• prefeutura-de-barao.jpg
  • roma.png
  • vamol.jpg
  • WhatsApp_Image_2025-06-06_at_12.28.35_2.jpeg

Ao contrário do que se acredita, suplementos de cálcio e vitamina D não diminuem o risco de fraturas em idosos. De acordo com uma revisão de 33 estudos anteriores sobre o assunto, publicada na terça-feira no periódico científico JAMA, as evidências encontradas não suportam a associação entre a suplementação desses nutrientes e uma redução no risco de quebra no quadril, a espinha e em outras partes do corpo.

 

É comum que médicos receitem suplementos de vitamina e cálcio aos pacientes idosos para a manutenção da saúde óssea. Entretanto, para Jia-Guo Zhao, pesquisador do departamento de cirurgia ortopédica do hospital Tianjin, na China, e autor do estudo, os resultados mostram que nada substitui efetivamente um estilo de vida saudável na terceira idade. “É hora de idosos pararem de tomar suplementos de cálcio e vitamina D. Nós acreditamos que melhorar o estilo de vida, fazendo mais exercício, tomando mais sol e fazendo ajustes na dieta, pode ser mais importante que tomar suplementos”.

 

Revisão sistemática

O novo estudo foi uma revisão sistemática de 33 pesquisas clínicas anteriores que avaliaram se os suplementos reduziam o risco de fraturas comuns em idosos, como no quadril e na espinha. Totalizando 51.000 participantes com 50 anos ou mais que receberam suplementos de cálcio e vitamina D ou um placebo.

 

Os dados analisados não relevaram uma associação significativa entre essa suplementação e a redução no risco de fratura no quadril e outros tipos de fratura, em comparação com pessoas que receberam um placebo ou nenhum tratamento. Em entrevista à CBS News, Jurt Kennel, especialista em endocrinologia, metabolismo e nutrição, afirma diante dessa conclusão, “suplementação” não equivale a “tratamento adequado” para mulheres na menopausa e homens idosos.

 

Osso, cálcio e vitamina D

Cerca de 99% do cálcio no corpo humano está armazenado nos ossos e nos dentes e o corpo não consegue produzir o mineral por conta própria. Além disso, o corpo precisa de vitamina D para absorver o cálcio ingerido e um baixo nível de cálcio no organismo leva à osteoporose.

 

Por isso, A Fundação Nacional contra a Osteoporose, dos Estados Unidos, recomenda que mulheres com até 50 anos e homens com até 70 anos ingiram 1.000 mg de cálcio por dia. Acima dessa idade, o consumo recomendado sobre para 1.200 mg diários. Já a ingestão diária de vitamina D recomendada para a maioria dos adultos é de 600 UI e, após os 70 anos, 800 UI.

 

Entretanto, quando as pessoas tomam doses diárias de 1.000 UI ou mais de vitamina D, elas correm o risco de sofrer sérios efeitos colaterais, principalmente quando ingerida em combinação com o cálcio. Pesquisas anteriores associaram altas doses de vitamina D com um aumento do risco de queda, fratura, pedra nos rins, certos tipos de câncer e morte prematura.

 

Fontes naturais de nutrientes

A principal forma de obter cálcio de forma natural é pelo consumo de laticínios, como leite e queijo. Já a vitamina D pode ser obtida pela exposição solar diária – de 10 a 15 minutos por dia no sol são suficientes. A ingestão de peixes gordurosos, como salmão e sardinha, gema do ovo, carne vermelha, e cereais fortificados com vitamina D também são uma boa opção.

 

“O cálcio obtido a partir da dieta é insubstituível para a saúde do esqueleto. Leite, vegetais, furtas e feijão são as principais fontes do nutriente. A vitamina D é sintetizada na pele em resposta à radiação ultravioleta B do sol e fontes alimentícias do nutriente são limitadas.”, afirma Zhao.

 

veja

olivaA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu na terça-feira a comercialização de quatro marcas de azeite e de uma pimenta-do-reino devido a resultados insatisfatórios em laudos de análise fiscal. Os azeites de oliva extra virgem das marcas Torre de Quintela, Malangueza e Olivenza, fabricados pela Olivenza Indústria de Alimentos Ltda., foram proibidos por apresentarem índices de refração e iodo acima do recomendado, o que descaracteriza os produtos como azeites puros.

 

Foi vetado também um lote do azeite de oliva extra virgem Lisboa. De acordo com a Anvisa, o produto apresentou, segundo laudo de análise fiscal, perfil de ácidos graxos, determinação de ácidos graxos monoinsaturados, determinação de ácidos graxos poli-insaturados e pesquisas de matérias estranhas acima das faixas recomendadas. A agência determinou que a Natural Óleos Vegetais e Alimentos Ltda remova o estoque existente no mercado do azeite em questão.

 

Confira abaixo os lotes proibidos:

 

Nome do Produto – Marca Laudos de Análise Fiscal (definitivos) Lotes Data de Fabricação Data de Validade
Azeite de Oliva Extra Virgem – Torre de Quintela 127.CP/2016

106.00/2016

 

0817H16

15K11

08/201611/11/2016

08/2019

11/11/2018

Azeite de Oliva Extra Virgem – Olivenza 109.CP/2016

164.1P.0/2016

26.CP.0/2017
1706F16

0821K16

1520A17
06/2016

21/11/2016

20/01/2017
06/2019

21/11/2019

20/01/2020
Azeite de Oliva Extra Virgem – Malaguenza 145.1P.0/201687.00/2016

1623F

1617E16

23/06/201605/2017

23/06/2019

05/2019

Azeite de Oliva Extra Virgem – Lisboa 2692.1P/2016 26454-361 23/05/2019

Pimenta-do-reino

 

A Anvisa determinou também a proibição da comercialização e o recolhimento de todos os lotes com data de fabricação 07/2016 da pimenta-do-reino em pó preta da marca Brusto. A medida foi motivada pelo resultado do laudo de análise fiscal definitivo 383.1P.0/201 que acusou presença de pelos inteiros e fragmentos de pelos de roedor (indicativo de risco) e de insetos (indicativo de falha de boas práticas) no produto.

 

O que dizem as empresas

Em nota enviada a VEJA por e-mail, a Distribuidora de Produtos Brusto LTDA, responsável pela pimenta-do-reino em pó preta Brusto afirmou que todos os produtos já foram retirados da comercialização “e não está mais sendo produzido até que seja descoberto o motivos dos problemas”.

 

A Olivenza Indústria de Alimentos LTDA, responsável pelas marcas de azeite extra-virgem Torre de Quintela, Olivenza e Malaguenza afirmou apenas que está “à disposição para análises necessárias dos órgãos competentes de avaliação dos produtos, afinal, primamos pela qualidade atendendo sempre os requisitos exigidos”.

 

A Natural Óleos Vegetais e Alimentos Ltda, responsável pelo azeite extra-virgem Lisboa, foi procurada pela reportagem, mas não se manifestou até o fechamento desta nota.

 

 

veja

Foto: Getty Images

O uso dos canabinóides, substância derivada da Cannabis sativa, conhecida popularmente como maconha, é um avanço da ciência que promove inúmeros feitos na medicina. No Piauí, o Ceir e as universidades Federal e Estadual, estão à frente das pesquisas, e com a produção, o medicamento poderá ser melhor estudado.

 

O presidente da Associação Reabilitar, Benjamim Pessoa, explica que o uso do canabidiol é liberado para pessoas com crise convulsiva refratária e que a produção vai ajudar a mostrar para a população os seus efeitos. “A produção dessa substância é um avanço para o Estado e para a medicina, iremos ter mais material de estudo para analisarmos os benefícios e todos os seus efeitos colaterais” afirma.

 

A pesquisa, que foi iniciada no primeiro semestre de 2017, é um investimento do Estado que visa uma melhora na qualidade de vida da pessoas que sofrem com convulsões e epilepsias, como afirma o governador Wellington Dias. “Adotamos na rede de saúde do Piauí, pacientes que fazem uso do medicamento, de forma gratuita. Antes importávamos o canabidiol da Califórnia e do Israel, o que gerava um custo muito elevado, e a partir da autorização da produção, o Piauí passa a produzir seu próprio produto, com um investimento de cerca de 1 milhão de reais”, pontua.

 

As Universidades, começarão a produzir o medicamento no início do ano de 2018, juntamente com a fundação de pesquisas da secretaria de Saúde e o Ceir. Em 2018, o estado contará com uma câmara setorial de biotecnologia para apoiar a produção.

 

govpi

melatoninaApesar de ser vendida livremente em muitos países da Europa e também nos Estados Unidos, no Brasil o suplemento de melatonina ainda é pouco conhecido, já que é considerado um medicamento e só é produzido sob prescrição médica em farmácias de manipulação.

 

No entanto, há vários usos para esse tipo de hormônio natural, que vão desde enxaqueca a distúrbios do sono. Além disso, um pesquisador brasileiro mostrou que a melatonina também pode ajudar a controlar o diabetes e até mesmo diminuir o apetite.

 

A melatonina é um hormônio produzido naturalmente pelo organismo. “É o neurohormônio do sono”, diz Fábio Porto, neurologista do Hospital Sírio-Libanês.

 

“Ela pode ajudar a regular o sono. Como o distúrbio de sono é um dos principais gatilhos ou fatores desencadeantes para enxaqueca, quem tem insônia ou restrição de sono tem muito mais chance de ter crise”, explica.

 

Porto afirma que, quando o sono chega, ele fica relativamente estável na maioria das pessoas, e o papel da melatonina aí é apenas promover a mudança do estado de vigília para o estado do sono.

 

Como a melatonina é produzida naturalmente pelo organismo ao cair do dia, quem tem a produção normal e se afasta de fontes luminosas – especialmente da luz azul – costuma ter um bom ritmo biológico.

 

No entanto, há pessoas que têm deficiência na secreção do hormônio – idosos podem ter uma baixa – ou até mesmo não produzem adequadamente por causa do estilo de vida. E é aí que o suplemento de melatonina pode agir com bastante eficácia.

 

“Oficialmente, a melatonina não faz parte do arsenal terapêutico para tratamento do transtorno da insônia”, explica Andrea Bacelar, neurologista e coordenadora do Departamento Científico do Sono da Academia Brasileira de Neurologia.

 

Ela, porém, reconhece que há indicação quando a produção de melatonina da pessoa está baixa. E explica o porquê: “É preciso saber se a pessoa tem dificuldade de iniciar o sono porque tem insônia ou se ela está querendo dormir ou indo para a cama em um horário diferente do seu ritmo biológico”.

 

Se o problema for se forçar a dormir em horários que o corpo não está acostumado, a melatonina até pode ser administrada para regular o relógio biológico da pessoa, mas isso exige uma disciplina enorme.

 

“Não é na primeira noite que resolve. Tem que ser disciplinado para fazer o uso da melatonina no horário adequado, e deitar e despertar sempre no mesmo horário.”

 

Um pequeno furo, como dormir até mais tarde em um final de semana, pode fazer o esforço todo ir por água abaixo, já que o horário biológico de cada um é definido por questões genéticas, e o organismo sempre vai lutar para voltar às origens. Um exemplo é aquelas pessoas que não conseguem dormir cedo, mas que sofrem ao acordar para trabalhar ou estudar pela manhã.

 

Para quem tem realmente dificuldade em adormecer – e quando isso não está relacionado a um desrespeito ao próprio horário biológico, o suplemento de melatonina tem um papel importante na indução do sono, diz Andrea.

 

Diabetes, obesidade e controle do apetite

O professor José Cipolla Neto, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo, é estudioso no assunto. De acordo com ele, a melatonina pode ter um papel importante no diabetes, na obesidade e no controle do apetite.

 

A tecnologia, por sua vez, não tem sido uma aliada de um bom sono. Cipolla Neto explica que a razão é a famigerada luz azul que, emitida por celulares e computadores, bloqueia quase que instantaneamente a produção de melatonina pelo organismo.

 

Quem, portanto, acessa o celular à noite ou, por razões profissionais precisa trabalhar até mais tarde, é prejudicado não só com um sono mais conturbado, mas também com um aumento de risco de diabetes e tendência maior à obesidade.

 

Cipolla Neto mostra que a melatonina também regula vários pontos do balanço energético e pode ajudar a regular a quantidade de alimentos ingeridos no dia, bem como aumentar o gasto energético. Logo, esse hormônio pode ser considerado um importante mecanismo antiobesogênico.

 

Mais estudos serão necessários para confirmar se a suplementação de melatonina pode ser indicada para ajudar no controle da glicemia, evitar a obesidade e controlar o apetite.

 

Até o momento, sabe-se que, ao contrário do que acontece em muitos países, os comprimidos de melatonina só são seguros se ingeridos sob orientação médica. A automedicação, portanto, é contraindicada.

 

coraçaoevida

Foto: Shutterstock