Os mosquitos e pernilongos são bem pequenos, mas incomodam muito. Para espantá-los, existem opções de repelentes físicos, elétricos ou até mesmo caseiros. Porém, é importante saber que os produtos industrializados são muito mais eficientes do que receitas caseiras, com cravos, álcool ou óleos, por exemplo, principalmente na prevenção das picadas de mosquitos que causam doenças, como o da dengue. No caso dos produtos para a pele, eles funcionam do mesmo jeito que o protetor solar, ou seja, devem ser reaplicados para manter a proteção e ter um melhor resultado, como explicou o dermatologista Hélio Miot no Bem Estar desta terça-feira, 2. De maneira geral, a dica é reaplicar o produto a cada 2 ou 3 horas.
No entanto, se a temperatura estiver acima de 30 graus, se a pessoa estiver suando ou entrar no mar, por exemplo, esse período diminui e o ideal é usar o produto à base de picaridina. De acordo com o médico, vale ressaltar que quanto mais tempo a pessoa ficar em um ambiente com mosquitos ou pernilongos, mais vezes ela terá que repassar o repelente para se proteger das indesejáveis picadas.
Segundo o dermatologista Vidal Haddad Júnior, vale lembrar que os repelentes não matam os mosquitos, apenas os espantam. Porém, o fato de afastar o inseto não garante o quanto consegue afastá-lo, ou seja, se a pessoa foi picada usando o repelente, com certeza, seria muito mais se não estivesse com ele. Entre os fatores que mais atraem os mosquitos estão o cheiro e a cor da pele. Isso porque eles têm receptores em suas antenas que os direcionam para odores fortes e pontos de luz – ou seja, quem tem a pele mais clara costuma sofrer mais com as picadas. Por isso, os repelentes elétricos que fazem barulho não são eficazes já que os insetos não são movidos por som, apenas pelo cheiro, luz ou também pela temperatura do corpo.
De acordo com os dermatologistas, pessoas que têm asma ou rinite também têm maior sensibilidade às picadas, ou seja, costumam ficar mais vermelhas e com mais coceira. Nesse caso, é ainda mais importante o uso do repelente.
Existem ainda produtos específicos para gestantes e também animais de estimação, como coleiras com odores que repelem insetos. Porém, não é indicado usar repelente em bebês menores de um ano – nesse caso, a dica de proteção são as mosquiteiras ou panos para cobrir a pele. A partir dessa idade, podem ser escolhidos produtos com baixas concentrações.
O infectologista Caio Rosenthal explicou, no entanto, que o repelente físico age de maneira diferente nos insetos – por exemplo, não são muito eficazes contra abelhas e vespas. No caso do Aedes aegypiti, mosquito da dengue, como ainda não há vacina disponível, além do repelente, é importante tomar outras medidas preventivas, como evitar o acúmulo de água parada e materiais descartáveis. Fora isso, é bom também entregar pneus velhos ao serviço de limpeza urbana e guardar recipientes virados de cabeça para baixo, além de usar a mosquitérica mostrada no programa.
Fora o repelente para passar na pele, existem também diversas outras maneiras de espantar os mosquitos dentro de casa. Uma delas é o repelente elétrico, que pode ser aplicado apenas em ambientes com menos de 10 metros quadrados, como explicou o dermatologista Hélio Miot. Porém, algumas pessoas usam receitas caseiras para acabar com os indesejáveis insetos, como mostrou o programa.
Veja abaixo algumas dessas receitas que até podem ajudar a acabar com os mosquitos durante o verão, mas não são mais eficientes que os repelentes industrializados, principalmente no combate ao mosquito da dengue:
Cravos + álcool + óleo
Cheiro forte espanta os insetos. Por isso, o odor dos óleos essenciais pode confudi-los, assim como o cravo, a citronela, a andiroba, a manjerona e a malva, mas essas medidas não duram muito tempo.
Vitamina B
Ingerir muita vitamina B faz com que o corpo libere um odor “repelente”, mas é um efeito muito pequeno se comparado aos produtos industrializados.
Casca de laranja no aparelho
A laranja libera uma substância que tem um cheiro forte e pode confundir os insetos.
Vinagre
Não tem eficácia.
Repelentes à base de plantas
Funcionam, mas protegem dezenas de vezes menos do que os industrializados.
G1