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Os médicos selecionados no edital SAPS n° 13, de 11 de julho de 2023, referente ao 31° ciclo do Programa Mais Médicos, têm até o dia 22 de setembro para dar seguimento a entrega de documentos e assumir seus postos de trabalho nas vagas determinadas pelo Ministério da Saúde. Ao todo, a etapa selecionou 147 profissionais para assumir vagas em 85 municípios piauienses, reforçando o atendimento de saúde da população.

Dos 147 médicos selecionados, 42 vagas são referentes a reposição de profissionais e 105 vagas são referentes a expansão do programa. Além disso, nessa etapa dos 85 municípios contemplados, 25 são novos integrantes do programa no Piauí.

O candidato que obteve êxito na etapa de escolha de vagas deverá acessar o Sistema de Gerenciamento de Programas (SGP), através do endereço eletrônico http://maismedicos.saude.gov.br. O profissional deve confirmar o interesse na alocação, informar dados bancários e número do programa de Integração Social e imprimir duas vias do termo de adesão e compromisso, disponibilizado pelo sistema SGP, para assinatura e apresentação ao gestor do município na etapa subsequente. Caso o candidato não confirme o seu interesse na vaga ele será excluído do processo seletivo.

Após imprimir e assinar o termo de compromisso, o médico deverá se apresentar pessoalmente nos municípios de sua vaga para entrega dos documentos previstos no edital. Após a entrega da documentação o profissional será validado pelo gestor no SGP. Validado, o profissional já poderá dar inicio as atividades de atendimento da população.

“Pedimos que os profissionais selecionados fiquem atentos ao prazo para realizar todo esse processo e assumir em tempo hábil as vagas disponibilizadas. Somente dessa forma poderemos dar a uma assistência de qualidade para a população, evitando assim a presença de vazios assistenciais na saúde do nosso estado”, falou a superintendente de atenção primária a saúde e municípios da Sesapi, Leila Santos.

Sesapi

Os adolescentes brasileiros estão iniciando a vida sexual cada vez mais cedo e estão se protegendo menos contra as ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis) e a gravidez precoce. Dados da PeNSE (Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar), realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostram que 28,5% dos escolares entre 13 e 15 anos já tiveram relações sexuais e, mesmo com amplo acesso à informação, o uso de preservativo caiu 22,3% nos 10 anos avaliados. A pesquisa, realizada pelo IBGE em parceria com Ministério da Saúde e apoio do Ministério da Educação, mostra uma tendência de queda na proteção da saúde pelo adolescente, o que preocupa especialistas da área, especialmente porque essa é uma fase de profundas mudanças físicas, psicológicas e comportamentais e essa iniciação sexual precoce pode levar a uma gravidez indesejada, além de causar doenças.

Segundo a pesquisa, o percentual de escolares que usaram preservativo na última relação sexual caiu de 69,1% em 2009 para 53,5% em 2019. Sem proteção, esses adolescentes ficam mais suscetíveis à desenvolverem infecções como a gonorreia e a clamídia (que se não forem adequadamente tratadas podem causar infertilidade), ao HPV, que é fator de risco aumentado para o desenvolvimento de câncer, além de doenças como sífilis, HIV, herpes, entre outras.

“Cerca de 35% dos adolescentes nunca usam preservativos nas suas relações sexuais e têm usado cada vez menos, se colocando em risco de várias doenças. Esse é um problema que não é exclusivo do Brasil, é um fenômeno mundial”, afirma o médico Daniel Suslik Zylbersztejn, urologista do Hospital Israelita Albert Einstein e idealizador da campanha #VemProUro da SBU (Sociedade Brasileira de Urologia), que tem como objetivo incentivar os meninos adolescentes a procurarem um médico assim que entrarem na puberdade, assim como a maioria das meninas já fazem.

Na avaliação de Zylbersztejn a adesão ao preservativo tem caído entre os jovens, entre outras razões, porque eles não conheceram o impacto do vírus HIV na saúde da população. “A geração da década de 1980 se acostumou de forma rápida ao uso do preservativo por conta do medo do HIV, que era uma doença praticamente sem opção de tratamento e que levava à morte rapidamente. Fomos pautados pelo medo. Mas hoje o HIV é visto como uma doença crônica e muitos adolescentes nem o conhecem ou não se preocupam com ele. Por isso não dão importância para a proteção da relação sexual”, sugere. A ginecologista Lilian Forelli, do Hospital Israelita Albert Einstein e especialista em uroginecologia e sexualidade, ressalta também a questão comportamental do adolescente, que está descobrindo um novo corpo em transformação e constantes mudanças, com uma série de hormônios que ele não teve contato na infância, crescimento dos pelos, da mama, entre outras coisas.

“Esse é um tema complicado porque o adolescente começa a pensar em sexo, mas existe uma série de julgamentos dos amigos, dos colegas, e do próprio parceiro sexual que ele não quer enfrentar. Por mais que eles saibam da importância do uso da camisinha, ainda existe uma certa vergonha de falar sobre isso com o parceiro, um medo do que o outro vai pensar”, avalia. “Não importa o que o outro vai pensar, a sua saúde vem sempre em primeiro lugar. Existem doenças que são para a vida inteira, como hepatite e HIV. Pensar em camisinha é pensar na sua própria saúde, é um autocuidado”, destaca.

Vida sexual das meninas

A série histórica da pesquisa mostra que os meninos continuam apresentando uma taxa maior de iniciação sexual em comparação com as meninas, mas, por outro lado, essa taxa aumentou de 16,9% das meninas em 2009 para 22,6% das adolescentes em 2019 (um aumento de 33,7% no período), o que demonstra que mais meninas dessa faixa etária estão iniciando a vida sexual. De acordo com Forelli, o aumento no número de meninas iniciando as atividades sexuais mais cedo tem sido visto rotineiramente na prática clínica. E isso é um problema porque envolve as duas principais preocupações dos médicos: gravidez na adolescência e o aumento de risco das ISTs.

“Lógico que existem outros problemas, como os impactos sociais. Mas do ponto de vista de saúde, estamos falando de uma menina que está com 13, 14 anos e pode engravidar numa fase em que o corpo está em transformação para ela se tornar uma mulher”, diz a médica.

“Toda energia que deveria ser destinada para o desenvolvimento dessa mulher acaba sendo direcionada para o bebê. Isso provoca um déficit tanto da formação da própria adolescente por causa de escassez nutricional, além de impactos diretos nessa gestação, como o baixo peso do bebê, maior índice de partos prematuros, maior índice de pré-eclâmpsia”, explica a médica.

Outros contraceptivos Outro dado da pesquisa é que também diminuiu o número de escolares que usaram algum método para evitar a gravidez: caiu de 79,6% para 69,6%. “A camisinha é fundamental nas relações sexuais independente de qualquer outro tipo de método para evitar a gravidez. A dupla proteção, ou seja, a camisinha associada a outro método contraceptivo é o mais indicado na adolescência. E existem diferentes métodos disponíveis para isso. Por isso é tão importante que essa menina vá ao ginecologista quando iniciar a sua vida sexual, pois o médico fará uma avaliação, vai tirar dúvidas sobre sexualidade e propor o melhor método contraceptivo”, afirmou a ginecologista.

Zylbersztejn, da SBU, destaca ainda que o objetivo da campanha “#VemProUro” é que o menino adolescente vá ao médico, não importa a especialidade: pode ser urologista, clínico geral, hebiatra, o médico de família. “Os médicos têm muita informação para trazer para esse adolescente em relação à sua sexualidade, à promoção de saúde, à importância das vacinas e a prevenção de doenças e a situações que os coloquem em risco. Por isso, precisamos incentivar esse menino a ir ao médico de forma rotineira desde a adolescência”, finalizou.

Agência Einstein

Em todos os lugares, é sempre possível encontrar alguém com o hábito de roer unhas. Muitas vezes iniciada durante a infância, a onicofagia, nome dado ao costume, pode ocorrer como uma resposta ao estresse, ansiedade, tédio, autorregulação sensorial ou um hábito compulsivo, explica a psiquiatra Julia Trindade, membro da ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria). "Há estudos que mostram, ainda, que 30% das pessoas roem unha e que há um componente genético associado", alega.

roerunha

A dermatologista Viviane Scarpa, da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia), afirma que o hábito de roer as unhas pode microrganismos das unhas para as cutículas, gerando infecções e, caso o paciente machuque a matriz a unha (pele abaixo das unhas), pode causar danos permanentes à camada externa. Ainda, pode-se gerar desgastes dentários, e aumentar o risco de infecções devido ao contato do germe com a boca.

As especialistas afirmam que, a depender da causa do desenvolvimento do hábito, pode ser necessário algum tratamento. Entre as sugestões, estão TCC (terapia cognitivo-comportamental), que ajuda a identificar e modificar comportamentos indesejados; uso de produtos amargos aplicados nas unhas para desencorajar o ato; e, quando há associação com ansiedade ou TOC, o uso de medicamentos pode auxiliar.

Além desses tratamentos, a dermatologista aconselha o uso de unhas postiças, uso de fitas micropore nas unhas e mascar chicletes como forma de evitar roer a unha e resolução do hábito. A psiquiatra também recomenda o uso de esmaltes, identificar e evitar os gatilhos, e brinquedos ou objetos que mantenham as mãos ocupadas.

" Como muitas vezes o quadro tem início na infância, os pais devem prestar atenção em possíveis sinais de ansiedade e os pais que roem unhas também tem mais chance de terem filhos que roem por verem os pais praticando o ato de roer. A orientação em relação aos malefícios que esta condição pode levar e entender o porque o paciente está fazendo isso são essenciais para que não ocorram recidivas", reforça Viviane.

R7

Foto: Freepik

A doença de Alzheimer é caracterizada pela perda degenerativa das funções cerebrais, afetando a memória recente, funções cognitivas, causando confusões mentais e dificuldade de compreensão. De acordo com o Manual MSD de Diagnósticos e Tratamentos, a doença ocorre por uma perda de células nervosas, o acúmulo de uma proteína anormal chamada beta-amiloide e o desenvolvimento de tranças neurofibrilares.

Em um estudo realizado por pesquisadores da Leuven Brain Institute, na Bélgica, e publicado no científico Science, cientistas acreditam ter encontrado a resposta para a questão de como o Alzheimer degenera as células cerebrais.

Para entender isso, os pesquisadores inseriram neurônios humanos e de camundongos em animais da mesma espécie que sofriam com a doença. Eles puderam observar que apenas as células humanas apresentavam características do Alzheimer, como o acúmulo de proteínas TAU, neurodegeneração granulovacuolar e perda de células neuronais.

Ao observar as reações cerebrais, eles descobriram um tipo de RNA não codificante de proteínas, chamado MEG3, que desempenharia papel importante na morte celular e que estava aumentando sua quantidade nos neurônios humanos.

A partir da descoberta, os pesquisadores perceberam que a expressão do MEG3 sozinha já era capaz de induzir à morte neuronal e que o uso de medicamentos e terapias genéticas poderia prevenir o "suicídio celular".

Assim, as constatações do estudo mostram novos caminhos para o tratamento da doença de Alzheimer.

R7

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