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A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 55 milhões de pessoas vivem com algum tipo de demência, sendo a doença de Alzheimer a mais comum, atingindo sete em cada 10 indivíduos no mundo. Com o envelhecimento da população, os números preocupam: a Alzheimer’s Disease International projeta que os casos globais podem chegar a 74,7 milhões em 2030 e 131,5 milhões em 2050.

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No Brasil, dados do Ministério da Saúde apontam que aproximadamente 1,2 milhão de pessoas têm Alzheimer, com cerca de 100 mil novos casos diagnosticados anualmente. Entre eles, um grupo específico chama atenção: os pacientes jovens, que desenvolvem a doença antes dos 65 anos.

Segundo a neurologista Bianca Mazzoni, professora do curso de Medicina do Centro Universitário UniBH - integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil, o Ecossistema Ânima - o Alzheimer de início precoce pode surgir entre os 30 e 65 anos, sendo mais frequente à medida que o paciente se aproxima dos 65 anos. “A incidência estimada entre 45 e 64 anos é de 6,3 a cada 100 mil pessoas por ano, com uma prevalência de 24,2 a cada 100 mil. Então, não é algo muito comum”, afirma.

Dra. Bianca explica ainda que o Alzheimer precoce apresenta alterações cognitivas diferentes das vistas em pacientes idosos, afetando frequentemente linguagem, comportamento e função executiva. “Alguns pacientes podem ter manifestações motoras, mioclonias (contrações musculares rápidas, breves e involuntárias, semelhantes a espasmos), e até crises epilépticas. Além disso, a evolução costuma ser mais rápida, com progressão para dependência maior e até óbito”, diz.

A genética também desempenha papel relevante no diagnóstico: cerca de 10% dos pacientes jovens apresentam mutações em genes específicos associados à doença, configurando o chamado Alzheimer familiar autossômico dominante. “Nos jovens, temos uma relação genética mais forte do que nos pacientes idosos, que muitas vezes possuem fatores genéticos diversos e ambientais”, acrescenta.

Mazzoni revela ainda que os primeiros indícios em adultos jovens podem incluir alterações de linguagem, com dificuldade de nomear objetos e formar frases; mudanças comportamentais; dificuldades executivas, marcadas pela incapacidade de realizar tarefas anteriormente simples; déficit de memória, principalmente na formação de novas lembranças; e manifestações atípicas, como movimentos involuntários ou problemas motores. “É importante, porém, diferenciar lapsos de memória comuns, muitas vezes ligados à desatenção ou excesso de estímulos do dia a dia, de sinais que merecem investigação médica, especialmente quando familiares ou colegas percebem alterações”, alerta.

Diagnóstico, exames e tratamento

O diagnóstico da doença, conforme aponta Bianca, envolve descartar causas reversíveis e condições que possam se assemelhar ou camuflar o Alzheimer, como deficiências vitamínicas, alterações metabólicas, infecções (como sífilis ou HIV) e doenças estruturais ou inflamatórias do cérebro. Exames de imagem, como a ressonância magnética, e exames laboratoriais são fundamentais para uma confirmação precisa. “Em casos específicos, exames avançados, como PET para avaliação de proteína TAU e biomarcadores no líquor (beta-amiloide e proteína TAU), além de testes genéticos, podem ajudar no diagnóstico e no aconselhamento familiar.”

O tratamento, por sua vez, inclui medicamentos que melhoram temporariamente os sintomas cognitivos, como inibidores da acetilcolinesterase e a memantina, além de abordagens para sintomas comportamentais e depressivos. “O acompanhamento multidisciplinar é essencial, com fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e psicologia, tanto para pacientes quanto para familiares”.

Por fim, a neurologista destaca que embora o principal fator de risco no Alzheimer precoce seja o genético, a prevenção pode ser eficaz por meio de medidas voltadas ao controle de fatores cardiovasculares e da prática regular de atividade física, que têm se mostrado mais eficaz do que qualquer medicamento. “Evitar hipertensão, diabetes não controlado e manter um acompanhamento de saúde constante é fundamental. A atividade física regular – vale reforçar - é a intervenção com evidência científica mais consistente para prevenção”, finaliza.

Noticias ao Minuto

Foto: © DR

Outubro é o mês mundialmente dedicado à conscientização sobre o câncer de mama, uma das doenças que mais acomete mulheres no Brasil e no mundo. Instituído no país pela Lei nº 13.733/2018, o Outubro Rosa tem como propósito mobilizar a sociedade para a prevenção e o diagnóstico precoce, ampliando as chances de tratamento bem-sucedido e redução da mortalidade.

Segundo o Ministério da Saúde, a campanha busca incentivar a população, em especial as mulheres, a manter hábitos saudáveis, realizar exames de rotina e estar atenta aos sinais do corpo. Agora, o SUS oferece acesso à mamografia para mulheres de 40 a 49 anos, mesmo sem sintomas, em decisão com o profissional de saúde. Além da mamografia, o sistema público oferece exame clínico das mamas, ultrassonografia e outros exames complementares quando necessário.

Entre as principais orientações para reduzir os fatores de risco estão: manter uma alimentação equilibrada, praticar atividade física regularmente, evitar o consumo de álcool e tabaco e, quando possível, amamentar. Também é fundamental procurar atendimento médico diante de sinais suspeitos, como caroços nas mamas ou axilas, alterações na pele, no mamilo ou secreções anormais. Embora seja raro, o câncer de mama também pode acometer homens, por isso, qualquer alteração na região deve ser avaliada.

O câncer de mama, quando diagnosticado precocemente, tem altas chances de cura. Por isso, o Outubro Rosa é mais do que uma campanha: é um chamado coletivo para o autocuidado e para o fortalecimento das políticas públicas de saúde.

Ações no Hospital Universitário

Neste mês, o Hospital Universitário realiza várias ações de prevenção ao câncer de mama. O Dia D está previsto para ocorrer no dia 25 de outubro, ocasião em que serão realizadas palestras, consultas em mastologia e diversos exames, como: mamografia, preventivos de câncer de colo uterino, radiofrequência e histeroscopias diagnósticas. Os pacientes contemplados são oriundos da fila de espera do SUS e serão convocados pelo Hospital.

Ufpi

Uma em cada seis infecções bacterianas confirmadas em laboratório é resistente a tratamentos com antibióticos, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) na segunda-feira (13), pedindo que os medicamentos sejam usados de forma mais responsável.

antibioticos

A resistência aos antibióticos aumentou em cerca de 40% das amostras monitoradas, disse a agência de saúde da ONU em um relatório baseado em dados de mais de 100 países entre 2016 e 2023.

"A resistência antimicrobiana está ultrapassando os avanços da medicina moderna, ameaçando a saúde das famílias em todo o mundo", declarou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em um comunicado que acompanha o relatório.

"Precisamos usar os antibióticos de forma responsável e garantir que todos tenham acesso aos medicamentos certos, diagnósticos de qualidade garantida e vacinas."

Em nível global, a resistência aos antibióticos é diretamente responsável por mais de 1 milhão de mortes por ano. Embora as mudanças genéticas nos patógenos façam parte de um processo natural, a atividade humana, como o uso indevido e excessivo de antibióticos para controlar infecções em humanos, animais e plantas, está acelerando esse processo.

Os níveis mais altos de resistência a antibióticos estão em partes do sul da Ásia e do Oriente Médio, onde cerca de uma em cada três infecções relatadas é resistente, de acordo com a OMS.

Na África, a resistência ao tratamento de primeira escolha para alguns tipos de bactérias encontradas em infecções da corrente sanguínea, que podem causar sepse, falência de órgãos e morte, agora ultrapassa 70%, segundo a OMS.

Reuters

Foto: Adobe Stock

Humor ruim, falta de concentração, falhas de memória, estresse e depressão: um cenário que qualquer um deseja evitar e que, embora não seja censo comum, muitas vezes, pode estar intimamente ligado à nossa nutrição. Acontece que a falta de vitamina B12, um dos nutrientes fundamentais para o corpo, pode impactar diretamente a nossa saúde mental e emocional.

Por outro lado, quando nossos níveis de vitamina B12 estão equilibrados, o cérebro recebe o suporte necessário para sintetizar de forma eficiente neurotransmissores como a serotonina e a dopamina, responsáveis pela sensação de bem-estar.

As consequências da falta de B12 Um estudo publicado na revista científica The Journal of Neuropsychiatry and Clinical Neurosciences demonstrou que a falta dessa cobalamina pode desencadear estresse, ansiedade e piorar o humor, a concentração e a memória.

Segundo a pesquisa, a deficiência de B12 é particularmente comum entre os idosos, com aproximadamente 40% deles apresentando níveis inadequados.

Os sintomas mais frequentes incluem apatia, irritabilidade, demência e até alucinações, que podem culminar em depressão.

Esse cenário se agrava com o avanço da idade, já que a capacidade de absorção da vitamina B12 diminui com o tempo.

Estima-se que um a cada 20 indivíduos com idade entre 65 e 74 anos apresente deficiência, enquanto em idosos com mais de 75 anos, essa prevalência sobe para um em cada dez.

Como a suplementação pode ajudar

Em ensaios clínicos, a suplementação de B12, muitas vezes combinada com outros nutrientes como o ácido fólico, mostrou melhorias significativas no humor e na função cognitiva de pessoas com deficiência.

Esses estudos reforçam a ideia de que a cobalamina não é apenas um nutriente para o corpo, mas também um componente fundamental para o equilíbrio emocional e a prevenção de distúrbios mentais.

Essa abordagem ressalta a importância de considerar a nutrição como parte de um tratamento holístico para questões mentais.

As principais fontes de vitamina B12 Carnes e fígado: o fígado de boi ou cordeiro é uma das fontes mais concentradas de B12, assim como outras carnes vermelhas magras.

Peixes e frutos do mar: salmão, atum, sardinha, truta, camarões, ostras e mexilhões são excelentes fontes desse nutriente.

Laticínios: leite, queijo e iogurte fornecem quantidades significativas de vitamina B12.

Ovos: a gema é particularmente rica em B12, contribuindo para uma dieta equilibrada.

Alimentos fortificados: para quem segue dietas veganas ou vegetarianas, cereais matinais, leites vegetais e outros produtos fortificados podem ser uma boa alternativa para suprir a necessidade diária de B12.

Quando suplementar a B12?

A suplementação de vitamina B12 é recomendada quando há indicação médica ou em situações específicas em que a dieta não fornece quantidades suficientes desse nutriente.

Na terceira idade também pode ser necessária a suplementação, já que sua absorção tende a diminuir com a idade.

Condições como gastrite atrófica, doença celíaca, ou cirurgia bariátrica podem afetar a absorção de B12, fazendo com que a suplementação também seja recomendada.

Em alguns casos, mulheres grávidas ou lactantes podem precisar de suplementação para garantir níveis ideais para si e para o bebê.

É importante sempre consultar um profissional de saúde ou nutricionista antes de iniciar a suplementação para que ela seja feita de forma segura e adequada às suas necessidades individuais.

Catraca Livre