entreriosA Rede de Urgência e Emergência (RUE) foi apresentada na cidade de Água Branca, na manhã desta quarta-feira, 18, aos secretários municipais de saúde e prefeitos do território Entre Rios. As estratégias da REU e seus objetivos foram apresentados pelo Diretor da Divisão Hospitalar da secretaria de Estado Saúde, Telmo Mesquita, que acompanhado dos técnicos da Comissão Condutora da Rede, explicou aos participantes com o Estado deverá receber os recursos para este projeto.

 

"Com a Rede pretendemos superar os gargalos gerados pelo perfil da carga de doenças, com predominância principalmente, das causas externas, como acidentes e atropelamentos. Água Branca por ser a porta de entrada de outras dezenas de cidades circunvizinhas será a cidade que receberá recursos e estrutura necessária para melhorarmos os serviços de urgência e emergência em toda a região do médio Parnaíba", assegurou Telmo Mesquita.

 

 

Segundo Mesquita, a urgência não se resolve com investimentos apenas em Teresina e em cidades polos. "É preciso investir e organizar as macrorregiões, por isso, temos o desafio de até o final de 2014, no máximo, expandirmos a Rede de Urgência e Emergência para todo o Estado, começando aqui pelo Hospital Senador Dirceu Mendes Arcoverde, em Água Branca", afirmou.

 

 

Para o prefeito do município, Jonas Moura, não é possível pensar na superação dos problemas do município sem a organização da urgência na região do Médio Parnaíba. "A proposta do Governo Estadual é fundamental para a organização da urgência e emergência em nosso interior, porém, nós, enquanto gestores municipais, temos o compromisso e a responsabilidade de junto aos nossos servidores difundir esta informação de forma responsável para que nossa população não se confunda, daí a importância de estarmos todos reunidos hoje nesta reunião”, destacou.

 

 

De forma breve e objetiva, a secretaria municipal de Saúde de Água Branca, Margareth Pimentel, garantiu a agilidade necessária para que o projeto da RUE possa vir a ser implantado o mais breve possível e garantir melhorias nos serviços para os pacientes de Água Branca e de toda a região. “Não é porque nossa cidade passará a ganhar recursos federais e estaduais que iremos nos acomodar. Agora é que a responsabilidade será dobrada e para isso já estudamos valores, reforma e capacitação de nossos profissionais a fim de garantir logo a instalação desta Rede”, garantiu.

 

 

Investimentos e características da RUE O Hospital Senador Dirceu Mendes Arcoverde deve receber investimentos na ordem de R$ 6 milhões para reforma e compra de equipamentos. O Hospital deve atender casos de Urgência e Emergência pacientes que venham de cidades como Amarante, Agricolândia, São Pedro, São Gonçalo, dentre outras localizadas naquela região do Território Entre Rios.

 

 

A Política Estadual de Urgência e Emergência no Estado é formada pela Atenção Primária em Saúde, Unidades de Pronto Atendimento, pontos  de atenção hospitalar classificado de acordo com sua tipologia e função na Rede, pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU 192. Os Hospitais participantes da Rede de Resposta Hospitalar as Urgências e Emergências serão definidos de acordo com classificação e função na Rede.

 

 

 

O plano regional para definição do quantitativo e da localização dos hospitais que comporão a Rede Regional de Urgência e Emergência é elaborado em oficinas de trabalho, considerando os seguintes critérios: população e tempo resposta de no máximo 60 (sessenta) minutos, através de um ponto fixo ou móvel, para 90% (noventa por cento) da população da macrorregião.

 

Sesapi 

As regionais de saúde do Piauí já possuem autonomia para desenvolver suas funções pelos municípios que gerenciam. No total, o Estado possui 17 regionais que são responsáveis por administrar as políticas da Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi) nos territórios de desenvolvimento, através do apoio técnico aos municípios e secretarias municipais. Essa autonomia foi conquistada pelos constantes treinamentos que a Sesapi realizou, através da Superintendência de Atenção Integral à Saúde (Supat) que abrange tanto as regionais de saúde, quanto o Laboratório Central do Piauí (Lacen), Vigilância Sanitária (Divisa) e Vigilância em Saúde (Duvas). 

 

 

De acordo com a superintendente da Supat, Cristianne Moura Fé, o ano 2013 foi de observação dos trabalhos que estão sendo executados a partir de treinamentos. “Passamos os dois primeiros anos capacitando e orientando as regionais de saúde sobre seu campo de atuação. Agora estamos vendo essas capacitações serem praticadas e atuando no nosso papel de gestor e fiscalizador”, comenta. A superintendente também destaca os laboratórios implantados no Lacen e a automatização dos equipamentos que melhoraram os serviços.

 

 

“Além da implantação dos laboratórios de DNA e paternidade, a modernização dos equipamentos reduziram o tempo de espera para os resultados de exames uma vez que o laboratório de microbiologia dá apoio a todos os hospitais públicos do Estado” afirma Cristiane Moura Fé. Outro componente da superintendência que tem forte atuação é a Duvas, que trabalha na atenção primária através da vigilância epidemiologia, vigilância ambiental e vigilância sanitária.

 

 

 

A vigilância sanitária atua tanto no controle as infecções e segurança do paciente dentro dos hospitais, quanto nas indústrias, através da inspeção da qualidade em alimentos e produtos de limpeza. A Supat também é responsável por implantar a rede cegonha no Piauí e coordenar o projeto Qualisus, que prevê a qualidade dos serviços oferecidos pelo Sistema Único de Saúde.

 

Sesapi 

O sutiã acaba de ganhar uma nova função: ajudar a prevenir o excesso de peso. Cientistas britânicos e americanos da Universidade de Southampton, Microsoft Research e Universidade de Rochester desenvolveram uma lingerie que indica alterações de humor que podem levar a comer por impulso. Os dados são do jornal Daily Mail.

 

 

O “sutiã inteligente” conta com sensores que monitoram a atividade do coração e da pele. Os dados são analisados por um aplicativo de smartphone, que pode indicar quando a pessoa está mais propensa a comer por motivos emocionais e, então, dar conselhos para fugir da tentação, como fazer exercícios respiratórios para acalmar.

 

 

“Nosso trabalho neste projeto é mostrar que há potencial para projetar tecnologias interativas para trabalhar conosco, para nos ajudar a desenvolver a conscientização do nosso estado e oferecer opções para construir novas práticas e apoiar o nosso bem-estar”, disse a pesquisadora M. C. Schraefel, professora de ciência da computação e design de desempenho humano, da Universidade de Southampton.

 

Ponto a Ponto Ideias

Uma descoberta de cientistas israelenses abriu espaço para a criação de um "antidepressivo sob medida", que se adequaria às necessidades de cada paciente.

 

 

O estudo, conduzido pela Universidade de Tel Aviv, sugere que a depressão, doença que atinge cerca de 350 milhões de pessoas em todo o mundo, poderia estar ligada a um problema nas sinapses, em vez de ser causada - como se acreditava - pela falta de serotonina.

 

As sinapses são estruturas que permitem que um neurônio (célula nervosa) transmita um impulso elétrico ou químico a outra célula (nervosa ou não). É por meio delas que o cérebro, por exemplo, controla as mais diversas funções do corpo humano.

 

Noam Shonrom e David Gurwitz, especialistas em genética da Faculdade de Medicina da Universidade de Tel Aviv, em Israel, publicaram uma pesquisa em que apontam uma ligação entre a depressão e um gene denominado CHL1. O CHL1, por sua vez, é o "responsável" pela criação das sinapses cerebrais.

 

Segundo os especialistas, cada pessoa tem diferentes níveis de expressão desse gene. Quando seu nível é baixo, a criação de sinapses se reduz e maior é a chance de o paciente desenvolver um quadro depressivo, dizem eles.

 

"Até hoje se pensava que a razão da depressão se encontrava na falta de serotonina no cérebro, mas nosso estudo sugere que o mecanismo da depressão pode estar ligado à danificação das sinapses, o que dificulta as ligações entre os neurônios", afirmou Shomron.

 

Para conduzir a pesquisa, os cientistas adicionaram substâncias antidepressivas a diversas amostras de glóbulos brancos e descobriram reações diferentes, de acordo com o nível de expressão do gene CHL1.

 

Sob medida

 

Segundo Shomron, que é diretor do Laboratório de Sequenciamento do Genoma da Universidade de Tel Aviv, a descoberta pode significar uma "revolução" no tratamento da depressão.

 

"Geralmente, a adaptação da medicação a pacientes com quadro depressivo é um processo lento, baseado em tentativa e erro, e nesse processo os pacientes sofrem muito", afirmou Shomron à BBC Brasil.

 

"Nossa descoberta poderá agilizar esse processo e, em alguns anos, os medicamentos poderão ser feitos sob medida para cada paciente com base em um simples exame de sangue", acrescentou.

 

Os cientistas já iniciaram experiências com amostras de sangue retiradas de ratos, para examinar as reações das células aos diversos tipos de antidepressivos.

 

"Os primeiros resultados de nossas experiências têm sido muito promissores e já estabelecemos uma colaboração com hospitais psiquiátricos e começamos a examinar amostras de sangue de pacientes que foram colhidas antes e depois do tratamento com antidepressivos", disse Shomron.

 

De acordo com o cientista, hoje em dia a eficácia de remédios antidepressivos é de 50% a 60%.

 

 

"Com a tecnologia que estamos desenvolvendo será possível obter uma eficácia bem maior e um tratamento mais pessoal e adaptado à constituição genética de cada paciente", acrescentou.

 

BBCBrasil