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parada2222013Um brasileiro morre a cada dois minutos em decorrência de morte súbita, uma doença que paralisa o coração e depende da ajuda de outra pessoa para a vítima ser salva. Uma massagem cardíaca nessa hora, com 100 compressões no peito por minuto, pode ajudar a socorrer uma pessoa até o serviço de emergência chegar.

 

Segundo os cardiologistas Roberto Kalil e Denise Hachul, falta de ar repentina, desmaio e "batedeira" cardíaca são sinais de alerta para problemas que podem levar à morte súbita.

 

Em 2004, o jogador Serginho, do time paulista São Caetano, morreu em campo após uma parada cardíaca. Depois desse episódio, foi aberta uma discussão sobre o uso de desfibriladores em locais de grandes eventos, e as regras mudaram.

 

Outros esportistas que já tinham problemas no coração também morreram durante a atividade física ou foram afastados após uma parada cardíaca.

 

Indivíduos com casos de morte súbita na família são os que mais correm risco, mas o problema também pode aparecer sem dar sinais e sem histórico. É importante que o médico avalie o coração do paciente com um estetoscópio, mesmo nas crianças. Um eletrocardiograma também é um exame de check-up importante.

 

De acordo com Kalil, morte súbita é diferente de infarto agudo do miocárdio. No primeiro caso, o coração  fica paralisado. Já no infarto, o coração funciona, mas o sangue não flui – apesar disso, o coração pode chegar a parar e a pessoa morrer repentinamente.

 

As arritmias cardíacas (alterações no ritmo dos batimentos) dos ventrículos (uma das câmaras do coração) são, segundo os médicos, a principal causa de morte súbita e muito comuns em pessoas que já sofreram um infarto. Remédios e um procedimento chamado ablação (um tipo de cauterização) são o principal tratamento para as arritmias. Marca-passos também podem ajudar muito.

 

Caso uma pessoa caia de repente perto de você, sem respirar, é importante chamar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), pelo número 192, e iniciar a massagem cardíaca, que qualquer leigo pode aprender. Não é preciso fazer respiração boca a boca.

 

Nos sites das sociedades brasileiras de Cardiologia e de Arritmias Cardíacas, é possível ver telefones de contato e informações sobre cursos de primeiros socorros.

 

O tempo ideal de chegada do Samu é de 7 minutos, e o ideal é que os veículos tenham um desfibrilador. Locais públicos também devem oferecer esse aparelho, que deve ser usado o mais rápido possível. Nesse caso, metade dos pacientes se salva. A cardiologista Denise Hachul destacou ainda que bebês devem dormir de barriga para cima para evitar uma morte súbita. Além disso, manter uma boa alimentação e fazer atividade física regularmente são dicas que valem para todas as idades, a vida inteira.

 

 

G1