provab copyA segunda edição do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab) promoverá a atuação de 4.392 médicos nos serviços de Atenção Básica, beneficiando a população de 1.407 municípios. A iniciativa promove a qualificação médica por meio de atendimento em unidades básicas na periferia de grandes cidades, municípios do interior, com populações carentes e de regiões remotas. O Provab 2013 prevê ainda especialização em Saúde da Família para os médicos, com bolsa federal no valor de R$ 8 mil mensais, custeada integralmente pelo Ministério da Saúde. Os médicos já estarão atuando nos municípios a partir do dia 1º de março.

 

O resultado foi apresentado, nessa quinta-feira, 28, pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha. “Não tem programa similar na historia da saúde publica brasileira que tenha levado mais de 4 mil médicos pra trabalhar durante um ano nas áreas mais pobres, vulneráveis, tanto das grandes cidades, quanto do interior do nosso País. O Provab é mais uma das iniciativas em parceria com o Ministério da Educação destinada a enfrentar uma problemática, que é possivelmente o desafio mais crítico do SUS – ter mais médicos, bem formados e próximos da população que mais precisa”, define.

 

Padilha lembrou que o número de médicos pode aumentar, já que cerca de 500 profissionais ainda podem ser alocados, conforme o Edital 10, publicado nessa quinta-feira. Os interessados têm até esta sexta-feira (1/03) para solicitar o remanejamento por meio de recurso administrativo no site do programa (provab2013.saude.gov.br). Aqueles que tiverem seus recursos deferidos poderão escolher outro município com vagas remanescentes, nos dias 5 e 6 de março.

 

SUPERVISÃO –Durante o programa, os médicos farão também um curso de especialização com duração de 12 meses. Os profissionais atuarão nas equipes de Atenção Básica sob a supervisão de instituições de ensino superior (IES) e acompanhamento dos gestores locais, além de cursarem aulas teóricas ministradas em metodologia EAD (Ensino a Distância) pela Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UnA-SUS).

 

“Acredito que irão surgir muitas vocações a partir dessa experiência promovida pelo Provab. Vão surgir vocações para trabalhar na atenção básica e como médico da família”, avalia o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mozart Sales.

 

Os médicos terão sua atuação supervisionada por universidades e hospitais de ensino credenciados pelo MEC. A avaliação será realizada de três formas, pelo supervisor, que vale 50% da nota, 30% pelo gestor e pela equipe na qual ele atuará, e 20% por autoavaliação. Somente os médicos que cumprirem as atividades estabelecidas pelo programa e receberem nota mínima de sete terão pontuação adicional de 10% nos exames de residência médica, conforme resolução da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM).

 

A tutoria será realizada por instituições de ensino superior, por meio de supervisores remunerados com bolsa federal no valor de R$ 4 mil. Para garantir a qualidade do serviço prestado, os profissionais serão avaliados, trimestralmente. Para receber a bolsa e o bônus de 10% na residência, os profissionais terão que cumprir 32 horas semanais de atividades práticas nas unidades básicas e de 8 horas de atividades acadêmicas.

 

DISTRIBUIÇÃO – A região que contou com o maior número de municípios participantes foi a Nordeste (49%), onde 696 secretarias municipais de saúde receberão médicos do programa. Nesta região, foram alocados 2.494 médicos. Já a região Sudeste teve a segunda maior participação dos municípios, 357 (25%), para os quais serão enviados 1.018 profissionais. O Norte contará com 241 médicos do programa em 84 municípios. O Sul receberá 370 profissionais para atuar em 169 cidades e o Centro-Oeste, 269 em 101 municípios.

 

Dentre os municípios participantes, cerca de 21% possuem população rural e pobreza elevada, e serão contemplados com 633 médicos. As periferias dos grandes centros (regiões metropolitanas) são as localidades que receberão mais profissionais (1.724), e correspondem a 20% dos municípios participantes. Outras regiões prioritárias que contarão com mais médicos são: população maior que 100 mil habitantes (434); intermediários (944); população rural e pobreza intermediária (617); e populações quilombola; indígena e dos assentamentos rurais (40).

 

CRITÉRIOS – A alocação dos profissionais foi orientada pelas opções selecionadas pelo próprio médico e por critérios de preferência. Tiveram prioridade no processo os profissionais que se graduaram, obtiveram certificado de conclusão de curso ou revalidaram diploma em instituição de ensino localizada na unidade da federação a qual pertence o município, bem como os nascidos no estado. O segundo critério consistiu na data e horário da adesão, e o terceiro, na idade do profissional, tendo preferência a maior.

 

 

SUPORTE –Os médicos participantes terão acesso às ferramentas do Telessaúde Brasil Redes, programa do Ministério da Saúde que promove a orientação dos profissionais da Atenção Básica, por meio teleconsultorias com núcleos especializados localizados em instituições formadoras e órgãos de gestão. Outra ferramenta disponível é o Portal Saúde Baseada em Evidências, plataforma que disponibiliza gratuitamente um banco de dados composto por documentos científicos, publicações sistematicamente revisadas e outras ferramentas (como calculadoras médicas e de análise estatística) que auxiliam a tomada de decisão no diagnóstico, tratamento e gestão.

 

 

 Ascom/MS

 

A coordenação estadual do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) realizou durante toda essa quarta-feira, 27, um encontro com os novos coordenadores e responsáveis técnicos das bases do Serviço, localizados em 54 polos (municípios) do Estado. O encontro foi no auditório da sede do Samu Estadual, zona Sudeste de Teresina.

 

De acordo com a coordenadora de enfermagem do Samu Piauí, Cristiana Evangelista, a posse de gestores municipais, mesmo os que foram reeleitos, ocasionou mudança também na administração dos municípios que têm base do Samu, abrangendo coordenadores e responsáveis técnicos do Serviço de Atendimento Móvel. “Esses profissionais precisam atender e executar as diretrizes e recomendações do Ministério da Saúde e cabe à Sesapi proporcionar essa capacitação”, comenta a coordenadora.

 

Uma dessas diretrizes do Ministério da Saúde diz respeito à formação das bases.  Um suporte básico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência é composto por quatro condutores, que, além de motoristas, também são socorristas; quatro técnicos ou auxiliares de enfermagem e um coordenador médico. A base avançada é formada por um coordenador médico, um coordenador de enfermagem, sete médicos, sete enfermeiros e sete técnicos em enfermagem.

 

No encontro estiveram presentes o Conselho Regional de Enfermagem, que explicou a participação do enfermeiro junto à coordenação do Serviço de Atendimento Móvel, além de técnicos de uma empresa de telefonia móvel, esclarecendo os pontos de acesso e quais os mecanismos de atendimentos via telefone; médicos e membros do Samu Estadual, como a coordenadora responsável, Christianne Rocha, o coordenador médico, Gerardo Vasconcelos, e o coordenador geral de urgência e emergência, Telmo Mesquita.

 

 

Sesapi

poluicao2822013A exposição diária à poluição do ar por muitos anos pode diminuir o tamanho do órgão sexual masculino. É o que sugerem pesquisadores da Cardiff University, no Reino Unido e da CHEM Trust (Chemicals, Health and Environment Monitoring Trust).

 

O estudo realizado revela que produtos químicos modernos lançados na atmosfera podem estar afetando o desenvolvimento do pênis de lontras do sexo masculino. Segundo os pesquisadores, o fato observado nos animais também pode ser aplicado aos seres humanos.

 

O relatório mostra que, apesar de um aumento na população de lontras, masculinos em particular, estes animais estão mostrando sinais preocupantes de mudança em seus órgãos reprodutivos.

 

A equipe de pesquisa analisou vários indicadores de saúde reprodutiva masculina e encontrou vários sinais de mudança que são motivo de preocupação: encolhimento de órgãos reprodutivos, aumento de cistos sobre os tubos que transportam o esperma durante a reprodução, além do aumento do índice de testículos não-descidos (criptorquidia).

 

Eles afirmam que não é possível determinar exatamente quais são as causas dessas mudanças, mas vários estudos, tanto em laboratório quanto em animais selvagens, têm sugerido ligações entre produtos químicos disruptores hormonais e problemas com a saúde reprodutiva masculina.

 

"A lontra é um excelente indicador da saúde do meio ambiente do Reino Unido, em sistemas particularmente aquáticos. Nossas análises de contaminantes focaram em Poluentes Orgânicos Persistentes (POP) proibidos na década de 1970, mas que ainda estão aparecendo nos tecidos das lontras. Outros produtos químicos, de uso corrente, ainda não estão sendo monitorados na vida selvagem. Há uma clara necessidade de rever o conjunto de contaminantes medidos. Falhas nisso podem levar a uma falsa sensação de segurança e causar ameaças emergentes", afirma a pesquisadora Eleanor Kean.

 

Especialistas estão cobrando do governo do Reino Unido para identificar urgentemente disruptores hormonais para garantir que os produtos químicos suspeitos de causar problemas na saúde reprodutiva masculina sejam substituídos por alternativas mais seguras.

 

Isaude.net

Doenças mentais como o autismo, o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), a depressão, o transtorno bipolar e a esquizofrenia podem ter em comum fatores de risco genéticos, segundo um novo estudo publicado nesta quinta-feira, na revista médica britânica "The Lancet".

 

Cientistas do Consórcio de Genômica Psiquiátrica (Carolina do Norte) descobriram que há variantes genéticas que influem nestas doenças que eram consideradas clinicamente diferentes.

 

O estudo analisou e comparou os genes de mais de 33 mil pacientes com algum desses transtornos com quase 28 mil sem nenhum deles. O objetivo da pesquisa era encontrar variações genéticas comuns que pudessem ser fatores de risco de algum dos cinco distúrbios mentais.

 

Finalmente, foram descobertas quatro variantes genéticas comuns (duas das quais controlam os níveis de cálcio no cérebro) que parecem aumentar o risco de transtorno bipolar, depressão e esquizofrenia em adultos.

 

Análises posteriores revelaram que os genes que controlam os canais de cálcio - encarregados da relação entre as células do cérebro através de sinais elétricos - também podem ser importantes no desenvolvimento das cinco doenças.

 

"(A descoberta) pode mudar o modo com que definimos e diagnosticamos as doenças, baseado em causas biológicas. Alguns desses distúrbios têm mais relação entre si do que havíamos imaginado", disse o coordenador do estudo, Jordan Smoller, professor de psiquiatria de Harvard (Boston, EUA).

 

No entanto, os especialistas ainda não entendem exatamente como essas variantes estão relacionadas às doenças.

 

"É a primeira pista que temos sobre genes específicos e vias que podem causar uma maior suscetibilidade perante um determinado número de distúrbios", acrescentou Smoller.

 

O cientista apontou, ainda, que os fatores genéticos descobertos podem ser apenas uma pequena parte do risco que finalmente desemboca em distúrbios como a depressão e a esquizofrenia.

 

"Não são suficientes para prever o risco de um indivíduo. Uma pessoa pode ter todas essas variações e, por outro lado, nunca desenvolver um distúrbio psiquiátrico", ressaltou.

 

EFE