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Uma análise de sete estudos abrangendo mais de 19 mil indivíduos saudáveis e sem histórico de hipertensão revelou que os níveis de pressão arterial aumentam mais rapidamente em adultos que consomem álcool dentro de sua rotina. A pesquisa apontou uma ligação entre o aumento da pressão arterial sistólica (explicada a seguir) e a quantidade de bebida alcoólica ingerida, inclusive entre aqueles com um baixo consumo diário, quando comparados com os não consumidores.

A pressão arterial sistólica é aquela medida durante a contração do coração (força exercida contra as paredes das artérias), geralmente mais alta. A pressão diastólica é medida durante o relaxamento do coração, por isso é geralmente mais baixa. À medida que as pessoas envelhecem, a pressão sistólica tende a aumentar e, por isso, ela é um importante preditor de risco para doença cardiovascular – e o seu controle é fundamental para prevenir ou retardar o desenvolvimento da hipertensão.

“Ambas as medidas são importantes [sistólica e diastólica]. O coração realiza ciclos de contração-relaxamento o tempo todo, e a pressão oscila de uma [sistólica] para outra [diastólica]. Por isso, não avaliamos a pressão de forma dissociada: ambas podem comprometer a saúde cardiovascular”, explicou o cardiologista Humberto Graner, coordenador do Pronto-Atendimento do Hospital Israelita Albert Einstein de Goiânia.

A revisão dos sete estudos envolveu análise de dados de 19.548 adultos (65% eram homens) entre 20 e 70 anos que moravam nos Estados Unidos, Coréia e Japão. Nenhum deles tinha diagnóstico prévio de hipertensão, diabetes, doença hepática ou alcoolismo.

No início do estudo, os pesquisadores registraram a ingestão habitual de álcool, que foi convertida em gramas e não em número de bebidas para evitar possíveis variações na quantidade de álcool presente nas bebidas consideradas padrão nos diferentes países.

Para fins de comparação, os pesquisadores utilizaram dados referentes à quantidade de álcool presente em diferentes tipos de bebidas nos Estados Unidos (oz): 12 oz de cerveja (equivalente a cerca de 350 ml), cinco oz de vinho (aproximadamente 148 ml) ou uma dose de 1,5 oz de destilados (cerca de 44 ml). Essas quantidades correspondem a aproximadamente 14 mg de álcool.

cigarro

Os resultados do estudo, publicados na Hypertension, apontam que entre aqueles que consumiam uma média de 12 mg de álcool por dia, a pressão arterial sistólica (número superior) aumentou 1,25 mmHg ao longo dos anos e a diastólica (número inferior) 1,14 mmHg. Já entre os que bebiam uma média de 48 gramas de álcool por dia, a pressão sistólica aumentou 4,9 mmHg e a diastólica aumentou 3,1 mmHg.

Segundo os pesquisadores, essa é a primeira vez que uma análise confirma o aumento contínuo das medidas da pressão arterial em pessoas com baixo e alto consumo de álcool – que é um fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Mesmo naqueles indivíduos que tinham um consumo baixo de álcool foi observado aumento dos níveis pressóricos ao longo do tempo, embora essa alteração tenha sido menor do que o aumento da pressão observado em pessoas que consumiam mais quantidade de álcool todos os dias.

“Estes dados mostram que o consumo de álcool pode ser abordado como um fator modificável na prevenção da hipertensão. Embora esse aumento de quase 5 mmHg na pressão arterial possa parecer pouco, essa elevação pode comprometer a saúde do coração ao longo de 10 ou 15 anos. Importante notar que a associação foi linear: quanto maior o consumo de álcool, maior o impacto negativo no aumento da pressão arterial”, avaliou Graner.

Segundo o cardiologista, o consumo de álcool pode levar ao aumento temporário da pressão arterial, e o consumo crônico e excessivo está associado a uma elevação sustentada da pressão arterial, mas a ciência ainda não sabe qual o mecanismo exato que leva ao problema. “Acredita-se que pode envolver a alteração dos níveis de hormônios que regulam a pressão arterial e o enrijecimento dos vasos sanguíneos”, explicou.

Consumo moderado Apesar dos resultados, não é possível afirmar que o álcool sozinho seja o responsável pelo aumento dos níveis de pressão. “Não é possível atribuir esse aumento da pressão diretamente e somente ao álcool, mas sim, ao hábito de ingerir bebidas alcoólicas. O que sabemos é que nem sempre aquele que consome álcool o faz sozinho. O ‘tira-gosto’, por exemplo, que muitas vezes acompanha a bebida alcoólica, é rico em sódio, gordura e calorias, e pode também contribuir com este aumento”, ponderou.

Segundo Graner, dentro da cardiologia a moderação é a chave. “Algumas diretrizes sugerem que, se as pessoas optarem por consumir álcool, devem fazê-lo com moderação. Para aqueles que não bebem, não recomendamos que iniciem este hábito”, reforçou o médico que ressalta que o estudo comprova que mesmo o consumo de baixas quantidades de álcool pode influenciar a pressão arterial ao longo do tempo. “Isso reforça a importância de avaliarmos o consumo de álcool durante o atendimento clínico não só da perspectiva binária de “bebe ou não bebe”, mas do hábito e estimativas da quantidade de álcool ingerido”, finalizou.

Agência Einstein

Foto: Freepik

Exagerar no álcool tem um preço alto para muita gente no dia seguinte. É aí que começam as buscas por alimentos e bebidas que poderiam aliviar a sensação de ter sido atropelado por um caminhão. Embora não haja uma cura definitiva para a ressaca, é preciso saber o que pode ajudar e o que pode piorar o quadro.

Primeiramente, é preciso entender que o excesso de álcool causa uma intoxicação no organismo, desidratação e hipoglicemia (queda do nível de açúcar no sangue). Além disso, no processo de metabolização é liberada uma substância chamada acetaldeído, que é muito prejudicial.

Água - SiM

Então, o seu primeiro desafio vai ser manter-se hidratado. A água é, sem sombra de dúvidas, a melhor aliada, tanto durante a bebedeira quanto depois dela. O mesmo vale para água de coco e bebidas isotônicas — estas possuem eletrólitos e podem ser úteis.

Café — NÃO

Se você acordar sonolento, com ressaca e tiver algum compromisso, pode ser que instintivamente recorra ao café ou a alguma bebida rica em cafeína, como energético. Essa não seria uma boa ideia, segundo o médico James Roach, da Cleveland Clinic, nos EUA.

"Beber café na verdade poderia retardar o seu processo de reidratação", disse ele no site da instituição. O café vai fazer você urinar mais, pode causar irritação no estômago, além de aumentar a dor de cabeça, porque a cafeína eleva a pressão arterial.

Ovos — SIM

Se existe um café da manhã para quem está de ressaca, especialistas recomendam que ele contenha ovos. Eles possuem cisteína, um aminoácido conhecido por quebrar o acetaldeído. Também são ricos em vitaminas do complexo B, importantes para dar energia ao sistema nervoso central. Obviamente, os ovos não vão resolver todo o problema, mas darão alguma ajuda ao corpo, principalmente se combinados com uma hidratação adequada.

Alimentos gordurosos — NÃO

Você já deve ter ouvido de alguém que mandar um hamburgão para dentro logo após acordar é a solução para rebater uma ressaca. Certamente, essa pessoa está errada. Comidas ricas em gordura, especialmente alimentos ultraprocessados, podem irritar ainda mais o estômago, sobrecarregar o fígado e, como consequência, aumentar o mal-estar.

Bananas — SIM

As frutas, de modo geral, podem ajudar a eliminar o álcool do organismo com mais rapidez. Porém, a banana tem um benefício adicional, ela é rica em potássio e uma boa fonte de magnésio, dois eletrólitos que você perdeu ao exagerar na bebida.

Chá de boldo — TALVEZ

Muito famoso no Brasil, o chá de boldo é uma aposta por quem tem problemas estomacais. Pode ser uma opção para quem está sofrendo com o enjoo pós-bebedeira, mas não há evidências científicas de que ele ajude a curar a ressaca. Se for consumi-lo, faça-o com moderação.

Caldos e sopas — SIM

Além de serem alimentos leves — portanto não vão irritar o estômago —, caldos e sopas ajudam a reidratar e a repor eletrólitos. Além disso, possuem carboidratos leves, o que vai contribuir para elevar de maneira saudável os níveis de açúcar no sangue, reduzindo sensações de fraqueza e tontura, associadas à ressaca.

R7

Chegar a uma farmácia, pedir um medicamento pelo nome do princípio ativo — por exemplo, losartana, metformina ou sinvastatina — e optar pelo mais barato faz parte da rotina de milhões de brasileiros. Poucas são as pessoas que compram o remédio sempre da mesma marca. Mas a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) afirma que não se deve trocar o fabricante de medicamentos genéricos e similares durante tratamentos. Para entender por que a agência reguladora de medicamentos do Brasil dá essa orientação, é preciso, primeiro, saber como funciona o processo de aprovação de genéricos e similares.

generico

Boa parte dos medicamentos mais consumidos no país já tem a patente expirada, o que significa que um ou mais laboratórios podem produzi-los sob a forma de genérico ou similar (veja a diferença no infográfico abaixo).

Para aprovar um medicamento novo (referência), o desenvolvedor precisa seguir um longo e custoso roteiro de estudos clínicos que comprovem a segurança e a eficácia daquele fármaco. Os resultados são submetidos à Anvisa, que defere o registro. O laboratório detentor dessa patente tem exclusividade no mercado por um período que varia de 15 a 20 anos.

Passado esse prazo, a fórmula do medicamento é então liberada para as empresas interessadas em produzi-lo.

A farmacêutica que desejar fabricar um genérico ou similar vai precisar demonstrar à Anvisa, por meio de novos estudos científicos, que o produto dela é intercambiável com o da empresa detentora da patente do primeiro remédio desenvolvido para aquela doença, o chamado medicamento de referência.

"A intercambialidade, ou seja, a segura substituição do medicamento de referência pelo seu genérico, é comprovada por testes de equivalência terapêutica, que incluem comparação in vitro, através dos estudos de equivalência farmacêutica e in vivo, com os estudos de bioequivalência apresentados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária", explica o órgão regulador em seu site. O mesmo vale para os similares.

Com mais medicamentos disponíveis, existe a concorrência, e os preços baixam.

A losartana, por exemplo, um dos remédios mais prescritos para pessoas com hipertensão, é produzida por 22 laboratórios no país, a maioria em versões genérica e similar, que não devem ser trocadas entre si durante um tratamento.

"Os medicamentos genéricos não podem ser considerados intercambiáveis com os similares, nem os genéricos podem ser intercambiáveis entre si, nem os similares podem ser considerados intercambiáveis entre si, porque eles não fizeram essa demonstração experimental", diz a Anvisa em nota enviada ao R7.

A agência ressalta que, como há diversos genéricos e similares no mercado, é inviável fazer testes de intercambialidade de um com o outro, pois seriam centenas de possibilidades.

Apesar de os medicamentos terem o mesmo princípio ativo, fabricantes de genéricos e similares têm diferentes fornecedores de matérias-primas e os processos de produção e controle de qualidade também podem ser distintos, além de haver variações na tecnologia usada na produção e nos excipientes (substâncias sem efeito farmacológico, mas necessárias para a fabricação, estabilidade e administração do medicamento).

Essas diferenças podem afetar a absorção, o metabolismo ou a eliminação do medicamento no organismo, com eventuais alterações na eficácia e na segurança da terapia. Tratamentos que envolvam o uso de remédios biológicos (produzidos a partir de organismos vivos), por exemplo, podem ser mais sensíveis à troca, observa a farmacêutica clínica Daniani Baldani da Costa Wilson, da BP — A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

"No caso de medicamentos biológicos ou biossimilares, em que o processo é o produto, apesar de terem as mesmas indicações, pelo fato de o processo de fabricação ser diferente, não se recomenda intercambiar, visto que cada paciente pode responder de diferentes formas."

Pacientes que façam reposições hormonais — como é o caso de quem tem hipotireoidismo e toma levotiroxina — precisam estar atentos, explica o endocrinologista Rodrigo de Oliveira Moreira, diretor do Departamento de Diabetes Mellitus da SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia).

"Teoricamente, a discussão com hormônio, principalmente o da tireoide, é que a dose do hormônio da tireoide é em micrograma, não é em miligrama. [...] Ficar trocando de um genérico para outro e de um similar para outro, mesmo sabendo que são pequenas as diferenças, quando a gente fala de microgramas, essas diferenças podem ser significativas."

O especialista cita outro exemplo ainda mais comum, no caso das mulheres.

"Você às vezes tem anticoncepcionais similares, com a mesma quantidade de hormônio, também em doses muito baixinhas, em microgramas. Se resolve trocar de um para outro, não pode afirmar que está com a mesma dose do anticoncepcional, a mesma dose do hormônio. Também é uma troca que a gente não recomenda, ou, quando faz a troca, você avisa para esperar pelo menos dois meses para ter certeza de que está adequada aquela dose."

Pacientes em tratamento psiquiátrico também costumam ser instruídos a comprar medicamentos sempre do mesmo laboratório e marca (se for um similar), a fim de manter os níveis sanguíneos de determinado princípio ativo sem alterações.

Entretanto, há casos em que os médicos orientam os pacientes a comprar medicamentos de referência (mais caros), um tema que divide opiniões entre a categoria.

Profissionais ouvidos reservadamente pela reportagem dizem que não faz sentido esse tipo de prescrição, uma vez que genéricos e similares são validados pela Anvisa justamente como uma alternativa mais barata.

O Anuário Estatístico do Mercado Farmacêutico, divulgado pela SCMED (Secretaria-Executiva da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) no começo do mês, mostra que 70% de todos os remédios consumidos no Brasil são genéricos (41%) ou similares (29%).

O preço menor é normalmente a razão pela qual as pessoas optam por genéricos e similares.

Também existe a questão da disponibilidade, já que não é sempre que se vai encontrar o mesmo medicamento.

O que fazer, então, se você não conseguir manter o tratamento com os mesmos fabricantes e marcas?

"A recomendação é que o paciente fique atento a sinais e sintomas, com respeito ao tratamento da doença. Se o medicamento está fazendo o efeito esperado, se o paciente tem percebido algum sintoma que não sentia antes, e relatar qualquer evento que tenha percebido. Além disso, manter o acompanhamento médico é fundamental", orienta Daniani.

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Foto: Reprodução/Prógenéicos

Dr. Ricardo, de Itaueira, Dr. Rômulo e Dr. Pedro Atem, de Floriano, bem como o Dr. Bigman Barbosa, foram alguns dos profissionais da área da saúde que estavam presentes na solenidade de inauguração do Centro Cirúrgico do Hospital Clinicor, em Floriano, nessa manhã de sábado, 26 de agosto.

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Esse, conforme o médico Marcus Vinícius que está como diretor do Hospital, foi apenas mais um investimento da Clinicor que, certamente, estará ajudando no tratamento dos pacientes.

Nos últimos anos, o empreendimento em saúde tem tido inúmeros avanços. O que colocou o Dr. Bigman Barbosa.  

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