• Hospital Clinicor
  • Vamol
  • Roma

morangoPesquisadores da Itália e da Espanha sugerem em estudo que comer morangos ajuda a reduzir significativamente índices do mau colesterol e do triglicérides. As conclusões foram publicadas na terça-feira, 25, no “Journal of Nutritional Biochemistry”.

 

 

Segundo a investigação científica, 23 voluntários saudáveis adicionaram, cada um, 500 gramas de morango por dia à dieta alimentícia por pouco mais de um mês. Foram colhidas amostras de sangue antes e depois do consumo da fruta para comparar diversos índices.

 

Os resultados apontaram que a quantidade total de colesterol caiu 8,78%, os níveis de lipoproteínas de baixa densidade (LDL, também conhecido como colesterol ruim) caíram 13,72% e a quantidade de triglicérides caiu 20,8%. Já o HDL (colesterol bom) permaneceu inalterado.

 

De acordo com cientistas, o consumo de morango também melhorou outros índices como o de biomarcadores antioxidantes. Todos os parâmetros retornaram aos valores iniciais após os voluntários “abandonarem” o tratamento com a fruta.

 

De acordo com Maurizio Battino, pesquisador da Universidade Politécnica de Marche, é a primeira vez que um estudo mostra o papel protetor de compostos bioativos presentes em morangos.

 

O pesquisador admite que não há evidência direta de quais componentes da fruta têm efeito benéfico, mas, segundo Battino, todos os estudos epidemiológicos feitos apontam para as antocianinas, um corante natural que dá a cor vermelha à fruta.

 

Outras pesquisas realizadas pela mesma equipe apontam ainda que os morangos ajudam a proteger o corpo da radiação ultravioleta, reduz os efeitos do álcool no estômago e ainda fortalece as células vermelhas do sangue, aumentando sua capacidade de antioxidação.

 

 

G1

Manipular recibos emitidos por caixas eletrônicos, lojas e supermercados faz as pessoas terem contato com um componente químico tóxico que já foi associado a problemas de saúde. É o que conclui um estudo publicado nesta quarta-feira, 26, na revista da Associação Médica Americana (Jama).

 

 

Pesquisadores analisaram a urina de indivíduos que manusearam o papel térmico utilizado nesse tipo de impresso por duas horas seguidas sem uso de luvas. Eles apresentaram um aumento significativo de bisfenol A (BPA) na urina em relação a quem usava luvas.

 

A exposição ao BPA já foi associada a condições como infertilidade, obesidade, certos tipos de câncer e problemas desenvolvimento cerebral em crianças. A substância, presente no papel térmico, também é encontrada no revestimento interno de enlatados e em embalagens plásticas duras e transparentes - no Brasil, como em outros países, seu uso já foi banido de mamadeiras.

 

Shelley Ehrlich, do Centro Médico do Hospital Infantil de Cincinnati, nos Estados Unidos, e sua equipe recrutaram 24 voluntários que forneceram amostras de urina antes e depois de manusear - com e sem luvas - os recibos impressos. O BPA foi detectado em 100% das amostras dos indivíduos que não usaram luvas.

 

Mais estudos são necessários

 

Os pesquisadores avisam que um estudo maior é necessário para confirmar os resultados. Mas ressalta que eles são relevantes para pessoas que lidam diariamente com papéis térmicos no trabalho, como caixas de banco e de supermercado.

 

 

Um estudo mais antigo, publicado na "Nature" em 2010, já havia mostrado que o BPA presente em papéis térmicos é capaz de atravessar a pele. Na ocasião, o pesquisador Daniel Zalko, toxicologista do Instituto Francês para Pesquisa em Agricultura, alertou que o material não é a principal fonte de bisfenol A no ambiente, mas que grávidas deveriam ter mais cuidado ao manipular esses recibos, principalmente as que trabalham como caixas.

 

Uol

gravEstudo científico publicado na revista de pediatria do Jornal da Associação Médica Americana (Jama) questiona a segurança do paracetamol (acetaminofeno), presente em muitos analgésicos comuns, para mulheres grávidas. Seu uso na gestação poderia afetar o cérebro do bebê em formação.

 

 

É a primeira vez que a substância, comercializada em medicamentos desde a década de 1950 e indicada frequentemente para gestantes, aparece relacionada a um risco aumentado de transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) em crianças cujas mães fizeram uso do remédio durante a gestação.

 

O relatório é assinado por pesquisadores da Escola de Saúde Pública Fielding, da Universidade da Califórnia (UCLA), e por cientistas da Universidade de Aharus, na Dinamarca. O estudo levou em conta 64.322 mães e filhos que haviam participado de um levantamento entre 1996 e 2002. Mais da metade dessas mulheres tomou paracetamol ao menos uma vez na gravidez.

 

Os pesquisadores descobriram que as mulheres grávidas que tomaram o medicamento tiveram um risco 37% maior de ter filhos com uma forma severa de TDAH (transtorno hiperquinético), em comparação com as mulheres grávidas que não usaram o analgésico. Além disso, as que foram medicadas tiveram 29% mais probabilidades de ter filhos aos quais foram prescritos remédios para o TDAH e 13% mais risco de ter filhos com sintomas similares aos do TDAH aos 7 anos.

 

 

Quanto maior o tempo durante o qual o paracetamol foi tomado (nos segundo e terceiro trimestres da gestação), mais forte a associação com o TDAH. O risco de transtorno hiperquinético subiu mais de 50% em crianças cujas mães tinham usado a medicação por mais de 20 semanas na gravidez.

 

Estadão conteúdo

Pesquisadores do Instituto de Biociências da USP (Universidade de São Paulo) conseguiram reduzir de forma significativa o desenvolvimento de tumores em células-tronco embrionárias a partir do silenciamento (redução da expressão) de um gene específico. Trata-se do gene E2F2, que se manifestava de forma aberrante em diversos tipos de cânceres.

 

 

O coordenador da pesquisa, Oswaldo Keith Okamoto, é professor do IB e pesquisador do Centro de Pesquisas sobre o Genoma Humano e Células-tronco (CEGH-CEL). Desde 2003, seu grupo estuda tumores e, em 2008, passou também a estudar células-tronco embrionárias.

 

Os resultados do projeto "Fator de transcrição E2F2 e expressão de proto-oncogenes em células-tronco embrionárias humanas" foram divulgados em janeiro deste ano na revista Stem Cells and Development. Ele teve verba da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e os estudos foram desenvolvidos no Departamento de Genética e Biologia Evolutiva do IB.

 

As células-tronco embrionárias têm como característica a pluripotência, isto é, a capacidade de se diferenciar em qualquer tipo de célula dos tecidos biológicos. Porém, o professor Okamoto ressalta: "as células pluripotentes também têm capacidade de gerar tumores".

 

Do total de genes presentes nas células humanas, normalmente, apenas um conjunto deles encontra-se ativo. "O comportamento aberrante de um gene é dado, por exemplo, pelo fato de ele estar ativo quando não deveriam estar, ou estar inativo quando deveria ter atividade", diz ele. Essa alteração de expressão gênica forma um padrão completamente anormal e acaba afetando o comportamento celular, podendo desencadear a geração de um tumor.

 

Durante os estudos sobre câncer, observou-se que células com maior grau de malignidade em tumores cerebrais agressivos, do tipo glioblastoma, apresentavam alta expressão do gene E2F2. A partir disso, o grupo desconfiou que o gene poderia também estar relacionado à capacidade tumorigênica das células-tronco embrionárias. Estas costumam desenvolver teratomas, que são tumores em geral benignos, mas que podem, sim, apresentar malignidade.

 

Metodologia

 

Após obter um resultado positivo in vitro, os pesquisadores testaram o efeito em camundongos imunossuprimidos, pois assim não haveria rejeição, por parte do sistema imunológico, às células humanas. Metade deles recebeu células-tronco embrionárias comuns e a outra metade, células modificadas (com o gene E2F2 silenciado). Em todos os momentos observados, os camundongos que foram inoculados com células modificadas tiveram incidência menor de tumores.

 

Após esse primeiro êxito, o grupo passou a analisar se as células modificadas ainda teriam a capacidade de se diferenciar em qualquer tipo de tecido. "Na literatura, todos os trabalhos que estudam pluripotência a correlacionam com potencial tumorigênico", afirma Okamoto. Porém, após serem estimuladas in vitro a se diferenciarem em células dos três tipos de folhetos germinativos (endoderma, mesoderma e ectoderma), observou-se que tal capacidade não foi afetada. Foi possível notar, ainda, a preservação da expressão de fatores de pluripotência.

 

Para o futuro, Okamoto espera combinar suas pesquisas com os estudos sobre células pluripotentes induzidas, cuja sigla em inglês é IPS. Estas são obtidas a partir do próprio paciente e podem ser reprogramadas para gerarem outros tecidos.

 

 

"Qualquer célula deste tipo seria geneticamente compatível com o paciente, o que diminui a chance de destruição pelo sistema imune", diz ele. Interligar esses estudos seria um grande avanço no sentido de tratar doenças que hoje são de difícil tratamento, como lesões medulares, degeneração macular, diabetes, parkinson, alzheimer e distrofia muscular.

 

Da Agência USP de Notícias

Subcategorias