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Uma técnica que já conseguiu eliminar cânceres sanguíneos em pacientes terminais agora ganha outras perspectivas. Pesquisadores do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), nos Estados Unidos, associaram a terapia CAR-T a uma vacina e abriram a possibilidade de algo nunca realizado com sucesso até então: o tratamento de tumores sólidos por esse método.

tumor

A terapia CAR-T envolve o redirecionamento da atividade natural de uma célula de defesa do organismo, chamada de célula T, utilizando o receptor de antígeno quimérico (CAR, na sigla em inglês). Esse é o mesmo tratamento que, recentemente, eliminou um câncer terminal de um paciente brasileiro.

Diferentemente dos métodos mais usados nos tratamentos de câncer, como quimioterapia, radioterapia e imunoterapia, que são padronizadas, o CAR-T é modificado para cada paciente. É feita a coleta de células T do paciente, que são reprogramadas em laboratório para produzir em sua superfície os receptores quiméricos de antígenos. Essas moléculas são sintéticas, não existem naturalmente. Posteriormente, essas células são recolocadas no corpo do paciente, onde reconhecem e matam quaisquer células cancerígenas que abriguem o antígeno-alvo em suas superfícies.

O médico Renier J. Brentjens, do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, em Nova York, descreveu a terapia de células CAR-T como algo equivalente a "dar aos pacientes uma droga viva", pois ela vai orquestrar a resposta imune do paciente para que o próprio organismo elimine o câncer. As células CAR-T têm indicação neste momento somente para linfomas, alguns casos de leucemia e mieloma múltiplo.

O uso da terapia CAR-T sempre esbarrou em alguns obstáculos, uma vez que a identificação de antígenos que estão na superfície desses tumores, mas não em células saudáveis, não obteve sucesso.

As barreiras físicas que circundam tumores sólidos também podem ser um empecilho para que as células CAR-T infundidas no organismo consigam atingir o câncer.

O estudo, conduzido pelos cientistas do MIT e publicado nesta quarta-feira (5) na revista científica Cell, mostra que as células CAR-T associadas a uma vacina que aumenta a resposta das células T modificadas podem ser eficazes no tratamento de tumores sólidos.

No trabalho, os pesquisadores estudaram dois tipos de tumores: o glioblastoma (um câncer cerebral) e o melanoma (pele).

Os testes foram feitos em camundongos. A dificuldade continuou sendo encontrar os antígenos-alvo nas células tumorais. Mas, ainda naquelas em que eles estavam presentes em pequenas quantidades (50%), o tratamento conseguiu erradicar 25% dos tumores.

Já os tumores que expressavam 80% de antígeno direcionado pelas células CAR-T foram eliminados em cerca de 80% dos camundongos.

"Esse reforço da vacina parece conduzir um processo chamado disseminação do antígeno, no qual o próprio sistema imunológico colabora com as células CAR-T modificadas para rejeitar tumores nos quais nem todas as células expressam o antígeno visado pelas células CAR-T", explica em comunicado um dos autores do estudo, o professor Darrell Irvine, dos departamentos de Engenharia Biológica e de Ciência e Engenharia de Materiais do MIT.

A equipe de Irvine está otimista com os resultados e espera expandir as pesquisas para outros tipos de tumores e também em testes em humanos.

"Em princípio, isso deve se aplicar a qualquer tumor sólido em que você gerou uma célula CAR-T que poderia atingi-lo”, diz o professor.

R7

Foto: reprodução

Os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) demonstram que 40% da população sofrem com algum tipo de alergia, e, nas estações de outono e inverno, doenças respiratórias de causas alérgicas se tornam ainda mais frequentes, incluindo rinite, sinusite e asma. Com o inverno iniciado no Brasil em 21 de junho e com duração até 23 de setembro, o alerta fica para o aumento dos sintomas dessas enfermidades e a busca por atendimento médico. A reação alérgica consiste no contato do organismo com substâncias. Entre os tipos de alergia, eles podem ser motivados por animais, comidas, medicamentos e insetos.

Para a alergia respiratória, situações como o contato com os pelos dos animais (com as proteínas das glândulas salivares, sudoríparas e sebáceas que fixam no pelo do animal), mofo, pólen das flores e a presença de ácaros podem causar esse tipo de reação alérgica.

Com a alergia de insetos, certas pessoas com alergia podem apresentar sintomas após a picada de animais, incluindo abelhas, formigas, marimbondos e vespas através de substâncias nocivas.

Principais sintomas

Conforme a Unimed, os principais sintomas incluem inchaço, irritação cutânea causada por alimentos, coceira e a presença de inflamações na pele com a presença de bolhas e feridas. Outros sinais como vômitos, dores no abdômen e diarreia estão presentes no aparelho gastrointestinal.

No quesito respiração, coceira, coriza, dor no peito, espirro, sentimento de garganta fechada e tosse seca atuam como os principais sintomas.

Como evitar alergias cuidando do ambiente e com dieta de exclusão

Conforme estudos da Unicamp, com material baseado no IV Congresso Brasileiro sobre Rinites de 2017, algumas medidas são essenciais para evitar alergias cuidando do ambiente. Entre as atitudes, é importante que a casa receba uma boa ventilação e tenha contato com a luz do dia, os colchões e travesseiros devem ser cobertos com capas impermeáveis.

Entre os itens para evitar, o uso de tapetes, cortinas, carpetes, umidificadores e o acúmulo de livros, brinquedos e outros materiais que acumulam poeira no quarto são algumas atitudes fundamentais para o combate das alergias que afetam quase a metade da população mundial.

Para alergias de alimentos, evitar o contato com o produto é uma das formas de prevenção e tratamento, com uma dieta de exclusão para tratar a situação.

Para a picada de insetos, é fundamental buscar auxílio médico especializado, além da imunoterapia, que consiste na vacinação para a alergia.

No caso da alergia com medicamentos, a principal atitude para evitar a reação é não se automedicar, caso contrário complicações podem surgir por alergia a determinado medicamento.

3 min de leitura R7

Um artigo publicado no Journal of Functional Foods demonstrou que camundongos com alimentação suplementada com óleo de coco apresentaram alterações importantes no consumo alimentar, maior ganho de peso, comportamento ansioso e aumento de marcadores inflamatórios no sistema nervoso central, tecido adiposo e fígado. Os pesquisadores também observaram que a capacidade da leptina e da insulina (dois hormônios centrais para o metabolismo) de ativar mecanismos celulares responsáveis, por exemplo, pela saciedade e controle da glicemia estava prejudicada.

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Além disso, os mecanismos bioquímicos envolvidos com a síntese de gordura estavam estimulados. “Os dados sugerem que, embora o processo seja lento e silencioso, a suplementação com óleo de coco por longos períodos pode levar a alterações importantes no metabolismo que contribuem para o desenvolvimento de obesidade e comorbidades associadas”, afirma Marcio Alberto Torsoni, do LabDiMe (Laboratório de Distúrbios do Metabolismo) da FCA-Unicamp (Faculdade de Ciências Aplicadas da Universidade Estadual de Campinas). O LabDiMe é vinculado ao OCRC (Centro de Pesquisa em Obesidade e Comorbidades) — um Cepid (Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão) da Fapesp — e ao MPPM (Metabolic Programming and Perinatal Management Center) dos NIH (National Institutes of Health), Estados Unidos.

O consumo excessivo de gordura de origem animal está relacionado ao aumento no risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, além de obesidade e diabetes. Um dos componentes dessa dieta é o colesterol, mas esse tipo de gordura também apresenta AGS (ácido graxo saturado) na composição — popularmente conhecido como “gordura saturada”. Esses ácidos graxos são capazes de ativar processos inflamatórios, por meio de receptores conhecidos como TLR-4 (Toll Like Receptor-4), que podem levar ao desenvolvimento de doenças.

Os ácidos graxos saturados também podem ser obtidos de outras fontes, mesmo de origem vegetal, como é o caso do óleo de coco — no qual os AGS representam 90% dos lipídeos presentes. Embora parte importante desses lipídeos seja de AG pequenos, chamados de ácidos graxos de cadeia curta, a gordura saturada presente no produto tem potencial para ativar vias inflamatórias e causar danos em diversos tipos celulares.

“O consumo de óleo de coco como componente da dieta usual ou como suplemento alimentar aumentou muito na população”, diz Torsoni, que é doutor em biologia funcional e molecular, com pós-doutorados na Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp e na Universidade de Michigan (Estados Unidos). O problema é que, na maioria das vezes, esse consumo é realizado sem o acompanhamento de um nutricionista, que pode ajustar a inclusão diária desse lipídeo de acordo com recomendações individualizadas. Modelo experimental

Para verificar se o consumo diário de óleo de coco durante longo período poderia causar danos à saúde, o grupo de pesquisa empregou modelos animais — no caso, camundongos saudáveis que foram suplementados com óleo de coco diariamente. A dose diária em calorias oferecida durante oito semanas aos camundongos pode ser comparada ao consumo de uma colher de sopa, cerca de 13 gramas de óleo, ao dia. Essa dose equivale à suplementação de cerca de 5% na quantidade de caloria proveniente de gordura saturada da dieta de um indivíduo adulto com peso dentro da faixa de adequação para a idade.

Torsoni ressalta que o Guia Alimentar para a População Brasileira recomenda que o óleo de coco seja utilizado em pequenas quantidades, como parte de preparações culinárias para temperar ou cozinhar alimentos, preferencialmente aqueles in natura ou minimamente processados, dentro de um perfil balanceado de consumo seguindo os princípios da quantidade, qualidade, harmonia e adequação.

“Além disso, ele não é recomendado como suplemento para tratamento de doenças ou recuperação da saúde”, alerta o cientista, cujas pesquisas têm sido apoiadas pela Fapesp.

Agência Fapesp

Foto: Freepik/jcomp

Um estudo realizado por pesquisadores das Universidades de Bath e do King's College London, ambas na Inglaterra, concluiu que a idade em que uma pessoa recebe o diagnóstico de autismo não influencia sua qualidade de vida. Os resultados foram publicados na revista Autism.

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A pesquisa contou com a participação de 300 adultos com autismo. Eles relataram a idade em que receberam o diagnóstico, assim como informações como idade atual, sexo, etnia, status de relacionamento, status de vida, nível educacional, status de emprego, renda familiar e outras condições de saúde mental. Ainda, foi medido o nível de traços de personalidade autista dos participantes.

Para entender como o diagnóstico os afetava, eles responderam questões sobre a qualidade de vida, como “Até que ponto você sente que sua vida tem sentido?” e “Quão satisfeito você está com o apoio que recebe de seus amigos?”.

Os resultados mostraram que a idade em que os pacientes receberam o diagnóstico e sua qualidade de vida não tinham qualquer ligação. Ainda, foi medido o nível de traços de personalidade autista dos participantes.

Para entender como o diagnóstico os afetava, eles responderam questões sobre a qualidade de vida, como “Até que ponto você sente que sua vida tem sentido?” e “Quão satisfeito você está com o apoio que recebe de seus amigos?”.

Os resultados mostraram que a idade em que os pacientes receberam o diagnóstico e sua qualidade de vida não tinham qualquer ligação. "ser homem e ter problemas de saúde mental adicionais foi associado à má qualidade de vida. Essas observações destacam a importância de considerar estratégias de apoio específicas de gênero para ter um foco mais direcionado na melhoria da saúde mental das pessoas autistas, para melhorar sua vida", destaca Florence Leung, pesquisadora principal.

R7

Foto: Freepik/jcomp

 

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