O Hospital Emílio Ribas, da SES-SP (Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo), em parceria com a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), passa a recrutar, a paritr desta terça-feira (29), voluntários para um estudo sobre a eficácia da vacina contra a mpox. A análise visa entender a incidência da infecção entre pessoas que receberam ou não o imunizante, assim como o tempo de recuperação entre os dois grupos.
A vacina em questão já é autorizada pela Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) e já foi aplicada em pequena parte da população, sendo agora objeto de estudo para comparação da eficácia.
Para a aplicação, os voluntários deverão passar, obrigatoriamente, por uma avaliação das equipes médicas e de enfermagem do estudo, e precisarão atender aos requisitos de que tenham tido contato íntimo com indivíduos com diagnóstico suspeito, provável ou confirmado de mpox no intervalo entre 4 e 14 dias. Profissionais de saúde que acidentalmente tenham ficado expostos a amostras biológicas de pacientes diagnosticados com mpox também poderão receber a vacina.
As instituições destacam que o contato íntimo deve ter ocorrido com a pele, mucosas ou fluídos corporais de pessoas com sintomas de mpox.
Pessoas que já foram infectadas ou que tiveram contato íntimo com os pacientes há mais de 14 dias não poderão receber o imunizante. No entanto, poderão contribuir como voluntários do grupo de não vacinados.
Segundo a infectologista do Emílio Ribas, Ana Paula Rocha Veiga, investigadora principal do estudo, o acompanhamento será feito durante 12 semanas, de forma remota. Serão necessárias apenas três visitas presenciais à Unidade de Pesquisa do Emílio Ribas, com exames como coleta de sangue.
ara a maioria das pessoas comuns, a poluição atmosférica é mais perigosa do que o tabaco ou o álcool, e a ameaça é pior no Sul da Ásia, o seu epicentro global, apesar das melhoras registadas na China, afirma um estudo divulgado nesta terça-feira (29).
Apesar deste cenário, o financiamento para enfrentar este desafio é uma fração do destinado ao combate às doenças infecciosas, segundo uma pesquisa do Epic (Instituto de Política Energética da Universidade de Chicago).
O seu relatório anual sobre o AQI (Índice de Qualidade do Ar) mostrou que a poluição atmosférica por partículas finas — procedentes de emissões de veículos e industriais, incêndios florestais, etc. — continua sendo a "maior ameaça externa à saúde pública". Se o mundo reduzisse permanentemente estes poluentes até o limite estabelecido pela OMS (Organização Mundial de Saúde), a expectativa média de vida de uma pessoa aumentaria 2,3 anos com base em dados coletados até 2021.
As partículas finas estão associadas a doenças pulmonares, cardíacas, derrames e câncer. Em comparação, o consumo de tabaco reduz a esperança de vida mundial em 2,2 anos, enquanto a desnutrição infantil e materna é responsável por uma redução de 1,6 ano.
A Ásia e a África suportam a maior carga devido a infraestruturas mais fracas e fundos mínimos para enfrentar a poluição atmosférica. Toda a África recebe menos de US$ 300 mil (R$ 1,4 milhão na cotação atual) para esse fim.
"Há uma profunda desconexão entre onde a poluição do ar é pior e onde, coletiva e globalmente, estamos mobilizando recursos para resolver o problema", disse Christa Hasenkopf, diretora de programas de qualidade do ar do Epic.
Embora exista uma associação financeira internacional chamada Fundo Global que investe US$ 4 bilhões (R$ 19 bilhões na cotação atual) por ano no HIV/aids, na malária e na tuberculose, não existe nenhum fundo equivalente para a poluição atmosférica.
"No entanto, na República Democrática do Congo (RDC) e nos Camarões, a poluição atmosférica encurta mais anos de vida de uma pessoa média do que o HIV/Aids, a malária e outras ameaças à saúde", afirma o relatório.
O Sul da Ásia é a área mais afetada em todo o mundo. Bangladesh, Índia, Nepal e Paquistão são, nessa ordem, os quatro países mais poluídos pelas suas médias anuais de partículas finas, que são detectadas por satélite e são definidas como partículas com diâmetro inferior a 2,5 mícrons (PM2,5).
As concentrações de poluição são então incluídas no índice AQI, que mede o impacto na expectativa de vida.
Os habitantes de Bangladesh, onde os níveis médios de PM2,5 eram de 74 microgramas por metro cúbico, ganhariam 6,8 anos de vida se fossem reduzidos aos 5 microgramas por metro cúbico estabelecidos pela OMS.
Deli, a capital da Índia, é "a megalópole mais poluída do mundo", com uma média anual de 126,5 microgramas de partículas por metro cúbico.
A China "fez progressos de destaque em sua guerra contra a poluição atmosférica" que começou em 2014. A poluição caiu 42,3% entre 2013 e 2021. Se esta tendência continuar, cada chinês poderá viver mais 2,2 anos.
Nos Estados Unidos, regulamentações como a Lei do Ar Limpo ajudaram a reduzir a poluição em 64,9% desde 1970, o que aumentou a esperança de vida dos americanos em 1,4 ano.
Mas a crescente ameaça de incêndios florestais – associada às temperaturas mais elevadas e à menor quantidade de água devido às mudanças climáticas – aumentaram a poluição atmosférica no oeste dos Estados Unidos, América Latina e Sudeste Asiático.
Por exemplo, na temporada de incêndios florestais de 2021 na Califórnia, o Condado de Plumas recebeu uma concentração média de partículas finas mais de cinco vezes superior à relatada pela OMS.
A melhoria da poluição atmosférica na América do Norte nas últimas décadas é semelhante à da Europa, mas ainda existem grandes diferenças entre a Europa Ocidental e Oriental. A Bósnia é o país europeu mais poluído.
A Esteatose Hepática é uma condição em que ocorre acúmulo de gordura no fígado. Considerado a maior glândula e o maior órgão sólido do corpo humano, ele é responsável por diversas funções.
Além de auxiliar na digestão por meio da síntese e secreção da bile, ele armazena e produz substâncias essenciais para o organismo, efetua a degradação e excreção de hormônios e favorece a regulação do metabolismo de lipídios, carboidratos e proteínas.
Neste órgão vital também há uma grande circulação de sangue, bem como a filtragem de substâncias tóxicas e microrganismos que podem ser prejudiciais para o organismo.
Continue a leitura para saber mais sobre as causas, tratamento, entre outras características da esteatose hepática.
Índice — Neste artigo, você irá encontrar:
O que causa a esteatose hepática? Graus de esteatose hepática Sintomas Como é feito o diagnóstico? Esteatose hepática tem cura? É possível reverter? Tratamento Como prevenir? Autocuidados O que causa a esteatose hepática? A esteatose hepática tem inúmeras causas, primárias e secundárias, uma vez que diversos fatores podem contribuir para o acúmulo de gordura no fígado.
O distúrbio pode ser uma complicação de doenças hepáticas, como hepatites B e C, doença de Wilson ou doenças colestáticas (que afetam as vias biliares), mas também pode surgir como uma consequência de outras condições, permanentes ou temporárias. São elas:
Obesidade; Dislipidemia; Diabetes mellitus; Síndrome metabólica; Baixos níveis de HDL (colesterol bom); Elevação dos níveis de triglicérides; Hipertensão (pressão alta); Gravidez; Sedentarismo; Hipotireoidismo não controlado; Exposição a agentes químicos; Cirurgias intestinais; Uso de bypass intestinal para tratamento da obesidade; Uso abusivo de medicamentos, principalmente esteroides, anabolizantes, tetraciclinas, cortisona, dentre outros. Idade e genética também podem favorecer o desenvolvimento do problema e, em crianças, a condição pode surgir em decorrência de doenças metabólicas, obesidade e nutrição inadequada.
Graus de esteatose hepática A esteatose hepática costuma ser dividida em graus de acordo com a quantidade de gordura acumulada, sendo separada da seguinte forma:
Grau 1 ou leve: pequeno acúmulo de gordura; Grau 2 ou moderada: acúmulo moderado de gordura; Grau 3 ou acentuada: grande acúmulo de gordura. É importante destacar que a quantidade de gordura por si só não é sinal de um quadro grave.
A Sociedade Brasileira de Hepatologia alerta para a evolução da condição, pois, quando há o acúmulo de gordura e desenvolvimento da esteatose hepática, é possível reverter o quadro, tornando o fígado saudável novamente.
No entanto, se houver inflamação causada pela gordura, pode haver a evolução para o quadro de esteato-hepatite, que também é reversível. Se não tratado, o problema fica mais complexo, gerando a cirrose hepática, que é irreversível.
Sintomas Nem sempre a esteatose hepática apresenta sinais e muitos pacientes podem ser assintomáticos, principalmente nas fases iniciais da doença. Por esse motivo, a condição é muitas vezes descoberta acidentalmente, durante exames laboratoriais ou de imagem solicitados para investigar outros problemas.
Em casos pediátricos, a doença também costuma ser assintomática e, quando desperta sintomas, as crianças relatam fadiga e dor abdominal, sinais bastante genéricos e que demandam diagnóstico diferencial.
Quando surgem, os principais sintomas são:
Dor abdominal; Perda de apetite; Aumento do fígado (hepatomegalia); Cansaço, fadiga ou fraqueza. Em casos mais graves, como na evolução para esteato-hepatite, pode haver o surgimento de encefalopatias, ou seja, doenças que acometem o cérebro, causando confusão mental e outros distúrbios neurológicos.
Nesse estágio, pode haver acúmulo anormal de líquido no abdome (ascite), causando inchaço abdominal, hemorragias e diminuição no número de plaquetas do sangue, e icterícia, que é o principal sintoma de disfunção hepática, caracterizada pelo amarelamento da pele e da parte branca dos olhos.
Como é feito o diagnóstico? O diagnóstico costuma envolver uma combinação de histórico médico e exame físico, além de um conjunto de exames laboratoriais e de imagem. Apesar desses recursos, a esteatose hepática é mais frequentemente detectada e diagnosticada por meio de procedimentos de rotina, como exames de sangue, por exemplo.
Na análise do histórico do(a) paciente, o(a) médico(a) irá investigar condições pré-existentes e fatores de risco, tais como obesidade, sedentarismo, resistência à insulina, diabetes tipo 2, níveis elevados de triglicerídeos, dieta rica em açúcar, colesterol anormal, entre outras possíveis causas.
Após a anamnese, será realizado o exame clínico, que poderá incluir análise do índice de massa corporal (IMC) e palpação do abdômen em busca de sinais físicos, como fígado aumentado.
Confira alguns exames utilizados no diagnóstico da esteatose hepática:
Exames de sangue A análise laboratorial de amostras de sangue podem revelar alterações nos níveis de enzimas hepáticas, como a alanina aminotransferase (ALT), o aspartato aminotransferase (AST), o gama-glutamiltransferase (GGT) e a fosfatase alcalina, indicadores de um possível quadro de esteatose hepática. Além disso, outros exames de avaliação metabólica e de rotina podem revelar disfunções hepáticas, ainda que não haja a intenção de investigar o fígado. Os testes mais comumente solicitados são: Dosagem de glicose; Insulina; Colesterol; Triglicerídeos; Hemoglobina glicada; Ácido úrico; Ferritina. Ultrassonografia abdominal Por ser não invasiva e de baixo custo, a ultrassonografia é amplamente utilizada nesse tipo de diagnóstico. No entanto, embora a imagem de um fígado mais brilhante e granulado indique a presença de esteatose, esse exame pode não ser suficientemente preciso, sobretudo em pacientes obesos.
Uma versão mais moderna da técnica, a elastografia transitória, é indicada para avaliar a quantidade de gordura no fígado e a elasticidade do tecido hepático, sendo eficaz também na detecção de fibrose hepática (sintoma do estágio irreversível da doença).
Biópsia hepática A biópsia hepática é um dos melhores métodos para avaliar a gravidade da esteatose hepática, embora não seja recomendada em todos os casos por ser invasiva.
Por envolver a remoção de pequenos fragmentos de tecido do fígado, esse procedimento pode causar sangramentos e complicações indesejadas, principalmente em pacientes que apresentam maior vulnerabilidade.
O exame permite diferenciar a esteatose hepática não alcoólica de outras formas da doença, permitindo avaliar o estágio e o risco de progressão para condições mais graves.
Por ser o procedimento mais preciso, ajuda a determinar o tratamento mais adequado para cada paciente.
Esteatose hepática tem cura? É possível reverter? Sim, principalmente quando diagnosticada precocemente. Desde que não tenha atingido o último estágio, com fibrose (cicatrização) do tecido hepático, a esteatose pode ser tratada e revertida.
Tratamento Não existe uma terapia específica para curar as doenças causadas pelo acúmulo de gordura no fígado. Ainda assim, o Ministério da Saúde aponta um tratamento baseado em três pilares que demandam significativas mudanças de hábito: estilo de vida saudável, alimentação equilibrada e prática regular de exercícios físicos.
Sobrepeso ou obesidade são um dos principais fatores de risco para a condição, fazendo com que a perda de peso seja intensamente recomendada.
O National Institutes of Health (NIH) indica que a diminuição de pelo menos 3% a 5% do peso corporal ajuda a reduzir a gordura no fígado. Em casos mais graves, no entanto, é necessário um emagrecimento mais significativo.
Até a publicação deste artigo, não existem fármacos aprovados para tratar especificamente a esteatose hepática e suas complicações. A terapia com medicamentos é geralmente voltada para o tratamento das condições que podem estar provocando o acúmulo de gordura no fígado.
Como prevenir? Os hábitos de prevenção são similares aos que devem ser adquiridos no processo de tratamento da esteatose.
Por isso, é importante ter uma alimentação equilibrada, em conjunto com hábitos mais saudáveis, como manter uma rotina de exercícios e evitar o consumo de álcool.
Autocuidados Na escolha de uma dieta saudável, deve-se aumentar o consumo de fibras e reduzir a ingestão de gorduras e carboidratos, evitando principalmente o excesso de açúcar, o que inclui alimentos à base de farinha e arroz, que são convertidos em glicose no organismo.
Evitar o sedentarismo e praticar atividades físicas regularmente é essencial. Recomenda-se pelo menos 30 minutos de exercícios ao dia. Esse hábito é importante para o controle do peso e de condições como diabetes e colesterol alto.
Evite beber, uma vez que o álcool tem impacto direto no fígado e seu consumo exagerado está ligado ao desenvolvimento de cirrose hepática.
Por isso, em caso de dúvidas, consulte profissionais de saúde que possam auxiliar nas mudanças de hábitos, como hepatologistas, nutricionistas, nutrólogos, fisioterapeutas e profissionais de educação física.
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A farmacêutica Pfizer informou nesta segunda-feira (28) que entrou com um pedido na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para a aprovação da vacina Abryvso, contra o VSR (vírus sincicial respiratório), que é a principal causa de bronquiolite em bebês e pode ser fatal.
A injeção é aplicada em mulheres grávidas para fornecer anticorpos aos bebês desde o nascimento até os seis meses de idade, principal grupo afetado pelas formas graves da infecção pelo vírus.
O imunizante foi liberado para gestantes nos Estados Unidos na semana passada — para idosos, já está aprovada desde maio.
"Além da indicação para gestantes, o pedido também engloba a utilização do imunizante para a proteção de idosos a partir de 60 anos, outra faixa etária de risco para quadros respiratórios graves", diz a farmacêutica em nota.
Quatro centros de pesquisa estiveram entre os 18 em todo o mundo a testar a vacina da Pfizer contra o VSR — dois no Rio Grande do Sul, um em Santa Catarina e outro em São Paulo.
Os resultados revelaram uma proteção de 82% das formas graves de doenças respiratórias provocadas pelo vírus sincicial respiratório em crianças de até três meses, e de 69% entre três e seis meses.
Entre os idosos, a eficácia foi de 85,7%, segundo a desenvolvedora do imunizante.
O boletim InfoGripe mais recente, feito pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), mostra que o Brasil havia registrado 124,4 mil casos de Srag (síndrome respiratória aguda grave), em que há internação.
Deste total, 40,3% foram de complicações resultantes de infecção pelo VSR, na maioria deles em bebês.