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Os preenchedores injetáveis, feitos de substâncias como ácido hialurônico e colágeno, famosos por dar volume aos lábios ou preencher rugas, estão aumentando em popularidade em todo o mundo. Nos Estados Unidos, o número desses procedimentos passou de 1,8 milhão em 2010 para 2,6 milhões em 2016, de acordo com dados da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos. No Brasil não é diferente. Segundo o Censo 2016 da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), nos últimos dois anos, a procura por procedimentos estéticos não cirúrgicos, incluindo o preenchimento, aumentou 390%.

 

Entre esses milhões de procedimentos, que são minimamente invasivos, a maioria é realizada de forma segura e efetiva, com poucos efeitos colaterais. Ainda assim, com o aumento da popularidade, também sobe o número de complicações, de acordo com informações da rede americana CNN. Um artigo publicado na quinta-feira no periódico científico JAMA Facial Plastic Surgery ressalta as complicações comuns e raras associadas com preenchedores, incluindo processos legais, nos Estados Unidos.

 

“O artigo demonstrou que os preenchedores são muito seguros e que as complicações mais comuns são inchaço e infecção, que são complicações relativamente benignas, sem efeitos colaterais permanentes”, disse Hani Rayess, residente em otorrinolaringologia na Universidade Wayne State e principal autor do estudo, à CNN.

 

Por outro lado, cegueira é uma complicação extremamente rara que foi mais notificada nos últimos anos. “Essa pesquisa é importante porque os preenchedores estão sendo cada vez mais usados para o rejuvenescimento facial. É importante que os pacientes entendam os riscos, as alternativas e os benefícios antes do procedimento”, afirmou Rayess.

 

Riscos baixos

No estudo, os pesquisadores analisaram eventos adversos associados a preenchimentos relatados no banco de dados do consumidor e do fabricante da FDA, agência americana que regula alimentos e medicamentos, entre 1 de janeiro de 2014 e 31 de dezembro de 2016. Eles analisaram também dados da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos para estimar o número total de injeções de preenchimento realizadas durante esse período, e analisaram os registros judiciais relacionados a problemas com preenchimentos da base de dados Westlaw Next Database.

 

Os resultados mostraram que nesse período, foram identificados 1.748 eventos adversos envolvendo danos devido a preenchimento entre 2014 e 2016 e nove processos sobre o assunto. As complicações mais comuns foram inchaço, infecção, presença de nódulo ou caroço e dor. Muitos casos (43%) foram provenientes de injeções nas bochechas e 30% nos lábios. “O inchaço compreendeu cerca de 0,01% de todas as injeções”, disse Rayess.

 

Casos mais graves, como cegueira, foram associados a apenas seis procedimentos, a maioria realizado no nariz – preenchedores são usados para alterar a forma do nariz sem a necessidade de cirurgia. Globalmente o fenômeno também é raro. Um estudo publicado ano passado no periódico The Journal of Clinical and Aesthetic Dermatology mostrou que apenas cerca de 50 casos de cegueira após injeções estéticas faciais foram relatados até hoje no mundo.

 

Mas, afinal, qual é a conexão entre o nariz e o olho que poderia levar a uma complicação tão grave? “As veias ao redor do olho e do nariz tendem a ser mais perigosas porque estão em continuidade com as veias atrás da retina e do olho”, explicou Daniel Maman, cirurgião plástico em Nova York, que não estava envolvido no estudo, à CNN.

 

É preciso ressaltar que o estudo apresentou algumas limitações, como o fato dos dados do número total de procedimentos terem sido baseados em pesquisas da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos e terem sido extrapolados para produzir o número total de injeções e que a base de dados da FDA pode ser sub-notificado.

 

“Eventos adversos deveriam ser relatados à FDA, então é bom usar sua base de dados para analisar quais complicações foram relatadas dessa forma. Dito isso, é limitada pelo fato de que tais relatos são voluntários e podem não ser tão completos quando gostaríamos.”, disse Clark Schierle, diretor de cirurgia estética da Northwestern Specialists in Plastic Surgery, à CNN.

 

Profissionais qualificados

Uma preocupação entre os especialistas é o fato de um grande número de profissionais não treinados em cirurgia plástica realizarem o procedimento. “O problema [dos profissionais não treinados] é que eles estão injetando substâncias embaixo da pele em uma área que eles não tem a menor ideia da anatomia. Quando um cirurgião plástico ou alguém treinado para fazer isso injeta o material, nós sabemos exatamente em qual camada estamos fazendo isso, sabemos onde estão os nervos, sabemos onde estão as possíveis armadilhas e as veias perigosas”, explicou Maman. Por isso, é importante saber se o profissional procurado é qualificado.

 

Preenchimento caseiro

Sobre os quites caseiros de de preenchimento labial – sim, isso existe e já está disponível no Reino Unido e no Canadá – , a tendência é “muito perigosa”. “Os riscos potenciais incluem infecção, deformidade, cegueira e até morte. É importante procurar um profissional qualificado que tenha um extenso conhecimento na anatomia local e saiba tratar as possíveis complicações”., afirma o médico.

 

veja

gastriteO que pode causar a dor de estômago? O Bem Estar desta quarta-feira (27) mostrou que as causas podem ser variadas, como úlcera, gastrite, pedra na vesícula e verminosas. Para falar sobre o assunto, convidamos o gastroenterologista Ricardo Barbutti e o oncologista Felipe Fernandez Coimbra.

 

São dois os tipos de gastrite, no popular dado a qualquer desconforto gástrico: a orgânica, que pode ser causada por problema químico, bioquímico, inflamatório, infeccioso ou anatômico; e a funcional: conhecida como gastrite nervosa.

 

H. Pylori

Estima-se que 50% da população mundial tenha essa bactéria no estômago. No Brasil pode chegar a 70%. Segundo o gastroenterologista Ricardo Barbutti, a maioria das pessoas que tem a inflamação não tem sintomas.

 

O diagnóstico é feito através de exames, como endoscopia, fezes, sangue e teste respiratório com cápsula de ureia. Já o tratamento é feito com antibiótico.

 

Câncer gástrico

O câncer de estômago costuma ter diagnóstico tardio por duas razões: falta de acesso à um bom serviço de saúde ou demora para buscar ajuda. No início ele pode não dar sintomas, mas em geral dá gastrite, má digestão, queimação e emagrecimento.

 

Veja os fatores de risco para o câncer de estômago:

 

   Bactéria H. Pylori

   Gastrite crônica atrófica

   Pólipos no estômago

   Alimentação inadequada

   Familiares de 1º grau com câncer de estômago

   Tabagismo

 

G1

Foto: divulgação

Talvez você não note, mas o seu pé pode dizer muito sobre a saúde do seu organismo como um todo. Conversamos com especialistas no assunto para saber mais detalhes.

 

Dedos dormentes

 

Sentir dormência nos dedos dos pés pode ser sinal de problemas de circulação. “Quando os dedos perdem a sensibilidade significa que o sangue não está circulando como deveria nesta região”, alerta Paulo Camiz, professor do Hospital das Clínicas de São Paulo.

 

Isso pode acontecer por fatores do dia a dia, como o usar calçados muito apertados, ou até mesmo por complicações mais sérias, como a síndrome de Raynaud. Esse segundo caso se trata de uma condição que chega a atingir 3% da população mundial e afeta o fluxo sanguíneo nas extremidades do corpo quando exposto a baixas temperaturas. O problema pode ser prevenido facilmente (em geral, basta manter a região afetada aquecida), mas vale conversar com seu médico para entender um pouco mais sobre o assunto.

 

Formigamento

Se você sente seus pés formigarem com frequência, é hora de ligar o sinal vermelho. Seu corpo pode estar indicando problemas em processar o açúcar do sangue. Em outras palavras, essa sensação nos pés pode indicar diabetes. “A doença danifica os nervos mais compridos e longos do corpo, localizados na extremidade dos membros inferiores”, alerta Camiz. Este é, geralmente, o primeiro sinal da doença.

 

Unhas frágeis e quebradiças

Você sabia que as unhas têm o poder de refletir a qualidade nutricional das suas refeições? Por isso, caso perceba que as suas andam precisando de uma boa base fortalecedora, antes de ir à manicure, faça uma visita à sua nutricionista. Pois é possível que você precise reforçar o cardápio, com mais ingredientes ricos em vitaminas e minerais.

 

boaforma

hipertensaoA ajuda médica imediata é fundamental para limitar os danos ao cérebro, muitas vezes devastadores, de pacientes que sofrem um Acidente Vascular Cerebral (AVC) - conhecido também como derrame cerebral.

 

Tal intervenção pode, de fato, marcar a diferença entre ter uma lesão cerebral leve ou uma grave incapacidade ou até morte.

 

No entanto, a maioria das pessoas que sofre deste mal não identifica o que está acontecendo no momento de um derrame e deixa de buscar ajuda mesmo várias horas depois dos primeiros sintomas.

 

Com frequência, os pacientes minimizam estes sintomas, acreditando que são temporários e vão desaparecer. Mas, após poucos minutos em que a circulação de sangue no cérebro é interrompida, as células começam a morrer.

 

Sintomas de alarme

O sintoma mais comum de um derrame é a fraqueza repentina no rosto, no braço ou na perna, quase sempre em um lado do corpo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

 

De acordo com o serviço de saúde pública do Reino Unido (NHS, na sigla em inglês), é preciso chamar imediatamente os serviços de emergência caso seja notado algum dos seguintes sintomas:

 

- Paralisação no rosto: Uma parte do rosto pode parecer "pendurada". O paciente pode não sorrir, ou a boca e o olho podem parecer flácidos.

 

- Fraqueza nos braços: Uma pessoa que está sofrendo um AVC pode não ser capaz de levantar os dois braços e mantê-los suspensos. Ela pode, por exemplo, sentir-se fraca ao levantar um copo. Outro sinal de alerta é a dormência no braço.

 

- Dificuldade na fala: O paciente pode perceber sua fala lenta, articular mal as palavras ou dizer coisas confusas e incoerentes. Algumas pessoas podem ficar totalmente incapazes de falar, apesar de estarem acordadas.

 

Outros sintomas que precisam de atenção são problemas súbitos com um ou ambos os olhos; dificuldade repentina em andar; tonturas; perda de equilíbrio ou falta de coordenação; dor de cabeça súbita e severa; confusão e problemas de percepção.

 

O que ocorre durante um derrame?

Como todos os órgãos, para funcionar corretamente, o cérebro precisa do oxigênio e dos nutrientes que o sangue carrega. O Acidente Vascular Cerebral (AVC) ocorre quando esse fluxo sanguíneo é interrompido.

 

Isso pode acontecer devido a um coágulo que bloqueia a passagem do sangue ou a ruptura de um vaso sanguíneo no cérebro.

 

O NHS estima que uma em cada quatro pessoas que sofrem um derrame cerebral morre - e aqueles que sobrevivem muitas vezes adquirem sérios problemas de longo prazo como resultado de danos cerebrais.

 

Pessoas mais velhas correm maior risco de ter um AVC, embora eles possam acontecer a qualquer idade, incluindo entre crianças. Mas, de acordo com a médica e apresentadora da BBC Saleyha Ahsan, a probabilidade de sofrer um derrame cerebral dobra a cada década após os 55 anos.

 

Ainda assim, em 2015, um relatório da organização britânica Stroke Association alertou para um crescimento "preocupante" da incidência de AVCs entre homens e mulheres mais jovens, com idade entre 40 e 54 anos. No Reino Unido, foram registrados, em 2014, 6.221 homens vítimas de AVC nesta faixa etária - um aumento de 1.961 casos em comparação a 2000. Entre as mulheres, foram 1.075 casos a mais.

 

Segundo especialistas, o aumento se deve a hábitos de vida menos saudáveis - como o aumento da obesidade, sedentarismo e dietas pobres -, além do crescimento populacional e mudanças nos hospitais.

 

Recomendações chave

Ahsan também recomenda monitorar a taxa de batimentos cardíacos por minuto.

 

A fibrilação atrial, um distúrbio do ritmo cardíaco que gera batimentos irregulares, pode multiplicar o risco de AVC em cinco vezes.

 

Além disso, é importante estar atento e pedir ajuda médica se houver um miniderrame, conhecido na medicina como acidente isquêmico transitório (AIT).

 

Neste caso, os sintomas são os mesmos, mas temporários, e desaparecem antes das 24 horas. Às vezes, podem durar apenas alguns minutos.

 

Mas ignorá-los é perigoso: de acordo com Ahsan, uma em cada 12 pessoas que tem um miniderrame sofre um grande AVC em menos de uma semana.

 

Muitos especialistas alertam que, além da hipertensão, colesterol, diabetes e fibrilação atrial existem outros fatores que aumentam o risco de sofrer um AVC, como tabagismo, obesidade, falta de atividade física e dieta pobre.

 

 

BBC Brasil