Um novo estudo realizado na Dinamarca examinou o impacto do uso simultâneo de anticoncepcionais hormonais e anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) no risco de tromboembolismo venoso (TEV), uma condição que inclui trombose venosa profunda e embolia pulmonar.
O estudo de coorte, que abrangeu todas as mulheres dinamarquesas de 15 a 49 anos entre 1996 e 2017, não incluiu aquelas com histórico médico de eventos trombóticos venosos ou arteriais, câncer, trombofilia, histerectomia, ooforectomia bilateral, esterilização ou tratamento de infertilidade. No total, foram analisadas informações de 2.029.065 mulheres.
Os resultados do estudo revelaram que o uso de AINEs estava associado a um risco aumentado de TEV em mulheres em idade reprodutiva. Comparado com a não utilização de AINEs, o uso desses medicamentos estava associado a uma taxa de incidência ajustada de TEV de 7,2 vezes maior em mulheres que não usavam anticoncepcionais hormonais. Esse risco foi ainda maior em mulheres que utilizavam anticoncepcionais hormonais considerados de alto risco, com uma taxa de incidência 11 vezes maior.
O estudo também destacou que o aumento no risco de TEV com o uso de AINEs era significativamente maior em mulheres que utilizavam anticoncepcionais hormonais de alto ou médio risco, em comparação com aquelas que usavam anticoncepcionais de baixo ou nenhum risco.
Em termos de números absolutos, o estudo estimou que, durante a primeira semana de tratamento com AINEs, haveria quatro casos adicionais de TEV por 100.000 mulheres que não usavam anticoncepcionais hormonais, mas esse número aumentava para 23 casos adicionais por 100.000 mulheres em uso de anticoncepcionais hormonais de alto risco.
Portanto, o estudo conclui que mulheres que necessitam tanto de anticoncepcionais hormonais quanto de AINEs devem receber orientações apropriadas, considerando o risco aumentado de TEV associado a essa combinação. Isso destaca a importância de discutir cuidadosamente as opções de contracepção e tratamento da dor com profissionais de saúde para tomar decisões informadas sobre o tratamento.
Os primeiros meses de um bebê é um período que determina vários aspectos da sua vida posterior. A alimentação é um deles, e a forma como ela acontece nesse momento influencia na saúde e nos hábitos da pessoa.
Neste artigo, você irá entender mais sobre como é a alimentação do bebê de até 6 meses e o que pode ou não ser oferecido.
Índice — Neste artigo você verá:
Como é a alimentação do bebê até os 6 meses? O que é permitido e o que não se deve oferecer ao bebê? Fórmula: o que é e quando pode ser usada? Diferenças entre leite materno e fórmula Importância da amamentação Como é a alimentação do bebê até os 6 meses? O leite materno é a fonte de alimentação da criança no início da vida. Assim que o bebê nasce, já nos primeiros minutos após o parto, a mãe já pode oferecer o leite. Na maior parte das mulheres, ele vai sendo gerado ao final da gestação, e a partir da sucção o corpo passa a produzi-lo conforme a demanda.
Nos primeiros dias é gerado o colostro, rico em proteínas e anticorpos. Depois, o leite sofre alterações até se tornar maduro, próximo ao 25º dia de vida do bebê.
Cada criança tem suas particularidades, e a rotina de alimentação pode variar. Os bebês sentem fome várias vezes ao dia, especialmente nas primeiras semanas, quando eles ingerem uma pequena quantidade de alimento a cada mamada.
O recomendado é que se ofereça o leite em livre demanda, nos momentos em que a criança desejar, sem determinar um horário ou um tempo para cada mamada. Dessa forma, o bebê aprende a identificar os sinais de fome e de saciedade, o que pode contribuir para sua relação com a alimentação no futuro.
O que é permitido e o que não se deve oferecer ao bebê? Todos os nutrientes que o bebê precisa para crescer e se desenvolver com saúde estão presentes no leite materno. Ele ainda tem a capacidade de se modificar para suprir as necessidades nutricionais que possam surgir no decorrer dos dias e meses.
Por isso, nos primeiros 6 meses de vida, essa deve ser a única fonte de alimentação da criança. Ele é suficiente para o seu sustento, e é o tipo de alimento que o corpo do bebê está preparado para receber, já que ainda é muito imaturo.
Outros líquidos, como diferentes tipos de leite, sucos e até mesmo água, não devem ser oferecidos para crianças que são alimentadas por meio do leite materno. O mesmo vale para papinhas, frutas e alimentos em geral, que só podem ser consumidos após os 6 meses.
No primeiro semestre de vida, o bebê ainda não possui as bactérias intestinais responsáveis por proteger o corpo de infecções. Suas enzimas digestivas, que atuam no processamento e absorção dos nutrientes, também não estão totalmente desenvolvidas. O sistema imunológico é outra parte importante que ainda não está pronta nessa fase.
Esses e outros fatores, em conjunto com questões motoras e cognitivas, impossibilitam o consumo de substâncias além do leite materno por bebês com até 6 meses. É só a partir dessa idade que pode-se introduzir, aos poucos, outros alimentos.
Mas é importante ter o aval do(a) pediatra que acompanha a criança, que irá também orientar quanto a melhor forma de fazer essa transição. Fórmula: o que é e quando pode ser usada? A fórmula é um tipo de leite artificial oferecido em solução em pó ou líquida, que traz nutrientes processados e usa como base leites de origem animal. Ela é modificada industrialmente, sendo oferecida em uma composição que busca incluir as substâncias essenciais para a criança, enquanto retira ou diminui aquelas que não são indicadas nessa fase da vida.
Existem situações em que a fórmula é necessária, como em casos de mães que não podem produzir leite, sendo esse composto o único meio possível para o sustento da criança.
Se comparada ao leite comum, utilizado por adultos, a fórmula é mais saudável para o bebê em seus primeiros meses de vida. Porém, ela não deve ser considerada como a primeira opção de alimentação exclusiva, e deve ser usada apenas quando há indicação médica.
Em alguns casos, ela pode ser uma forma de complementação, oferecida em conjunto com o leite materno, se este não é produzido em quantidade suficiente.
Diferenças entre leite materno e fórmula Embora ela seja desenvolvida de forma que fique o mais próximo possível do leite materno, a fórmula não contém tudo o que ele oferece.
Por exemplo, diferente do leite materno, ela não tem ação que auxilia a proteger a criança contra infecções. Isso porque não contém anticorpos importantes no desenvolvimento do sistema imunológico, que atuam protegendo o bebê contra infecções e outras condições. Essas células de defesa estão presentes no leite materno, enviadas da mãe diretamente para a criança.
A fórmula também possui o risco de causar infecções intestinais na criança, além de reações alérgicas. E embora auxilie na nutrição, não tem ação que auxilie na fortificação da melhora da saúde a longo prazo.
O uso de fórmula geralmente está relacionado com as mamadeiras, que são uma das formas mais comuns de oferecer alimentos desse tipo. Estudos mostram que a utilização do bico pode atrapalhar as mamadas no peito, quando as duas formas são utilizadas em conjunto. A mamadeira oferece um consumo mais fácil para o bebê, o que pode causar uma recusa do peito, levando ao desmame precoce.
Importância da amamentação Muito se sabe sobre as vantagens que a amamentação oferece à criança, seja a curto ou a longo prazo. Algumas delas são:
Proteção contra doenças e infecções, como pneumonias, meningites e infecções de ouvido; Prevenção de alergias, como na pele, no pulmão e intestino; Prevenção contra doenças crônicas, como obesidade, hipertensão, diabetes e condições cardíacas; Melhora no desenvolvimento cognitivo; Melhora no sistema imunológico; Sabe-se ainda que a mulher que amamenta tem menores riscos de apresentar hemorragia no pós-parto e de desenvolver câncer de mama, ovário e colo de útero, o que torna esse processo benéfico para a mãe também.
Mesmo depois da introdução alimentar, o leite materno continua sendo importante para a criança. A recomendação dos principais órgãos competentes, como o Ministério da Saúde do Brasil e a Organização Mundial da Saúde, é de que a ingestão aconteça até os 2 anos de idade, podendo se estender por mais tempo.
Além das vantagens na saúde física, a amamentação também tem um papel importante na relação entre mãe e filho(a), auxiliando a desenvolver esse laço necessário para a vida de ambos. Vários estudos ainda comprovam que o toque e proximidade com o bebê é fundamental para seu desenvolvimento em vários âmbitos.
Pais e cuidadores têm uma responsabilidade muito grande sobre a alimentação e a saúde da criança, especialmente nessa fase.
Cada bebê tem suas particularidades e esse é um momento de aprendizado para todos. Por isso, é fundamental ter sempre o acompanhamento de um(a) pediatra. Profissionais como consultores de amamentação e nutricionistas também podem ser muito importantes nessa fase.
A Secretaria Municipal de Saúde através da Diretoria de Combate à Hanseníase e Tuberculose, promoveu na última quinta-feira, 11, roda de conversa com pacientes em tratamento de hanseníase na Unidade de Saúde "Floriano", antiga Funasa. O encontro teve como objetivo atualizar informações sobre a doença que tem cura e tratamento gratuito ofertado pelo SUS e chama atenção para o acompanhamento não apenas do paciente, mas também dos contatos familiares mais próximos.
“Neste ano, nossa missão é clara - disseminar informações vitais sobre a hanseníase, uma doença que afeta milhares em todo o mundo. Vamos transformar informação em ação, visando um futuro onde a hanseníase seja detectada precocemente e onde todos tenham acesso ao tratamento necessário. Juntos, podemos fazer deste Janeiro Roxo um marco na nossa luta contra a hanseníase”, afirma Portela.
Conhecida antigamente como lepra, a hanseníase é uma doença infecciosa crônica causada pela bactéria Mycobacterium leprae. Suas características principais são lesões na pele - que podem ser confundidas com outras dermatites nas fases iniciais -, nervos periféricos e mucosas, podendo levar a danos neurológicos, deformidades e estigmatização social, se não tratada precocemente.
A transmissão ocorre principalmente por meio de gotículas respiratórias durante contato prolongado com indivíduos infectados não tratados. O tratamento eficaz é possível com antibióticos multidrogas, e a detecção precoce é crucial para evitar complicações e interromper a transmissão.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou nesta terça-feira (16) as últimas estimativas do relatório de tendências sobre o consumo de tabaco - e os números são animadores.
Segundo a entidade, o fumo vem diminuindo ao longo dos anos. Em 2022, cerca de 1 em cada 5 adultos em todo o mundo era fumante, menos do que em 2000, quando esse número era de 1 em cada 3.
No entanto, o mundo ainda tem hoje cerca de 1,25 bilhão de fumantes, sendo que o tabaco é responsável pela morte de mais de 8 milhões de pessoas por ano.
150 países estão conseguindo reduzir o uso do tabaco.
O Brasil está entre os países que se destacam na diminuição do consumo. A OMS diz que conseguimos uma redução de 35% desde 2010.
O Sudeste Asiático tem maior porcentagem de população tabagista: 26,5%, com a Europa atrás: 25,3%.
O mundo chegará a uma redução relativa de 25% no uso de tabaco até 2025 (abaixo da meta esperada, de 30%).
Seis países estão vendo o uso de tabaco aumentar: Congo, Egito, Indonésia, Jordânia, Omã e República da Moldávia. Homens x mulheres
O relatório apontou que, em 2000, 16,3% das mulheres e 49,1% dos homens com 15 anos ou mais eram fumantes.
Para 2025, a tendência é de queda: 6,7% (mulheres) e 32,9% (homens). Os números são ainda menores para 2030: 5,7% para o público feminino, e 30,6% para o masculino.
Tivemos bons progressos no controle do tabaco nos últimos anos, mas não há tempo para complacência. Quando o governo pensa que ganhou a luta contra o tabaco, a indústria aproveita a oportunidade para manipular as políticas de saúde e vender seus produtos mortais.
— Ruediger Krech, diretor do Departamento de Promoção da Saúde da OMS A OMS lembra que as medidas eficazes para reduzir o consumo de tabaco já são conhecidas. Os países precisam, então, se comprometer em proteger a população do tabaco.
"Quando eles se compromotem, vemos resultados - uma redução na taxa de prevalência do consumo e populações mais saudáveis", diz o documento.
Há 15 anos, a Organização Mundial de Saúde estabeleceu uma lista de medidas para combater o fumo, o MPOWER. O Brasil está entre os países que cumpriram inteiramente essas metas.