O ar condicionado é essencial para muita gente, mas é preciso alguns cuidados com o aparelho. Muitos problemas de saúde podem ser evitados com a limpeza correta do aparelho. Isso porque o ar condicionado pode provocar reações alérgicas, ressecamento da pele, sangramento do nariz e até irritação dos olhos e pulmões.
Uma lei obriga que estabelecimentos públicos façam a limpeza dos filtros, como explicou o alergista e imunologista Marcelo Vivolo Aun no Bem Estar desta segunda-feira (19). O intervalo entre as limpezas vai depender do tamanho do lugar. A lei exige que se faça um controle da qualidade do ar, medindo a quantidade de partículas de sujeira com os aparelhos.
De acordo com o alergista, não existe alergia ao ar condicionado. O que acontece é que reações alérgicas são causadas pelo ar frio e seco ou pelos fungos e ácaros presentes no ar expelido pelo aparelho. Ele pode desencadear a alergia ou apenas os sintomas, mas dificilmente o ar condicionado vai causar uma alergia em quem não tem.
O clínico geral Carlos Eduardo Pompílio explica que algumas atitudes podem minimizar os sintomas dos alérgicos, como soro fisiológico e hidratação. Em casos de crises alérgicas, um antialérgico pode ser indicado.
Idosos, crianças e alérgicos são mais suscetíveis a ter reações devido ao ar condicionado. Os idosos porque desidratam muito mais fácil e possuem um sistema imunológico mais fraco. As crianças porque o sistema imunológico ainda está em formação e por ter as vias aéreas muito pequenas, qualquer obstrução já é um incômodo grande.
A esteatose Hepática ou Fígado Gorduroso (como é mais conhecido), é a deposição de gordura dentro das células hepáticas, que pode levar à lesão difusa destas células(Hepatite), e a destruição progressiva do órgão com cicatrização residual, processo conhecido como cirrose.
A causa de Esteatose Hepática (EH) mais conhecida até bem pouco era o consumo excessivo de álcool. A relação entre alcoolismo e Fígado Gorduroso era tão estreita no universo do conhecimento médico, que o fato do paciente entregar uma Ultrassonografia com o referido achado suscitava a imediata pergunta do doutor: Você tem o costume de beber? A negativa do paciente gerava, de regra, a desconfiança do clínico.
A principal causa
Ainda que hepatites crônicas, tais como Hepatite B ou C, álcool e outros hepatotóxicos sejam causas comuns de Esteatose Hepática (EH), são mecanismos exclusivamente metabólicos que patrocinam a maior parte dos casos de infiltração gordurosa do fígado. Para esta situação, em que a EH é resultado de (des)acordos metabólicos é dado o nome de Esteatose Não Alcoólica (ENA), diagnóstico de cunho eminentemente clínico (história clínica), já que a avaliação microscópica da ENA pouco difere da esteatose causada pelo consumo excessivo de álcool, assim como, nem sempre é possível diferenciar o processo por parâmetros laboratoriais.
Obesidade e Esteatose Não Alcoólica (ENA)
Não por coincidência o crescimento estatístico da ENA é consonante ao aumento vertiginoso da obesidade global. A prevalência desse processo entre obesos e portadores de sobrepeso ( IMC maior que 25) pode variar entre 25 e 60 por cento dependendo dos métodos de pesquisa e da população estudada.
Por caminhos comuns àqueles que geram a obesidade e também a partir das mudanças geradas pelo ganho ponderal sistêmico, as células hepáticas podem encher-se de gorduras e o fígado evoluir para ENA. Pior que isso, a evolução do processo pode destinar o fígado à cirrose, da mesma forma que o fazem o consumo excessivo de álcool, hepatites crônicas e outros hepatotóxicos.
Estudos americanos recentes demonstram que nas últimas duas décadas a prevalência de ENA mais que dobrou em crianças e adolescentes, de modo que atualmente 10 por cento desse grupo e 20 a 30 por cento dos adultos apresentam esta condição.
Sintomatologia
Ainda que a ENA seja um forte fator de risco para desenvolvimento de doença cardiovascular e Diabetes tipo 2, a maior parte dos pacientes com este quadro apresenta formas não severas da doença, com pouca ou nenhuma sintomatologia. Daí o diagnóstico ocorrer na maioria das vezes em um exame de Ultrassonografia de rotina.
Queixas de peso do lado direito do abdome logo abaixo das costelas e sensação de plenitude gástrica (estômago cheio) são as queixas mais frequentes. Fortes dores nessas regiões podem ocorrer em evoluções mais graves. Em 10 a 20 por cento dos pacientes com ENA ocorre um quadro mais severo de comprometimento hepático, a Esteato Hepatite Não Alcoólica (EHNA), com inflamação e cicatrizes esparsas no fígado, a cirrose é o ponto final de 20 por cento deste grupo com EHNA.
Aspectos atuais e futuros
Estudos demonstram que 2%a 3% dos americanos adultos, o que significa quantificarmos aproximadamente 5 milhões de indivíduos, apresentam a EHNA. Tais dados expõe o potencial de um milhão de novos cirróticos nos EUA em um espaço variável de tempo. De fato, espera-se que a cirrose decorrente desse processo supere a Hepatite C como a principal causa de transplantes de fígado até 2020 nos Estados Unidos, em parte, pela eficácia dos novos antivirais, mas, muito pela alta prevalência de obesidade com seus desdobramentos metabólicos.
Os hispânicos são particularmente suscetíveis à evolução para ENA , em boa parte decorrente de predisposições genéticas. Em Los Angeles, Califórnia, onde a população hispânica é virtualmente majoritária, essa prevalência é expressa no percentual de transplantes feitos no Centro de Transplantes de Fígado da Universidade da Califórnia. Atualmente nesta Instituição, aproximadamente 25 % desses procedimentos são realizados em pacientes com evolução errática da EHNA para Cirrose. Em 2003 correspondia a apenas 3 % do total.
O que fazer?
As causas determinantes da ENA estão na intimidade metabólica do universo obesogênico, todos os fatores que conduzam à obesidade são potencialmente capazes de induzir à ENA. Por outro lado, todos os equívocos encarnados no metabolismo após a obesidade instalada são indutores desta ocorrência. Fácil entender que tratar a obesidade estabelecida ou evitá-la é a conduta óbvia.
Por outro lado, distúrbios metabólicos isolados, mesmo que sem obesidade concomitante, tais quais Diabetes e Dislipidemias (hipercolesterolemia e/ou hipertrigliceridemia) geram o mesmo quadro e no caso, tratar estas patologias é o recurso notório.
O uso de antivirais estará indicado quando a Esteatose tiver a Hepatite B ou C como causas, enquanto que a abstinência alcoólica ou de outros agentes tóxicos é imperativo quando um destes for a fonte causal. No caso de Esteatose relacionada a doença auto-imune (bem mais raro) a terapia envolverá tratamento específico de abordagem imunológica.
Revisando
Fica sumariado que a Esteatose Hepática é a consequência de uma série de transtornos já citados e o tratamento se estabelece sobre estas causas. Houvesse uma terapia específica para o infiltrado gorduroso hepático sem tratar sua origem e estaríamos adotando a tática do “enxugar do gêlo”, técnica esta já utilizada por nós ao aceitarmos os fármacos para o Diabetes tipo 2, questionando o uso emagrecedores (cabe aqui a leitura neste blog: “o obeso não tem culpa, tem desejos).
Anotemos ainda que a principal causa de Fígado Gorduroso é metabólica (ENA-Esteatose Não Alcoólica), envolvendo sobremaneira a Obesidade e/ou Dislipidemias e/ou Diabetes, o que destina a ENA como principal causa de Cirrose e transplantes hepáticos em futuro próximo.
Então, nem desespero, tão pouco “malemolência”: Procure seu médico.
Na manhã dessa sexta-feira (16), aconteceu mais uma ação itinerante do projeto “Saúde em Movimento”, dessa vez no bairro Curador. Realizado através da Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com a Coordenação de Combate à Hanseníase e Estratégia de Saúde da Família, a iniciativa visa levar aos bairros mais periféricos da cidade informações preventivas sobre a Hanseníase, o combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika, além de abordar a redução de danos no uso de drogas.
A terceira ação aconteceu na Associação de Moradores do bairro Curador, contando com a participação da coordenadora de Combate à Hanseníase Thaís Trajano, agentes de endemias, enfermeiras da Estratégia da Família, além da enfermeira plantonista do CAPS AD e dos moradores do bairro, que participaram com atenção da roda de conversa, aproveitando para tirar dúvidas e relatar a situação da localidade.
O “Saúde em Movimento”, que já passou pelos bairros Riacho Fundo e Buraco do Sapo,com programação fixa todas as sextas-feiras, o próximo contemplado será o bairro Morro do Tiro.
Os sintomas iniciais de febre amarela, dengue, gripe, zika e chikungunya são comuns a várias doenças infecciosas causadas por vírus, como dor no corpo, dor de cabeça e dor nas juntas. Mas a partir do segundo ou terceiro dia, o vírus procura os órgãos pelos quais tem afinidade e então os sintomas de cada doença se tornam mais característicos.
A febre amarela, provocada pela picada dos mosquitos Haemagogus ou Sabethes (foto), que habitam região de mata, causa sintomas como febre com calafrio, dor de cabeça, dores musculares, mal estar e cansaço. A partir do terceiro dia, a maioria das pessoas já começa a apresentar melhora. No entanto, 15% desenvolvem complicações, entre elas hepatite e alteração do funcionamento dos rins e do coração, que podem levar à morte.
Dengue, zika e chikungunya são doenças transmitidas pelo mesmo vetor, o mosquito Aedes aegypti. Diferentemente dos mosquitos Haemagogus ou Sabethes, o Aedes aegypti vive no meio urbano e se prolifera em locais com água parada, como base de vasos (foto). Exames de sangue já são capazes de fornecer diagnósticos precisos de cada doença. Entre essas doenças, já existe vacina apenas para dengue, mas de eficácia ainda não totalmente comprovada.
Existem dois tipos mais comuns de dengue: a dengue clássica e a hemorrágica. A clássica tem sintomas similares à gripe como febre alta (em torno de 40 graus), dor de cabeça, dor nas articulações, dor atrás dos olhos, dores musculares, prostração, vermelhidão no corpo e coceira. Os sintomas regridem a partir do sétimo dia, mas a fraqueza perdura por algumas semanas. Já a hemorrágica apresenta, inicialmente, os mesmos sintomas da clássica, porém, após o terceiro dia, surgem os sinais de hemorragia, como sangramento da gengiva, do nariz e rompimentos superficiais da pele.
Em 80% dos casos, a zika não tem sintomas. Os sinais da doença geralmente são semelhantes ao de uma virose ou da dengue, porém menos agressivos. São eles: febre em torno de 38 graus, aumento dos gânglios linfáticos, dor de cabeça, dor nas articulações, erupção cutânea com coceira, fotofobia, conjuntivite, diarreia, náuseas e cansaço, que desaparecem em sete dias. Estudos comprovaram a relação da zika com a microcefalia em bebês gerados por mães que contraíram a doença na gravidez. A zika também está relacionada à Síndrome de Guillain-Barré, inflamação dos nervos periféricos que resulta em fraqueza muscular e paralisia, em geral, de forma temporária.
Assim como a dengue e a zika, a chikungunya causa febre alta, dor de cabeça, dores musculares, conjuntivite, náuseas, vômitos e vermelhidão pelo corpo. O predominante são as dores articulares, que afetam simetricamente diversas juntas e são debilitantes. O quadro evolui para cura em dez dias. A doença, em geral, não mata, mas provoca dores articulares crônicas - para a vida toda.
Já a gripe não é transmitida por mosquito, mas sim pelo contato entre uma pessoa gripada e outra saudável por meio de gotículas no ar ou pelo aperto de mão, por exemplo. A principal característica que difere a gripe da febre amarela, dengue, zika e chikungunya é a presença de secreção (catarro). Sintomas como dor de garganta e tosse são típicos da gripe e não das demais doenças.