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Passamos o dia inteiro olhando para telas: do celular, do computador - pessoal e do trabalho -, da TV, do tablet, do GPS, do caixa eletrônico.

 

E é cada vez mais difícil calcular (e limitar) o tempo dedicado a essas telas.

 

A intromissão das redes sociais nas nossas vidas tampouco ajuda. Passamos horas por dia checando nosso Facebook, Instagram e outras plataformas. Utilizamos o WhatsApp de maneira constante.

 

"As preocupações sobre o dano produzido por passar tempo demais diante da tela - sobretudo usando as redes sociais - aumentaram", diz Amy Orben, que investiga os efeitos das redes sociais nas relações humanas na Universidade de Oxford, no Reino Unido.

 

Mas quanto tempo é muito tempo?

 

Julgamento pessoal

 

"Estabelecer uma quantidade saudável de tempo diante da tela não é uma tarefa fácil", afirma Orben.

 

"Há experiências negativas, mas isso não significa que o uso da tecnologia, em termos gerais, seja prejudicial. É complicado afirmar sobre como ela afeta as diferentes pessoas."

 

Para a doutora em psicologia experimental, definir uma quantidade correta de tempo para telas e redes sociais depende do "julgamento pessoal" de cada um.

 

Um estudo que Orben e outros pesquisadores da Universidade de Oxford fizeram para a Unicef (o órgão das Nações Unidas para a infância) em 2017, em que examinaram 120 mil jovens de 15 anos do Reino Unido, verificou que o aumento do número de horas em frente à tela usando redes sociais e outras ferramentas estava vinculado a uma melhora do bem-estar, "possivelmente porque reforçam as amizades".

 

"As tecnologias digitais parecem ser benéficas para as relações sociais do jovens, embora o impacto nos níveis de atividade física seja inconclusivo."

 

Substituir atividades vitais pela tela tampouco é bom, assegura ela. Mas não há uma norma definida sobre um limite.

 

A psicóloga afirma que o tempo frente à tela pode ser comparado à ingestão de açúcar. "Em geral, a gente concorda que açúcar demais é ruim para a saúde. Mas o efeito depende de outros fatores, como o tipo de açúcar e a pessoa. O mesmo se aplica às redes sociais."

 

"Por enquanto, temos que confiar nos nossos próprios critérios para decidir quanto tempo dedicamos às redes sociais."

 

A regra do 20-20-20

Professor de oftalmologia do Weill Cornell Medical College de Nova York, Christopher Starr diz que o tempo excessivo em frente à tela afeta nossos olhos.

 

"Alguns de nós passamos até nove horas por dia usando dispositivos com telas. Pode ser muito esgotante", escreveu no blog da empresa especializada em "desintoxicação digital" Time To Log Off ("hora de se desconectar"), sediada em Londres.

 

"Imagina estar em uma academia e segurar um peso durante todo o tempo. Seu bíceps estaria extremamente dolorido nove horas depois. O mesmo acontece com seus olhos. Temos que descansar para aliviar esses músculos."

 

Para isso, Starr sugere seguir uma regra chamada 20-20-20.

 

"Para cada 20 minutos diante de um computador ou dispositivo móvel, temos que olhar em direção a um objeto que esteja a 20 pés (seis metros) de distância durante 20 segundos ou mais. E assim os músculos dos olhos relaxam."

 

Outros especialistas, como os da Associação Canadense de Oftalmologia, também recomendam essa técnica.

 

A oftalmologista Breth Lenox explica no site da organização que a 20-20-20 é "uma regra de ouro".

 

Além de afetar os olhos, passar tempo demais em frente à tela pode atingir outras áreas do corpo, como o pescoço e as costas.

 

Entre meia hora e uma hora por dia

 

A psicóloga americana Jean Twenge, da Universidade Estadual de San Diego, na Califórnia, recomenda reduzir o tempo de uso desses dispositivos - sobretudo no caso das crianças.

 

Twenge é a autora principal de um estudo que foi publicado em 2017 na revista científica Clinical Psychological Science, da Associação para o Avanço da Ciência Psicológica (APS, na sigla em inglês).

 

O estudo vincula o aumento do suicídio entre jovens com o tempo que passam usando tecnologias digitais.

 

"Entre meia hora e uma hora por dia. Esse parece ser o tempo usando dispositivos eletrônicos adequado para a saúde mental dos jovens", diz a especialista.

 

Segundo seu estudo, os adolescentes nos Estados Unidos passam cinco horas ou mais por dia em frente a seus aparelhos e têm 71% mais probabilidade de ter um fator de risco para o suicídio.

 

E isso independentemente do conteúdo que consomem, assegura. Quanto maior o número de horas, maiores as possibilidades de sofrer de depressão.

 

"É uma quantidade de tempo excessiva. Duas horas por dia implica um risco ligeiramente elevado. E com três horas por dia ou mais há um aumento pronunciado entre quem tem ao menos um fator de risco de suicídio."

 

A norma das duas horas ao dia é o que recomenda também a Academia Americana de Pediatria (AAP, na sigla em inglês) e o Instituto Nacional de Saúde dos EUA, e não se aplica a crianças menores de dois anos.

 

A medida beneficiaria também os adultos. Twenge recomenda deixar o celular de lado depois dessas duas horas "e passar o resto do tempo fazendo coisas mais benéficas para sua saúde mental e felicidade, como dormir, ficar com amigos e familiares, sair na rua e praticar esportes".

 

BBCBrasil

agualimaoPesquisadores descobriram que tomar bebidas ácidas, como chás de frutas e águas aromatizadas, pode corroer os dentes e prejudicar seu esmalte.

 

Uma equipe da King's College, uma universidade de Londres, no Reino Unido, descobriu que tomar essas bebidas entre as refeições e saboreá-las por muito tempo aumenta o risco de erosão dentária por causa do ácido.

 

Na pesquisa, publicada no British Dental Journal (periódico especializado), investigou-se a dieta de 300 pessoas com erosão dentária severa.

 

Concentrados, chás de frutas, bebidas diet, bebidas com açúcar e águas aromatizadas são todos ácidos e podem corroer os dentes, aponta o estudo. A situação piora quando se passa muito tempo bebendo e saboreando essas bebidas na boca antes de engoli-las.

 

Refrigerantes sem açúcar são quase tão erosivos quanto os com açúcar, explicam os pesquisadores. Vinagre e conservas também podem levar à erosão dentária.

 

"Se você toma as bebidas por longos períodos de tempo, por mais de cinco minutos, por exemplo, ou se você brinca com a fruta nos dentes antes de comê-la, você pode realmente deteriorá-los", diz Saoirse O'Toole, do Instituto Dental do King's College, uma das autoras do estudo.

 

"Depois de comer uma maçã, tente não comer nada muito ácido mais tarde no dia", recomenda. "Se vai tomar vinho à noite, não tome chá de frutas de manhã. É só balancear a dieta", afirma.

 

Bebidas e refeições

Os pesquisadores descobriram que pessoas que bebem água com uma rodela de limão ou chá quente de frutas entre as refeições tinham mais de 11 vezes a chance de ter erosão dentária média ou severa.

 

Esse número caía pela metade quando as bebidas eram ingeridas durante as refeições.

 

Segundo Russ Ladwa, do comitê de saúde e ciência da Associação Dental Britânica, tomar bebidas ácidas durante uma refeição minimiza os danos porque mastigar comida aumenta a produção de saliva, que é alcalina e amortece a acidez.

 

"Deveríamos promover o consumo 'em shots' das bebidas, sem saboreá-las por um longo período, e limitar os refrigerantes para o momento das refeições", diz.

 

O uso de canudos também pode evitar que o ácido das bebidas entre em contato com os dentes.

 

Ladwa recomenda beber água e bebidas nutritivas como leite, além de alimentos que neutralizam o ácido, como queijo.

 

Uma outra pesquisa mostrou que a maioria das crianças e adolescentes no Reino Unido tem perda de dentes por causa de erosão dentária.

 

O problema também é reconhecido como uma das maiores causas de danos aos dentes em gerações mais velhas.

 

Que bebidas são ácidas?

 

- Álcool

- Chás de frutas

- Água saborizada

- Concentrados

- Refrigerantes diet

- Bebidas adocicadas

 

Quais não são?

 

- Água

- Chá

- Café

- Leite

- Água com gás

 

O que é a erosão dentária

 

- É a perda progressiva do revestimento dental por processos químicos que não envolvem ação bacteriana

 

- A acidez dos alimentos e bebidas é mais relevante para a erosão que o açúcar (bactérias, em conjunto com o açúcar, provocam cáries, não erosão)

 

- Dieta, estilo de vida, o ambiente e, em alguns casos, medicações podem aumentar os riscos de erosão dentária

 

- Usar creme dental com flúor, enxaguante bucal e modificar a dieta podem reduzir o risco de erosão

 

BBCBrasil

Foto: Getty Images

dengO Piauí notificou 173 casos suspeitos de dengue, em 2018, e no mesmo período do ano passado, foram 274 notificações, o que representa uma redução de 37% dos casos. Foi o que apontou o boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde, apresentado hoje, 23.

 

Apesar da constante queda nas notificações( no último boletim a redução foi de 34,5%), a Secretaria de Saúde chama atenção do fator que pode contribuir para uma “aparente” queda nos indicadores: a subnotificação dos casos, aliada ao autodiagnóstico, quando o paciente, ao se considerar doente com dengue, não procura o serviço de saúde e, portanto, não é notificado como suspeito da doença. Isso faz da doença uma preocupação contínua dos órgãos de vigilância em saúde no estado.

 

O técnico de Vigilância em Saúde, da Secretaria, Antônio Manoel, explica qual o impacto dessa subnotificação. “Ela pode sim camuflar uma situação real do agravo, seja por falta de alimentação do próprio sistema pelos municípios, seja por que o paciente se autodiagnostica e não procura mais o serviço de saúde. Então, é importante que os municípios alimentem o sistema”, pede.

 

O período chuvoso também é um momento que exige atenção por parte da população e serviços de vigilâncias. “Estamos num período chuvoso, o que propicia o aumento de possíveis criadouros dos mosquitos, por isso mesmo a população não pode relaxar em fazer sua parte”, alerta.

 

Chikungunya e Febre Amarela

Também houve redução nos casos de febre chikungunya, de 29% em relação ao mesmo período de 2017. Em 2018, foram 54 casos foram notificados e no passado, 76.

 

Os casos de febre amarela, foram três casos notificados e descartados no ano passado. Este ano, foi notificado e descartado um caso.

 

Mais informações no Boletim.

 

Sesapi

Foto: divulgação

A morte de uma gestante no interior de São Paulo causada por um problema no coração trouxe à tona uma importante discussão sobre gestações de risco. Giseli Cristina Sanches, de 39 anos, grávida de trigêmeos, faleceu após sofrer uma parada cardíaca no dia em que comemorava o chá de bebê de seus filhos.

 

Grávida morre após parada cardíaca

Segundo informações do site de notícias G1, Giseli estava no sétimo mês de gestação e desde o quinto fazia acompanhamento pré-natal no Hospital de Base, em São José do Rio Preto, São Paulo, por conta da idade avançada e da gestação múltipla.

 

Ela sofreu parada cardíaca dentro de uma ambulância a caminho do hospital, depois de passar mal e vomitar muito na noite em que realizou seu chá de bebê, conforme contaram os familiares.Com a morte de Sanches, uma cirurgia de emergência foi feita para tentar salvar os bebês. Infelizmente, nenhum deles resistiu.

 

Ao G1, o hospital afirmou que demais informações sobre a paciente ou o atendimento "não podem ser divulgadas para não infringir o sigilo médico e em respeito à privacidade da paciente".

 

Relação entre parada cardíaca e gravidez de risco

 

A idade avançada e a gestação múltipla caracterizavam a gravidez de Giseli como sendo de risco, o que levantou dúvidas sobre a relação deste tipo de caso com o perigo de uma parada cardíaca.

 

Para Jairo Iavelberg, ginecologista do Hospital BP, unidade hospitalar da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, que não acompanhou o caso, é extremamente raro que gestantes sofram paradas cardíacas. Por isso, o médico é taxativo ao afirmar: parada cardíaca não pode ser relacionada aos eventos gestacionais.

 

"Falar que ela teve parada cardíaca ou embolia pulmonar por estar grávida de trigêmeos não é verdade", garante.

 

Ele ainda ressalta que a classificação de uma gestação como "de risco" é um alerta para que os cuidados com a gestante e o bebê sejam redobrados, e não uma sentença de que algo irá dar errado.

 

"O que pode ocorrer é uma parada cardiorrespiratória em pacientes que possuem alterações clínicas cardiológicas-pulmonar e não foram diagnosticadas na gravidez, mas não em decorrência da gestação em si", difere.

 

Gravidez de risco: o que é?

Conforme Jairo Iavelberg explicou ao VIX, gravidez de risco é o nome dado para classificar todas as gestações que, por algum motivo, demandam cuidados mais específicos, seja pela idade da gestante ou presença de alguma doença que pode comprometer o desenvolvimento da gravidez.

 

Nesses casos, o acompanhamento da gestante durante o período é fundamental porque, caso alguma alteração séria aconteça, o risco durante a própria gravidez ou o parto podem aumentar.

 

Fatores que tornam a gestação de risco

 

Somente um especialista será apto a decidir se a gestação oferece ou não risco aumentado. Por isso, é fundamental que a gestante faça os exames pré-natal assim que souber da gravidez.

 

O médico, junto com os resultados dos exames feitos periodicamente pela paciente, poderá identificar alguns sinais de alerta, como grande variação de peso ou do tamanho do útero em pouco tempo.

 

Abaixo, estão listados 3 dos fatores mais comuns na classificação de uma gravidez de risco:

 

Doenças

A presença de doenças, como diabetes, pressão alta, lúpus, entre outras, sejam elas existentes antes da gravidez ou desenvolvidas durante, está entre os principais fatores para classificar uma gestação como de alto risco.

 

"Hipertensão arterial e diabetes gestacional são importantes porque, a partir do momento em que são diagnosticadas, devem ser acompanhadas como fatores de risco para a mãe e o bebê", afirma o especialista.

 

Segundo ele, é preciso ficar de olho, sobretudo, na hipertensão, porque pode levar ao descolamento da placenta, causando a morte do bebê. Já a diabetes gestacional promove alterações placentárias e que comprometem a troca de nutrientes e oxigenação entre a mãe e o bebê.

 

Gestação múltipla

"Toda gestação gemelar (gêmeos) vai ser tratada em pré-natal como de alto risco", explica Iavelberg. Segundo ele, isso acontece porque algumas pesquisas mostram que a incidência de doenças gestacionais e até mesmo a ocorrência de partos prematuros são mais comuns em grávidas de gêmeos.

 

Idade avançada

Grávidas com mais de 40 anos passam a ser tratadas como pacientes de risco porque, pela idade, são mais propensas a desenvolverem alterações, como grandes variações de peso ou de pressão.

 

Entretanto, conforme contou o especialista, isso não irá definir a gestação. "Será necessário um acompanhamento mais aproximado dessa gestação, mas é possível que ela chegue ao fim sem problema algum", relatou o médico.

 

O que fazer?

Como cada gestação é única, somente o médico poderá dizer qual o tratamento mais indicado, no caso de uma gestação de risco. De modo geral, o acompanhamento irá definir se a gestante necessita de repouso, complementação alimentar, dietas ou exercícios.

 

"Gravidez não é doença, eu sempre brinco com isso", afirma o médico ao defender que não é necessário estar presa a uma cama para ter uma gravidez segura e saudável, pelo contrário. Segundo ele, até mesmo atividades físicas, como caminhada ou hidroginástica, que são de baixo impacto, são recomendadas às gestantes.

 

Vix/Msn

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