idosoA receita é uma só em qualquer idade: higiene bucal adequada e visitas regulares ao dentista. “Não é natural os dentes caírem, se forem bem cuidados durante toda a vida, permanecerão saudáveis”, diz o cirurgião-dentista, Giuseppe Romito, professor da Faculdade de Odontologia da USP.

 

Romito conta que tem pacientes que estão com 80 anos e que vão ao seu consultório há 20 anos e não perderam, nem vão perder nenhum dente por conta de doenças bucais. “O que ocorre é que os dentes amolecem ou são perdidos em função de patologias bucais que são passíveis de serem tratadas e, o mais importante, prevenidas”, afirma o profissional.

 

Maiores riscos

Algumas doenças em outras partes do corpo podem comprometer a saúde da boca, e isso é mais frequente depois dos 60 anos. Por outro lado, com o acompanhamento do profissional, é possível prevenir esses efeitos e garantir qualidade de vida aos idosos.

 

Os portadores de diabetes, por exemplo, têm, aproximadamente, quatro vezes mais chances de sofrer com inflamações nas gengivas e perdas do suporte ósseo dos dentes. O aumento de glicose no sangue deixa o sistema imunológico vulnerável a processos infecciosos causados por bactérias e fungos. É este quadro que favorece o surgimento de doenças periodontais (gengiva).

 

Por sua vez, a periodontite é uma inflamação gengival que, em casos mais graves, pode levar à perda do osso de suporte dos dentes. Isso pode ocorrer mais na terceira idade, mas não em decorrência do envelhecimento, e sim pela falta de cuidados preventivos em relação à saúde bucal.

 

Ao cuidar da higiene da boca também é possível afastar doenças como a cárie – umas das maiores responsáveis pela perda dos dentes. “Os procedimentos preventivos precisam ser bem realizados nessa fase da vida, desde a escovação, uso do fio dental/escova interdental, limpeza correta das próteses e mucosas”, diz o dentista Fernando Luiz Brunetti Montenegro, consultor científico da ABO.

 

A vilã

 

Alguns desses problemas, podem estar relacionados com a xerostomia, conhecida como boca seca. A diminuição do fluxo salivar é causada pelo efeito colateral de cerca de 60% dos remédios que o idoso ingere normalmente. Além da falta de saliva estar ligada a problemas como cárie, periodontite e mau hálito, a complicação pode ser ainda maior. “Com a xerostomia as próteses podem se soltar, provocando mudanças na dieta que levam à desnutrição e problemas estomacais nesses indivíduos”, afirma o especialista.

 

 

Terra

O consumo excessivo de álcool nas festas de fim de ano vem frequentemente acompanhado do dissabor do arrependimento. Afinal, quem nunca fez um pedido para beber menos no ano que inicia?

 

A lista dos benefícios relacionados à redução do consumo de bebidas alcóolicas é extensa e vai desde dormir melhor a ter menos dores de cabeça. Segundo os médicos, a ingestão excessiva de álcool também pode prejudicar o trabalho, a família e os relacionamentos de um individuo.

 

Com base em recomendações de especialistas, veja os passos para reduzir o consumo de álcool.

 

Pense no tamanho de seu copo

Um dos mandamentos para quem está de dieta é diminuir o tamanho do prato. O mesmo princípio vale para quem quer reduzir a ingestão de álcool.

 

Uma taça grande de vinho pode conter até três unidades de álcool. A recomendação dos especialistas é escolher, invariavelmente, um copo menor.

 

Lembre-se também de que as doses que costumamos usar em casa são normalmente maiores do que de restaurantes ou bares.

 

Siga à risca as diretrizes para a ingestão de álcool

Não tome álcool durante dois dias da semana. A escolha desses dias fica a critério de cada um, mas essa pausa é necessária, segundo os médicos, para permitir a recuperação do corpo.

 

As mulheres não devem beber mais de dois ou três unidades por dia (e não mais de 14 unidades por semana). Já os homens não devem beber mais de três a quatro unidades por dia (e não mais de 21 unidades por semana).

 

Os corpos das mulheres reagem ao álcool de uma maneira diferente da dos homens. As mulheres têm, em média, 10% mais gordura que os homens, o que significa menos fluídos corporais para diluir o álcool.

 

Isso significa que a substância percorre o corpo feminino de forma mais concentrada e causa mais danos. Além disso, os fígados das mulheres produzem menos da substância que o corpo usa para quebrar as moléculas de álcool.

 

Na prática, isso significa que as mulheres não só ficam bêbadas mais rápido, como os efeitos em seus organismos perduram por mais tempo.

 

Conheça o teor de sua bebida

O teor alcóolico varia de bebida para bebida. Uma dose de uísque, por exemplo, pode ter até dez vezes mais álcool do que um copo de cerveja tradicional. Portanto, pense em quantas unidades de álcool você está ingerindo e não se esqueça de contar as doses.

 

Sempre faça uma boa refeição antes de começar a beber, ou saboreie aperitivos enquanto estiver ingerindo álcool A dica passa de geração em geração. Quem nunca recebeu o conselho acima dos pais ou dos avós? A recomendação faz sentido, pois a comida ajuda a diminuir os efeitos do álcool no corpo.

 

Saiba a hora de parar

Se você não estiver pronto para outro drink, saiba a hora de parar. Nunca é demais pedir um refrigerante ou um copo d'água para recarregar as energias.

 

 

Isso ajudará a cortar o número de unidades de álcool que você ingerir e, claro, evitar a tão temida ressaca.

 

BBC

Cientistas nos Estados Unidos descobriram 42 regiões do DNA humano que estão associadas ao desenvolvimento da artrite reumatoide, uma doença que provoca uma inflamação dolorosa das articulações e que frequentemente acomete idosos.

 

A descoberta foi resultado do maior estudo genético já feito, envolvendo cerca de 30 mil pacientes e publicado na prestigiada publicação científica Nature.

 

Segundo os cientistas, a conclusão pode ajudar no desenvolvimento de novas drogas que poderiam, um dia, levar a uma cura para o mal, além de mostrar o caminho para pesquisas envolvendo outras doenças.

 

Alguns cientistas vinham argumentando que pesquisas como esta, em que se busca identificar áreas genéticas com variações associadas a doenças complexas - áreas conhecidas como polimorfismos de nucleotídeo único -, não têm utilidade, já que há pouca ou nenhuma evidência que indique que 'silenciar' essas áreas irá aliviar os sintomas desses males.

 

Mas o professor Robert Plenge, da Escola de Medicina de Harvard (nordeste dos EUA) e líder do estudo, diz que sua pesquisa prova a validade da abordagem, porque sua conclusão é reforçada pelo fato de que, antes de sua pesquisa, já existia um remédio usado para tratar os sintomas da artrite reumatoide associados a um particular polimorfismo.

 

'Tremendo potencial'

Na pesquisa, a equipe de pesquisa comparou o DNA de pessoas com artrite com o de pessoas sem o mal, encontrando as 42 áreas 'defeituosas', onde há polimorfismos.

 

Segundo Plenge, os efeitos de uma dessas áreas vinham sendo tratados por um remédio desenvolvido por tentativa e erro, em vez de ser criado tendo em mente a correção específica do problema genético.

 

É essa descoberta que poderia ser aproveitada em pesquisas de medicamentos para outros males.

'Ela oferece tremendo potencial. Essa abordagem poderia ser usada para identificar os alvos para drogas para doenças complexas, não apenas artrite reumatoide, mas diabete, mal de Alzheimer e doenças coronarianas', disse Plenge.

 

Câncer

A mesma pesquisa indicou que polimorfismos encontrados nos pacientes com artrite reumatoide são encontrados também em portadores de alguns tipos de câncer no sangue.

 

De acordo com a professora Jane Worthington, diretora do Centro de Genética de Manchester, essa observação sugere que drogas desenvolvidas para combater esses tipos de câncer poderiam ser eficientes para tratar a artrite reumatoide - e, por isso, deveriam ser analisados em testes clínicos.

 

'Já há terapias que foram criadas no campo da oncologia que poderiam abrir novas oportunidades para mudar os alvos de remédios', disse ela à BBC.

 

 

'Isso (a descoberta da pesquisa) poderia ser um caminho simples para ampliar as terapias que temos hoje em dia voltadas a pacientes com artrite reumatoide.'

 

BBC

Altos níveis de testosterona, hormônio responsável por características masculinas como a formação de músculos, são associados a um enfraquecimento do sistema imunológico. Para a medicina, essa relação ainda não era clara. Agora, um estudo da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, pode explicar a ligação entre a testosterona e o sistema imunológico.

 

Segundo a pesquisa, a testosterona ativa um grupo de genes presentes nas células de defesa que enfraquecem a resposta do sistema imunológico diante de um antígeno (substância estranha ao organismo que pode causar doenças).

 

 

A conclusão foi publicada na segunda-feira, 23, no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS). Para realizar o estudo, os pesquisadores acompanharam 53 mulheres e 34 homens com idades entre 20 e 89 anos que haviam tomado a dose anual da vacina contra a gripe. Os voluntários foram submetidos a exames de sangue antes e depois de serem imunizados para a medição dos níveis de proteínas relacionadas à imunidade, bem como a expressão dos genes envolvidos no sistema de defesa.

 

De maneira geral, as mulheres tiveram uma resposta imunológica melhor do que os homens após a vacinação, já que produziram mais anticorpos. Porém, quando os pesquisadores as compararam apenas com os homens com níveis baixos de testosterona, a resposta do sistema de defesa foi semelhante. A produção de anticorpos foi mais fraca apenas entre os homens que tinham os maiores níveis do hormônio.

 

Os autores, então, buscaram alguma explicação para esses achados. Eles descobriram que um conjunto de genes presentes nas células de defesa do corpo e capazes de enfraquecer a imunidade parece ser regulado pela testosterona. Assim, os pesquisadores concluíram que altos níveis do hormônio interferem na atividade de tais genes.

 

 

Para os autores do trabalho, é preciso entender o motivo pelo qual a seleção natural criou um hormônio capaz de dar origem a traços ligados à força e, simultaneamente, a um sistema imunológico precário.

 

Veja