São diversos obstáculos no dia a dia das pessoas que podem causar quedas e lesões graves, como buracos nas calçadas, desníveis, escadas sem corrimão, chão escorregadio, tampas de bueiro ou até mesmo raízes de árvore que rompem o asfalto.
Como disse a fisioterapeuta Leda Magalhães de Oliveira no Bem Estar desta sexta-feira, 8, ter as articulações e os músculos fortes é extremamente importante para se proteger e, por isso, é fundamental fazer exercícios físicos regularmente. Além disso, quem pratica atividade física adquire também uma melhor consciência corporal e equilíbrio, fatores que ajudam a manter uma postura correta, o que também é eficaz contra as quedas.
Porém, a queda pode ser também um sinal de distúrbios de equilíbrio (de origem neurológica ou labirintite), deficiência visual (como a catarata), problemas cardiológicos (como arritmias) ou até mesmo doenças nos ossos ou articulações, como alertou o ortopedista Jorge dos Santos Silva. Outro problema que pode ser observado é no jeito de caminhar – estudos mostram que quem anda muito devagar também pode ter problemas de saúde. Na dúvida, a dica é sempre procurar um médico.
De acordo com a fisioterapeuta Leda Magalhães de Oliveira, caminhar corretamente com passos macios faz bem a vários sistemas do corpo, como o nervoso, osteomuscular e até mesmo o cardiovascular.
Por outro lado, perder a mobilidade e andar do jeito errado, com os pés arrastando, pode igualmente prejudicá-los e ser um fator de risco maior para quedas. Além disso, é importante saber que até mesmo os braços são importantes na hora de caminhar e, por isso, eles devem estar sempre livres.
Uma dica de exercício para quem costuma andar "se arrastando" com o corpo de um lado para o outro é segurar dois cabos de vassoura na altura dos ombros e, a cada passo dado, usar o objeto para impedir a caída para o lado. Há também a opção de utilizar uma bolinha dura para exercitar os pés e corrigir a pisada - a dica é deslizar os pés na bolinha, do calcanhar até os dedos.
Para treinar o olhar, a dica é esticar um braço à frente com o dedo indicador levantado e levá-lo de um lado para o outro acompanhando com os olhos. Dessa maneira, a percepção melhora cada vez mais e prepara a pessoa para andar com segurança e superar os obstáculos das ruas.
De acordo com o ortopedista Jorge dos Santos Silva, as quedas são o segundo principal motivo da busca por atendimento nos hospitais, quase o dobro dos casos dos acidentes provocados no trânsito. Ao cair, a pessoa pode ter diversas lesões como, por exemplo: um entorse, que é o rompimento dos ligamentos; uma luxação, que é o deslocamento dos dois ossos das juntas; uma fratura no osso, principalmente no punho, ombro e quadril; ou também uma simples contusão, batida que deixa a região inchada e dolorida.
Além de prestar atenção no trajeto e olhar sempre por onde pisa, é importante evitar o celular ao caminhar na rua e, se tocar, parar para atendê-lo.
Os momentos mais perigosos são ao atravessar de um lado para o outro, descer escadas ou do transporte público – nessas horas, a atenção deve ser redobrada. Em descidas, a dica da fisioterapeuta é descer com o corpo de lado para diminuir o risco de cair.
O cenário da saúde mudou bastante de 1990 para cá no país. Se naquele ano a maior causa de anos perdidos por morte ou incapacidade no Brasil eram decorrentes de complicações no parto prematuro, infecções respiratórias e diarreia (nessa ordem), hoje as principais mazelas são doenças isquêmicas do coração (que incluem o infarto), violência e, acredite, dores na coluna.
Esta é uma das conclusões de uma pesquisa mundial anunciada na terça-feira, 5, na Fundação Bill & Melinda Gates, em Seattle. O projeto, chamado Carga Global de Doenças, Acidentes e Fatores de Risco 2010, ou GBO 2010 (na sigla em inglês), é liderado pelo Instituto de Métrica e Avaliação de Saúde (IHME), da Universidade de Washington, e financiado pela fundação.
A pesquisa detalha causas de morte e de incapacidade em 187 países ao redor do mundo. Inclui pesquisadores de mais de 300 instituições, incluindo gente da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
"Nosso objetivo é ajudar os governos e os cidadãos a tomar decisões bem informadas sobre políticas de saúde e investimentos, municiando-os com informação atualizada, abrangente e precisa", diz Christopher Murray, diretor do IHME. Segundo ele, a nova ferramenta mostra o incrível progresso que está sendo feito na saúde e os desafios que permanecem.
A pesquisa mostra que, em muitos aspectos, a saúde no Brasil segue uma tendência global: as pessoas estão vivendo mais, porém estão cada vez mais sobrecarregadas e, por isso, são mais sedentárias, comem mal e sofrem mais de doenças do coração, dores nas costas e depressão.
Em comparação com outros países da América do Sul, no entanto, um problema se destaca aqui: a violência. O item aparece em segundo lugar na lista dos principais responsáveis por anos perdidos por morte ou incapacidade no Brasil.
Acaba de ser lançado levantamento tido como o mais amplo estudo da história para descrever as causas e a distribuição de doenças, traumas e fatores de risco do mundo. Isso (obviamente) é bom. E isso se mostrou (inesperadamente) ruim.
O chamado GBD 2010 (que poderia ser traduzido, do inglês, como Estudo do Ônus Global das Doenças) chegou causando impacto. Seus defensores alegam, com entusiasmo rotundo, que não há nada semelhante – nem de perto – em abrangência e profundidade na área de epidemiologia. Já os que se sentiram desconfortáveis com o oceano de dados apresentados alegam que os autores não primaram pela transparência.
Pior: os números do estudo vão de encontro a outros – bem aceitos –, vindos, por exemplo, da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A métrica utilizada é o Daly (Disability Adjusted Life Years), ou, em tradução livre, Anos de Vida Perdidos Ajustados por Incapacidade. O termo é muito utilizado por pesquisadores para comparar as condições de saúde de diferentes países ao longo do tempo. A medida inclui não apenas anos perdidos, literalmente, mas também os anos que as pessoas vivem sem poder trabalhar, por exemplo, por causa de determinado problema.
A substituição de doenças infecciosas por não transmissíveis é uma tendência em muitos países em desenvolvimento. Mostra que as condições sanitárias e o acesso à saúde evoluíram. Mas o aumento do número de mortes por agressão é especialmente preocupante no Brasil, segundo o instituto.
No ranking específico de causas de morte, a violência aparece em quarto lugar tanto em 1990 quanto em 2010 (atrás de doença isquêmica do coração, derrame e infecções respiratórias). O total estimado de mortes por agressão passou de 40.835, em 1990, para 60.534 em 2010, segundo a ferramenta. Entre indivíduos de 20 a 24 anos, representa 49% das mortes.
Apenas dois países da América do Sul – Colômbia e Venezuela – apresentam um cenário pior que o Brasil nesse sentido. Na Argentina, na Bolívia e no Uruguai, o item nem aparece entre as dez principais causas de morte.
Rafael Lozano, professor de Saúde Global no IHME e um dos profissionais que contribuíram para a pesquisa, explica que, do Caribe à Patagônia, a violência é a principal causa de anos de vida perdidos entre homens. "Este tem sido um problema desde 1990, mas em alguns países, como o Brasil, a violência tem aumentado a tal ponto que afeta seriamente a expectativa de vida."
Problemas crônicos como dores nas costas, depressão, ansiedade e asma são cada vez mais frequentes no Brasil, segundo o levantamento. Só as dores no pescoço e nas costas são responsáveis por 16% dos anos vividos com incapacidade pelos brasileiros, enquanto a depressão representa 11%. São condições que nem sempre levam à morte, mas têm um papel importante na qualidade de vida.
A pesquisa mostra, aliás, que embora a expectativa de vida do brasileiro esteja aumentando (de 69,1, em 1990, para 74,1, em 2010), os anos a mais são preenchidos com mais doenças e incapacidade. Apenas 63,8 desses 74,1 anos são vividos com boa saúde, indica a análise.
Essa também é a tendência em outros países. Mas em 78 dos 187 analisados – incluindo Colômbia, Argentina, Portugal e Espanha – as pessoas têm vidas mais longas e saudáveis que as dos brasileiros.
Os cinco principais fatores de risco para morte e incapacidade no Brasil são má alimentação, pressão alta, excesso de peso, tabagismo e açúcar elevado no sangue, nessa ordem. Todos eles têm ligação com o "assassino número 1" no país e no mundo: as doenças do coração.
O levantamento ainda ressalta que problemas como a poluição do ar doméstico (causada por produtos químicos) e a exposição ao chumbo persistem na lista dos 20 principais fatores de risco no país e, para combatê-los, é preciso reforçar as políticas ambientais.
Verão e melancia é uma combinação perfeita, já que a fruta é composta por 90% de água, o que a torna um hidrante natural e delicioso. Ideal para ser consumida nos dias mais quentes, ela ainda tem a vantagem de ser pouco calórica. A fruta traz muitos benefícios à saúde - há até quem diga que ajuda a evitar a impotência. Mas quem sofre de diabetes deve tomar alguns cuidados ao consumi-la.
"Cada 100 gramas da fruta tem de 30 a 32 calorias", conta Marcella Garcez, diretora da Abran (Associação Brasileira de Nutrologia). A nutróloga lembra que muitos incluem a melancia em sua dieta de emagrecimento, porém, é preciso ficar atento ao índice glicêmico.
Índice glicêmico é um indicador que possibilita a verificação de quanto um determinado alimento é capaz de elevar o nível de glicose no sangue e o da melancia é tido como alto. "A melancia é um alimento pouco calórico (24kcal/100g), porém o seu índice glicêmico é alto (72). Este fato contraindica a ingestão desta fruta, isolada, por pacientes portadores de resistência insulínica e de diabetes do tipo 2", diz a nutróloga.
Ela ensina um artifício para que essas pessoas não precisem eliminar a melancia da alimentação: "É sempre bom ingeri-la com outras frutas, seja na sobremesa ou em forma de suco, ou com outros alimentos como fibras, sementes e oleaginosas".
Fábio Bicalho, membro da Sociedade Brasileira de Nutrição Funcional, concorda: "Diabéticos com glicemia controlada podem consumir melancia, mas, de preferência, junto com um grão integral para diminuir a carga glicêmica. Já aqueles com glicemia muito alterada devem consultar nutricionista ou médico".
Saciedade
Uma das qualidades da melancia é seu poder de saciedade. Para Bicalho, ela pode, sim, favorecer quem quer emagrecer: "Isso em casos de dietas balanceadas e, em especial, se for adicionada uma colher de sopa de grão integral saciador como quinoa, amaranto ou linhaça, por exemplo, a uma porção de 200 gramas/ml".
Ele indica sua sugestão para lanches, seja da manhã ou da tarde, por exemplo. E, importante: nunca adicionar açúcar. Bicalho acrescenta: "O suco das sementes da melancia é considerado vermífugo e diurético leve".
Efeito antioxidante
Marcella Garcez lembra que a melancia é uma fruta antioxidante. "Ela contém licopeno, um caretonoide com poder antioxidante que previne câncer, especialmente o da próstata, mostraram estudos".
Porém, a nutróloga frisa que é importante comprar a melancia inteira. Se a família for pequena ou se for para uma pessoa só, vale a pena investir na versão mini ou baby. Se for comprar a fruta já cortada em pedaços e sem caroços, certifique-se de que foi cortada há poucas horas ou peça para cortarem na hora da compra, na sua frente.
"Falo isso porque todo antioxidante tem capacidade de se ligar com o oxigênio e se estragar, ou seja, oxida rapidamente. Assim, perde seus benefícios", explica a médica.
Ela acrescenta: "O melhor é comprar e já consumir. Se guardar na geladeira, cortada, será fonte de água, mas perderá o efeito antioxidante. Se a escolhida for aquela metade coberta com papel filme, retire a primeira camada da fruta antes de comê-la".
Viagra natural
Atualmente, objeto de estudos, a melancia teve origem na África e foi levada, no século 10, para a China que é hoje o maior produtor e consumidor da fruta. Uma pesquisa feita pela Universidade do Texas, por exemplo, mostrou que ela possui uma quantidade de citrulina muito alta, o que a tornaria um "Viagra natural".
Edgard Romanato, urologista do Centro de Rim e Urologia do Hospital 9 de Julho explica que a citrulina faz parte da cadeia de produção de células musculares lisas presentes no pênis, além de ajudar no estímulo de secreção do fator de crescimento vascular endotelial, ou seja, pode melhorar a recuperação celular e vascular da região peniana.
Dessa forma, pode-se pensar que a melancia, que é rica em citrulina, tem alguma função benéfica na ereção. "Em minha opinião, o uso de substâncias naturais é sempre benéfico, mas deve ser acompanhado de práticas saudáveis. Não adianta fumar dois maços de cigarro por dia e achar que não terá impotência porque come melancia", alerta o médico.
Ele diz que os hábitos saudáveis ajudam não apenas na prevenção do problema: "Depois que uma doença se instala, os tratamentos convencionais conhecidos serão de maior utilidade para quem se cuidou".
Para a nutróloga Marcella Garcez, a quantidade do aminoácido citrulina na melancia é muito pequena para ter algum efeito na disfunção erétil.
Efeito antioxidante
Marcella Garcez lembra que a melancia é uma fruta antioxidante. "Ela contém licopeno, um caretonoide com poder antioxidante que previne câncer, especialmente o da próstata, mostraram estudos".
Porém, a nutróloga frisa que é importante comprar a melancia inteira. Se a família for pequena ou se for para uma pessoa só, vale a pena investir na versão mini ou baby. Se for comprar a fruta já cortada em pedaços e sem caroços, certifique-se de que foi cortada há poucas horas ou peça para cortarem na hora da compra, na sua frente.
"Falo isso porque todo antioxidante tem capacidade de se ligar com o oxigênio e se estragar, ou seja, oxida rapidamente. Assim, perde seus benefícios", explica a médica.
Ela acrescenta: "O melhor é comprar e já consumir. Se guardar na geladeira, cortada, será fonte de água, mas perderá o efeito antioxidante. Se a escolhida for aquela metade coberta com papel filme, retire a primeira camada da fruta antes de comê-la".
Viagra natural
Atualmente, objeto de estudos, a melancia teve origem na África e foi levada, no século 10, para a China que é hoje o maior produtor e consumidor da fruta. Uma pesquisa feita pela Universidade do Texas, por exemplo, mostrou que ela possui uma quantidade de citrulina muito alta, o que a tornaria um "Viagra natural".
Edgard Romanato, urologista do Centro de Rim e Urologia do Hospital 9 de Julho explica que a citrulina faz parte da cadeia de produção de células musculares lisas presentes no pênis, além de ajudar no estímulo de secreção do fator de crescimento vascular endotelial, ou seja, pode melhorar a recuperação celular e vascular da região peniana.
Dessa forma, pode-se pensar que a melancia, que é rica em citrulina, tem alguma função benéfica na ereção. "Em minha opinião, o uso de substâncias naturais é sempre benéfico, mas deve ser acompanhado de práticas saudáveis. Não adianta fumar dois maços de cigarro por dia e achar que não terá impotência porque come melancia", alerta o médico.
Ele diz que os hábitos saudáveis ajudam não apenas na prevenção do problema: "Depois que uma doença se instala, os tratamentos convencionais conhecidos serão de maior utilidade para quem se cuidou".
Para a nutróloga Marcella Garcez, a quantidade do aminoácido citrulina na melancia é muito pequena para ter algum efeito na disfunção erétil.
Em apoio às homenagens prestadas às mulheres pela proximidade do dia 8 de março, Dia Mundial da Mulher, o Conselho de Estado da Saúde (CES) reforça a atenção que presta em relação às mulheres do Estado, principalmente no que diz respeito à saúde.
“Aprovamos por unanimidade a implantação de um mamógrafo na Maternidade Dona Evangelina Rosa, por considerar que é uma ação de extrema necessidade não só para as mulheres, mas para todos os piauienses”, comenta o presidente do Conselho, Teóphilo Macedo.
Além da promoção da saúde, o CES discute ações voltadas para o combate à violência contra a mulher e educação. Para dar mais visibilidade a essas atividades, o conselho participa da mobilização nesta sexta-feira, 8, na Praça Pedro II, com a Secretaria de Estado da Saúde e outras 16 entidades.
O Conselho de Estado da Saúde é uma instância colegiada do Sistema Único de Saúde (SUS), vinculado à Secretaria Estadual da Saúde, conforme determina a Constituição Federal.