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A Carretinha da Saúde já atendeu 915 crianças de 0 a 6 anos nas regiões Norte e Sul do estado na primeira semana de atuação do projeto. Os serviços iniciaram nos municípios de Luís Correia e Bom Jesus e fazem parte das ações desenvolvidas pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) por meio do Pacto Pelas Crianças. O Pacto tem por finalidade planejar e intermediar a implementação de políticas públicas transversais de cuidado com a Primeira Infância. São dois veículos que, no total, já realizaram 233 atendimentos na área da fonoaudiologia, 242 odontológicos e 440 oftalmológicos. Além das especialidades, o serviço também já prescreveu 97 óculos para crianças, que serão entregues gratuitamente pelo projeto. Os atendimentos acontecem nos turnos da manhã e tarde.

No município de Bom Jesus foram 526 crianças beneficiadas pela ação sendo 129 atendimentos na área de fonoaudiologia, 131 na área de odontologia e 266 na área da oftalmologia. Foram 52 óculos prescritos e 16 carteiras de vacina atualizadas.

"A atualização da carteira vacinal das crianças também é uma das ações que a Secretaria de Estado da Saúde vem desenvolvendo dentro do Pacto pelas Crianças por meio da Carretinha da Saúde", ressalta a superintendente de Atenção Primária à Saúde e Municípios, Leila Santos.

Em Luís Correia, a Carretinha da Saúde atendeu 389 crianças, sendo 104 atendimentos fonoaudiólogos, 111 odontológicos e 174 oftalmológicos. 45 óculos foram prescritos durante os atendimentos. A primeira unidade seguirá com os atendimentos no município de Bom Jesus até o próximo dia 13 de julho. Atualmente, a carretinha está recebendo as crianças dos municípios de Currais e Santa Luz. No dia 17 de julho, a carreta estará no município de Monte Alegre do Piauí para iniciar os atendimentos.

A segunda unidade da carretinha seguirá com os atendimentos na cidade de Luís Correia até o dia 18 de julho. No município, os atendimentos foram para as crianças residentes de Luís Correia e Cajueiro da Praia. No dia 20 de julho a unidade seguirá para Parnaíba, dando início a primeira etapa dos atendimentos na cidade.

“Temos recebido muitas respostas positivas das famílias e das crianças. Em uma semana já foram detectadas mais de 100 crianças com a necessidade de uso de óculos de grau, e nós estaremos entregando esses óculos para elas. Nos casos em que foram detectados problemas auditivos também serão encaminhados para fazerem o aparelho auditivo ou implante coclear. Cito o exemplo de uma criança com deficiência que necessitava de um óculos de 8 graus e a família não tinha conhecimento dessa necessidade. A Carretinha da Saúde está ajudando as nossas crianças a terem um diagnóstico precoce para que todas as medidas cabíveis sejam adotadas para que elas tenham uma vida mais saudável e feliz”, destaca a coordenadora do Pacto Pelas Crianças do Piauí, Isabel Fonteles.

O investimento estimado no serviço para este ano chega a quase R$ 1 milhão, valor que deve dobrar em 2024. Todo o recurso é do Tesouro Estadual.

Sesapi

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou nesta segunda-feira (20) uma lista de 934 pomadas capilares autorizadas a voltar ao mercado (veja abaixo).

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A decisão de proibir a venda de todas as pomadas para trançar, modelar ou fixar cabelos foi adotada em fevereiro devido ao número de relatos de eventos adversos graves notificados à agência, como irritação nos olhos e até cegueira temporária.

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A Anvisa ressalta que se trata de uma lista restrita e que a interdição continua para produtos que não estiverem citados no documento acima.

Segundo as investigações, a maioria dos produtos que causou efeitos adversos oculares graves apresenta altas concentrações da substância Ceteareth-20.

Por isso, a interdição segue para produtos que estejam nessa condição, "permitindo o retorno ao mercado de parte dos produtos que possuem essa substância abaixo da concentração de 20% em suas fórmulas", diz a Anvisa.

Desde o início do ano e como parte da investigação aberta para apurar o caso, a Anvisa já cancelou a autorização de 635 produtos por motivos como uso de ingrediente não autorizado ou fora do limite, ausência de declaração do responsável técnico da empresa e não apresentação de estudos e testes solicitados.

A agência diz que "continuará o monitoramento de todos os casos de efeitos adversos associados às pomadas capilares e agindo sobre aquelas que venham a ocasionar novos eventos".

Por que todas as marcas tinham sido proibidas?

Por precaução. A Anvisa tinha decidido suspender temporariamente a venda de todas as 3.154 marcas (nacionais e importadas) comercializadas no país diante do aumento de relatos de problemas de saúde causados pelas pomadas.

Alguns consumidores relataram queimaduras nos olhos ao entrar na piscina ou após tomar chuva, fazendo com que a pomada escorresse do cabelo para o rosto.

? Entre os eventos relatados por consumidores estão:

Cegueira temporária (perda temporária da visão); Forte ardência nos olhos; Lacrimejamento intenso; Coceira; Vermelhidão; Inchaço ocular; e Dor de cabeça.

'Dias sem enxergar'

Somente em Pernambuco, mais de 250 pessoas foram atendidas em PE por causa do uso dos produtos.

Em março do ano passado, o g1 noticiou o caso da manicure Josiane Reis de Souza, que ficou dias sem enxergar após ter usado uma pomada modeladora para trançar os cabelos no Rio de Janeiro.

Quando saí da piscina e começou a escorrer, a minha visão foi ficando toda esbranquiçada, tudo nublado, parecia que eu estava dentro de uma nuvem de fumaça. Durante a madrugada, já não conseguia mais enxergar. Tive que ir ao hospital porque meus olhos queimavam muito. Chegando no Hospital do Olho, o médico averiguou que a minha córnea havia sido queimada. — Josiane Reis de Souza ao relatar o que sentiu na época ao usar a pomada

A dona de casa Mayara Santana também passou por situação parecida. Ela disse que comprou uma pomada capilar em uma loja de cosméticos e usou o produto por conta própria.

"Usei a pomada para fazer tranças no cabelo. Por volta das 17h, começou a chover e eu senti um incômodo intenso, uma ardência muito grande nos olhos", contou

Orientações sobre o que fazer

Consumidores

Não use ou adquira esses produtos que não estiverem na lista da Anvisa. Se fez uso recente, lave os cabelos com cuidado, sempre lembrando de inclinar a cabeça para trás, para que o produto não entre em contato com os olhos. Em caso de contato acidental com os olhos, lave imediatamente com água em abundância. Em caso de qualquer efeito indesejado procure imediatamente o serviço de saúde mais próximo de você.

Profissionais, salões e comércio

Já no caso de profissionais que atuam em salões e comércio em geral, as orientações são:

Não utilizem os produtos que não estiverem na lista da Anvisa em nenhum cliente. O manuseio do produto também pode trazer risco aos aplicadores. Não comercialize esses produtos que estão fora da lista enquanto a medida estiver em vigor. Não existe determinação de recolhimento no momento, mas o produto que estiver fora da lista da Anvisa deve ficar separado e não deve ser exposto ao consumo ou uso.

G1 Bem Estar

Foto: divulgação

A gripe e a rinite são patologias muito comuns e acometem pessoas de diversas idades. Com sintomas muitas vezes semelhantes, pode ser difícil diferenciá-las em algumas situações.

Sendo mais comum nos meses mais frios, a gripe é uma doença causada por um vírus que pode ser transmitido de pessoa para pessoa. Em alguns casos, ela pode provocar sintomas intensos e consequências graves se não tratada de forma correta.

A rinite, por sua vez, é uma doença inflamatória nasal. Na maior parte dos casos ela é alérgica, gerando uma resposta exagerada do sistema imunológico ao entrar em contato com substâncias alérgenas. Além disso, ela ainda pode ser viral, medicamentosa e crônica.

Ambas as doenças afetam partes do sistema respiratório, e por essa razão podem provocar sintomas parecidos. Entretanto, é fundamental ter clareza no diagnóstico para que as medidas de tratamento e prevenção sejam adotadas.

Abaixo, você poderá saber mais sobre gripe e rinite, quais são seus sintomas e as diferenças entre ambas!

Índice - Neste artigo, você encontrará:

O que causa a gripe e a rinite? Sintomas Como é feito o diagnóstico? Tratamento Como prevenir gripe e rinite?

O que causa a gripe e a rinite?

O vírus causador da gripe é o Influenza, que se apresenta em várias versões. A infecção acontece após a transmissão por meio de secreções e gotículas de saliva expelidas em espirros, tosse ou ao falar

Por outro lado, a rinite alérgica é uma condição em que a mucosa nasal se torna sensível ao contato com alguns agentes externos. A hipersensibilidade estimula anticorpos que, por sua vez, provocam sintomas e geram uma inflamação na região, que pode ser sazonal ou contínua.

São vários os agentes que podem provocar a reação alérgica, tais como pó, ácaros, pólen, pelos, fungos, fumaça e cheiros fortes. A mudança brusca de temperatura também pode ser um fator de influência. Sintomas

A gripe e a rinite podem ter sintomas semelhantes, como coriza, espirros e obstrução nasal. Porém, a gripe apresenta outros sinais, geralmente com maior intensidade. Alguns deles são:

Tosse; Dores musculares; Dor de cabeça; Dor de garganta; Febre alta; Perda de apetite.

Em geral, esses sintomas têm duração de até 10 dias. Em casos mais graves, podem gerar algumas complicações, tais como otites, sinusites e broncopneumonias.

A rinite provoca alguns sintomas menos intensos, porém bastante incômodos e, por muitas vezes, duradouros. Os principais são a coceira em excesso no nariz e nos olhos, além dos espirros, congestão e coriza, sendo esse último com textura mais aquosa.

A duração pode ser curta, de apenas 1 ou 2 dias, ou longa, se estendendo por semanas. Algumas pessoas podem ainda apresentar dores de cabeça, inchaço na face e ouvir sons ao respirar. Como é feito o diagnóstico?

Para que a gripe seja diagnosticada, é preciso, primeiro, analisar os sintomas e então realizar exames laboratoriais. Os mais comuns são os testes rápidos de antígeno, também chamados de PCR-TR, que confirmam a presença do vírus no organismo.

Em alguns casos, podem ser solicitados exames que analisam o trato respiratório inferior, que verificam se houve agravamento nessa região. Um exemplo é a radiografia do tórax.

Já a rinite é detectada por meio de análise clínica, onde os sintomas são avaliados em conjunto com os possíveis agentes que estimulam a reação alérgica.

Apenas um(a) profissional é capaz de diagnosticar essas patologias, assim como orientar quanto ao tratamento. Um autodiagnóstico pode ser perigoso, já que essas doenças podem ser confundidas com outras que também possuem sintomas semelhantes. Tratamento

Após o diagnóstico de gripe, pode ser indicado um tratamento com medicamentos antivirais, além de outros que podem ser direcionados ao controle dos sintomas, tais como antitérmicos e analgésicos. Os cuidados também podem incluir repouso e hidratação.

Já a rinite alérgica é tratada, primeiramente, com a redução do contato com os agentes alérgicos. É possível associar essas medidas com o uso de medicamentos anti-histamínicos, que evitam a reação alérgica exagerada.

Existem, ainda, as injeções de dessensibilização, que são imunoterapias que contribuem para o aumento da tolerância do organismo diante de alérgenos. Como prevenir gripe e rinite?

O vírus causador da gripe pode ser transmitido por meio de gotículas de saliva e secreções nasais, seja pelo ar ou contato indireto. Assim, uma das formas de prevenção é a utilização de máscara em locais com aglomeração, além da higienização constante das mãos com água e sabão ou álcool em gel.

Também é indicado manter os ambientes bem ventilados, mesmo em dias frios, não compartilhar objetos pessoais e, quando possível, se manter em casa ao identificar sintomas da doença, para evitar que outras pessoas se contagiem.

Existem vacinas contra as principais cepas do vírus Influenza, causador da gripe, e elas são oferecidas pelo SUS para diversos grupos populacionais durante campanhas de vacinação anuais.

Alguns dos grupos de maior risco são idosos, crianças, pessoas com doenças pulmonares ou outros diagnósticos relacionados, e a vacinação é fundamental para reduzir as chances de contágio e agravamento da doença.

Para prevenir a rinite alérgica, é necessário, primeiro, identificar quais são as substâncias que despertam a reação alérgica no organismo. A partir daí, o ideal é que o contato seja minimizado, conforme possível.

Medidas simples, como manter os ambientes arejados, a casa e as roupas de cama sempre limpas e evitar utilizar utensílios domésticos que podem acumular agentes alérgenos, já podem ser de grande ajuda para evitar crises.

Tanto a gripe quanto a rinite são condições que podem causar vários incômodos, sendo a gripe perigosa, especialmente para grupos de risco. Diante de sintomas, é fundamental buscar uma orientação médica.

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Em um mundo onde os ultraprocessados — em sua maioria ricos em açúcar e gordura​ — estão presentes em abundância, a questão sobre como esses alimentos podem afetar o cérebro tem sido alvo de intensa pesquisa científica.

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Um estudo conduzido por cientistas do Instituto Max Planck de Pesquisa sobre Metabolismo, na Alemanha, publicado na revista Cell Metabolism em março deste ano, concluiu que alimentos com alto teor de gordura e açúcar mudam nosso cérebro. Segundo os pesquisadores, se consumirmos regularmente esse tipo de comida, mesmo em pequenas quantidades, nosso cérebro aprende a preferi-las no futuro. A atividade cerebral dos voluntários que participaram do estudo mostrou um aumento na resposta do sistema dopaminérgico, ligado à motivação e recompensa.

O sistema dopaminérgico está intimamente relacionado ao vício em drogas — e, ao que tudo indica, também a alimentos não saudáveis. A dopamina é um neurotransmissor que desempenha um papel fundamental na sensação de prazer e recompensa.

Quando uma pessoa usa drogas, substâncias químicas são liberadas no cérebro, ativando o sistema dopaminérgico e causando uma sensação intensa de prazer.

Com o uso repetido e contínuo das drogas, o cérebro passa a associar essa sensação de prazer com o consumo da substância. Isso leva a uma busca compulsiva pela droga, mesmo que cause danos físicos, emocionais ou sociais.

Dessa forma, o sistema dopaminérgico desempenha um papel crucial na formação do vício e na dificuldade de se livrar dele.

Outros trabalhos realizados nos últimos anos revelaram descobertas intrigantes sobre como o consumo de doces e gorduras pode alterar nosso cérebro e influenciar nossos hábitos alimentares, em alguns casos estimulando um comportamento cerebral vicioso, semelhante ao de dependentes químicos.

Uma revisão de estudos realizada por pesquisadores do Oregon Research Institute, em 2011, também destacou a variabilidade na resposta do sistema dopaminérgico a estímulos alimentares, como doces e alimentos gordurosos.

Por meio do uso de imagens cerebrais, os cientistas observaram que indivíduos com obesidade tendem a apresentar maior ativação em áreas de recompensa cerebral ao serem expostos a alimentos palatáveis.

Em outro estudo pioneiro, publicado na revista Neuron em 2003, foi utilizada a ressonância magnética funcional para investigar as respostas cerebrais à intensidade e à valência afetiva de soluções doces.

Os pesquisadores descobriram que diferentes áreas do cérebro são ativadas em resposta à intensidade do sabor doce e à sua valência emocional, evidenciando que o cérebro processa essas informações de maneira distinta.

A maneira pela qual alimentos palatáveis, como muitos ultraprocessados, atuam no cérebro também tem sido objeto de investigação.

Em um artigo na revista Nature Reviews Neuroscience, o pesquisador Paul J. Kenny destaca que existem mecanismos celulares e moleculares compartilhados entre a obesidade e o vício em drogas.

"Alimentos saborosos e drogas de abuso podem desencadear adaptações moleculares comuns nos sistemas de recompensa do cérebro, incluindo aumentos no fator de transcrição ΔFosB. Essas respostas neuroadaptativas provavelmente contribuem para o desenvolvimento da obesidade e do vício", escreveu o autor.

Esses estudos oferecem importantes evidências sobre como o cérebro responde aos doces e gorduras.

No entanto, é importante ressaltar que mais pesquisas são necessárias para uma compreensão completa desses processos.

Entender como os alimentos afetam o cérebro pode fornecer informações importantes para o desenvolvimento de estratégias eficazes de prevenção e tratamento da obesidade e distúrbios relacionados à alimentação.

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