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Ter um filho por parto natural aciona a produção de uma proteína no cérebro dos bebês que melhora o desenvolvimento do cérebro – um acionamento que nãopartonormal982012 ocorre com a mesma intensidade no parto via cesariana, informa um estudo feito na Escola de Medicina de Yale, nos Estados Unidos, divulgado nesta quarta-feira, 8, na revista especializada PloS ONE.

 

A equipe liderada por Tamas Horvath estudou as diferenças entre os dois tipos de partos na produção de uma proteína chamada UCP2, que é importante para o desenvolvimento adequado dos neurônios do “hipocampo” – região do cérebro responsável pela memória.

 

A proteína também atua no metabolismo da gordura. Por isso, os cientistas também acreditam que a sua produção pelo parto natural ajuda os bebês a processarem melhor o leite materno. Os pesquisadores estudaram camundongos. Na hora do parto natural, os roedores recém-nascidos acionaram a produção da UCP2 nessa área do cérebro. No parto césareo, a produção da proteína foi consideravelmente menor.

 

“O aumento da prevalência das césareas por motivos de conveniência e não necessidades médicas pode ter tipo um efeito prolongado no desenvolvimento do cérebro de humanos também”, acredita Horvath.

 

G1

Pesquisadores do Massachusetts General Hospital, nos Estados Unidos, descobriram que a vacina normalmente utilizada contra a tuberculose é eficaz no tratamento do diabetes tipo 1 em seres humanos. Ensaios clínicos mostraram que o uso da vacina modificada para elevar os níveis de um modulador do sistema imune causa a morte de células autoimunes que atacam as células secretoras de insulina do pâncreas.

 

A abordagem restaurou temporariamente a secreção de insulina em pacientes humanos com diabetes do tipo 1.

 

Em 2001, a pesquisadora Denise Faustman e seus colegas mostraram que a expressão do fator de indução de necrose tumoral (TNF), previamente mostrado para destruir células T autoreativas, curou o diabetes tipo 1 em ratos, permitindo que as ilhotas secretoras de insulina se regenerassem.

 

Uma vez que doses elevadas de TNF são tóxicas para os seres humanos, os ensaios clínicos usaram o bacilo de Calmette-Guérin (BCG), que eleva os níveis de TNF de forma segura.

 

"Nossos resultados mostram que esta vacina, simples e barata modifica a autoimunidade subjacente ao diabetes tipo 1, aumenta a produção de TNF e mata as células T causadoras de doenças e parece restabelecer rapidamente a função das células beta do pâncreas", observa a pesquisadora.

 

Segundo a equipe, este não é um ensaio de prevenção. "Estamos tentando criar um regime que vai realmente reverter o diabetes tipo 1 em pessoas que vivem com a doença. Prevemos que o ensaio de Fase II nos dará mais orientação para transformar BCG em um tratamento mais sustentado, incluindo a dose certa e a frequência de vacinação necessária para sustentar uma resposta terapêutica", conclui Faustman.

 

 

isaude.net

Para incentivar a notificação e promover o desenvolvimento de ações de vigilância e prevenção de violências, o Ministério da Saúde destinará, neste ano, R$ 31 milhões às secretarias estaduais e municipais de saúde de todo o país. No ano anterior, foram investidos R$ 25 milhões em projetos semelhantes.

 

Levantamento de dados do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde revela que as mulheres ainda são as maiores vítimas de violência no país e as mais vulneráveis a sofrer maus-tratos em ambientes domésticos.

 

Em 2011, o sistema notificou que 37.717 mulheres, entre 20 e 59, anos foram vítimas de algum tipo de violência no Brasil. O número representa um aumento de 38,7% em relação ao ano anterior, quando foram registrados 27.176 casos. Naquele ano, a notificação não era obrigatória. O levantamento traz informações de diversos tipos violência, enquadrados na Lei Maria da Penha, que completou seis anos nessa terça-feira, 07.

 

“O crescimento da notificação de violência reforça que a decisão do Ministério da Saúde de torná-la obrigatória foi acertada. O sistema é um importante meio para oportunizar a criação de mecanismos de prevenção e proteção”, assegura o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Segundo ele, é preciso estender o debate sobre este tema às escolas, comunidades, famílias, serviços de saúde e demais setores da sociedade como forma de diminuir o contingente de mulheres agredidas.

 

Entre as principais agressões notificadas, se destaca a física, com 78,2%, seguida por violência psicológica (32,2%) e sexual (7,5%).  Um dado que preocupa é a reincidência: em 38,4% dos casos, não era a primeira vez que a agressão ocorria. Em 2011, 5.496 mulheres foram internadas em decorrência de violência.

 

A maioria das agressões sofridas pelas mulheres ocorre dentro da própria residência (60,4%). Os homens com os quais elas se relacionam ou se relacionaram - seja namorado, companheiro, marido ou ex - são os maiores agressores. Eles respondem por 41,2% dos casos. Amigos ou conhecidos representam 8,1% e desconhecidos 9,2%. A suspeita de uso de álcool estava presente em 31,7% das notificações. Nas ocorrências que envolvem agressões sexuais, 51% dos principais agressores são desconhecidos; 13,5% os próprios cônjuges e 13,4% amigos ou conhecidos.

 

PROTEÇÃO– Hoje, o país conta com 552 serviços de atendimento às mulheres em situação de violência sexual e doméstica, além de 65 serviços de abortamento legal. As ações de combate à violência, no Sistema Único de Saúde (SUS), incluem também o treinamento dos profissionais em toda rede pública, a ampliação dos serviços sentinelas de notificação e dos serviços que prestam assistência às mulheres agredidas.

 

MONITORAMENTO – Em janeiro de 2011, o governo federal universalizou a notificação de violências doméstica, sexual e outras agressões para todos os serviços de saúde, incluindo todas elas na relação de doenças e agravos, que são registradas no SINAN. Também fortaleceu a Rede de Núcleos de Prevenção de Violências e Promoção da Saúde.

 

A ficha de notificação, preenchida nos serviços de saúde, classifica os tipos de violência entre lesão autoprovocada, violência física, violência psicológica/moral, tortura, violência sexual, tráfico de seres humanos, violência financeira/econômica, negligência/abandono, trabalho infantil, intervenção legal e outras.

 

MS

Menos de um ano após a  Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) ter proibido a venda de remédios derivados da anfetamina para tratar obesidade, oremedio882012 consumo off label (indicação fora da bula) de drogas para epilepsia, depressão e diabetes disparou no País.

 

Esses medicamentos (topiramato, liraglutida, bupropiona e metformina) não foram aprovados para o tratamento da obesidade, mas também fazem perder peso. Por isso, têm sido indicados para quem não consegue emagrecer tomando sibutramina ou orlistate, as duas opções oficiais restantes. Mas esses remédios ainda não foram amplamente testados para o tratamento da obesidade. Apesar de existirem estudos em andamento, ainda não é possível afirmar que são totalmente seguros e eficazes para esses casos.

 

Levantamento do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos do Estado de São Paulo (Sindusfarma) feito a pedido do jornal O Estado de S. Paulo mostra que a venda dessas quatro drogas (em unidades de caixas) aumentou acima do crescimento do mercado — o que mostra que a falta de opção de remédios para emagrecer têm feito médicos as prescreverem.

 

O consumo do anticonvulsivante topiramato, por exemplo, cresceu 64% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2010, antes de a Anvisa proibir três dos medicamentos usados para emagrecer (anfepramona, femproporex e mazindol). Entre os principais efeitos colaterais do topiramato estão lentidão cognitiva, diminuição do raciocínio, esquecimento de palavras em um discurso e malformação fetal (risco de lábio leporino).

 

A liraglutida — indicada para tratar diabete e vendida com o nome de Victoza — chegou ao mercado em maio do ano passado e teve um crescimento explosivo nas vendas em setembro, mês em que uma reportagem em uma revista a apontou como droga "milagrosa" na perda de peso. Em maio do ano passado, foram vendidas 1.270 caixas da liraglutida. Em setembro foram 35.402 caixas e em dezembro, 58.765, sendo que cada uma custa, em média, R$ 350.

 

A professora de inglês Sonia Aparecida Moreira do Nascimento, de 53 anos, pagou R$ 660 por duas caixas de liraglutida para emagrecer, mas interrompeu o tratamento porque não suportou os efeitos adversos.

 

— Além de não perder peso, passei muito mal. Agora vou fazer cirurgia de redução de estômago.

 

Antidepressivo

O consumo do antidepressivo bupropiona cresceu 54,6% nos seis primeiros meses de 2012 em relação ao mesmo período de 2010. Já a metformina, indicada para o tratamento do diabetes, teve o aumento mais expressivo (100%), mas passou a ser fornecida de graça no Farmácia Popular — o que pode explicar o aumento.

 

O endocrinologista Walmir Coutinho, presidente da Associação Internacional para Estudo da Obesidade, afirma que o cenário era esperado.

— Esse é um fato absolutamente esperado. A Anvisa retirou três bons medicamentos do mercado. Com pouca opção, é natural que as pessoas tentem tratamentos não indicados nas bulas.

 

Segundo ele, um terço dos pacientes não responde bem à sibutramina e muitos não se adaptam ao orlistate.

Márcio Mancini, chefe do setor de obesidade do Hospital das Clínicas de São Paulo, concorda, mas diz que, em termos de eficácia, essas drogas estão longe de serem consideradas ideais.

 

— É previsível que ocorra um crescimento no consumo de qualquer medicamento que promova perda de peso.

O professor Mário Saad, do Laboratório de Pesquisa em Resistência à Insulina da Unicamp, estudou o mecanismo de ação do topiramato em ratos e descobriu que ele diminui a ingestão de alimentos e aumenta o gasto energético, mesmo sem exercício.

 

— Não podemos fechar os olhos para uma doença crônica como a obesidade. Precisamos dar uma resposta à população que ficou desassistida.

O problema, explica Coutinho, é que muitos médicos prescrevem essas drogas para pacientes que precisam perder três ou quatro quilos.

— Isso é inaceitável. São remédios não aprovados para tratar obesidade e, nesses casos, os riscos são muito maiores do que os benefícios.

 

Agência Estado

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