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alimeVira e mexe você tem resfriado, gripe, viroses, alergias respiratória? Então é melhor você começar a prestar mais atenção à sua alimentação. Isso porque o que comemos pode ajudar a fortalecer – ou, em certos casos, a enfraquecer – nosso sistema imunológico.

 

Já é bem sabido que a alimentação é fundamental para a manutenção da saúde. E isso também se reflete em nossa imunidade, ou seja, em como nosso corpo reage e se defende de vírus, bactérias e micro-organismos causadores de doenças. "Os anticorpos são proteínas, e todo processo de defesa imunológica depende do bom estado nutricional relacionado a proteínas e a fonte energética", explica Júlio Cesar Marchini, professor de Nutrologia da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto (FMRP-USP).

 

De acordo com o pesquisador, a ação do sistema imunológico, fabricando anticorpos, e a ação dos próprios anticorpos exigem gasto energético. Assim, uma alimentação equilibrada é fundamental para que os anticorpos sejam sintetizados e possam cumprir sua função de proteger o organismo.

"A alimentação é uma das principais aliadas das células de defesa. Alguns nutrientes, quando consumidos em quantidade adequada, podem aumentar o número dessas células no corpo e estimular a ação delas quando o organismo se depara com um quadro de infecção", afirma Mariana Exel, nutricionista do Hospital Samaritano de São Paulo. Portanto é fundamental ter uma alimentação balanceada, que forneça uma boa variedade de vitaminas, proteínas e nutrientes importantes para o bom funcionamento do sistema imunológico.

 

No cardápio de quem quer ter uma dieta equilibrada e, de quebra, blindar o corpo contra esses agentes causadores de doenças, não podem faltar ingredientes como cenoura, fígado, espinafre, brócolis, goiaba, gengibre, tomate e morango.

 

Esses alimentos possuem nutrientes essenciais para fortalecer a imunidade, e a falta deles pode deixar o sistema imunológico deficiente, favorecendo  o  surgimento  de  doenças  e  tornando  mais  frequente  os  processos  alérgicos  (como asma,  eczema,  rinite e  bronquite). "Sem um aporte necessário de nutrientes, o organismo não terá onde buscar defesas, tornando-se fragilizado", afirma a nutricionista Bruna di Chiara Passos.

Fortalecer o sistema imunológico através da alimentação é uma atitude que começa desde pequeno. "Uma alimentação equilibrada pode ajudar a fortalecer o sistema imunológico, desde a vida intrauterina", explica Carla Muroya, nutricionista do Hospital Israelita Albert Einstein.

 

Isso porque o que a mãe ingere pode afetar positivamente (ou negativamente) a saúde do feto. E, depois que o bebê nasce, a amamentação é importante para o desenvolvimento da imunidade da criança, pois o leite materno contém anticorpos que protegem a criança de infecções virais e bacterianas.

 

Para quem quer ter um sistema imunológico fortalecido (e mais saúde como um todo), é importante cultivar uma alimentação equilibrada e rica em nutrientes. "Não adianta muito, uma pessoa beber copos e mais copos de laranjada quando está com gripe, por exemplo, se antes de adoecer ela não mantinha uma dieta saudável. Essa alimentação deve fazer parte do dia a dia para que o sistema imunológico seja realmente fortalecido", explica Roseli Rossi, nutricionista da clínica Equilíbrio Nutricional.

 

"O ideal é que se realizem seis refeições diárias, de três em três horas, garantindo que todas as substâncias estarão presentes, ingerindo regularmente frutas, verduras e cereais. Assim, o organismo fica estável, sem faltar nenhum nutriente, e melhorando resistência aos vírus e bactérias", recomenda Passos.

Por outro lado, uma alimentação altamente calórica, pobre em vitaminas e proteínas, pode causar o efeito oposto e acabar enfraquecendo o sistema imunológico. "Uma alimentação inadequada, rica em alimentos gordurosos, processados e com excesso de açúcar não possui nutrientes suficientes e capazes de melhorar a defesa do organismo", explica Exel.

 

Entre os alimentos que podem interferir negativamente no sistema imunológico estão o açúcar branco, que pode alterar a capacidade das células brancas do sangue de destruir as bactérias; gorduras em excesso, que reduzem a atividade das células protetoras e prejudica a resposta imunológica; e o álcool, que interfere em várias respostas imunológicas.

 

O fator emocional também tem grande peso em enfraquecer a imunidade. "Uma pessoa submetida a uma condição de grande estresse vai ter seu sistema imunológico prejudicado, e vai estar mais sujeita a doenças", alerta Rossi. A nutricionista ainda afirma que o estresse aliado a uma má alimentação piora ainda mais o quadro: "Esse é o caso de algumas pessoas que estão frequentemente doentes, saindo de uma gripe para entrar em um resfriado, porque estão constantemente expostas a situações estressantes e não têm uma dieta adequada".

 

Mas é importante frisar que consumir apenas alguns alimentos que são benéficos ao sistema imune não é o suficiente para evitar o surgimento de doenças. "Os hábitos alimentares com escolhas saudáveis são importantes para promover o aumento da imunidade, mas somente a alimentação não é suficiente, depende da situação clínica e também da qualidade de vida em geral", alerta Muroya.

 

Por isso, é importante ter uma mudança de hábitos, como dormir bem, praticar atividade física, evitar bebidas alcoólicas, não fumar e, é claro, ter uma alimentação equilibrada e saudável.

 

 Uol

Cientistas descobriram que todos nós temos quase 200 diferentes tipos de fungos colonizando os nossos pés. Segundo um estudo realizado nos Estados Unidos, os fungos vivem por todo o corpo humano, mas seus lugares favoritos são o calcanhar, debaixo das unhas e entre os dedos dos pés. Fungos inofensivos vivem naturalmente na nossa pele, mas podem causar infecção caso se multipliquem.

 

No primeiro estudo deste tipo, uma equipe dos Estados Unidos catalogou os diferentes grupos de fungos que vivem no corpo humano, e criaram um mapa dessa diversidade que pode ajudar a combater doenças de pele como o pé de atleta - uma infecção nos pés causada por fungos.

 

Da orelha à curva do cotovelo

Uma equipe liderada pelo Instituto Nacional de Pesquisa do Genoma Humano, em Bethesda, Maryland, sequenciou o DNA de fungos que vivem sobre a pele em 14 diferentes áreas do corpo em dez adultos saudáveis.

 

As amostras foram retiradas do canal auditivo, da área entre as sobrancelhas, da parte de trás da cabeça, da área atrás da orelha, do calcanhar, das unhas dos pés, entre os dedos, do antebraço, das costas, da virilha, do nariz, do peito, da palma da mão e da curva do cotovelo.

 

Os dados revelam que a riqueza fúngica varia ao longo do corpo. O habitat fúngico mais complexo é o calcanhar, que abriga cerca de 80 tipos de fungos. Os pesquisadores descobriram cerca de 60 tipos de fungos em pedaços de unhas dos dedos dos pés, e 40 tipos entre dedos.

 

Outras partes preferidas pelos fungos incluem a palma da mão, o antebraço e o interior do cotovelo, apresentando um nível moderado de fungos, em torno de 18 a 32 tipos diferentes.

 

Em contraste, a cabeça e o tronco abrigam poucas variedades de fungos - de 2 a 10 tipos cada.

 

"Os dados coletados nos dá uma base para o estudo sobre os indivíduos normais que nunca tivemos antes", disse a principal autora da pesquisa, Julia Segre.

 

"A conclusão é que nossos pés abrigam uma diversidade enorme de fungos, por isso, se você não quiser misturar os seus fungos com os de outra pessoa, é melhor usar chinelos nos vestiários."

 

Enorme diversidade

O estudo define as diferentes colônias de fungos que vivem normalmente na pele, o que permite criar uma estrutura para investigar as condições de pele causadas por fungos.

 

Em 20% dos voluntários, os pesquisadores observaram problemas relacionados a infecções fúngicas.

 

Comentando sobre o estudo, o especialista em fungos Dr. Paul Dyler, da Universidade de Nottingham, disse que fungos normalmente podem co-existir muito bem no corpo humano sem causar qualquer dano, exceto em pessoas com sistema imunológico deficiente.

 

"O estudo ilustra a enorme diversidade de fungos que crescem no corpo humano. Isso é muito maior do que sabíamos anteriormente", disse Dyler à BBC.

 

 

 BBCBrasil

Entra em vigor nesta quinta-feira, 23, a lei federal que estabelece um prazo máximo de 60 dias para que pessoas com câncer iniciem o tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Nesse período, que conta a partir da confirmação do diagnóstico e da inclusão dessas informações no prontuário médico, os pacientes devem passar por cirurgia ou iniciar as sessões de químio ou radioterapia, conforme a indicação de cada caso.

 

A lei foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff em novembro do ano passado e tinha 180 dias para começar a valer.

 

A nova regra, porém, não vale para três casos: câncer de pele não melanoma (a biópsia às vezes já é o tratamento), tumor de tireoide com menor risco e pacientes sem indicação de cirurgia, radioterapia ou quimioterapia. Em algumas dessas situações, porém, o uso de remédios deve começar logo após a detecção da doença.

 

A previsão do Instituto Nacional do Câncer (Inca) é de que 518 mil casos de câncer sejam diagnosticados em 2013, número que deve aumentar com o envelhecimento da população e o aumento do tabagismo no sexo feminino.

 

Em todo o país, 277 hospitais, centros e institutos estão habilitados a realizar procedimentos oncológicos pela rede pública. Há unidades em todos os estados, mas cinco deles – quatro no Norte e um no Nordeste – têm apenas um local de tratamento. É o caso do Acre, Amapá, Amazonas, Roraima e Piauí.

 

Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, será preciso ampliar os serviços principalmente nessas duas regiões e no interior do país. Os investimentos para isso têm sido feitos desde 2011, com a implantação de 80 novos centros de radioterapia, aquisição de equipamentos e parcerias junto ao Ministério da Educação (MEC) para formar profissionais na área de oncologia, o que leva de dois a três anos.

 

"[Isso] Vai exigir uma reorganização dos estados e municípios, dos hospitais. (...) Outro grande desafio é termos mais médicos especialistas em câncer", disse Padilha, em entrevista.

 

De acordo com o secretário de Atenção à Saúde do ministério, Helvécio Magalhães, os cinco estados com apenas uma unidade de atendimento ao câncer pelo SUS apresentam um perfil populacional baixo, e o cálculo do número de locais necessários é feito com base no total de habitantes. Apesar disso, segundo Magalhães, esses "vazios assistenciais" serão identificados e corrigidos. Para quem mora no Norte e no Nordeste, muitas vezes a saída é viajar milhares de quilômetros em busca de atendimento especializado. Foi o caso de duas mulheres, uma de Rondônia e outra da Paraíba, que foram diagnosticadas no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.

 

Rosemar Rodrigues Barbosa, de 25 anos, e Jaciara de Lima Cosmo, de 18, fazem parte dos 6% dos atendimentos do hospital que incluem pessoas de fora da região. As duas começaram o tratamento menos de 20 dias após o diagnóstico da doença: uma tem um tumor na língua e a outra, um linfoma (câncer no sistema linfático). Na tentativa de ajudar no tratamento de pacientes com câncer, clínicas privadas também poderão se credenciadar ao SUS. O objetivo do Ministério da Saúde é aproveitar a estrutura que já existe e expandi-la em novos turnos. Magalhães conta que 20 serviços privados de radioterapia estão se credenciando à rede pública, e outros já 50 foram consultados pelo governo.

 

"A data de hoje é um marco na disposição legal, mas nada acontece de um dia para o outro. Apoiamos a iniciativa da lei porque vira uma força a mais para o que já estávamos tratando de forma especial, que são as doenças crônicas. Cada vez mais, conseguimos colocar o câncer no centro da Política Nacional de Saúde", avalia.

 

Novo sistema

Desde o dia 16, municípios e estados brasileiros têm acesso ao Sistema de Informação do Câncer (Siscan), um programa de computador que reunirá o histórico de todos os pacientes oncológicos e do tratamento de cada um.

 

A partir de agosto, as prefeituras e os governos estaduais serão obrigados a cadastrar as informações nesse sistema – que estará disponível ao público, via internet. Quem não cumprir o acordo terá repasses suspensos por parte do governo federal.

 

"O Siscan vai permitir um monitoramento online em tempo real, mostrar onde há mais dificuldades, a concentração dos tipos de câncer, para elaborar forças-tarefa e agilizar procedimentos. Onde houver indícios de descaso por parte de um gestor ou prestador, haverá punição administrativa", explica o secretário. Mais de mil pessoas foram treinadas a usar o novo sistema, com cursos a distância e manuais, segundo Magalhães. Depois de agosto, será feito o primeiro balanço, que após esse período deve ser mensal.

 

O Siscan ainda não chegou, porém, a instituições como o Hospital do Câncer de Pernambuco, onde o desenhista Reginaldo Carlos da Silva Filho, de 23 anos, luta contra um câncer nos ossos e nos pulmões. Após os primeiros sintomas, há cinco anos, ele levou oito meses para receber atendimento e mais de cinco meses para iniciar o tratamento.

 

Toda semana, Reginaldo viaja quase 70 km da cidade onde mora, Lagoa de Itaenga, até o hospital em Recife. Ele tem recebido o apoio da mulher, que conheceu em São Paulo, depois de nove meses de conversas a distância, e com quem se casou em fevereiro.

 

Demora no diagnóstico

Um dos problemas que a nova lei não contempla é a demora que o paciente enfrenta para obter o diagnóstico correto da doença. Esse foi o caso da vendedora Clediléia Maria Magalhães, de 35 anos, que vive em de Campinas (SP) e levou oito meses para receber o resultado de uma mamografia, que acabou identificando um nódulo. Agora, ela vive uma fase de "angústia, com um peso nas costas", à espera de novos exames para saber se se trata de um tumor maligno.

 

"O médico do posto disse que tem possibilidade de não ser câncer e que há casos mais graves na minha frente. Mesmo com a orientação de um oncologista, que me examinou e pediu exames pré-operatórios, ele resolveu cancelar tudo, depois solicitou uma ultrassonografia e, se for possível, irá encaminhar para um mastologista", disse.

 

Já a irmã mais velha de Clediléia, Clereni Maria Cândido, de 47 anos, foi diagnosticada em 2007 com um tumor no ovário que se espalhou para outros órgãos. Para detectar a doença, ela resolveu pagar as próprias despesas – pelo menos, R$ 2,5 mil. Acabou passando por três hospitais, quatro cirurgias e se aposentou por invalidez.

 

Para o oncologista Pedro Ricardo de Oliveira Fernandes, do Hospital Municipal Dr. Mário Gatti, em Campinas, a nova regra não melhora os problemas da rede pública.

 

"Diante da situação que enfrentamos hoje, é uma utopia acreditar que vai ocorrer com tanta agilidade a mudança do cenário que temos nos hospitais da cidade. Os exames ambulatoriais pelo SUS demoram muito e, quando precisamos de exames sofisticados, existem pacientes que morrem na fila por conta da precariedade", diz.

 

Na opinião do secretário de Atenção à Saúde do ministério, Helvécio Magalhães, os serviços do SUS devem facilitar o diagnóstico por meio de exames como ultrassom, endoscopia e colonoscopia. "Outro ponto é apostar na detecção precoce. Quanto mais cedo o médico, na atenção básica, suspeitar de algo, maior pressão haverá para o paciente fazer os exames e iniciar o tratamento", diz.

 

Esse é o ponto fraco da maioria dos casos. Segundo Rodrigo Almeida de Souza, diretor do Hospital de Base Ary Pinheiro, em Rondônia, o diagnóstico precoce depende do tempo que o paciente leva para procurar o posto de saúde e ser encaminhado a um especialista.

 

Esse tempo prolongado pode ser determinante, como vive na pele a dona de casa Francisca Camurça, de 53 anos, que faz tratamento contra um câncer de mama em Porto Velho, após quase sete meses de espera pelo resultado.

 

Sobre o tratamento, Francisca não tem queixas. "Começou rápido, o que demorou foi detectar a doença", lamenta.

 

Apesar de essas situações de longa espera não parecerem exceção, há casos exemplares de atendimento de câncer no país. Os moradores do interior paulista Conceição Aparecida de Matos e José Gomes Ferreira, de 71 anos, se beneficiaram da rapidez dos serviços oferecidos em Jaú.

 

Ela, que trabalha como costureira, foi diagnosticada com câncer de intestino e ele, de próstata. Em um mês, Conceição passou por cirurgia e agora faz acompanhamento. José segue o mesmo caminho, e admite que a falta de informação e o preconceito para fazer exames preventivos fizeram com que ele só procurasse um médico aos 60 anos de idade.

 

No entanto, o atendimento não deve apenas ser rápido, mas também preciso. No caso da professora de Sobradinho (DF) Maria Aparecida Nere, de 53 anos, uma avaliação equivocada poderia ter lhe custado a vida.

 

Após fazer um autoexame das mamas em 2011, ela suspeitou que estava com câncer no seio esquerdo. Consultou-se com dois ginecologistas do SUS, e eles disseram que era apenas gordura e que não deveria se preocupar, pois "câncer não dói". Mas dois exames feitos no mesmo ano mostraram que os especialistas estavam errados.

 

Hoje, após fazer cirurgia e sessões de químio e radioterapia, Maria Aparecida espera pelo resultado de uma ressonância magnética – feita em clínica particular – para saber se um caroço identificado no tórax e outro na mama esquerda são novos tumores.

 

Ajuda influente

O aposentado gaúcho Adão Monteiro, de 66 anos, acredita que só conseguiu o tratamento contra um câncer de próstata porque teve ajuda de um vereador. Ele esperou 11 meses para tratar a doença, diagnosticada em 2011, e precisou passar por 37 sessões de radioterapia no Complexo Hospitalar da Santa Casa, em Porto Alegre.

 

"Foi demorado. Se não conhecer ninguém influente, a pessoa morre. Eles não dão bola. (...) É um descaso com o ser humano. Quando a pessoa estiver morrendo, daí eles atendem", desabafa a mulher de Adão, Regiane Alves Monteiro.

 

Outro entrave vivido por pacientes com câncer é a falta de acesso aos medicamentos necessários ao tratamento, que às vezes não são encontrados no SUS e precisam ser comprados. Adão também passou por isso, e decidiu entrar na Justiça contra a Prefeitura de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, onde mora, para receber o remédio de que precisava.

 

Atendimento

Dados do ministério mostram que, antes mesmo da nova lei, 78% dos casos de câncer em estágio inicial já têm sido tratados em até 60 dias. Nos casos de câncer em estágio avançado, esse índice sobe para 79%. As informações mostram ainda que 95% das crianças e dos adolescentes começam a ser tratados dentro desse prazo.

 

Apesar disso, ainda há uma grande desigualdade de tratamento em cidades mais distantes dos grandes centros urbanos, disse Padilha. "Queremos reduzir as desigualdades em relação ao tratamento de câncer no país. Queremos que todos sejam tratados em 60 dias", afirmou.

 

Se o prazo máximo estiver próximo do fim e o tratamento ainda não tiver começado, os pacientes poderão procurar e cobrar a Secretaria Municipal de Saúde, segundo Padilha.

 

"Sabemos que será um grande desafio para os municípios cumprirem o prazo, mas é preciso que o cidadão busque informações nos equipamentos de saúde. [...] O ministério também terá uma comissão de acompanhamento de cumprimento dos prazos em todo o país", disse.

 

Segundo o secretário de Atenção à Saúde do ministério, Helvécio Magalhães, o paciente ou os familiares também podem ligar para o Disque Saúde (Ouvidoria Geral do SUS), no telefone 136.

 

Câncer no Brasil

O Inca prevê 518 mil novos casos de câncer em 2013. No ano passado, foram mais de 500 mil diagnósticos de tumores, e o gasto público com internações foi de R$ 806 milhões. Esse é o segundo problema de saúde que mais mata no Brasil, atrás apenas de doenças cardiovasculares. Entre as mulheres, o câncer que mais mata é o de mama – foram 12.705 casos entre 2010 e 2011, o que representa 15,3% das mortes femininas no país. Já entre os homens, o câncer de traqueia, brônquios e pulmões somou 13.677 casos no mesmo período, alcançando 14,2% dos óbitos.

 

Para Padilha, a população brasileira também precisa melhorar os hábitos como forma de prevenção.

 

"É um problema de saúde pública que será cada vez mais presente por conta do modelo de vida, da urbanização e do envelhecimento. [...] A prevenção do câncer, antes de mais nada, é não fumar, ter hábitos saudáveis, fazer exercícios", destacou.

 

'Decisão cautelosa e útil'

Na opinião da oncologista Nise Yamaguchi, diretora do Instituto Avanços em Medicina e médica dos hospitais Sírio-Libanês e Albert Einstein, em São Paulo, a decisão do governo é extremamente cautelosa, útil, e vem da necessidade de agilizar o sistema.

 

"O câncer não pode esperar, mas o tempo não é o principal fator determinante, e sim a qualidade do tratamento, se ele é correto, coerente. É preciso saber o que se está fazendo, e isso não é imediato, depende da resposta do patologista, de uma biópsia", explica.

 

Nise diz que, na maioria das situações, dois meses são um prazo razoável. A exceção fica por conta de alguns tipos de leucemia, que avançam mais rápido. Em relação às metástases – quando um tumor se espalha para outros órgãos ou tecidos –, não é possível saber quando elas vão ocorrer, razão pela qual não dá para afirmar se 60 dias são um período seguro ou não.

 

De acordo com a especialista, na maioria dos países não existe esse tipo de lei."Neste Brasil continental, seria impossível dar conta de um prazo menor, pois não adianta uma lei para não ser cumprida. Dentro de um ano é que poderemos avaliar essa medida", diz a médica.

 

g1

Uma série de atividades físicas vem sendo programadas com o envolvimento de varias pessoas no município florianense. A programação vai ser colocada em prática devido ao Dia do Desafio e o foco é ajudar e tirar muitos populares do sedentarismo, foi o que informou a Ana Paula, que integra um sistema de educação em Floriano.

 anapaula03042013


Vários profissionais que estão confirmados de participação estarão em empresas e escolas com aulas laboral, Ginástica e para finalizar o projeto, a partir da 5:00h da tarde do dia 29, as pessoas envolvidas estarão num  trecho da Avenida Dirceu Arco- Verde num palco que será montado orientando as pessoas sobre os cuidados com a saúde e importância das atividades físicas diária.

 


Para as pessoas que queiram participar, não há pagamento de taxa e as atividades irão começar ainda pela manhã.

 

 

 

Da redação

IMAGEM: piauinoticias.com

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