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A utilização de células-tronco do sangue do cordão umbilical vem apresentando importantes resultados clínicos na reversão do Diabetes Tipo 1, em doenças neurológicas, como a paralisia cerebral, e até mesmo na cura da AIDS. Esses resultados foram apresentados no mais importante evento médico da área, o Cord Blood Symposium, realizado em São Francisco, nos Estados Unidos, em junho.



Presentes ao encontro, os diretores do primeiro banco de células-tronco de sangue do cordão umbilical de São Paulo, a Criogênesis, Dr. Nelson Tatsui e Luiz César Espirandelli, puderam acompanhar a exposição das mais avançadas técnicas na utilização de células-tronco do cordão umbilical e garantem que o Brasil está preparado em infraestrutura e capacitação científica para o tratamento dessas doenças.



Os modelos científicos adotados aqui no Brasil mostram que estamos no caminho certo e que também podemos obter bons resultados clínicos, afirma Nelson Tatsui, diretor técnico da Criogênesis, médico do Hospital das Clínicas e do setor de transfusão e coleta de células-tronco da Faculdade de Medicina da USP.



Durante o Cord Blood Symposium 2012 foram apresentados além de casos de reversão do Diabetes 1, de doenças neurodegenerativas e cura da AIDS técnicas de transplante do sangue do cordão umbilical em doenças hematológicas em adultos. É cada vez mais frequente a utilização de dois cordões umbilicais e de técnicas de expansão celular, já que no caso de adultos é necessário um número maior de células-tronco para o sucesso do transplante, informa Nelson Tatsui.



Alguns especialistas brasileiros representando bancos privados e o banco público de células-tronco do sangue do cordão umbilical estiveram presentes ao simpósio. Foi uma grande oportunidade para trocarmos experiências e informações sobre Medicina Regenerativa e Terapia Celular. O que vimos no simpósio só confirma a qualidade do trabalho realizado no Brasil, diz Luiz César Espirandelli, anestesiologista, médico do Instituto de Ortopedia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e um dos diretores da Criogênesis.



Primeiro banco de células-tronco de sangue do cordão umbilical de São Paulo, a Criogênesis, que também conta com uma área de Medicina Reprodutiva, prevê investimentos globais da ordem de R$ 2 milhões em 2012 e 2013. Os investimentos contemplam infraestrutura, software, novos equipamentos, pessoal e novos escritórios, como o do Rio de Janeiro, inaugurado em janeiro último.



A Criogênesis pretende iniciar ainda este ano em suas próprias instalações os serviços de Plasma Rico em Plaquetas (PRP) e Fotoférese Extracorpórea. O PRP é um produto terapêutico autólogo feito a partir do sangue periférico, com altas concentrações de plaquetas que, colocadas no local de uma cirurgia, estimulam o desenvolvimento de células-tronco e a regeneração de tecidos lesionados.



Segundo o Dr. Luiz César Espirandelli a Fotoférese Extracorpórea é indicada para o tratamento de doenças autoimunes mediadas por células T e como forma de se evitar a rejeição de órgãos sólidos transplantados.



Já temos tudo pronto para iniciar esses serviços e estamos aguardando apenas a autorização da ANVISA, completa Nelson Tatsui.



R7