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alimentosA Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu a comercialização de lotes de chocolate, queijo e água mineral porque os alimentos estavam contaminados. O R7 conversou com especialistas. Veja a seguir o que cada tipo de contaminação pode causar à saúde.

Bactéria Listeria monocytogenes

A Anvisa proibiu a venda e distribuição de dois lotes de queijo mussarela fatiado (065/8 e 066/8) e um lote de queijo mussarela em peça (053/5) da marca Santa Tereza, que pertence à empresa Laticínios Santa Tereza Eireli.

Depois de testes feitos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em amostras destes lotes, foi identificada a contaminação do produto pela bactéria Listeria monocytogenes.

Este microorganismo tem uma característica especial. Diferentemente de outras bactérias, esta é resistente às baixas temperaturas e pode ser encontrada em ambientes refrigerados, onde se multiplica facilmente.

De acordo com o químico industrial Anderson de Souza Sant’Ana, professor da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp, essa bactéria é responsável por uma doença chamada listeriose, que tem uma taxa de mortalidade que varia entre 40% e 50%.

A listeriose é um tipo de infecção alimentar que pode ser extremamente grave em idosos, crianças e gestantes. Em grávidas, pode causar aborto, parto prematuro e infecções no recém-nascido.

Em pessoas que possuem o sistema imunológico fortalecido, os sintomas são os mesmos de uma infecção alimentar comum, como náuseas, vômito e diarreia.

“Em alguns casos, esta bactéria pode ir para o cérebro por meio da corrente sanguínea e causar outros problemas como dor de cabeça, tonturas e convulsões”, explica Sant’Ana.

A empresa foi procurada, mas ainda não se manifestou sobre o ocorrido.

Bactéria Pseudomonas aeruginosa

Em relação à água mineral, foi proibida a venda e distribuição do lote 1702 com data de fabricação 13/09/2017 e data de validade 13/09/2018 da marca Santa Rita do Sapucaí, que pertence à empresa Fonte Azul indústria, Comércio e Empreendimentos Imobiliários Ltda.

O motivo foi a presença da bactéria Pseudomonas aeruginosa, um microorganismo que gosta de ambientes úmidos.

Sant’Ana explica que, por ser um microorganismo capaz de criar resistência à antibióticos, essa bactéria é normalmente encontrada em ambientes hospitalares, principalmente em equipamentos de terapia respiratória, desinfetantes, pias e água destilada.

Fora do ambiente hospitalar, ela é comumente encontrada na água mineral em pouca quantidade. Mas, quando está em número acima do limite estipulado pelos órgãos reguladores, como a Anvisa, ela pode causar infecções.

“É o que chamamos de patógeno oportunista. Se a pessoa estiver com o sistema imunológico deprimido, fraco, ela pode causar problemas como infecções nos aparelhos urinário, respiratório e até mesmo infecções sanguíneas”, destaca Sant’Ana.

Procurada pelo R7, a empresa ainda não se manifestou sobre a decisão.

Filamentos metálicos

No caso do chocolate, a Anvisa proibiu a comercialização de quatro lotes da “Barra de Confeiteiro” da marca Bel, com validade até os dias 5, 6, 7 e 8 de março de 2019. A marca Bel pertence ao grupo ZD Alimentos.

O motivo é a presença de filamentos metálicos. Segundo o nutrólogo Carlos Alberto Werutsky, da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), esse tipo de corpo estranho não causa sérios danos à saúde. “Há uma tendência de filamentos metálicos não serem absorvidos no trato gastrointestinal, sendo excretado nas fezes de forma intacta”, explica.

A ZD alimentos se manifestou por meio de nota, informando que o problema está relacionado a uma falha operacional em uma linha de produção. “Em caráter de prevenção e de forma espontânea, a empresa iniciou o processo de recall junto à ANVISA e de acordo com todos os procedimentos regrados pelos órgãos competentes. Já realizamos aproximadamente o recolhimento de 80% dos 4 lotes citados, reafirmando assim nosso compromisso com a qualidade”.

 

r7

Foto: reprodução

Mais um tratamento contra o câncer está em fase de testes clínicos. Desta vez, o alvo da pesquisa é o câncer de ovário. A pesquisa, publicada nesta quarta-feira na revista Science Translational Medicine, explica como os resultados de uma vacina personalizada pode prolongar a vida de pacientes com a doença. Segundo o estudo, no período de dois anos os participantes que foram vacinados mostraram melhores resultados de “sobrevida global” – tempo entre o diagnóstico e a morte – quando comparados aos que não receberam a dose.

Câncer de ovário

O câncer de ovário, também conhecido como “assassino silencioso”, costuma ser diagnosticado nos estágios avançados da doença (cerca de 80% dos casos). No momento do diagnóstico, 60% dos cânceres de ovário já se espalharam para outras partes do corpo, reduzindo a taxa sobrevivência para 30% nos primeiros cinco anos. De acordo com o médico Ronny Drapkin, professor da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, a razão do diagnóstico acontecer tardiamente é a sua localização. “A pelve é como uma tigela, então um tumor pode crescer bastante antes de se tornar perceptível”, disse Drapkin ao Daily Mail Online.

Normalmente, os primeiros sintomas do câncer de ovário são gastrointestinais porque os tumores começam a fazer pressão na área acima de sua localização. No entanto, quando um indivíduo se queixa de desconforto gastrointestinal, os médicos costumam priorizar uma mudança alimentar, desconsiderando a possibilidade da doença.

Apenas quando os sintomas se tornam persistentes o paciente passa por uma triagem que revela o câncer. A doença é tratada com cirurgia e quimioterapia, mas por causa da demora no diagnóstico – e consequentemente no tratamento -, 85% dos pacientes têm recaídas e acabam desenvolvendo resistência à quimioterapia, deixando-os sem opções de tratamento.

Vacina

A médica Lana Kandalaft, principal autora do estudo, acredita que a vacina pode ser capaz de impulsionar o sistema imunológico e aumentar as taxas de sobrevivência dos pacientes. De acordo com a American Cancer Society, a equipe de pesquisadores analisou os resultados de 25 mulheres com câncer de ovário epitelial avançado, que tem taxa de sobrevida média de 17% dentro do período de cinco anos.

A vacina personalizada criada pelos cientistas consiste em usar o tumor do paciente (armazenado e preservado antes da cirurgia) e as células do sangue. Essas células têm a missão de identificar e capturar invasores e levá-los até os nódulos linfáticos, onde as células T são acionadas e iniciam um ataque na tentativa de destruir os invasores. “Os pacientes que receberam a vacina criaram uma resposta imune contra seus próprios tumores”, disse Lana em comunicado. Ainda segundo ela, os resultados são significativos porque o corpo aumentou o número de células T específicas capazes de destruir os tumores em pacientes cujo sistema imunológico não consegue reagir  sozinho.

A taxa de sobrevivência no período de dois anos avaliados pela equipe entre as mulheres que receberam a vacina foi de 78% contra 44% para as que não foram vacinadas.

Precauções

O diretor médico da American Cancer Society, Otis Brawley, afirmou-se esperançoso com a ideia da imunoterapia ser usada como tratamento para o câncer de ovário. Apesar de não estar envolvido na pesquisa, ele se disse cauteloso com as vacinas personalizadas. “A análise de sobrevivência é propensa a alguns preconceitos que podem induzir ao erro até mesmo em avaliadores clínicos mais experientes”, disse ao Daily Mail Online.

Os pesquisadores garantem que pretendem fazer mais estudos com a vacina. A pesquisa atual focou na segurança do tratamento.

 

veja

Um estudo publicado no "JAMA Psychiatry", cientistas acreditam ter encontrado um método para prever quais pacientes vão ter alta ou baixa probabilidade de responder ao tratamento com antidepressivos. O artigo está disponível on-line e deve ser publicado em junho de 2018.

Na pesquisa, a equipe de cientistas do Hospital McLean (EUA) descreve que a atividade de uma área específica do cérebro, a ACC (sigla em inglês para "córtex singulado anterior"), pode ajudar a medir se, no início do tratamento com antidepressivos, os pacientes com depressão vão ter benefícios no longo prazo.

A região ACC tem a forma de colar e está envolvida em áreas como o controle da pressão arterial e batimentos cardíacos. Alguns estudos também associaram a região ao circuito de funções mais complexas, como a tomada de decisões.

Um dos maiores desafios da medicina é a medição da eficácia de tratamentos para doenças complexas como a depressão. A condição envolve questões multifatoriais, que vão desde a genética ao meio que um indivíduo vive; por esse motivo, não são todas as pessoas que respondem 100% a tratamentos com antidepressivos.

Para chegar a essa conclusão, cientistas testaram 300 pacientes que fazem uso do medicamento sertralina em quatro locais diferentes nos Estados Unidos. "Nós mostramos que o ACC rostral [região do cérebro] conseguiu mostrar se o paciente estava respondendo ao tratamento oito semanas depois", diz Diego Pizzagalli.

O pesquisador considera que, com base nessa resposta, médicos poderiam prever qual paciente irá se beneficiar do medicamento no longo prazo. Em estudo anterior, os cientistas já haviam observado que, quanto maior a atividade dessa região antes do início do tratamento, melhor a resposta clínica de antidepressivos.

Um próximo passo do estudo é a combinação desses dados com outros -- como informações de psicoterapia, dados clínicos e demográficos. Um outro passo é a avaliação da possibilidade de uma nova droga capaz de atingir especificamente essa área.

 

G1

A influenza, comumente conhecida como gripe, figura entre as viroses mais frequentes no mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 10% da população seja infectada anualmente por algum tipo de vírus influenza e que 1,2 bilhão de pessoas apresentem risco elevado para complicações relacionadas à doença. Entre elas, 385 milhões de idosos acima de 65 anos, 140 milhões de crianças e 700 milhões de pessoas com doenças crônicas.

Causada por mais de um tipo de vírus, classificados como A e B, a influenza tem diversos subtipos. Os subtipos A que mais frequentemente infectam humanos são H1N1 e H3N2, ambos com casos já notificados este ano no Brasil. Os subtipos B, por sua vez, são classificados como de linhagem Victoria e Yamagata. As informações são da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) que publicou uma série de perguntas e respostas sobre os diferentes tipos vacina utilizadas no país.

Confira abaixo os principais trechos da nota técnica divulgada pela entidade:

Como funcionam as vacinas contra a influenza usadas no Brasil?

As vacinas influenza disponíveis no Brasil são todas inativadas (feitas com vírus morto), portanto, sem a capacidade de causar doenças. Até 2014, estavam disponíveis no país apenas as vacinas trivalentes, contendo uma cepa A/H1N1, uma cepa A/H3N2 e uma cepa B (linhagem Yamagata ou Victoria). As novas vacinas quadrivalentes, licenciadas desde 2015, contemplam, além dessas três, uma segunda cepa B, contendo em sua composição, as duas linhagens de Influenza B: Victoria e Yamagata. Em 2018, as vacinas trivalente e quadrivalente terão uma nova cepa A/H3N2 (Singapore), que substituirá a cepa A/H3N2 (Hong Kong) presente no ano anterior.

Qual vacina será utilizada na campanha deste ano feita pelo Ministério da Saúde?

Em 2018, a vacina utilizada na Campanha de Vacinação contra a Gripe do Ministério da Saúde será a trivalente, contendo uma cepa A/H1N1, uma cepa A/H3N2 e uma cepa B linhagem Victoria.

Este ano, teremos então vacinas tri e quadrivalentes disponíveis no país?

Sim, por alguns anos, deveremos conviver com as duas vacinas. Como ocorreu no passado em que, de acordo com a epidemiologia, vacinas monovalentes foram substituídas por bivalentes que, por sua vez, foram substituídas por trivalentes. A tendência para os próximos anos é a produção apenas de vacinas quadrivalentes.

As vacinas influenza podem ser utilizadas na gestação?

Sim, gestantes constituem grupo prioritário para a vacinação, pelo maior risco de desenvolverem complicações e pela transferência de anticorpos ao bebê, protegendo contra a doença nos primeiros meses de vida.

Pacientes alérgicos ao ovo de galinha podem receber a vacina?

Sim, esses pacientes podem receber a vacina influenza. Alergias a ovo, mesmo graves como a anafilaxia, não são mais contraindicação nem precaução.

Quais as reações adversas esperadas após a aplicação da vacina?

Os eventos adversos mais frequentes ocorrem no local da aplicação: dor, vermelhidão e endurecimento em 15% a 20% dos vacinados. Essas reações costumam ser leves e desaparecem em até 48 horas. Manifestações sistêmicas são mais raras, benignas e breves. Febre, mal-estar e dor muscular acometem 1% a 2% dos vacinados de 6 a 12 horas após a vacinação e persistem por um a dois dias, sendo mais comuns na primeira vez em que tomam a vacina.

Reações anafiláticas são extremamente raras. Em caso de sintomas não esperados (febre muito alta, reação exagerada, irritabilidade extrema, sinais de dor abdominal, recusa alimentar e sangue nas fezes, entre outros), é recomendado procurar imediatamente o médico ou serviço de emergência para atendimento e para que sejam descartadas outras causas.

Crianças que receberam duas doses da vacina em anos anteriores deverão receber duas doses da quadrivalente este ano?

Não é necessário. A regra geral, tanto para as vacinas quadrivalentes quanto para as trivalentes, é que crianças que receberam duas doses na primeira vacinação recebam, nos anos seguintes, somente uma dose.

As vacinas influenza podem ser aplicadas simultaneamente com outras vacinas?

As vacinas trivalente e quadrivalente contra a influenza podem ser aplicadas simultaneamente com as demais vacinas do calendário da criança, do adolescente, do adulto ou do idoso.

Pessoas imunodeprimidas podem tomar as vacinas contra influenza?

Tratam-se de vacinas inativadas, portanto, sem restrições de uso em populações imunocomprometidas, que têm indicação de vacinação especialmente reforçada.

A entidade tem alguma recomendação com relação às vacinas?

A Sociedade Brasileira de Imunizações recomenda o uso preferencial, sempre que disponível, da vacina quadrivalente, pelo seu maior espectro de proteção. Porém, a entidade reforça que, na indisponibilidade do produto, a vacina trivalente deve ser utilizada de maneira rotineira, especialmente em grupos de maior risco para o desenvolvimento de formas graves da doença.

 

Agência Brasil