Trinta minutos de caminhada de três a quatro vezes por semana é o ideal para prevenir o Acidente Vascular Cerebral e garantir mais qualidade de vida. Além disso, ter alimentação saudável, controlar o diabetes e a hipertensão arterial são determinantes para evitar o derrame.
Essas mensagens educativas foram repassadas aos colaboradores do Centro Integrado de Reabilitação, na manhã desta sexta-feira, 22. A iniciativa partiu da equipe de profissionais do projeto Pense Bem AVC no Piauí, desenvolvido pela Associação Piauiense de Habilitação, Reabilitação e Readaptação – Associação Reabilitar, que gerencia o Ceir.
Desde 2007, o projeto desenvolve ações de conscientização no sentido de evitar o derrame cerebral. Em 2012, os colaboradores visitaram escolas, comunidades e ministraram palestras para cerca de 1.200 estudantes do ensino básico de Teresina. O Pense Bem levou informação também aos moradores do interior do Estado. Cinco municípios foram visitados até agora.
A expectativa é que até o fim deste ano, a conscientização alcance um maior número de multiplicadores de informação. É o que diz a colaboradora do projeto, Cristiane Rocha, ressaltando que o objetivo da palestra no Ceir foi levar os funcionários a uma reflexão sobre as consequências de cada atitude tomada no dia-a-dia.
“Queremos alertar para a possibilidade de vida saudável, sem AVC. Daí, a importância da prevenção”, destaca. “No Centro Integrado de Reabilitação temos pessoas que lidam diariamente com pacientes que tiveram AVC, mas desconhecem ações simples que podem evitá-lo”, acrescenta a enfermeira.
A secretária do voluntariado, Cristiane de Pinho, é uma delas. A secretária reconhece a importância e a necessidade da conscientização e do esclarecimento. “A palestra nos ajudou a perceber e reconhecer o AVC para saber como agir diante de uma situação como esta. E mais, alertou para as ações cotidianas que devem ser adotadas para que cuidemos de nós mesmos”, finaliza.
Um brasileiro morre a cada dois minutos em decorrência de morte súbita, uma doença que paralisa o coração e depende da ajuda de outra pessoa para a vítima ser salva. Uma massagem cardíaca nessa hora, com 100 compressões no peito por minuto, pode ajudar a socorrer uma pessoa até o serviço de emergência chegar.
Segundo os cardiologistas Roberto Kalil e Denise Hachul, falta de ar repentina, desmaio e "batedeira" cardíaca são sinais de alerta para problemas que podem levar à morte súbita.
Em 2004, o jogador Serginho, do time paulista São Caetano, morreu em campo após uma parada cardíaca. Depois desse episódio, foi aberta uma discussão sobre o uso de desfibriladores em locais de grandes eventos, e as regras mudaram.
Outros esportistas que já tinham problemas no coração também morreram durante a atividade física ou foram afastados após uma parada cardíaca.
Indivíduos com casos de morte súbita na família são os que mais correm risco, mas o problema também pode aparecer sem dar sinais e sem histórico. É importante que o médico avalie o coração do paciente com um estetoscópio, mesmo nas crianças. Um eletrocardiograma também é um exame de check-up importante.
De acordo com Kalil, morte súbita é diferente de infarto agudo do miocárdio. No primeiro caso, o coração fica paralisado. Já no infarto, o coração funciona, mas o sangue não flui – apesar disso, o coração pode chegar a parar e a pessoa morrer repentinamente.
As arritmias cardíacas (alterações no ritmo dos batimentos) dos ventrículos (uma das câmaras do coração) são, segundo os médicos, a principal causa de morte súbita e muito comuns em pessoas que já sofreram um infarto. Remédios e um procedimento chamado ablação (um tipo de cauterização) são o principal tratamento para as arritmias. Marca-passos também podem ajudar muito.
Caso uma pessoa caia de repente perto de você, sem respirar, é importante chamar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), pelo número 192, e iniciar a massagem cardíaca, que qualquer leigo pode aprender. Não é preciso fazer respiração boca a boca.
Nos sites das sociedades brasileiras de Cardiologia e de Arritmias Cardíacas, é possível ver telefones de contato e informações sobre cursos de primeiros socorros.
O tempo ideal de chegada do Samu é de 7 minutos, e o ideal é que os veículos tenham um desfibrilador. Locais públicos também devem oferecer esse aparelho, que deve ser usado o mais rápido possível. Nesse caso, metade dos pacientes se salva. A cardiologista Denise Hachul destacou ainda que bebês devem dormir de barriga para cima para evitar uma morte súbita. Além disso, manter uma boa alimentação e fazer atividade física regularmente são dicas que valem para todas as idades, a vida inteira.
Uma pesquisa conduzida por cientistas no Reino Unido revelou que o mosquito da dengue aparentemente desenvolveu resistência a um princípio ativo presente na maioria dos repelentes atualmente comercializados no mundo, inclusive no Brasil.
A substância, conhecida como DEET, ou dietiltoluamida, é largamente empregada em repelente contra insetos, combatendo mosquitos, pernilongos, muriçocas e borrachudos. O composto age interferindo nos receptores sensoriais desses animais, inibindo seu desejo de picar o usuário.
O estudo, divulgado pela publicação científica Plos One, analisou a reação de mosquitos da espécie Aedes aegypti, vetores da dengue e da febre amarela, à substância. Os cientistas concluíram que, ainda que inicialmente repelidos pelo composto químico, os insetos depois o ignoraram.
Eles recomendaram que governos e laboratórios farmacêuticos realizem mais pesquisas para encontrar alternativas à DEET.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a dengue é hoje a doença tropical que se propaga mais rapidamente no mundo. Nos últimos 50 anos, sua incidência aumentou 30 vezes, o que pode transformá-la em uma pandemia, advertiu o órgão.
Isca
Para provar a eficácia da DEET os cientistas pediram a voluntários que aplicassem repelente com DEET em um braço e soltaram mosquitos.
Como esperado, o repelente afastou os insetos. No entanto, poucas horas depois, quando ofereceram aos mesmos mosquitos uma nova oportunidade de picarem a pele, os cientistas constataram que a substância se mostrou menos eficiente.
Para investigar os motivos da ineficácia da DEET, os pesquisadores puseram eletrodos na antena dos insetos.
"Nós conseguimos registrar a resposta dos receptores na antena dos mosquitos à DEET, e então descobrimos que os mosquitos não eram afetados pela substância", disse James Logan, da London School of Hygiene and Tropical Medicine, instituição que realizou o estudo.
"Há algo sobre ter sido exposto ao composto químico pela primeira vez que muda o sistema olfativo dos mosquitos. Ou seja, a substância parece mudar a capacidade dos mosquitos de senti-la, o que a torna menos eficiente", acrescentou.
Uma pesquisa anterior feita pela mesma equipe descobriu que as mudanças genéticas em uma mesma espécie de mosquito podem torná-los imunes à DEET.
"Os mosquitos evoluem muito rapidamente", disse ele. "Quanto mais nós pudermos entender sobre como os repelentes funcionam e os mosquitos os detectam, melhor poderemos trabalhar para encontramos soluções para o problema quando tais insetos se tornarem resistentes à substância".
O especialista acrescentou que as descobertas não devem impedir as pessoas de continuarem usando repelentes com DEET em áreas de alto risco, mas salientou que caberá aos cientistas tentar desenvolver novas versões mais efetivas da substância.
Para complementar o estudo, os pesquisadores britânicos agora planejam entender por quanto tempo o efeito dura depois da primeira exposição ao composto químico.
A equipe também deve estudar o efeito em outros mosquitos, incluindo espécies que transmitem malária.
No Brasil, a dietiltoluamida está presente na maioria dos repelentes encontrados à venda. Produtos com termetrina e citronela também podem ser achados, mas em menor número.
Não é a primeira vez, entretanto, que a substância causa polêmica.
No ano passado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) abriu à consulta popular uma proposta de resolução para assegurar a segurança e a eficácia dos repelentes a ser adotada pelos fabricantes.
No documento, cujo objetivo era disciplinar o comércio desse tipo de produto, o órgão determinava, por exemplo, a proibição do uso de repelentes com DEET em crianças menores de dois anos, além de informar sobre a necessidade de um estudo prévio para produtos com dosagem acima de 30% para um público acima de 12 anos. Em altas dosagens, especialmente em crianças, repelentes com DEET podem ser tóxicos.
Em entrevista à BBC Brasil, Jorge Huberman, pediatra e neonatologista do Hospital Albert Einstein e diretor do Instituto Saúde Plena, sugeriu alternativas ao uso de repelentes com DEET.
"É comum que depois de algum tempo os mosquitos adquiram certa imunidade ao produto, ainda que sejam necessários mais estudos para comprovar tal tese", explicou.
"Como alternativa, as pessoas podem usar repelentes com citronela e tomar complexo B, cujo cheiro desagrada os mosquitos, além, é claro, de usar mosquiteiros", disse.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) divulgou, na manhã desta sexta-feira, 22, o resultado final acerca dos interessados em participar do curso de especialização de Gestão no Trabalho e Educação em Saúde, oferecido pela Fiocruz. De um total de 88 candidatos, 30 foram selecionados.
A classificação obedece aos critérios de seleção estabelecidos no edital. Dos selecionados, nove representam a instância estadual e 21, a municipal. Além disso, 30 candidatos tiveram média e documentação suficientes para ficar na lista de espera, para a possibilidade de alguma desistência dos classificados.
Os candidatos classificados devem realizar a matrícula na cordenação do Núcleo de Estudo de Saúde Pública (Nesp), da Universidade Federal do Piauí (UFPI), em data ainda a ser definida e, posteriormente, divulgada, conforme explica a coordenadora pedagógica do curso no Piauí, Jesus Dias. “O curso acontece em todo o país, então, estamos ajustando as agendas para que a coordenadora geral da Fiocruz possa comparecer em todas as aulas inaugurais”, comenta.
Para mais informações sobre matrículas e a aula inaugural, basta entrar em contato através do número (86) 3215 5644.