Aleitamento materno não traz benefícios apenas para os bebês. De acordo com pesquisadores australianos, mulheres que amamentam por, pelo menos, 13 meses têm 63% menos probabilidade de desenvolver câncer de ovário em comparação com as que seguiram a recomendação por menos de sete meses. Os dados foram mencionados na publicação American Journal of Clinical Nutrition e divulgados pelo jornal Daily Mail.
A pesquisa analisou 493 mães diagnosticadas com câncer de ovário e as comparou com 472 voluntárias saudáveis de idade similar. Constatou-se também que, quanto mais crianças amamentavam, maior era o benefício. As que tiveram três filhos e forneceram seu leite por 31 meses ou mais diminuíram em 91% as chances de um tumor.
A explicação é que a amamentação retarda a ovulação e os cientistas acreditam que um maior número de ovulações aumenta o risco de formação de células mutantes devido à exposição a altos níveis de estrogênio.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou uma nova indicação para a vacina contra o HPV (papilomavírus humano). Agora, além de indicada para prevenir câncer do colo do útero em mulheres e verrugas genitais em homens, a mesma vacina passa a valer no combate ao câncer anal, para ambos os sexos. A idade em que a imunização deve ser feita continua a mesma --de 9 a 26 anos--, para que a prevenção seja feita antes do contato com o vírus.
Por enquanto, a vacina contra HPV não faz parte do programa nacional de imunização e está disponível em clínicas particulares. Municípios como Taboão da Serra (SP) e Campos (RJ) já anunciaram a oferta da vacina. A aprovação da nova indicação foi baseada em um estudo publicado no "New England Journal of Medicine", que mostrou que a vacina diminuiu em 77% as lesões causadas pelos tipos de HPV cobertos na vacina quadrivalente (6, 11, 16 e 18) e em 55% as lesões associadas a outros 14 tipos de HPV.
Os 602 voluntários do estudo eram homens mais suscetíveis a desenvolver o câncer anal por praticarem sexo com outros homens.
Mas, segundo a pesquisadora Luisa Villa Lina, professora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e uma das maiores especialistas em HPV no país, a ampliação da indicação para homens e mulheres em geral foi feita porque entende-se que o benefício pode ser extrapolado.
"A frequência de câncer anal é maior em mulheres e em homens que fazem sexo com homens, mas a doença também acomete héteros e quem nunca fez sexo anal."
Isso porque o HPV é altamente transmissível e pode ser transferido na relação sexual com a mulher ou pela manipulação com os dedos. Grupos de maior risco, porém, poderão ter a indicação reforçada por seus médicos, como pacientes com HIV.
Fabio Atui, médico responsável pelo ambulatório de proctologia e DST/Aids do Hospital das Clínicas da USP, diz acreditar que a vacina poderá diminuir a incidência do câncer anal no futuro e ser uma arma a mais para a prevenção, principalmente quando o tabu ou o desconhecimento impedem que as pessoas de alto risco façam o diagnóstico precoce das lesões causadas pelo HPV.
RARO
O câncer de ânus é raro (1,5 caso em 100 mil pessoas), mas, nos últimos anos, a incidência do tumor cresceu 1,5 vez entre os homens e triplicou entre as mulheres, segundo artigo da "Revista Femina", da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia).Uma explicação é o fato de mulheres com infecção cervical pelo HPV terem um risco três vezes maior de infecção anal simultânea, segundo estudo feito no Havaí.
Cerca de 80% da população sexualmente ativa já teve contato com o HPV. Nem todos, porém, desenvolverão verrugas genitais ou câncer.
Não é apenas o que as crianças ingerem depois do nascimento que influencia na forma física. Segundo pesquisadores da Universidade de Southhampton, nos Estados Unidos, o que a mulher come durante a gravidez pode gerar crianças mais gordas, afetando o peso nos anos seguintes ao do nascimento. As informações foram divulgadas pelo Daily Mail.
O problema reside no consumo de gorduras encontradas nos alimentos. Já os óleos graxos, como os do tipo ômega 3, não têm influência negativa. Cientistas coletaram amostras de sangue durante a gravidez e os dados foram comparados aos níveis de gordura nos bebês. Entre as idades de 4 e 6 anos, quanto mais as mães tinham ingerido gorduras saturadas na gestação, maiores eram os índices de gordura e massa corporal dos filhos.
"Os resultados sugerem que mudanças na dieta da mãe podem trazer benefícios à composição corporal da criança em desenvolvimento", disse Nicholas Harvey, um dos pesquisadores, ao Jornal de Endocrinologia Clínica. Entre as descobertas, está a sugestão de que as mães consumam suplementos de ômega 3 para colaborar no desenvolvimento muscular e ósseo das crianças.
Abandonar o cigarro é uma resolução comum de Ano-Novo. Sabe-se que o vício aumenta os riscos de desenvolver uma série de doenças, respiratórias até câncer. Mas parar de fumar traz outras vantagens, além de evitar o aparecimento de moléstias graves.
Menos ansiedade
Fumantes acreditam que o hábito é uma maneira de relaxar, mas um estudo inglês mostrou que, na verdade, é abandonar o cigarro que faz com que os níveis de ansiedade sejam diminuídos. Outra pesquisa, feita em 2010, apontou ainda que após um ano sem fumar as pessoas mostram-se menos estressadas.
Melhor saúde bucal
Abandonar o cigarro reduz chances de problemas bucais, como cáries ou gengivite, além de diminuir drasticamente as chances de desenvolver câncer na região.
Melhor vida sexual
Estudos sugerem que fumar reduz o interesse sexual em homens e mulheres. E pior: a nicotina afeta também os não-fumantes que convivem com quem fuma.
Uma pele melhor
O cigarro interfere na cor da pele, favorece a flacidez, dá rugas, principalmente ao redor dos lábios. Mas, a boa notícia é que um mês sem o vício já recupera parte do viço do órgão.
Cabelos mais saudáveis
Um estudo associou o fumo a maior risco de calvície em homens. Dados de 2007 mostram que mesmo quando há outros fatores presentes, como idade, homens que consumiam 20 ou mais cigarros por dia comprometiam a permanência dos fios.
Melhor humor
Segundo pesquisa da Universidade Brown, nos Estados Unidos, parar de fumar ajuda a melhorar o humor. Ex-fumantes relataram que nunca se sentiram tão felizes como após abandonar o vício.
Vida mais longa
De acordo com pesquisa divulgada em 2012, parar de fumar pode acrescentar uma década a mais na vida de uma mulher. O fumo afeta a expectativa de vida mesmo das fumantes eventuais ou que consomem apenas um cigarro por dia.
Mais chances de engravidar
Se quiser ter filhos, uma mulher deve parar de fumar. As fumantes têm 60% mais chances de se tornar inférteis, na comparação com as que não apresentam o vicio.
Sentir mais o sabor dos alimentos
Muitos fumantes relatam que não sentem sabor na comida. Um estudo feito em 2009 com soldados gregos constatou que o fumo compromete o paladar.
Menos resfriados
Segundo pesquisa da universidade de Yale, o fumo torna os sintomas dos resfriados mais intensos, pois o vício afeta o sistema imunológico.