A terceira etapa de contratação do Programa Mais Médicos será iniciada no mês que vem com os profissionais brasileiros e, em março, com os estrangeiros. Segundo o Ministério da Saúde, a meta é atingir 13 mil médicos. Atualmente o programa conta com 6.658 profissionais, atendendo a 23 milhões de brasileiros.

 

Os locais onde os médicos irão trabalhar ainda não foram escolhidos. O ministério pretende contemplar municípios que não receberam profissionais do programa lançado pelo governo federal em julho de 2013.

 

No estado do Rio, foram beneficiadas 765,9 mil pessoas em 23 municípios, entre eles Duque de Caxias, Belford Roxo e Mesquita, na Baixada Fluminense; Campos dos Goytacazes, no norte fluminense, Petrópolis na região serrana, e a cidade do Rio. No estado, 222 profissionais fazem parte do programa, sendo 198 estrangeiros.

 

Na capital, trabalham 70 médicos. O maior número está nas zonas oeste (34) e norte (31). A maior parte dos 68 estrangeiros é cubana. Há ainda uma espanhola, um argentino e uma peruana. Todos atendem em unidades básicas de saúde e em clínicas da Família próximas às comunidades, e são monitorados pelos coordenadores das unidades.

 

Na avaliação da Secretaria Municipal de Saúde, como os médicos cubanos tinham o costume de atender em clínicas da Família de Cuba, eles se adaptaram muito bem ao trabalho no Brasil e a resposta dos pacientes é positiva.

 

 

A Bahia é o estado que recebeu mais profissionais (787). Na sequência, vêm os estados de São Paulo (588), do Ceará (572) e do Maranhão (445), onde, segundo o Ministério da Saúde, há o menor índice de médicos por mil habitantes do país (0,5).

 

 

Agenciabrasil

Uma planta utilizada há séculos pela medicina tradicional chinesa para alívio de dores teve sua eficácia comprovada por pesquisadores dos Estados Unidos e da China. Raízes da flor Corydalis, da família da papoula, possuem um composto analgésico, segundo um estudo publicado na quinta-feira no periódico Current Biology.

 

"Nossa pesquisa descobriu um novo analgésico natural. Este produto atuou, em testes com animais, contra três tipos de dores que afetam o ser humano: aguda, inflamatória e crônica", diz Olivier Civelli, pesquisador da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, e integrante da equipe que realizou o estudo.

 

A revelação faz parte de um projeto de catalogar os componentes químicos da medicina tradicional chinesa. As plantas Corydalis, foco do estudo, têm as raízes colhidas e fervidas em vinagre, segundo a cultura da China, e prescritas para diversos tipos de dor, como a cefaleia e dor nas costas.

 

Os pesquisadores buscaram compostos na Corydalis que atuam de forma semelhante à morfina, e encontraram o DHCB, uma substância com função analgésica. Ao contrário do esperado, o DHCB não atua no receptor de morfina, mas por meio de outros receptores, inclusive o de dopamina, neurotransmissor associado aos mecanismos de recompensa do cérebro. Para Civelli, esse fato colabora com evidências anteriores de que a dopamina pode estar relacionada à sensação de dor.

 

Vantagens – A principal vantagem da nova substância em relação à morfina ou outros analgésicos é o fato de que ela não parece perder o efeito com o tempo de consumo. Apesar de ser efetivo também contra outros tipos de dor, o DHCB se destaca por sua ação em dores crônicas, persistentes e de baixa intensidade – para as quais, segundo os pesquisadores, ainda não existe um bom medicamento. Os autores alertam, porém, que alguns testes de toxicidade precisam ser realizados antes que a substância possa ser prescrita aos pacientes.

 

 

Veja

pressaoaltaUm novo estudo envolvendo homens negros sugere que morar com o pai e a mãe na infância reduz o risco de ter pressão arterial alta na idade adulta.

 

Estudos anteriores descobriram uma associação entre hipertensão e pobreza na infância, mas a análise publicada online no periódico Hypertension é a primeira a descobrir uma associação entre pressão arterial alta e a infância vivida apenas com um dos pais.

 

 

Os pesquisadores estudaram 515 homens negros com mais de 20 anos de 2001 a 2008. Mais da metade tinha pressão arterial alta e aproximadamente um terço nunca havia morado com os dois pais.

 

Após o controle das variáveis idade e histórico familiar de hipertensão, entre outras, os cientistas descobriram que, em comparação com os homens que nunca moraram com os dois pais, a pressão arterial sistólica dos homens que tinham morado com o pai e a mãe em algum momento de suas vidas era em média 4,9 milímetros de mercúrio mais baixa. Entre os que tinham morado de 1 a 12 anos com os dois pais, a pressão arterial era em média 6,5 milímetros de mercúrio mais baixa.

 

Os autores reconhecem que a convivência com os dois pais talvez esteja associada a um nível socioeconômico mais alto, o que poderia influenciar a pressão arterial. Além disso, o estudo não chegou a conclusões sobre uma relação de causa e efeito.

 

 

Debbie S. Barrington, principal autora do estudo e pesquisadora sênior do Instituto Nacional de Minorias e Desigualdades na Saúde, afirmou que essa foi uma descoberta interessante. "A magnitude do efeito é muito ampla, ainda maior que a ação de certos medicamentos para pressão arterial", afirmou.

 

 

 

The new york times

obesoO número de adultos acima do peso ideal ou obesos nos países em desenvolvimento quase quadruplicou desde 1980, diz um relatório divulgado nesta sexta-feira, 3, na Grã Bretanha. De acordo com o estudo, quase um bilhão de pessoas vivendo nesses países - nações como China, Índia, Indonésia, Egito e Brasil - estão acima do peso. O relatório prevê um "enorme aumento" em casos de ataques cardíacos, derrames e diabetes à medida que os hábitos alimentares no mundo em desenvolvimento se aproximam dos padrões de países desenvolvidos, com mais consumo de açúcar, gordura animal e alimentos industrializados na dieta.

 

 

O estudo, feito pelo Overseas Development Institute, um dos principais centros de estudo sobre desenvolvimento internacional da Grã-Bretanha, comparou dados de 1980 com dados de 2008, e verificou que na América Latina, por exemplo, o percentual de pessoas acima do peso recomendado era de 30% em 1980 e de quase 60% 18 anos depois.

 

Obesidade globalizada

Globalmente, o percentual de adultos que apresentavam sobrepeso ou obesidade - que têm um Índice de Massa Corporal (IMC) superior a 25 - cresceu de 23% para 34% entre 1980 e 2008. Em números absolutos, isso representa um crescimento de 250 milhões de pessoas em 1980 para 904 milhões em 2008.

 

A maior parte deste aumento foi visto no mundo em desenvolvimento, especialmente nos países onde os rendimentos da população cresceram, como o Egito e México. O relatório do ODI diz que a composição das dietas nestes países mudou de cereais e grãos para o consumo de mais gorduras, açúcar, óleos e produtos de origem animal.

 

 

Isso se compara a 557 milhões em países de alta renda. No mesmo período, a população mundial quase dobrou. Ao mesmo tempo, no entanto, a subnutrição é ainda reconhecida como um problema para centenas de milhões de pessoas no mundo em desenvolvimento, particularmente as crianças. As regiões do Norte da África, Oriente Médio e América Latina apresentaram grandes aumentos nas taxas de sobrepeso e obesidade, para cerca de 58% da população geral, um nível em pé de igualdade com a Europa.

 

 

Enquanto a América do Norte ainda tem o maior percentual de adultos com excesso de peso, 70%, regiões como a Austrália e sul da América Latina não ficam muito atrás, com 63%. O maior crescimento em pessoas com sobrepeso ocorreu no sul da Ásia oriental, onde a percentagem triplicou a partir de um ponto de partida mais baixo, de 7%, para 22%. Entre os países, o relatório descobriu que a taxa de sobrepeso e obesidade quase dobrou na China e no México, e aumentou em um terço na África do Sul desde 1980.

 

 

Muitos países do Oriente Médio também registraram um alto percentual de adultos com excesso de peso.

 

'Publicidade, influências da mídia'

​Um dos autores do relatório, Steve Wiggins, apontou para várias razões explicando os aumentos.

 

"Com renda mais alta, as pessoas têm a possibilidade de escolher o alimento que eles querem. Mudanças no estilo de vida, o aumento da disponibilidade de alimentos processados, publicidade, influências da mídia... tudo isso levou a mudanças na dieta", adverte.

 

Wiggins vê o fenômeno especialmente em economias emergentes, onde uma maior classe média vive em centros urbanos e faz pouco exercício físico.

 

O resultado, diz ele, é "uma explosão de sobrepeso e obesidade nos últimos 30 anos", o que poderia levar a sérias implicações para a saúde.

 

 

O estudo cita países que conseguiram evitar aumentos da obesidade graças à valorização de dietas tradicionais à base de cereais e vegetais, como Peru e Coreia do Sul.

 

 

BBC