A vacinação contra febre aftosa em Floriano-PI foi um sucesso e de acordo com o coordenador regional da Agência de Defesa Agropecuária do Piauí (ADAPI), Emídio Gabriel, o índice vacinal atingido na cidade e mais nove municípios vizinhos, pelo qual o órgão local é responsável, foi de mais de 98%.
O trabalho também realizado na coleta de sangue dos animais foi muito proveitoso, disse ele, e está sendo feito o monitoramento das propriedades, que iniciaram 15 dias após a coleta, para que assim que sair o resultado, o Ministério da Saúde possa liberar o Piauí da febre aftosa, com vacinação.
Segundo o coordenador local o Piauí vai ficar nivelado com todo o resto da nação.
Como parte das ações de prevenção contra a Aids, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) continuará, durante todo o mês de setembro, o mutirão para teste rápido de HIV/Aids nas penitenciárias do Piauí. A campanha “Fique Sabendo” pretende realizar uma média de 1.500 exames, em todo o Estado, até o fim deste ano. Nesta quinta-feira, 23, a equipe da secretaria esteve presente na Penitenciária Feminina.
No dia 10 de setembro será a vez da penitenciária Irmão Guido receber novamente o mutirão. “Na Irmão Guido nós vamos dar continuidade à primeira etapa”, afirma Karina Amorim, coordenadora de Doenças Transmissíveis da Sesapi. Ela explica que as penitenciárias Major César, em Teresina, e os presídios de Esperantina e Oeiras já receberam o mutirão.
“Diagnosticar o HIV precocemente ajuda na melhoria da qualidade e expectativa de vida da pessoa, além de proporcionar melhores condições para o sucesso do tratamento. É fundamental que as pessoas com vida sexual ativa façam o teste para descobrirem se são ou não portadoras do HIV e, em caso de positividade, iniciarem imediatamente o tratamento”, acrescenta.
A coordenadora diz que, durante visita às penitenciárias no interior, os testes podem ser levados para eventos públicos, desde que haja solicitação do gestor local. É o caso de Bom Jesus, por exemplo. “Nos dias 25 e 26 estaremos aproveitando os festejos daquela cidade e levando nossos serviços para uma grande parte da população do município e das cidades vizinhas, já que os festejos sempre recebem um número expressivo de visitantes”, frisa.
Ações semelhantes já aconteceram em Teresina e José de Freitas. Mais de 600 testes foram realizados só nos meses de junho e julho em diversos eventos dos dois municípios. Ao todo foram mobilizados dezenas de profissionais de saúde como enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais e técnicos de laboratório.
Além de oferecer testagem à população mais vulnerável à infecção – homens que fazem Sexo com Homens (HSH), usuários de drogas injetáveis (UDI), travestis e transexuais, a campanha também pretende incentivar pessoas que nunca realizaram o teste a conhecerem o seu status sorológico, independentemente da sexualidade.
O teste é gratuito, voluntário e sigiloso. Informações sobre onde fazer o teste podem ser obtidas nos Centro de Testagem e Acolhimento (CTA).
Quase 30 anos após a descoberta de uma ligação entre o consumo de álcool e alguns tipos de tumores, como o de esôfago, cientistas da Universidade de Minnesota, nos EUA, relatam a primeira evidência em humanos de que essas bebidas podem mesmo ser cancerígenas.
Os resultados foram apresentados esta semana no 244º Encontro Nacional da Sociedade Americana de Química. Segundo a autora Silvia Balbo, que liderou o trabalho, o corpo humano metaboliza – ou seja, quebra – as moléculas de álcool contidas em cervejas, vinhos e destilados.
Uma das substâncias formadas nessa ruptura é o acetaldeído, que tem estrutura semelhante ao formaldeído, um conhecido composto carcinogênico, relacionado a tumores nos pulmões, nariz, cérebro e sangue (leucemia).
Por meio de experimentos em laboratório com voluntários, os pesquisadores observaram que o acetaldeído pode danificar o DNA, causando alterações cromossômicas e agindo como um agente cancerígeno.
Para testar a hipótese, os autores deram para dez pessoas doses crescentes de vodka (uma, duas e três), uma vez por semana, durante três semanas. Eles descobriram que, horas após a ingestão de álcool, os níveis de um marcador biológico do DNA aumentavam até 100 vezes nas células orais dos indivíduos, e diminuíam depois de 24 horas. O mesmo efeito foi observado nas células sanguíneas.
De acordo com Silvia, a maioria das pessoas tem um mecanismo de reparo natural altamente eficaz para corrigir falhas no DNA – uma enzima chamada desidrogenase converte o acetaldeído em acetato, substância relativamente inofensiva –, mas algumas são mais suscetíveis a terem problemas.
Entre esse grupo, estão 30% ou 1,6 bilhão de pessoas de origem asiática que não têm essa enzima. Além dos orientais, americanos (incluindo nativos do Alasca) apresentam uma deficiência na produção da desidrogenase.
Os cientistas dizem, no entanto, que a maior parte dos indivíduos não desenvolverá câncer por beber socialmente, mas é importante lembrar que o álcool traz outros problemas de saúde – ao fígado, cérebro e outros órgãos – e aumenta os riscos de acidentes no trânsito.
Mulheres que ocupam postos de trabalho de baixa hierarquia e sofrem de estresse em seu local de trabalho correm um risco duas vezes maior de sofrer de diabetes do que as que não sofrem pressão profissional, segundo estudo publicado esta semana no Canadá. Diferente dos homens, as mulheres costumam reagir ao estresse comendo mais produtos com açúcar e gordura, declarou à AFP um dos autores do estudo, Peter Smith.
A incidência de diabetes aumentou no Canadá e este fator de risco pode ser modificado para combater o mal, escreveu Smith, do Instituto de Pesquisas sobre Trabalho e Saúde (IWH, na sigla em inglês), e Richard Glazier, do Instituto de Ciência Clínica Avaliativa (ICES, na sigla em inglês), de Toronto.
A pesquisa, realizada durante nove anos, mostrou uma relação entre o grau de autonomia no trabalho e a incidência de diabetes na população feminina, destacam os autores no estudo publicado na revista de medicina ocupacional Journal of Occupational Medicine.
Em outras palavras, explicou Smith à AFP, as mulheres estressadas poderiam ser levadas a consumir mais açúcar e gordura. O estresse profissional parece favorecer o diabetes por dois fatores.
Por um lado, o diabetes se favoreceria por perturbações geradas no sistema neuroendocrinológico e no sistema imunológico, que provocam maior produção de hormônios como o cortisol e a adrenalina, e por outro por mudanças na conduta alimentar e no gasto energético.
Depois de ter acompanhado 7.443 pessoas em atividade durante nove anos, os cientistas descobriram que a proporção de casos de diabetes devido ao estresse profissional entre as mulheres foi de 19%.
Esta cifra é superior às relacionadas com o tabagismo, a bebida, a atividade física ou o nível de consumo de frutas e verduras, mas menor que o risco representado pela obesidade. Não se constatou a mesma relação entre os homens. Eles reagem de forma diferente ao estresse, tanto no plano hormonal quanto nos hábitos de consumo, disse Smith em e-mail à AFP.