O Hospital Regional Tibério Nunes (HRTN), deu prosseguimento ao segundo mutirão de cirurgias pediátricas. Durante dois dias, 29 e 30 de novembro, pelo menos 60 pacientes, na faixa etária de zero a 12 anos estarão sendo submetidos a procedimentos cirúrgicos para correção de alterações e má formações congênitas no aparelho gênito urinário e na parede abdominal, como, por exemplo, hérnia umbilical, fimose, hidrocele e testículo ectópico. Os pacientes foram selecionados através do Sistema de Regulação do HTN.

 

 

A ação que conta com a participação de uma equipe de profissionais de Teresina, coordenada por Edinaldo Mendes, diretor do Hospital Infantil Lucídio Portella e responsável pelo Programa Força Estadual de Saúde, é diminuir a demanda por cirurgias gerais e urológicas pediátricas em todo o estado.

 

Uma das pacientes atendidas pela acarlosrabeloção, a pequena Ana Gabriele da Silva Santos, de 5 anos, já aguardava por uma cirurgia de hérnia inguinal há quase dois anos. Segundo a mãe da menina, Ana Paula Silva, de 28 anos, a oportunidade de corrigir o problema no mutirão foi uma ótima surpresa:

 


“Nem acreditei quando soube que minha filha tinha sido selecionada para o mutirão, pois já estávamos esperando a cirurgia há muito tempo. A Gabriele sempre reclama de dor na virilha e sente dificuldades para caminhar, por isso, a operação vai ser importante para recuperar vitalidade da minha filha”, disse a promotora de vendas, que mora no bairro Sambaíba Velha.

 

 


Para o médico Carlos Henrique Rabelo (foto), que faz parte da equipe do Programa Força Estadual de Saúde, as cirurgias vão restaurar a saúde e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. “A gente reconhece e sabe das dificuldades enfrentadas por essas famílias. Esta iniciativa vai ajudar muitas crianças que necessitam de algum tipo de cirurgia”, afirmou.

 

 


FONTE: ASSESSORIA HTN
IMAGEM: WALDEMIR MIRANDA

 

A taxa deincidência de infecção pelo HIV ficou estável no país entre 1997 e 2010, variando de 17,1 para 17,9 casos por 100 mil habitantes. No entanto, os valores mascaram diferenças regionais: houve crescimento expressivo no Norte, no Nordeste e, por incrível que pareça no Sul. Já no Sudeste, a taxa de incidência caiu de 26,3 casos por 100 mil habitantes para 17,9.

 

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 29, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e fazem parte da "Síntese de Indicadores Sociais", às vésperas do Dia Mundial de Luta Contra Aids (1º). O levantamento é baseado em números da Pnad 2012 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).

 

O aumento mais significativo foi registrado na Região Norte, de 5,4 para 20,6 casos por 100 mil habitantes. No Nordeste, a taxa de incidência mais que dobrou: de 5,2 para 12,6 por 100 mil habitantes. No Sul, o crescimento foi mais discreto - de 20,1 para 28,8 casos por 100 mil habitantes, mas surpreende pelo fato de não ser uma das regiões mais carentes.

 

Uma reportagem recente da Agência de Notícias da Aids já havia chamado a atenção para as altas taxas de transmissão do HIV de mãe para filho no Sul. A capital (RS), inclusive, apresenta a maior taxa de incidência do vírus em menores de 5 anos: são 16,5 casos a cada 100 mil habitantes, número que é mais que o triplo da média nacional.

 

"As causas são multifatoriais. Temos, principalmente, a dificuldade de acesso da população às redes de atenção. As mulheres chegam tarde nos serviços, sem terem feito pré-natal e, sendo HIV positivas, é claro que a chance da TV é maior", disse o coordenador do Programa Estadual de DST/Aids do Rio Grande do Sul, Ricardo Charão, à agência.

 

O coeficiente de mortalidade, ou seja, o número de mortes por Aids por 100 mil habitantes teve declínio. Em 1997 era de 7,6 mortes por 100 mil habitantes, passando para 5,9 em 2006. Em 2010, a taxa voltou a aumentar, para 6,4 por 100 mil habitantes, apesar de ainda ter se mantido mais baixa que a de 1997.

 

 

                                                    TAXA DE INCIDÊNCIA DE HIV (POR 100 MIL HABITANTES) - 1997/2010

 

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Prevenção

 

O IBGE também destaca a influência da educação no combate à Aids. A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar - PeNSE, realizada em 2009 e 2012 com jovens de 13 e 15 anos das redes pública e privada, mostra que 89,1% dos estudantes disseram ter recebido informações sobre Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis na escola.  E 69,7% receberam orientação sobre como adquirir preservativos gratuitamente.

 

Dos jovens que declararam já ter tido relações sexuais (18,3 do total de escolares, segundo a pesquisa), 75,3% disseram ter usado preservativo na última vez.

 

 

Uol S.Paulo

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira, 29, relatório em que avalia indicadores sociais brasileiros de 2013. No que diz respeito à saúde, afirma que o setor apresentou “relevantes evoluções” nos últimos anos, “com crescente (mesmo se ainda insuficiente) investimento público”.

 

No entanto, pondera que “esforços adicionais são necessários para melhorar a qualidade dos serviços, tornar a saúde pública mais equânime, homogênea no território e capaz de enfrentar os crescentes desafios ligados à dinâmica demográfica”.

 

O IBGE faz a análise dos indicadores brasileiros e os compara com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, estabelecidos internacionalmente sob liderança da ONU para serem cumpridos até 2015.

 

As áreas que obtiveram melhoria, segundo destaque dado pelo IBGE, foram a redução da mortalidade infantil e materna, o tratamento da AIDS e capilaridade da atenção básica.

 

Mortalidade

Em 1990, a mortalidade infantil era de 53,7 óbitos para cada mil nascidos vivos. Em 2010, o número diminuiu para 18,6 óbitos por mil nascidos vivos. A tendência de redução chega perto do Objetivo do Milênio da ONU de reduzir a mortalidade na infância para 17,9 óbitos por nascidos vivos até 2015. O IBGE coloca como destaque a Região Nordeste, que conseguiu passar de 87,3 óbitos/mil nascidos vivos em 1990 para 22,1 óbitos/mil nascidos vivos em 2010.

 

Já em relação à mortalidade materna, o objetivo internacional é reduzi-la 75% até 2015, em comparação com 1990. O relatório do IBGE o inclui no contexto “saúde da mulher”.

 

A mortalidade por câncer de mama entre as mulheres de 30 a 69 anos, no período de 1990 a 2010, subiu 16,7% de 17,4 para 20,3 óbitos por 100 mil habitantes. Segundo o instituto, o aumento estaria relacionado a diversos fatores, como diagnóstico tardio devido à dificuldade de acesso a consulta ou desinformação sobre exames preventivos periódicos; redução da taxa de natalidade, que faz com que o organismo receba estrogênio (hormônio que propicia o desenvolvimento do câncer de mama) por mais tempo; e envelhecimento da população devido ao aumento na expectativa de vida.

 

A mortalidade por câncer de colo de útero, entre mulheres de mesma faixa etária e para o mesmo período, manteve-se estável, com variação entre 8,7 e 8,5 óbitos por 100 mil habitantes.

 

Combate a doenças

O combate a doenças como a AIDS e malária também é objetivo internacional. O IBGE aponta que os casos de infecção pelo vírus HIV mantiveram-se estáveis na população geral brasileira. A incidência entre 1997 e 2010 variou apenas de 17,1 para 17,9 casos a cada 100 mil habitantes. No entanto, segundo o IBGE, o patamar “mascara diferenças regionais”, já que a taxa diminuiu apenas na região Sudeste, enquanto cresceu no Norte, Nordeste e Sul. A taxa de mortalidade por AIDS diminuiu de 7,6 óbitos por 100 mil habitantes em 1997 para 6,4 em 2010.

 

Também caiu a taxa brasileira de mortalidade por malária, doença infecciosa transmitida pelo mosquito Anopheles. A redução foi de 1,1 por 100 mil habitantes em 2000 para 0,2 em 2010, sendo que 99,9% dos casos ocorreram na Região Amazônica.

 

“Investimentos nas condições sanitárias e ambientais, além da sua inegável função social, têm um papel importante para a prevenção de doenças. Ao mesmo tempo, permanece a necessidade de maiores investimentos em pesquisa para tratar doenças ainda relevantes (como a malária) e busca de novas tecnologias e tratamentos mais eficientes, mas que costumam ter custo elevado”, afirma o IBGE no relatório.

 

Gastos com saúde

O instituto também considera que o objetivo de chegar a um sistema “de cobertura universal e atendimento integral” é um desafio para o Brasil, já que mais da metade (56,3%) das despesas em saúde vêm das famílias, com o consumo final de bens e serviços, enquanto 43,7% vêm de gastos públicos. Nos países da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) a parte de gastos públicos é de 70%. “A ampliação dos gastos públicos em saúde se mostra um elemento chave para o financiamento atual e futuro do sistema de saúde brasileiro”, diz o documento.

 

O IBGE também divulga que os gastos com saúde representaram 7,2% do total das famílias, segundo Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008/2009. Desta parcela, 48,6% foram destinados a compra de medicamentos, seguido por plano de saúde (29,8%) e consulta e tratamento dentário (4,7%).

 

As famílias de menor renda gastam mais com exames (5,1%) e consultas médicas (4,4%) do que as de maior renda. Também têm menor acesso a planos de saúde, o que na avaliação do IBGE, "pode refletir em carências de cobertura do SUS nesses serviços".

 

Cobertura de planos de sáude

O relatório do IBGE também analisa dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar e estima que a cobertura de plano de saúde no Brasil é de 24,7%. Esta cobertura está concentrada regionalmente, com 64% dos planos no Sudeste, em 2012.

 

 

Os estados com maior cobertura de plano de saúde são São Paulo, com 43,6%, Rio de Janeiro, com 36,6% e Espírito Santo, com 32,6%. Em contrapartida, apresentam a menor cobertura os estados das regiões Norte e Nordeste, como Piauí (7,4%), Tocantins (7,0%), Maranhão (6,6%), Roraima (6,6%) e Acre (5,6%).

 

 

G1

mammogUm estudo feito por cientistas nos Estados Unidos afirma que um subproduto do colesterol pode ajudar o câncer de mama a crescer e se espalhar pelo corpo. A pesquisa sugere que o uso de medicamentos que diminuem o nível de colesterol - as chamadas estatinas - pode prevenir tumores.

 

O trabalho, que foi publicado na revista científica Science, ajuda a explicar por que a obesidade é um dos principais fatores de risco da doença. No entanto, organizações que trabalham na conscientização e combate ao câncer de mama alertaram que ainda é muito cedo para recomendar o uso de estatinas na prevenção de tumores.

 

Hormônios

A obesidade já é considerada um fator de risco em diversos outros tipos de câncer, como mama, intestino e útero. A gordura em pessoas acima do peso faz com que o corpo produza mais hormônios como o estrogênio, que pode facilitar a disseminação de tumores.

 

O colesterol é "quebrado" pelo corpo em um subproduto chamado 27HC, que tem o mesmo efeito do estrogênio. Pesquisas feitas com camundongos por cientistas do Duke University Medical Centre, nos Estados Unidos, demonstraram que dietas ricas em colesterol e gordura aumentaram os níveis de 27HC no sangue, provocando tumores que eram 30% maiores, se comparados a animais que estavam com uma alimentação regular.

 

Nos camundongos com dieta rica em gordura, os tumores também se espalharam com maior frequência. Testes feitos com tecidos humanos contaminados com câncer de mama também cresceram mais rapidamente quando injetados com 27HC.

 

"Vários estudos mostraram uma conexão entre obesidade e câncer de mama, e mais especificamente que o elevado colesterol está associado ao risco de câncer de mama, mas nenhum mecanismo foi identificado", afirma o pesquisador Donald McDonnell, que liderou o estudo.

 

"O que achamos agora é uma molécula, não o próprio colesterol, mas um subproduto abundante do colesterol, chamado 27HC, que imita o hormônio estrogênio e consegue de forma independente provocar o crescimento do câncer de mama."

 

Mais pesquisa

As estatinas já são usadas hoje em dia por milhões de pessoas para combater doenças cardíacas. Agora há estudos sugerindo que elas podem ajudar na prevenção ou combate ao câncer. Mas entidades que lidam com saúde feminina não recomendam que as mulheres passem a tomar estatina por esse motivo.

 

"Até agora pesquisas que relacionam níveis de colesterol, uso de estatina e risco de câncer de mama ainda são inconclusivas", diz Hannah Bridges, porta-voz da Breakthrough Breast Cancer, entidade britânica de combate ao câncer de mama.

 

"Os resultados deste estudo inicial são promissores e se confirmados através de mais pesquisas podem aumentar nossa compreensão sobre o que faz com que alguns tipos de câncer de mama se desenvolvam." Emma Smith, porta-voz de outra instituição, a Cancer Research UK, também afirma que ainda é "cedo demais" para que as mulheres passem a tomar estatina.

 

As duas entidades dizem que o colesterol pode ser combatido por meios alternativos ao uso de estatina. Uma forma é através de uma dieta mais saudável e de exercícios regulares.

 

 

BBC Brasil