Cientistas da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, descobriram que o risco de transmissão do HIV aumenta três vezes para mulheres com vaginose bacteriana, doença comum em que o equilíbrio normal de bactérias na vagina é rompido.


Os resultados, publicados na PLoS Medicine, apontam para necessidade de pesquisas adicionais para melhorar o diagnóstico e o tratamento da vaginose bacteriana, extremamente comum na África subsaariana, região com a mais alta carga de HIV.


"Pesquisas anteriores mostraram que a vaginose bacteriana pode aumentar o risco de as mulheres se infectarem com o HIV, tanto quanto em 60%. O nosso estudo é o primeiro a mostrar que o risco de transmissão do HIV para os parceiros também é elevado", afirma o autor do estudo Craig R. Cohen.


Para a nova pesquisa, a equipe avaliou a associação entre vaginose bacteriana e o risco de transmissão do HIV em 2.236 mulheres HIV positivas e seus parceiros não infectados do sexo masculino de sete países africanos.


Depois de controlar fatores sócio demográficos, comportamento sexual, circuncisão masculina, infecções sexualmente transmissíveis, gravidez e os níveis de HIV no sangue das mulheres infectadas, a vaginose bacteriana foi associada com um risco três vezes maior de transmissão do HIV de mulheres para homens.


"Olhamos para a quantidade aumentada de HIV no trato genital, mas isso não foi suficiente para explicar o aumento do risco de transmissão do HIV. É possível que a vaginose bacteriana cause inflamação e que isso possa ser um fator. Nós realmente não sabemos ainda a relação entre a flora vaginal e a inflamação", afirma Cohen.


Segundo os pesquisadores, é provável que a partilha da microbiota entre o trato genital e mulheres e homens possa estar envolvida como causa do maior risco de transmissão. "A partilha da flora permanece mal compreendida e é uma área importante para futuras pesquisas", observa Cohen.


A equipe acredita que a melhor compreensão do papel da flora vaginal e o desenvolvimento de mais terapias para a vaginose bacteriana, seria um impulso significativo para a saúde das mulheres em geral, bem como iria auxiliar a reduzir a transmissão do HIV.


A vaginose bacteriana é uma condição em que o equilíbrio normal de microorganismos naturalmente encontrados na vagina é alterado. A quantidade de bactérias úteis é reduzida e aparecem mais bactérias prejudiciais. Além de aumentar o risco de se infectar com o HIV, a condição pode aumentar o risco de contrair outras doenças sexualmente transmissíveis e aumentar o risco de parto prematuro.



R7

Mulheres que consomem diariamente baixa quantidade de carboidratos e alta quantia de proteínas têm risco maior de serem atingidas por doenças cardiovasculares ou Acidente Vascular Cerebral (AVC), aponta estudo divulgado no site do “British Medical Journal”.


Segundo a publicação, mesmo com uma baixa amostragem de casos (5 a cada grupo de 10 mil mulheres por ano), os autores afirmam que tal índice representa um aumento de 28% na quantidade de casos e que esses resultados preocupam, já que uma grande parcela de mulheres jovens segue este padrão alimentar.


As dietas com baixo carboidrato e alto consumo de proteínas são utilizadas para controle do peso corporal. Embora aceitáveis por nutricionistas, que orientam de forma correta esta dieta, nem sempre o público cumpre o que foi recomendado.


São aceitos, por exemplo, consumo de proteínas desde que elas venham de fontes vegetais, como nozes, e redução de carboidratos insalubres à saúde, provenientes de guloseimas ou bebidas açucaradas.



G1

Um homem de 44 anos é o primeiro paciente do mundo a ser submetido a um transplante de fígado em uma operação realizada integralmente por um robô, que, por sua vez, era manipulado a distância por uma equipe médica do Ismett (Instituto Mediterrâneo de Transplantes) de Palermo, na Itália.

 

Formada por dezenas de médicos e enfermeiros, a equipe médica controlava os movimentos do robô através de um computador e com base na imagem tridimensional da cavidade abdominal do paciente, informou nesta terça-feira o jornal "La Stampa".

 

Esta inusitada intervenção abre um novo caminho em direção às operações, que, com base nesta nova técnica, podem ter seus riscos reduzidos, afirmaram os médicos envolvidos no procedimento. Apesar do uso de robôs serem cada vez mais habitual nas salas de cirurgia, a novidade deste caso é que os médicos coordenavam o processo a distância.

 

Desta forma, o robô, batizado como "Da Vinci", realizou cinco incisões de menos de um centímetro e uma de nove para extrair uma parte do fígado da doadora, a mesma transplantada com sucesso no paciente doente, que sofria de cirrose hepática e cuja vida dependia do sucesso da operação.

 

Segundo a equipe médica, que contou com a colaboração da clínica universitária Cisanello de Pisa, o doador, irmão do doente, demorou nove dias para se recuperar, enquanto o receptor precisou de um pouco mais de tempo para se recuperar.


EFE

olhosA Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos (CIHDOTT) do Hospital de Urgência de Teresina (HUT) Dr. Zenon Rocha já realizou 36 captações de córneas, em 2012, dado que representa um aumento de 30% em relação ao mesmo período do ano passado. A Comissão é formada por três enfermeiros, dois psicólogos, um médico e uma assistente social.

 

No início deste mês, o HUT passou a realizar o exame de eletroencefalograma (EEG), que é um dos exames utilizados para confirmar o diagnóstico de morte encefálica. O exame de EEG oferece o maior custo beneficio tanto para o paciente quanto para aos profissionais de saúde envolvidos neste processo.

 

De acordo com a gerente de enfermagem da CIHDOTT, Nadja Miranda, foi muito importante possibilitar a realização deste exame dentro do HUT, ele é de menor custo financeiro para o hospital e ameniza o desgaste emocional para a família do doador. "O EEG é um exame não invasivo que pode ser realizado no leito do paciente, sem a necessidade de deslocamento do hospital, com isso diminuímos o tempo para diagnosticar a morte encefálica, agilizando o processo de doação para as famílias que desejam realizar a doação de órgãos", comenta.

 

Segundo a diretora geral do HUT, Clara Leal, a realização deste exame dentro do HUT, significa um grande avanço para a área de transplantes no nosso estado. E expõe que, "depois que o HUT passou a realizar o EEG, houve um aumento significativo no numero de captações de múltiplos órgãos no hospital. E, isso resulta na diminuição da fila de espera por um órgão no Piauí, uma perspectiva de vida melhor para muita gente".


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