Você gosta de arroz? Ele está presente no seu cardápio todos os dias? Como você prepara? No Bem Estar desta segunda-feira, 23, o endocrinologista Alfredo Halpern e a nutricionista Ceres Mattos Della Lucia explicaram os nutrientes, as diferenças entre os tipos de arroz e também a melhor maneira de prepará-los.

 

Segundo os especialistas, o arroz é um produto bom, barato e gostoso - combinado com uma leguminosa, como o feijão ou a lentilha, por exemplo, torna-se um alimento ainda mais interessante. Isso porque as proteínas presentes no arroz são incompletas e, se for consumido junto com o feijão, essas proteínas se completam, aumentando o valor nutricional da refeição.

 

A nutricionista Ceres Mattos Della Lucia mostrou ainda como é constituído o grão do arroz - na casca e no farelo, há a presença de fibras, minerais e vitaminas; no endosperma, que constitui 85% do grão, tem amido; já no gérmen, que é a parte interna do arroz e representa 1,5%, há vitaminas E, do complexo B, proteínas, minerais e lipídeos.

 

No caso do arroz branco, mais consumido pelos brasileiros, o processo de polimento retira essa casca, o farelo e o gérmen, tornando-o pobre em vitaminas e minerais.

Isso é feito para elevar o tempo de prateleira do produto e facilitar o cozimento - segundo a nutricionista, porém, o arroz branco é rico em energia, o que também é importante para a saúde.

 

Já o arroz integral é o mais saudável de todos porque preserva o farelo e o gérmen, onde fica a maior parte das fibras, vitaminas e minerais - segundo o endocrinologista Alfredo Halpern, apesar de custar o dobro do arroz branco, o integral tem mais fibras e, por isso, promove mais saciedade por mais tempo.

 

O parboilizado também é uma opção melhor do que o arroz branco porque tem mais vitaminas e minerais - além disso, como já passou por um pré-cozimento, os grãos ficam mais soltos e com menos risco de empapar. Existem ainda o arroz negro e o arroz selvagem, muito mais caros do que o arroz branco, que também são ricos em fibras, proteínas e minerais, como explicaram os especialistas.

 

O arbóreo, utilizado muito para quem faz risoto, tem praticamente o mesmo preço do arroz branco e também é rico em energia - já o arroz carnaroli é o preferido dos italianos e também pode ser usado para fazer risoto, mas é mais caro do que o arbóreo. A nutricionista falou ainda sobre o arroz vitaminado, que tem também quase o mesmo preço do arroz branco, e é rico em vitamina B1, ácido fólico, ferro e zinco.

 

Por último, os especialistas mostraram o arroz japonês, usado no preparo de sushis, e alertaram para a quantidade de açúcar presente nele. Há ainda o arroz vermelho, rico em ferro e zinco, ainda pouco conhecido no Brasil.

 

Panela elétrica

A repórter Carla Modena foi até a casa da gerente de T.I., Ivoty Cordeiro, para mostrar como é feito o arroz na panela elétrica - por ser uma opção mais prática e rápida, ela é a preferida na casa da Ivoty.

 

Com azeite, alho picado, arroz, água e uma pitada de sal, a gerente só tampa, liga a panela e espera a receita ficar pronta.

 

Segundo a chefe de cozinha Tatá Cury, é possível ainda incrementar o arroz feito na panela elétrica - com azeite, cebola, alho, tomate, milho, cenoura, mandioquinha e sal, ela preparou um arroz com legumes. Para deixar o arroz ainda mais solto, a dica é lavá-lo ainda mais, como mostrou a reportagem.

 

Arroz saudável

Ninguém duvida que o arroz de todo dia, refogado com alho e cebola, é saboroso e saudável. Porém, a nutricionista Lara Natacci alerta que o modo de preparo pode diminuir o poder dos nutrientes já que manter a gordura esquentando por muito tempo pode transformá-la em uma gordura ruim.

 

Para que isso não aconteça, a especialista mostrou um jeito novo de preparar o arroz, sem usar óleo, como mostrou a reportagem da Natália Ariede (confira no vídeo).

Primeiro, é preciso ferver a água e acrescentar sal - para 2 litros de água, é colocada uma colher bem rasa. Em seguida, o arroz já pode ser colocado e mexido, como se fosse um macarrão, por exemplo. Depois de 15 ou 20 minutos, quando o arroz estiver cozido e solto, é só tirar e escorrer na peneira. Porém, como ele não foi refogado com os temperos, é preciso preparar um molho especial com cebola, alho, azeite, gengibre, limão e açafrão.

 

Arroz de festa

Para o fim do ano, o chefe Renato Cariona mostrou como preparar um arroz com lentilha de um jeito saudável e saboroso.

 

Para cozinhar a lentilha, dá para usar água ou também caldo de frango, feito com a carcaça do frango e temperos. Depois que a lentilha ferve, é só diminuir o fogo e pegar outra panela para fazer o arroz. Primeiro, é preciso refogar a cebola e o alho com um pouco de azeite e, no lugar da água, colocar novamente o caldo de frango. Depois, a dica é acrescentar tomilho.

 

 

Com cebola e alecrim, o chefe ensina a fazer um molho para misturar com a lentilha. Se quiser mudar um pouco o arroz branco, dá para acrescentar tomate, cebolinha, cenoura, damasco e nozes para deixá-lo com uma cara nova e mais sabor.

 

G1

gravidapesoUma pesquisa feita por cientistas de universidades nos Estados Unidos e na China afirma que o mapeamento genético de óvulos fertilizados pode duplicar as chances de sucesso em fertilizações in vitro. Os testes foram conduzidos por pesquisadores das universidades de Harvard, nos Estados Unidos, e Pequim, na China. Os resultados foram publicados nesta semana na revista científica Cell.

 

A fertilização in vitro é uma técnica usada para ajudar casais que estão com problemas para ter filhos. O óvulo da mulher e o esperma do homem são fertilizados em laboratório, e posteriormente implantados no útero feminino. O desafio é identificar quais óvulos fertilizados são os mais saudáveis, com maiores chances de levar a uma gravidez bem-sucedida.

 

 

Em geral, os cientistas costumam tirar células do embrião – quando ele já está se desenvolvendo – e analisá-las. Mas muitas vezes estes exames não detectam problemas genéticos do embrião. O novo método desenvolvido pelos cientistas nos Estados Unidos e na China analisa substâncias conhecidas como "glóbulos polares", que são fragmentos de células dos embriões. A partir deles, os cientistas fazem um mapeamento genético completo.

 

A técnica é capaz de ajudar a detectar casos de problemas genéticos do embrião e riscos de aborto natural. "Teoricamente, se isso funcionar bem, nós conseguiremos dobrar o índice de sucesso da tecnologia de bebês de proveta – de 30% para 60%, ou até mais", diz Jie Qiao, cientista da universidade de Pequim que trabalhou no estudo. A pesquisa foi feita com análises de 70 óvulos fertilizados "in vitro", todos de voluntárias no estudo. O pesquisador Xiaoliang Sunney, da universidade de Harvard, disse à BBC que a técnica pode favorecer mulheres que já tiveram casos mal-sucedidos de gravidez e querem tentar novamente ter filhos.

 

 

No entanto, um cientista britânico - que não participou da pesquisa, mas analisou as suas conclusões - recomenda cautela sobre o assunto. O especialista Yacoub Khalaf, do hospital Guy's Hospital, de Londres, disse à BBC que mapeamentos deste tipo podem ser animadores na teoria, mas que na prática ainda é preciso observar resultados mais conclusivos. Problemas de fertilidade afetam cerca de 15% de casais em todo o mundo, levando muitos a buscar soluções como fertilização in vitro.

 

 

 Terra

Em um novo estudo, pesquisadores coreanos descobriram que a acupuntura pode ser eficaz em ajudar uma pessoa a perder peso, especialmente se as agulhas são usadas para estimular cinco pontos específicos da orelha — incluindo os relacionados ao estômago, baço e apetite. De acordo com a pesquisa, pacientes com sobrepeso submetidos à técnica conseguiram reduzir seus índices de massa corporal (IMC) e níveis de gordura após oito semanas de tratamento. Os dados foram publicados na segunda-feira na revista Acupuncture in Medicine, que faz parte do grupo British Medical Journal (BMJ).

 

A acupuntura auricular se baseia na ideia de que a orelha representa todas as partes do corpo. A técnica foi aplicada pela primeira vez em 1965, na França, por Paul Nogier após ele ter percebido que as dores nas costas de um paciente haviam sido curadas depois que ele sofreu uma queimadura na orelha.

 

Participaram do novo estudo 91 adultos que tinham sobrepeso. Eles foram orientados a seguir uma alimentação restritiva (que elimina a ingestão de certos alimentos), mas que não chega a caracterizar uma dieta de perda de peso. Os participantes também foram aconselhados a não praticar mais exercícios do que estavam acostumados.

 

Parte dos voluntários foi tratada com sessões de acupuntura que aplicavam agulhas em cinco pontos específicos da orelha. As agulhas eram mantidas nesses pontos com uma fita adesiva cirúrgica durante uma semana e, depois, o procedimento era feito novamente. Esse processo foi feito durante oito semanas.

 

Outro grupo passou por sessões de acupuntura com o estímulo de apenas um ponto da orelha, o relacionado ao apetite. O restante dos voluntários foi submetido a um tratamento falso, em que as agulhas eram removidas imediatamente após terem sido inseridas.

 

Segundo os autores, as diferenças entre os grupos começou a partir da quarta semana. Os pesquisadores concluíram que as pessoas que foram estimuladas em cinco pontos da orelha tiveram uma redução do IMC de 6,1%, em média. Essa diminuição foi de 5,7% entre aquelas que foram estimuladas em apenas um ponto da orelha. O grupo do placebo não apresentou redução no IMC.

 

Além disso, o estímulo em cinco pontos da orelha ajudou as pessoas a diminuírem a taxa de gordura corporal depois de oito semanas. Essa redução da gordura não foi observada entre os outros participantes.

 

 

 Veja

pressaoHá trinta anos, os médicos preconizam que a pressão arterial de um paciente fique abaixo de 14 por 9. Um artigo publicado na quarta-feira por pesquisadores americanos sugere que essa medida passe a ser de 15 por 9 para pessoas com mais de 60 anos. A mudança pode resultar em uma considerável redução do número de pacientes que fazem uso de medicamentos para diminuir a pressão arterial.

 

Embora as mudanças tenham sido sugeridas nos Estados Unidos, é provável que elas sejam adotadas no Brasil. "Nós usamos as diretrizes americanas e europeias como um norte para as nossas. A tendência é seguirmos a mesma linha", diz o cardiologista Luiz Bortolotto, diretor da Unidade Clínica de Hipertensão do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da USP (Incor). O médico vai coordenar as novas diretrizes brasileiras sobre pressão arterial, que devem ser lançadas no ano que vem – as últimas saíram em 2010.

 

As orientações ainda devem levar uns meses para chegar aos pacientes brasileiros — segundo Bortolotto, as diretrizes americanas não serão adotadas imediatamente. As mudanças tampouco significam que todos os idosos com pressão menor do que 15 por 9 não precisem mais tomar remédios hipertensivos. "Uma diretriz funciona como um guia, mas todo o tratamento precisa ser individualizado", explica o cardiologista.

 

Proibido para menores — As recomendações se basearam nos resultados de uma série de estudos feitos nos últimos anos. Os especialistas não encontraram benefícios em reduzir a pressão para menos de 15 em pessoas acima de 60 anos. Para pacientes mais jovens, diabéticos e portadores de doenças renais, ainda não há evidências de que a medida deva ser adotada – motivo pelo qual as novas recomendações se restringem aos mais velhos.

 

"A pressão sistólica (máxima) do idoso aumenta em decorrência do enrijecimento do vaso, algo que acontece naturalmente com todos que envelhecem. Muitas vezes, porém, a pressão diastólica (mínima) passa a ser mais baixa do que o normal. Assim, tentar reduzir a pressão arterial de forma muito agressiva pode, em alguns casos, diminuir muito a diastólica e oferecer mais prejuízos do que benefícios", diz Bortolotto.

 

Além disso, explica o cardiologista, os idosos são mais tolerantes a uma pressão um pouco mais elevada do que os jovens, e podem sofrer efeitos adversos perigosos com uma pressão muito reduzida – incluindo tontura acentuada e risco de isquemia. "É aceitável uma pressão arterial pouco mais elevada entre idosos, mas dentro de limites estabelecidos por diretrizes como essas", diz Leopoldo Piegas, cardiologista do Hospital do Coração (HCor).

 

 

As novas orientações foram feitas por 17 especialistas nomeados pelo governo americano. Elas ainda não são oficiais — as diretrizes da Associação Americana do Coração e do Colégio Americano de Cardiologia devem ser atualizadas no fim de 2014. Especialistas ouvidos pelo jornal americano The New York Times não souberam precisar quantas pessoas que hoje tomam medicamentos para reduzir a pressão poderiam deixar de fazê-lo. Mas, segundo o presidente da Sociedade Americana da Hipertensão, William White, milhões de pessoas acima de 60 anos têm pressão sistólica entre 14 e 15.

 

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