De acordo com um estudo a Universidade de Harvard, a poluição sonora das grandes cidades é a responsável por prejudicar a saúde do cérebro. O barulho excessivo age com uma droga, tornando as pessoas dependentes do ruído.
O barulho estressante libera substâncias excitantes no cérebro como o ópio e a heroína. Elas provocam prazer e tornam as pessoas viciadas no ruído. Essa dependência pode causar depressão e agitação, deixando as pessoas incapazes de reflexão e meditação mais profunda.
Quanto mais exposta ficar a pessoa ao ar poluído, principalmente durante os engarrafamentos, onde há uma maior concentração de dióxido de carbono, maior é o nível de estresse. Esse estresse prolongado pode agravar doenças como a arteriosclerose, problemas no coração e até o surgimento de doenças infecciosas.
Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) publicada na última sexta-feira, 19, no Diário Oficial da União proíbe aos médicos do país a indicação e a aplicação dos chamados tratamentos antienvelhecimento, que usam hormônios, antioxidantes ou vitaminas, sob risco de cassação da licença do profissional.
O uso dessas substâncias continua permitido no tratamento de problemas de saúde em que a aplicação delas tenha eficácia comprovada pela ciência. Não é o caso dos métodos de rejuvenescimento agora proibidos, que foram, inclusive, relacionados com casos de câncer e alterações hormonais graves, segundo informa Elisa Franco de Assis Costa, membro da Câmara Técnica de Geriatria do CFM.
A partir da publicação, profissionais ficam impedidos de oferecer tratamentos antienvelhecimento com a substância EDTA (etilenodiaminatetraacetico), classificada como "quelante", que promete quebrar o efeito de minerais como ferro, cálcio e alumínio que se acumulam no organismo, ou com o DHEA (dehidroepiandrosterona), um propulsor hormonal que reduziria marcas da idade.
Também fica vedada a aplicação do hormônio do crescimento e a indicação de ingestão de antioxidantes como gincobiloba, vitaminas C e E, para tratamentos rejuvenescedores.
“Há alguns anos esses tratamentos vêm se proliferando pelo Brasil. Isso explora a ilusão humana. Depois de analisarmos vários estudos relacionados ao tratamento antienvelhecimento, o conselho viu que não há comprovação de resultados positivos do uso de hormônios, antioxidantes, vitaminas, além da trocaína (um anestésico aplicado na veia para rejuvenescimento)”, explica a profissional.
Segundo o conselho, a nova regra reforça limitação imposta pelo Código de Ética Médica, em vigor desde 2010, que também desautoriza o emprego de técnicas sem comprovação cientifica.
A resolução atual também dialoga com os conteúdos das resoluções 1938/2010, que alerta para a ineficácia das práticas ortomoleculares com o intuito de combater processos como o antienvelhecimento, e a 1974/2011, que trata de publicidade médica. A norma do ano passado proíbe médicos de anunciarem e prometerem resultados aos pacientes divulgarem o uso de métodos sem comprovação cientifica.
Hábitos de vida retardam envelhecimento
Segundo doutora Elisa, para ter um envelhecimento saudável é preciso ter melhores hábitos de vida e atividades mentais, além de controlar fatores de riscos para doenças e tratar problemas de saúde crônicos.
“Até a cidade em que vivemos influencia o envelhecimento saudável. Cabe ao profissional médico buscar e recomendar aquilo que funcione para o paciente e que vai lhe trazer benefícios”, conclui.
Quando alguém nos diz para levantar ombros e cabeça a fim de melhorar o humor, tem razão. Uma pesquisa feita pela Universidade Federal de São Francisco, na Califórnia, aponta que a má postura pode levar à depressão.
Para o estudo, cientistas recrutaram 100 pessoas e as fizeram caminhar com os ombros para frente e depois com as costas retas. Minutos depois, pediram que eles dissessem como se sentiam, apontando níveis de energia e relatando se sentiam-se deprimidos. Os resultados mostraram que os voluntários ficaram mais descontentes e deprimidos após caminhar com as costas curvadas, mas que melhoraram de humor imediatamente após adquirirem melhor postura.
A má postura, segundo as conclusões, publicadas no site da revista Cosmopolitan, podem levar ao mau humor mesmo quem não está passando por maus bocados. Prestar atenção nisso pode ajudar a recuperar a energia num momento de cansaço, como no meio do expediente do trabalho.
Casos de câncer na família são cada vez mais comuns. Cerca de 15% dessa doença costuma ter origem viral, como tumores de cabeça e pescoço, colo do útero, canal anal, vagina, pênis, fígado e sistema linfático (linfomas). Na região Norte do país, por exemplo, a causa mais comum de morte por câncer altualmente é no colo do útero. E muitas vezes o problema é provocado pelo vírus do papiloma humano (HPV), transmitido principalmente por relações sexuais sem camisinha.
Além da proteção com o preservativo, existe vacina contra o HPV – apenas na rede privada, pois o Sistema Único de Saúde (SUS) ainda não oferece as doses. Segundo o ginecologista José Bento, existem dois tipos de vacina: a bivalente (contra os vírus 16 e 18) e quadrivalente (6, 11, 16 e 18). A primeira custa R$ 1.000 e a segunda, R$ 1.200, e ambas são aplicadas em três doses.
Em todo o mundo, estima-se que 600 milhões de pessoas estejam contaminadas pelo HPV. Cerca de 10 milhões já têm uma lesão pré-cancerígena, e entre 2 e 3 milhões foram diagnosticadas com câncer do colo do útero. Manter uma vida saudável também ajuda a prevenir o câncer. De acordo com o oncologista Paulo Hoff, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, não fumar, evitar uma alimentação rica em gorduras e apostar nas fibras, e manter uma rotina de exercícios físicos são fatores que contribuem para ficar livre da doença.
Hoff também explicou que 1% dos brasileiros tem hepatite B e 1,5%, hepatite C. Essas doenças podem causar danos sérios ao fígado, como cirrose, câncer e insuficiência hepática, além de diabetes. O tipo B é mais facilmente transmitido por via sexual, enquanto o C, por objetos cortantes que coloquem o organismo em contato com sangue. Contra o vírus do tipo B, existe vacina no SUS para pessoas até 29 anos. São três doses: a segunda 30 dias após a primeira, e a terceira depois de seis meses da primeira. A imunização vale por dez anos.
Os principais grupos que precisam se vacinar são: recém-nascidos, usuários de drogas injetáveis, profissionais da saúde, doadores de órgãos sólidos e medula óssea, policiais, bombeiros, manicures, podólogos, portadores de HIV, vítimas de abuso sexual e indígenas.
Já para o tipo C não há imunização, mas, como o vírus é transmitido principalmente pelo contato com sangue, é importante não compartilhar seringas nem objetos cortantes, como barbeador e lâminas. Escovas de dentes também podem ser um risco, pela fricção da gengiva. Além disso, é fundamental usar sempre objetos de manicure, tatuagem e piercing descartáveis ou esterilizados.
Entre os sintomas da hepatite B, que se parecem com os da hepatite A, estão: náusea, vômito, mal-estar, febre, fadiga, perda de apetite, dores abdominais, urina escura, fezes claras e icterícia (cor amarelada na pele).
A hepatite aguda pode passar despercebida, porque ou é assintomática, ou os sintomas não chamam atenção. Em menos de 5% dos casos, o vírus da hepatite B persiste no organismo e a doença se torna crônica. Apesar do índice baixo, o problema não tem cura, apenas tratamento.
No caso da hepatite C, o vírus costuma ser menos agressivo que o B, mas em 85% dos casos evolui para o tipo crônico e é a maior causa de transplantes de fígado nomundo.