Cerca de 250 participantes entre secretários municipais de saúde, coordenadores de regionais e profissionais de saúde de todo o Piauí participaram, nesta quarta-feira, 11, da abertura do Seminário Estadual sobre o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ). O evento é realizado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) e visa dar continuidade ao processo de fortalecimento da Atenção Básica no Piauí.
O evento, que prossegue até esta quinta-feira, 12, no Diferencial Buffet, marca o lançamento da segunda fase do programa. Na abertura, a secretária de Estado da Saúde, Lilian Martins, destacou a importância da participação das cidades no PMAQ.
“A autoavaliação servirá para a melhoria do acesso e da qualidade da Atenção Básica. É um movimento para aprimorarmos o nosso diagnóstico e termos a certeza de que, sem meta, e sem prazo não conseguiremos nossos objetivos, portanto, é preciso organização e gestão para oferecer mais saúde de qualidade”, afirmou.
A autoavaliação é entendida como ponto de partida da fase de desenvolvimento do PMAQ, uma vez que os processos orientados para a melhoria da qualidade têm inicio na identificação e reconhecimento das dimensões positivas e também problemáticas do trabalho da gestão e das equipes de atenção a saúde.
A enfermeira e coordenadora do evento, Luciana Sena, resumiu o que foi abordado no turno da manhã durante a apresentação da apoiadora do Ministério da Saúde, Luanna Gomes. “O Seminário servirá para esclarecer para os municípios, como melhorar os serviços do Programa Saúde da Família e como os recursos deverá ser aplicados”, explicou.
PMAQ
O PMAQ é um projeto do Governo Federal que tem o objetivo de ampliar o acesso e promover a melhora da qualidade da atenção básica de saúde, garantindo um padrão de qualidade comparável nacional, regional e localmente. Dessa forma será feito um financiamento das Equipes de Saúde da Família (ESF) que alcançarem as metas estipuladas.
O excesso de peso e a obesidade aumentaram nos últimos seis anos no Brasil, é o que aponta o mais recente levantamento realizado pelo Ministério da Saúde. De acordo com o estudo, a proporção de pessoas acima do peso no Brasil avançou de 42,7%, em 2006, para 48,5%, em 2011. No mesmo período, o percentual de obesos subiu de 11,4% para 15,8%.
Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o resultado desse levantamento mostra que é necessário continuar investindo em ações preventivas, sobretudo aos mais jovens. “Com o resultado desse levantamento nós conseguimos resultados que permitem aprimorar nossas políticas públicas, que são essenciais para prevenir uma geração de pessoas com excesso de peso”, disse o ministro durante o anúncio, nesta terça-feira, 10, dos resultados da última pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2011), promovida pelo Ministério da Saúde em parceria com Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo.
O estudo retrata os hábitos da população brasileira e é uma importante fonte para o desenvolvimento de políticas públicas de saúde preventiva. Foram entrevistados 54 mil adultos em todas as capitais e também no Distrito Federal, entre janeiro e dezembro de 2011.
O aumento das porcentagens de pessoas obesas e com excesso de peso atinge tanto a população masculina quanto a feminina. Em 2006, 47,2% dos homens e 38,5% das mulheres estavam acima do peso ideal. Agora, as proporções subiram para 52,6% e 44,7 %, respectivamente.
O problema do excesso de peso entre os homens começa cedo. Entre os 18 e 24 anos, 29,4% já estão com o Índice de Massa Corporal (IMC) – razão entre o peso e o quadrado da altura – maior ou superior a 25 Kg/m², ou seja, acima do peso ideal. Já a proporção em homens com diferença etária de apenas 10 anos (idades entre 25 e 34 anos) quase dobra, atingindo 55% da população masculina. Na faixa etária de 35 a 45 anos, a porcentagem alcança 63% dos homens brasileiros.
EXCESSO DE PESO É MAIOR COM O PASSAR DOS ANOS – O envelhecimento também tem forte influência nos indicativos femininos. Um quarto das mulheres entre 18 e 24 anos está acima do peso (25,4%). A proporção aumenta 14 pontos percentuais na próxima faixa etária (25 a 34 anos de idade), atingindo 39,9% das mulheres, e mais que dobra entre as brasileiras de 45 a 54 anos (55,9%).
O aumento exponencial dos percentuais de obesidade em curto espaço de tempo também assusta. Se entre os homens de 18 a 24 anos, apenas 6,3% são obesos, entre os de 25 e 34 anos, a frequência de obesidade quase triplica (17,2%). Considerando somente a população feminina, há um aumento de cerca de 6% a cada diferença etária de 10 anos, até chegar aos 55 anos. Entre as brasileiras com idade entre os 18 e 24 anos, 6,9% são obesas. O percentual quase dobra entre as mulheres de 25 e 34 anos (12,4%) e quase triplica (17,1%) entre 35 e 44 anos. A frequência de obesidade se mantém estável após os 45 anos de idade, porém em um patamar elevado, atingindo cerca de um quarto das mulheres.
COMBATE À OBESIDADE – A obesidade é um forte fator de risco para saúde e tem forte relação com altos níveis de gordura e açúcar no sangue, excesso de colesterol e casos de pré-diabetes. Pessoas obesas também têm mais chance de sofrer com doenças cardiovasculares, principalmente isquêmicas (infarto, trombose, embolia e arteriosclerose), além de problemas ortopédicos, asma, apneia do sono, alguns tipos de câncer, esteatose hepática e distúrbios psicológicos.
Um dos objetivos do Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT), lançado em 2011, é parar o crescimento da proporção de adultos brasileiros com excesso de peso ou com obesidade. Para enfrentar este desafio, que começa na mesa, o Ministério da Saúde tem investido em promoção de hábitos saudáveis e firmado parcerias com o setor privado e com outras pastas do governo.
O consumo excessivo de sal, por exemplo, é apontado como fator de risco para a hipertensão arterial. Para diminuir o consumo de sódio entre a população, o Ministério da Saúde firmou acordo voluntário com a indústria alimentícia que prevê a diminuição, gradual, do uso do sódio em 16 categorias de alimentos.
As metas devem ser cumpridas pelo setor produtivo até 2014 e aprofundadas até 2016. O pão francês, as massas instantâneas e a maionese são alguns dos alimentos que vão sofrer redução de sal.
SEDENTARISMO DIMINUI E HOMENS SÃO OS MAIS ATIVOS – O relatório também apresenta dados sobre a prática de atividades físicas. Os homens são mais ativos: 39,6% se exercitam regularmente. Entre as mulheres, a frequência é 22,4%. O percentual de homens sedentários no Brasil passou de 16%, em 2009, para 14,1%, em 2011. Em 2009, 16% dos homens foram classificados como fisicamente inativos.
No entanto, a tendência percebida é de aumento de sedentários com o aumento da faixa etária. Se 60,1% dos homens entre os 18 e 24 anos praticam exercícios como forma de lazer, este percentual reduz para menos da metade aos 65 anos (27,5%). Na população feminina, as proporções são semelhantes em todas as faixas etárias, variando entre 24,6% (entre 25 e 45 anos) e 18,9 % (maiores de 65 anos).
A pesquisa também revela que 42,1 % da população com mais de 12 anos de estudo pratica algum tipo de atividade física. O percentual diminui para menos de um quarto da população (24%) para quem estudou até oito anos. A frequência de exercícios físicos no horário de lazer entre mulheres com mais de 12 anos de estudo é o único indicador da população feminina que figura acima da média nacional (33,9%).
ACADEMIAS DA SAÚDE ESTIMULAM A PRÁTICA DA ATIVIDADE FÍSICA – As ações de promoção à saúde são consideradas estratégicas pelo Ministério da Saúde para a prevenção de doenças crônicas e melhoria da qualidade de vida do brasileiro. O Programa Academia da Saúde, previsto no Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil é o carro chefe para induzir o aumento da prática da atividade física na população.
O programa prevê a implantação de polos com infraestrutura, equipamentos e profissionais qualificados para a orientação de práticas corporais, atividades físicas e lazer. A meta é construir 4 mil polos até 2014. Atualmente, há um total de 1.906 polos habilitados para construção, além de 150 academias em 91 municípios que já existiam e estavam de acordo com as normas preconizadas pelo programa, portanto, reconhecidas como Academias da Saúde.
Em 2011, o Ministério da Saúde empenhou R$186,52 milhões para incentivos de construção, dentre os quais R$124,76 milhões são recursos de Programa e R$ 61,76 milhões são recursos provenientes de emenda parlamentar.
O Governo do Estado do Piauí, por meio da Câmara de Enfrentamento ao Crack, realizará em sua sede, nesta quarta-feira, 11, a reunião para discutir as ações de planejamento da Semana de Enfrentamento ao Uso e Abuso de Drogas, que acontecerá entre os dias 25 e 29 de junho.
O encontro contará com a presença da coordenadora geral da Câmara, Zita Villar, e dos representantes das comunidades de tratamento e acolhimento do Estado, que são: Fundação Padre Pio Casa de Vida Verdadeira (Oeiras), Monte Tabor (Piripiri), Fazenda da Esperança (Campo Maior), Manassés, Filho Pródigo, Fazenda da Paz, Oficina da Vida (comunidades de Teresina) e de Água Branca.
Durante a Semana de Enfrentamento ao Uso e Abuso de Drogas serão abordados dois eixos centrais, sendo eles: Agenda Pública e Família. No primeiro serão debatidos assuntos que envolvem o uso abusivo do álcool, a venda de bebidas para menores de idade, entre outros. Enquanto o segundo eixo discutirá aspectos ligados à família dos dependentes, ressaltando o papel desta para o afastamento das crianças e adolescentes das drogas.
Mas o evento não está com a programação fechada, ficando aberto a sugestões até o dia 26 de abril. A semana está sendo pensada junto com os órgãos participantes, bem como com as comunidades, as quais poderão dar sugestões de ações a serem desenvolvidas durante o encontro.
Uma pesquisa realizada por psicólogos da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, afirma que beber álcool em quantidades moderadas pode deixar o cérebro mais 'afiado' para lidar com atividades que requerem criatividade.
O estudo foi feito com 40 homens de idades entre 21 e 30 anos recrutados de forma voluntária através do site Craigslist. Metade deles foram alcoolizados até atingir concentração de álcool no sangue de 0,075, que é acima do permitido para motoristas na maioria dos Estados americanos. Os demais continuaram sóbrios durante o estudo.
Em seguida, todos os 40 participantes foram submetidos a testes de Associações Remotas de Mednick (RAT, na sigla em inglês), que é uma forma simples e rápida usada por psicólogos para avaliar a solução de problemas criativos.
Os cientistas apresentam três palavras ao entrevistado - por exemplo, 'mate', 'cadeira' e 'bule'. O objetivo é encontrar uma palavra comum que possa ser associada a cada um destes termos, como a palavra 'chá' (formando a palavra composta 'chá-mate' e as expressões 'chá de cadeira' e 'bule de chá').
No caso da pesquisa feita pela universidade de Illinois, os psicólogos ainda pediram para que cada entrevistado explicasse como chegou à resposta correta - se foi através de algum método de associação ou se foi por um mero 'lampejo espontâneo'.
Os participantes que estavam alcoolizados conseguiram acertar mais vezes as respostas, do que os sóbrios. O índice de acerto entre as pessoas que haviam bebido era de 58%, em comparação com 42% dos que não tinham ingerido álcool.
Além disso, eles apresentaram respostas de forma mais rápida (12 segundos para os alcoolizados, em comparação com 15 segundos dos sóbrios) e com maior incidência de 'lampejos espontâneos'. Isso sugere que o álcool pode, em determinados casos, contribuir para que as pessoas encontrem respostas mais rápidas e de forma mais criativa.
O estudo feito pelos pesquisadores Andrew Jarosz, Gregory Colflesh e Jennifer Wiley foi publicado na edição de março da revista científica .
Os autores do artigo dizem que o resultado é compatível com outros estudos, que sugerem que sonecas tiradas imediatamente antes de tarefas difíceis podem melhorar o desempenho do cérebro na busca por soluções criativas.
Outra pesquisa afirma que um grau menor de concentração também tem mesmo efeito no cérebro. Para os pesquisadores de Illinois, um grau moderado de alcoolização pode contribuir para 'desconcentrar' o indivíduo, facilitando soluções criativas.