Crianças com dificuldade de aprendizagem na escola podem ser vistas por pais e professores como desinteressadas e desleixadas. Mas as notas vermelhas talvez sejam sinal de dislexia, distúrbio que afeta a capacidade de ler e escrever. A condição afeta cerca de 5% da população brasileira, segundo o Instituto ABCD, organização social voltada a jovens com dislexia e outros problemas de aprendizagem.
Não há cura para a dislexia, que se manisfesta por herança genética e não se relaciona com distúrbios psicológicos. O tratamento, feito com fonoaudiólogos, psicólogos e psicopedagogos, costuma garantir uma vida normal aos portadores do transtorno. "A leitura e a escrita vão exigir esforço constante, mas a criança pode seguir sua vida escolar sem problemas", afirma Carolina Piza, pesquisadora e neuropsicóloga do Núcleo de Atendimento Infantil Interdisciplinar da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). "O desenvolvimento intelectual e a capacidade de comunicação não são afetados."
A neuropsicóloga explica que o diagnóstico de uma criança disléxica pode ser feito apenas a partir da alfabetização, quando um professor percebe que a evolução do aluno está aquém da esperada. Mesmo assim, é necessário que a criança seja submetida à análise de professores, psicólogos e fonoaudiólogos para diferenciar se ela tem dificuldades pontuais ou é disléxica.
Com a ortopedia facial, crianças com dente de leite já podem iniciar tratamento nos dentes. A partir dos sete anos já é indicado marcar a primeira consulta. Nessa fase, ao diagnosticar um problema de desenvolvimento, seja dentário ou esquelético, a possibilidade de corrigi-lo é maior, uma vez que o crescimento e consolidação das bases ósseas ainda estão ocorrendo.
Este tipo de intervenção é mais indicado para crianças por inibir, estimular ou direcionar o posicionamento e crescimento da maxila e da mandíbula, trabalho melhor realizado no período de crescimento e de troca de dentes.
Este equilíbrio funcional promove estímulos necessários para o desenvolvimento adequado da face e correção de anomalias de crescimento. “Também facilita a fase mais tardia, do aparelho fixo, uma vez que as bases ósseas foram corrigidas e estão bem posicionadas, a correção e o alinhamento dos dentes torna-se mais fácil”, diz o cirurgião-dentista, Pedro Benatti, especialista em ortodontia e ortopedia facial. O tratamento também pode diminuir as chances de extração de dentes.
Segundo Benatti, é preferível atender uma criança cedo e ter que dizer ‘vamos esperar’, do que acontecer uma avaliação tardia e desejar que pudesse ter sido feita mais cedo. “Este exame preventivo permite que o especialista determine como e quando os problemas devem ser tratados, no menor e melhor tempo possível”, afirma.
Aparelho em dente de leite
Diferente do tratamento ortodôntico convencional, o uso de aparelhos em dente de leite não mexem no dente em si. O objetivo é movimentar os ossos da face, como a mandíbula e maxila, colocando-os mais para frente ou para trás, e até mesmo alargando estes ossos.
O tipo de aparelho varia de acordo com cada caso, podendo ser aparelho móvel, aparelho ortopédico ou aparelho funcional. As atuações são diversas: criar espaço para dentes muito apinhados ou dentes que estão em erupção; preservar espaço durante a fase de erupção; estimular ou inibir o crescimento e posicionamento da maxila e da mandíbula, entre outros.
“O tratamento ortodôntico infantil é realizado em aproximadamente um ano a um ano e meio, seguido de observações intermitentes durante a transição da dentição mista para a dentição permanente. As consultas são geralmente a cada três semanas ou um mês”, diz Benatti.
Cuidados com o aparelho
Fazer uma boa higiene bucal usando aparelho ortodôntico já é difícil para adultos. A tarefa é ainda mais dura para crianças. Por isso que o apoio dos pais é imprescindível. Ao contrário do que se pensa, o aparelho não provoca cáries. A higienização inadequada que faz com que os dentes percam cálcio e minerais, além de inflamar a gengiva. “Uma higienização eficaz exige tempo. Por isso é importante certificar-se de que todas as partes dos dentes, do aparelho e os espaços entre eles estejam limpos”, afirma o dentista.
Outro ponto importante são as consultas periódicas (semestrais) para profilaxia, a fim de manter os dentes e gengivas saudáveis.
Sinais que a criança precisa de tratamento
- Desvio lateral da arcada superior em relação à inferior;
- Hábito de chupar o dedo que continua mesmo após os seis ou sete anos de idade;
- Dificuldade para mastigar;
- Desgaste desigual ou excessivo dos dentes;
- Espaços entre os dentes (dentes superiores muito à frente dos dentes superiores).
- Dentes superiores e anteriores cobrem a maioria dos dentes inferiores – queixo muito para trás;
- Dentes superiores e anteriores estão atrás dos dentes inferiores - deixando o queixo muito para frente;
- Dentes anteriores não se tocam mesmo com a boca fechada – mordida aberta;
- Apinhamentos ou dentes sobrepostos a outros.
Benefícios do tratamento ortodôntico em crianças
- Capacidade de modificar o crescimento dos ossos da face;
- Correção da má oclusão (mordida errada) com resultados melhores e mais estáveis;
- Correção de hábitos nocivos de sucção e deglutição;
- Melhora no padrão e na capacidade respiratória;
- Melhora na função mastigatória;
- Menor chance de efeitos colaterais, pois as raízes dos dentes ainda estão pouco desenvolvidas e apresentam respostas biológicas mais favoráveis às forças aplicadas;
-Pacientes em idade infantil apresentam boa cooperação e tendem a lidar bem com o uso de aparelhos dentários.
- A autoestima do paciente e satisfação dos pais são considerados benefícios do tratamento ortodôntico infantil.
Uma a cada 4 mulheres tem cisto no ovário e, se esses cistos aparecem em maior quantidade, ocorre a síndrome dos ovários policísticos, um problema que pode causar alterações no ciclo menstrual e até dificultar a gravidez, como explicou o ginecologista José Bento no Bem Estar desta sexta-feira, 8.
Entre as mudanças na menstruação, o médico explicou que a síndrome não altera a quantidade de sangramento, mas sim a quantidade de ciclos, que podem ser mais espaçados ou a mulher ter menos fluxos durante o ano. Isso acontece porque o folículo que cresce dentro do ovário não cresce muito e não recebe o óvulo, tornando-se um cisto – ou seja, se não há ovulação, não há menstruação.
Por isso, em alguns casos, as pacientes podem tomar remédios para estimular a ovulação e voltar a menstruar normalmente. Além disso, elas podem também fazer a cauterização dos cistos para tratar a infertilidade. Fora esses dois sintomas, a síndrome pode ainda levar à obesidade, acne, oleosidade da pele, queda de cabelo, e aumento dos pelos no rosto, seios e abdômen da mulher. Por isso, quem tem o problema deve se preocupar em perder peso, em tratar a acne e pode também usar as pílulas anticoncepcionais para controlar os sintomas.
Se houver casos na família, as chances da paciente desenvolver a síndroma é maior já que ela tem fator genético. No caso da família da estudante Laís da Silva Carlos, a hereditariedade da doença é visível.
Ela e a mãe sofrem da síndrome dos ovários policísticos e, além de todos os sintomas da doença, elas têm também mais vontade de comer doces, como mostrou a reportagem da Natália Ariede.
Hanseníase
A hanseníase é uma doença causada por uma infecção bacteriana, que afeta a pele e os nervos e pode dar manchas em qualquer parte do corpo, como mostrou a reportagem do Erikson Rezende, de Cuiabá, no Mato Grosso.
Porém, como explicou a pediatra Ana Escobar, normalmente, essas manchas se localizam nas extremidades, como braços, mãos, coxas, pernas e pés, além do rosto.Fora esses sintomas, a doença pode dar ainda formigamento, falta de sensibilidade na pele, fraqueza muscular nas mãos, pés e rosto e queda de pelos na região das manchas.
No entanto, a hanseníase pode ser curada e tem chances ainda maiores se for diagnosticada cedo - se não for tratada, pode provocar deformidades, especialmente nas mãos e pés.
O tratamento é feito com 2 ou 3 medicamentos e pode durar de 6 a 12 meses.
No entanto, como lembrou o ginecologista José Bento, é importante lembrar que os antibióticos podem cortar o efeito dos anticoncepcionais e, por isso, é preciso redobrar os cuidados com os métodos contraceptivos.
Cirurgiões belgas afirmam ter feito uma descoberta que acrescenta uma nova peça ao atlas do corpo humano e pode revolucionar o tratamento de lesões do joelho. Em artigo publicado no periódico Journal of Anatomy, os médicos descrevem um novo ligamento, que recebeu o nome de anterolateral, ou ALL, na sigla em inglês. Os médicos sugerem que o ALL tem um papel importante no rompimento do ligamento cruzado anterior, uma das lesões de joelho mais comuns entre praticantes de esporte.
O joelho tem quatro ligamentos principais. Esses tecidos fibrosos ligam um osso ao outro e ajudam a dar estabilidade ao corpo. Embora houvesse evidências da existência de outro ligamento além daqueles conhecidos pela medicina, essa é a primeira vez que especialistas fornecem a descrição completa e a função desse novo tecido.
Pesquisa: A descoberta aconteceu depois de uma equipe da Universidade de Leuven, coordenada por Steven Claes e Johan Ballemans, começar a estudar os joelhos de cadáveres dissecados em busca desse possível novo ligamento. O ponto de partida do trabalho foi um artigo escrito pelo cirurgião francês Paul Segond em 1879, que sugeriu a existência do ligamento. Com a pesquisa, os pesquisadores descobriram uma "estrutura de ligamento bem definida" que conecta o fêmur, que é o osso da coxa, à tíbia. Essa característica foi observada em 40 dos 41 corpos analisados.
A partir das novas informações, os pesquisadores lançaram a hipótese de que uma lesão no ligamento anterolateral é uma das causas do rompimento do ligamento cruzado anterior. Se confirmada, a descoberta pode levar a tratamentos mais eficientes para casos graves dessas lesões. "Hoje, nós sabemos que existem pacientes que continuam a sentir desconforto e instabilidade depois de uma cirurgia no joelho, mesmo quando a operação foi bem sucedida, e que isso pode estar relacionado a danos no ligamento anterolateral", disse Ballemans ao jornal canadense Natinal Post. A equipe afirma que mais estudos são necessários para confirmar os achados.