Um simples exame de urina pode revelar mais sobre os ossos de uma pessoa do que os raios-X, afirmaram cientistas americanos nessa terça-feira, 29, após publicar os resultados da fase inicial de um estudo financiado pela Nasa.



A técnica ajudaria os astronautas a lidar melhor com a perda de massa óssea que ocorre com a falta de gravidade do espaço e pode, ainda, ter implicações mais amplas para pessoas que sofrem de doenças como osteoporose ou cânceres que possam se espalhar para os ossos.



"Atualmente não há bons métodos para detectar a perda de ossos antes de que tenha havido uma grande perda de massa óssea", disse o autor principal da pesquisa, Ariel Anbar, professor do departamento de Química e Bioquímica da Universidade estadual do Arizona (ASU, sul).



"É algo novo que estamos desenvolvendo. Não é uma técnica com que (a Nasa) tenha trabalhado antes e por isso investiram na nossa pesquisa para ver se há uma forma melhor ou complementar de tratar a questão", declarou à AFP.



O método mede os isótopos de cálcio, que são essencialmente átomos de um elemento que difere em massa. Os isótopos estão presentes na urina de uma pessoa e servem como indicador da fortaleza dos ossos, baseado no balanço dos minerais que contêm.



O estudo mediu a perda de massa óssea em uma dezena de voluntários sadios que fizeram períodos de repouso continuado em uma cama durante 30 dias. Permanecer deitado na cama é a situação mais próxima na Terra às condições de falta de gravidade no espaço e também pode causar perda óssea.



O novo exame demonstrou ser capaz de detectar a perda de massa óssea em apenas 10 dias depois de iniciado o período de repouso.



"Os ossos se formam e destroem de forma contínua", explicou o co-autor do estudo, Jospeph Skulan, professor adjunto da ASU que projetou o modelo matemático para prever a perda de proporções de isótopos de cálcio no sangue e na urina.



"Em pessoas saudáveis e ativas, estes processos estão em equilíbrio. Mas se uma doença altera este equilíbrio, então ocorre uma mudança na proporção de isótopos de cálcio", acrescentou.



Os pacientes não tiveram que se submeter a exames de raios-X, nem usaram marcadores artificiais, portanto não foram expostos à radiação. Mas embora o estudo deste conceito pareça simples para o paciente, os métodos de espectrometria de massa utilizados para as análises são muito mais complicados e provavelmente levará anos antes de o exame poder chegar ao público, explicou Anbar.



"A pesquisa propõe um novo e excitante enfoque do problema", disse o mexicano Rafael Fonseca, chefe do departamento de medicina da Mayo Clinic, no Arizona.



Fonseca é especialista em mieloma múltiplo, um tipo de câncer que pode destruir os ossos. Ele não participou do estudo do PNAS, mas trabalha com seus autores em uma pesquisa colaborativa baseada em suas conclusões.



"Atualmente, a dor é principalmente o primeiro indicador de que o câncer está afetando os ossos. Se pudéssemos detectá-lo antes com um exame de urina ou de sangue em pacientes de alto risco, poderíamos melhorar significativamente seus cuidados", afirmou Fonseca.




AFP

agressividadeUm estudo realizado pelo Instituto de Pesquisas do Toque da Universidade de Miami divulgou uma pesquisa na qual constata que crianças que recebem menos carinho, podem se tornar adultos agressivos. Segundo o estudo, as que têm menos contato físico com amigos e parentes podem se transformar em pessoas violentas no futuro. A pesquisa se baseou num estudo com macacos.

 

Os animais que foram privados do toque quando pequenos, acabaram matando os outros. De acordo com os pesquisadores, as pessoas ficam mais felizes e relaxadas quando abraçam amigos. Os cientistas perceberam que o tabu que existe nos Estados Unidos, de que nas escolas os professores não podem encostar em seus alunos por medo de acusações de abuso sexual, prejudicaram o povo americano. Hoje os americanos, que abraçam e beijam menos seus colegas, demonstram um nível maior de agressividade física e verbal.


Agência Estado

Deputados britânicos propuseram a introdução de aulas de imagem e expressão corporal nas escolas para combater o problema da crescente insatisfação com o corpo no país. O grupo All Party Parlamentary, que reúne parlamentares de todos as agremiações políticas, fez a recomendação após conduzir estudo no qual constatou que duas em cada três pessoas no Reino Unido não está feliz com seu corpo.

 

O estudo, "The Reflections on Body Image" ("Reflexões sobre a Imagem do Corpo", em português), divulgado em conjunto pelos deputados e pelo YMCA (Associação Cristã de Moços), revelou que a imagem corporal é a principal preocupação de um em cada cinco meninos e uma em cada três meninas de 10 anos - que afirmaram ser esta a maior causa de bullying nas escolas.

 

Ele indicou também que meninas tão jovens quanto cinco anos de idade já se preocupam com a aparência, enquanto taxas de cirurgias plásticas cosméticas aumentaram quase 20% no país desde 2008.

 

Para especialistas, o bombardeamento de imagens de corpos "perfeitos" através da mídia seria um dos principais responsáveis pela falta de autoestima na população. Eles dizem também que o ideal de beleza propagado pela mídia - com ajuda da chamada "cultura das celebridades" - só é correspondido por cerca de 5% da população.

 

Toda a sociedade

Insatisfação com o corpo, o relatório mostrou, é um problema que afeta toda a sociedade, independentemente da idade, gênero, sexualidade, etnia, tamanho ou forma do corpo.

 

O problema foi identificado como fator-chave para a ocorrência de problemas de relacionamento e baixa autoestima, assim como para bloqueios na progressão escolar e no trabalho.

 

No entanto, os jovens e as crianças foram consideradas particularmente vulneráveis à ansiedade sobre seus corpos. Embora as evidências sugiram que as preocupações sejam inicialmente emanadas pelos pais, no ensino secundário são os colegas de escola a maior influência.

 

Dietas para perda de peso são adotadas por cerca de metade das meninas e até um terço dos meninos. Em resposta às conclusões, os membros da indústria dos dietéticos admitiram ao grupo parlamentar que as pessoas tinham "expectativas irreais" sobre perda de peso.

 

Os transtornos alimentares

O inquérito - que ouviu acadêmicos, instituições de caridade, peritos públicos e outros - também revelou que:

 

— Acabar de vez com dietas pode reduzir em 70% os casos de transtornos alimentares no país

— Mais de 95% das pessoas que fizeram dieta recuperam o peso perdido

— 1,6 milhão de pessoas no Reino Unido convivem com transtornos alimentares

— Até um em cada cinco pacientes de cirurgia plástica poderia sofrer de transtorno dismórfico corporal

— Um em cada três homens admitiria sacrificar um ano de vida para alcançar o seu corpo ideal

— Um em cada cinco pessoas foram vítimas (de bullying) por causa de seu peso

 

A presidente do All Party Parlamentary, deputada Jo Swinson, disse que a insatisfação com a imagem corporal no Reino Unido tinha "chegado ao ponto mais alto."

 

"A pressão para se adequar a um ideal inatingível corpo está causando estragos na autoestima de muitas pessoas." A chefe-executiva da YMCA, Rosi Prescott, também disse que havia algo "muito errado na sociedade quando as crianças de cinco anos de idade estão preocupados com sua aparência, com base nas mensagens que estão vendo redor delas".

 

Ela acrescentou que é responsabilidade de toda a sociedade promover uma mudança coletiva quanto a imagem corporal, a fim de "evitar danos às gerações futuras".


BBC Brasil

cafe copyCada vez mais a ciência descobre um benefício proporcionado pelo café à saúde. Estudos recentes o apontam como benéfico na prevenção do câncer e diabetes. No entanto, a bebida não deve ser tomada com remédios. Segundo estudos, o pico da circulação de cafeína no sangue ocorre de 30 a 45 minutos após sua ingestão.



Com isso, o café pode reduzir em até 60% a absorção de remédios como antidepressivos, estrógenos, drogas para a tireóide e para a osteoporose. A recomendação dos especialistas é que se deve evitar tomar a bebida e o remédio com intervalos de menos de duas horas entre um e outro. Isso acontece porque alguns remédios competem com a cafeína pelos mesmos receptores que os processam, o fígado.



Agência Estado