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O período após o parto é o momento em que a mulher fica vulnerável a diversas emoções, desde as mais simples, como o choro, a tristeza, até as coisas bem mais inusitadas, como imaginar que há alguém a perseguindo ou que tem superpoderes. O obstetra Sérgio Floriano Toledo, diretor da Sociedade Paulista de Ginecologia, explica que durante a gravidez, o corpo fica “banhado” de hormônios, com destaque para o estrogênio e a progesterona.

 

Após o nascimento do bebê, há uma queda intensa da produção hormonal, deixando a mulher mais suscetível a uma série de fatores que podem levar à depressão.

 

— A morte de alguém, passar muitos dias na UTI e o determinismo genético [ter casos na família] podem ficar mais evidenciados no período pós-parto.

 

Com “determinismo genético”, o médico quer dizer que ter histórico familiar de depressão pode aumentar as chances de que a mulher também tenha.

 

Além disso, a doença se enquadra em três tipos: tristeza pós-parto, depressão pós-parto e psicose pós-parto. Elas se diferenciam nos sintomas e na intensidade, durando de cinco a sete dias.

 

— A duração da depressão intermediária e da psicose pós-parto vai depender do diagnóstico correto, da proposta de tratamento e do envolvimento dos familiares.

 

Existe tratamento para esse distúrbio psicológico? Sim. Dependendo da intensidade, é necessário o uso de medicamentos e, às vezes, até do método de eletroconvulsoterapia (corrente elétrica) em casos especiais de psicose pós-parto. O médico acrescenta:

— Já a psicoterapia pode ser inserida como tratamento para os três tipos de depressão.

 

Vale ressaltar que, quando a mulher se encontra em estado de depressão, quem procura pela ajuda médica são os familiares, pois quem “está de fora” consegue perceber com mais rapidez as alterações emocionais que ocorrem na mãe. Por isso é fundamental a participação e o apoio da família durante o processo de cura.

 

Quer saber mais sobre os tipos de depressão que podem ocorrer após o parto? Confira:

Tristeza pós-parto: Ela pode ocorrer do 3º ao 4º dia após o parto, atingindo cerca de 50% a 80% das mulheres. Sintomas: Após o nascimento do bebê, a mulher fica mais chorosa, irritada, não consegue dormir, o humor fica alterado e há certa dificuldade em se concentrar.

 

Depressão pós-parto (intermediária): Normalmente ela inicia a partir da segunda semana após o parto, atingindo cerca de 10% a 15% das mulheres. Sintomas: Na fase intermediária, os sintomas aparecem com mais intensidade. São elas: tristeza excessiva, choro, desânimo, desligamento da vida social, perda do apetite, aparência abatida, distúrbio do sono e perda da libido.

 

Psicose pós-parto: Ela pode ocorrer entre duas ou três semanas após o parto. A incidência é infinitamente menor, atingindo cerca de 0,1% a 0,2% das mulheres. Sintomas: Ilusões, alucinações (sensação de ter alguém te seguindo), confusão mental e agitação motora. A mulher fica totalmente desconexa do tempo e do espaço.

 

R7

chocolateMais um estudo revelou os benefícios do chocolate sobre a saúde do coração. Dessa vez, pesquisadores suecos descobriram que o doce pode ser um aliado dos homens para evitar um acidente vascular cerebral (AVC). Segundo os resultados do trabalho, que foi publicado nessa quarta-feira no periódico Neurology, comer pequenas quantidades do alimento já é suficiente para reduzir o risco de derrame em 17%.

 

A pesquisa, feita pelo Instituto Karolinska, em Estocolmo, na Suécia, acompanhou por dez anos mais de 37.000 homens de 49 a 75 anos. Ao longo desse período, eles responderam a questionários sobre estado de saúde e hábitos alimentares. Ao final do estudo, foram registrados quase 2.000 derrames cerebrais.

 

Entre os homens que nunca comiam chocolate ou que consumiam as menores quantidades, a incidência de AVC foi de 85 por 100.000 participantes ao ano. Essa taxa, entre aqueles que mais comiam o doce (cerca de 10 gramas por dia), foi de 73 por 100.000 homens ao ano. O risco de derrame foi menor entre esse grupo mesmo após os pesquisadores levarem em consideração fatores como peso, tabagismo, sedentarismo e pressão alta.

 

Para a coordenadora do estudo, Susanna Larsson, pode ser que os efeitos positivos do chocolate se devam à presença dos flavonoides no alimento. Essa substância, que também é encontrada em frutas e vegetais, é conhecida por ter propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Enquanto o mecanismo pelo qual esse doce age no organismo ainda não e completamente compreendido, a autora afirma que o consumo de chocolate deve ser moderado, já que ele é calórico e contém gordura.

 

 

Fonte: G1

Os pacientes com doenças crônico-degenerativas, em casos terminais, devem ter a vontade de morrer respeitada pelos médicos, independente da vontade da família. Isso é o que determina a resolução 1995/2012 do Conselho Federal de Medicina, publicada neste ano. Com a resolução, o paciente que avisar o médico e tiver registrado no prontuário que quer "morrer em paz", sem intervenção de aparelhos e da tecnologia, não poderá ser contrariado.

 

De acordo com o presidente do CFM (Conselho Federal de Medicina), Roberto D'Ávila, o paciente deve definir para seu médico, enquanto lúcido, o que quer para o seu momento final de vida. Isso pode ser feito em qualquer idade, mesmo antes da doença.

 

O paciente deve dizer, por exemplo, se quer ou não ser operado, levado para a UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) ou reanimado em caso de paradas cardíacas ou respiratórias.

 

Registrado no prontuário do paciente, a decisão pode ou não ser assinada pela pessoa. O documento, inclusive, pode ser registrado em cartório. No Estado de São Paulo, segundo D'Ávila, mais de 3.000 documentos semelhantes já foram registrados.

 

— As pessoas devem dizer o que querem quando estiverem morrendo e o médico será obrigado a fazer isso. Se ela não quer ir para a UTI, quer morrer em casa, vai ser respeitada. Mas se quiser usar todos os requisitos tecnológicos, também será respeitada.

 

Eutanásia

A grande preocupação do CFM é preservar a relação médico-paciente, garantindo, a quem quiser, a "tranquilidade do momento de partida". Isso, no entanto, não deve ser confundido com eutanásia.

 

— Não queremos confundir com a eutanásia, quando o médico desliga aparelhos. Não vamos desligar aparelhos. A pessoa não será abandonada, vai receber os cuidados paliativos para ter conforto o tempo necessário e morrer em paz.

 

Segundo D'Ávila, o que defende o CFM é a ortotanásia, ou seja, a morte natural, inclusive com o auxilio e acompanhamento de um médico.

 

— Temos que fazer todo um possível até um limite, mas queremos resgatar que as pessoas morram no seu tempo certo, sem intervenção desnecessária que não traz benefício. Queremos respeitar o paciente que não quer sentir dor, não quer ficar nervoso, quer ter presença dos familiares, estar em casa. E queremos deixa-lo partir sem amarra ou intervenção fútil, porque não lhe da opção de voltar a estado de saúde prévio.

 

O presidente do CFM explica a diferença da eutanásia e da ortotanásia, relativa à resolução. Se um paciente em estado vegetativo tem os aparelhos desligados, isso pode ser considerado eutanásia. Se ele decide e avisa o médico, quando ainda está saudável, que não quer intervenções que prolonguem a vida, o médico não o deixaria chegar a um estado vegetativo, por exemplo, e isso é a ortotanásia, porque a pessoa morre naturalemente.

 

Entenda a diferença:

Eutanásia: abreviação da morte. É quando o médico desliga os aparelhos de uma pessoa que está em estado vegetativo, por exemplo, dependendo daqueles aparelhos para viver.

Distanásia: prolongação da morte. É quando o médico liga o paciente em aparelhos e usa a tecnologia disponível para prolongar a vida ou atrasar a morte.

Ortotanásia: morte natural. É quando o médico trata o paciente, mas, em casos terminais, não utiliza artifícios tecnológicos para atrasar a morte do paciente.

 

R7

Os garçons e funcionários de bar e restaurantes apresentaram uma melhora de saúde equivalente ao ganho de três anos de vida graças à lei que restringe o uso do cigarro em locais públicos fechados, aponta um estudo científico suíço divulgado nesta quinta-feira, 29.

 

A pesquisa, realizada pelo Instituto Tropical e de Saúde Pública do Cantão de Basiléia, se baseou em exames cardiovasculares de uma centena de trabalhadores de bares e restaurantes, principalmente garçons. No caso dos estabelecimentos menores, a pesquisa também incluiu de forma voluntária os ajudantes de cozinha que costumam colaborar com o atendimento aos clientes.

 

Segundo os pesquisadores suíços, os três anos de vida a mais que foram mencionados representam uma média da melhora dos indicadores cardiovasculares dos funcionários, que passaram a ficar menos expostos a fumaça em seus locais de trabalho.

 

Os participantes do estudo foram submetidos a um primeiro exame médico antes da aplicação da lei antifumo na Suíça, no 1º de maio de 2010. Apos seis e 12 meses depois, os envolvidos com a pesquisa voltaram a realizar os mesmos testes médicos, o que permitiu um melhor acompanhamento desta evolução.

 

Antes da restrição do cigarro em locais públicos fechados, os empregados inalavam passivamente o equivalente a cinco cigarros por dia e, após a nova lei antifumo, essa exposição passou a ser 16 vezes menor, concluiu a pesquisa.

 

EFE

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