A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou nesta quarta-feira (16) uma proposta que obriga as farmácias a reterem receitas médicas no momento da venda de Ozempic e Wegovy, medicamentos usados em tratamento contra obesidade e diabetes.
Apesar de serem considerados remédios de tarja vermelha, o consumidor conseguia comprar os remédios sem prescrição médica. Com a nova regra, os farmacêuticos ficarão com o documento no ato da compra, visando um controle maior na comercialização dos produtos.
A aprovação da nova regra ocorreu durante reunião da Diretoria Colegiada da Anvisa. O tema tinha sido retirado de pauta no mês passado após o pedido de vista do diretor substituto do órgão, Rômison Mota. Na ocasião, ele ressaltou que o adiamento aconteceu devido a novas informações sobre os medicamentos em reuniões com fabricantes.
Na pauta desta quarta, Mota levou em consideração a análise da Gimed (Gerência de Inspeção e Fiscalização Sanitária de Medicamentos e Insumos Farmacêuticos), que identificou um número elevado de notificações de uso desses medicamentos fora da indicação aprovada, além da comercialização indevida de farmácias.
56% de brasileiros utilizam Ozempic para perda de peso Pesquisa do Instituto Datafolha realizada com 812 entrevistados em fevereiro de 2025 mostrou que 45% dos usuários de remédios como Ozempic já compraram esses medicamentos sem prescrição médica. Do percentual, 73% revelaram que não tiveram orientação médica, enquanto 25% passaram por algum profissional.
O levantamento também mostrou que 56% dos entrevistados utilizam o medicamento para perda de peso, sendo que desse percentual, 37% possuem IMC (Índice de Massa Corporal) considerado normal.
Medicamento pode causar efeitos colaterais O Ozempic ajuda a controlar o níveis de açúcar no sangue para pessoas com diabetes. Além disso, o medicamento em forma de caneta auxilia no emagrecimento ao aumentar a saciedade e reduzir a preferência por alimentos gordurosos ou doces.
Contudo, o medicamento pode causar efeitos colaterais intestinais, como prisão de ventre, náusea e vômito, que devem ser gerenciados sob orientação médica.
Preocupações excessivas, medo e sintomas físicos como batimentos cardíacos acelerados e suor. A ansiedade é uma resposta natural do corpo ao estresse e pode surgir em resposta a situações específicas percebidas como ameaçadoras ou desafiadoras. Mas, quando intensa e constante, pode se tornar incapacitante. Uma das formas de lidar com os picos de ansiedade e crises emocionais é utilizar técnicas de aterramento mental.
Essas estratégias simples ajudam a reconectar a mente ao momento presente e afastar pensamentos negativos e gatilhos emocionais. Há um crescente conjunto de evidências científicas de que essas técnicas podem ser eficazes no controle de uma crise repentina.
O que são técnicas de aterramento mental? As técnicas de aterramento (ou grounding) são práticas terapêuticas utilizadas para reduzir sintomas de ansiedade, estresse pós-traumático e dissociação. Elas atuam como uma âncora para a mente, trazendo o foco para o aqui e agora. O objetivo é interromper o ciclo de pensamentos ansiosos e devolver à pessoa uma sensação de controle e segurança.
Essas técnicas são especialmente úteis em situações de gatilho emocional, quando algo no ambiente — um som, cheiro, imagem ou até um pensamento — ativa lembranças traumáticas ou causa angústia súbita.
Técnica 5-4-3-2-1 Essa é uma das estratégias mais conhecidas e eficazes. Ela consiste em utilizar os cinco sentidos (visão, tato, audição, olfato e paladar) para trazer a atenção ao momento presente. A prática funciona como um botão de reinicialização mental. Ela não exige equipamentos, aplicativos ou ambientes específicos e pode ser feita em qualquer lugar.
Como aplicar a técnica:
5 coisas que você pode ver: olhe ao redor e nomeie mentalmente cinco objetos. 4 coisas que você pode tocar: sinta a textura de roupas, móveis ou objetos ao seu alcance. 3 coisas que você pode ouvir: foque nos sons do ambiente, como o canto de um pássaro ou o barulho do ventilador. 2 coisas que você pode cheirar: perfume, sabonete, uma xícara de chá. 1 coisa que você pode saborear: uma bala, um gole d’água, ou até mesmo sentir o gosto natural da sua boca. Visualização positiva Visualize um lugar onde você se sinta calmo, feliz e seguro. Pode ser a casa da sua infância, uma praia tranquila ou até mesmo um lugar fictício. Imaginar um espaço seguro pode efetivamente influenciar as emoções e o estado de espírito, ajudando a passar por um momento de tensão ou ansiedade.
Respiração consciente Controlar a respiração é uma forma simples e poderosa de reduzir a ansiedade. Ao respirar lenta e profundamente, o sistema nervoso parassimpático é ativado, o que promove relaxamento.
Como praticar:
Inspire pelo nariz contando até 4. Segure o ar por 4 segundos. Expire lentamente pela boca contando até 6. Repita o ciclo por alguns minutos. Afirmações positivas Lembretes gentis como “Estou seguro” ou “Isso também vai passar” podem ajudar a acalmar uma crise de ansiedade, mas, é bom adquirir o hábito de praticar esses tipos de afirmações regularmente para que sua mente se acostume a ouvi-las. Use-as quando estiver se sentindo relaxado e calmo ou pratique-as diariamente para aumentar seu bem-estar geral.
Observação do ambiente Outra técnica simples e eficaz é descrever mentalmente o ambiente ao seu redor, como se estivesse narrando uma cena para alguém que não está presente. Detalhe cores, formas, objetos e sons. Esse exercício redireciona o foco para fora da mente e reforça a consciência do momento presente.
O Ministério da Saúde fechou a compra de 57 milhões de doses da vacina contra a Covid-19. O contrato, assinado na última sexta-feira (11), assegura a continuidade da vacinação no país, com a oferta da versão mais atualizada do imunizante aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
As entregas serão feitas de forma parcelada, conforme a demanda e a adesão da população à vacinação. A primeira remessa, com 8,5 milhões de doses, deve chegar até maio deste ano. A previsão é de que mais de 15 milhões de doses sejam aplicadas ainda em 2025, com um investimento estimado em R$ 700 milhões.
A vacina será fornecida pela farmacêutica Pfizer e está destinada ao público a partir de 12 anos de idade, abrangendo adolescentes e adultos.
Inicialmente, a empresa Zalika seria responsável pelo fornecimento, mas teve a atualização do imunizante reprovada pela Anvisa. Com isso, a Pfizer, segunda colocada no processo, assumiu o fornecimento.
Contrato com validade de até dois anos A aquisição faz parte de uma ata de registro de preços concluída no fim de 2024, com validade de até dois anos. O acordo garante que todas as doses adquiridas estejam alinhadas às versões tecnológicas mais recentes e licenciadas pela Anvisa, conforme a necessidade do Ministério da Saúde.
Apesar do prazo estendido, os valores previstos na ata podem ser executados antes do tempo, caso haja necessidade e orçamento disponível. O objetivo é garantir abastecimento contínuo e com vacinas atualizadas, de acordo com o cenário epidemiológico do país.
Público-alvo e calendário de vacinação A vacinação contra a Covid-19 permanece prioritária para crianças menores de 5 anos, idosos, gestantes e grupos com maior vulnerabilidade, como pessoas imunocomprometidas, ribeirinhos, quilombolas e indivíduos com comorbidades.
O imunizante agora também integra o calendário vacinal nacional para gestantes e idosos. As gestantes receberão uma dose por gestação, enquanto os idosos receberão uma dose a cada seis meses.
Para os grupos especiais, a vacinação será periódica: a cada seis meses para imunocomprometidos, e anualmente para os demais. A aplicação estará disponível em todas as salas de vacinação do país.
Atualmente, 86% dos brasileiros já receberam pelo menos duas doses da vacina contra a Covid-19.
R7
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil - Arquivo