Pacientes que sofrem de esclerose múltipla passaram a ter uma nova opção com a aprovação do Ocrelizumabe, que recebeu registro da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
O novo medicamento, produzido pela Roche, impede surtos da doença.
A esclerose múltipla é uma condição em que o sistema de defesa "ataca" a estrutura que reveste as células nervosas: a bainha de mielina.
Isso causa sintomas diversos, como distúrbios do movimento.
Não há cura e os medicamentos visam a reduzir os surtos da doença -- episódios em que os sintomas são mais agudos.
A droga se liga ao linfócito B, célula de defesa que tem um papel importante na destruição da bainha.
"O ocrelizumabe identifica e elimina esses linfócitos B específicos. Isso reduz a inflamação e os ataques na bainha de mielina, como também reduz a probabilidade de surtos e atrasa a progressão da doença", detalha a nota da Anvisa.
O medicamento é biológico, ou seja, seu princípio ativo é produzido por meio de organismos vivos. Também trata-se de um anticorpo monoclonal.
Para produzir um anticorpo monoclonal, pesquisadores clonam uma célula de defesa, que depois é treinada para identificar e atacar agentes causadores de doenças.
Doença degenerativa provoca distúrbios de movimento
A esclerose múltipla é uma condição em que o próprio sistema imunulógico acaba destruindo uma camada de gordura e proteína que reveste as células nervosas.
Essa camada, chamada de bainha de mielina, permite a condução dos impulsos nervosos com velocidade e precisão.
São esses impulsos que possibilitam que o cérebro comande as funções do corpo.
Com a destruição da camada, a doença vai progressivamente provocando alterações no humor, depressão, deterioração mental, fraqueza, lentidão, desequilíbrio, tremor, entre outros sintomas.
AVC não é só doença de adulto, criança também tem acidente vascular cerebral. Os casos são raros e por isso o diagnóstico pode demorar. A prevalência é de dois a oito casos para cada 100.000 crianças até 17 anos por ano, mas quando acontece costuma ser grave e deixar sequelas. O Bem Estar convidou o cardiologista e consultor Roberto Kalil e a neurologista Ana Claudia de Souza para falar sobre o assunto.
O AVC pode ocorrer em todas as fases da vida. Nas crianças e adolescentes, apesar de raro, é uma importante causa de internações e mortes, pois quando os sinais de alerta aparecem, muitas vezes não são considerados. O risco em jovens adultos (antes dos 60) é baixo, mas o número vem aumentando. Isso se dá principalmente pelo aumento da prevalência de fatores de risco vasculares, diabetes, obesidade, abuso de álcool, tabagismo e uso de drogas ilícitas.
O AVC infantil pode ser causado por muitos problemas: cardiopatia, anemia falciforme, e, por exemplo, o vírus da catapora. Por isso é tão difícil identificar a causa. É importante ficar atento a qualquer sinal, mesmo que pareça simples demais, como uma pálpebra caída, uma movimentação acelerada dos olhos, um braço ou uma perna que não se mexe como do outro lado.
Em caso de crianças maiores é preciso ficar alerta caso elas tenham dificuldade para sentar ou permanecer com a cabeça equilibrada no pescoço, dores de cabeça, uma das pernas arrastadas ao caminhar. Perceber esses sinais e identificar cedo o AVC faz a diferença na vida da criança.
Mostramos no programa desta terça-feira um aplicativo que ajuda a medir o risco de AVC. O nome do aplicativo é Riscômetro.
Sinais de alerta
Você sabia que 90% das pessoas que sofreram um acidente vascular cerebral poderiam não ter passado por isso? Foi o que comprovou um estudo com quase 27 mil pacientes que tiveram AVC em 32 países.
Os pesquisadores observaram os dez fatores de risco dessas pessoas:
O atacante Neymar sofreu uma fissura no quinto metatarso, um osso localizado na lateral do pé entre o dedinho e o calcanhar.
Embora essa fratura tenha potencial de se consolidar naturalmente, como qualquer outra, a cirurgia com uso de parafuso é indicada para a mais rápida consolidação do osso, de acordo com o ortopedista Arnaldo Hernandez, do núcleo de Medicina do Exercício e do Esporte do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. “Se a fissura não for fixada com parafuso, ela não se estabiliza”, afirma.
A função do quinto metatarso é dar sustentação à estrutura do corpo, além de ser uma área de apoio para o pé. “Todo o peso do corpo está nesta parte de fora do pé. É a região que recebemos carga do peso corporal”, explica.
Esse osso ainda faz a ligação do tendão do músculo tibular curto. Esse músculo, que está localizado do lado de fora da perna, passa por trás do tornozelo e se liga ao quinto metatarsiano, tem grande importância para os jogadores de futebol, segundo o especialista. “O jogador usa muito para conduzir a bola”, diz. “Essa fratura normalmente está associada ao esforço repetitivo”, completa.
A cirurgia, considerada de pequeno porte, dura em média um hora e é realizada com ajuda de um aparelho de intensificador de imagem, espécie de raio-x que envia imagens ampliadas em tempo real para os cirurgiões, e consiste em passar um parafuso por dentro do osso para dar estabilidade ao osso enquanto ele se consolida.
De acordo com Hernandez, a recuperação se dá entre quatro e seis semanas. “O parafuso fica dentro do corpo para o resto da vida”. Ele explica que os riscos dessa cirurgia são os mesmo de qualquer operação como risco de infecção, dor no local do parafuso. Hernandez ressalta que, após a cirurgia, é importante ter cuidado em não torcer o tornozelo.
O vírus tido como mais agressivo da dengue, o sorotipo 2, está circulando com mais frequência no país e dados até agora indicam que ele ultrapassou o sorotipo 1, considerado menos agressivo.
Desde 2009, o sorotipo 1 é o que mais circula no Brasil.
Segundo o Ministério da Saúde, dados apontam que o sorotipo 2 respondeu a 54,3% das infecções em 2017; contra 40,1% dos contágios com o sorotipo 1.
"Os resultados das amostras conclusivas mostram uma predominância do DENV2, sobre os outros sorotipos, especialmente o DENV1, que foi dominante desde 2009" , afirmou o ministério, no boletim.
“É uma tendência que já vinha sendo observada. A gente já imaginava, principalmente no centro-oeste”, diz Isabela Ballalai, infectologista e presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).
Confira a circulação em 2017 com base em 1453 amostras:
DENV 1 - 40,1%
DENV 2 - 54,3%
DENV 3 - 4,3%
DENV 4 - 1,3%)
O Ministério da Saúde diz, no entanto, que são necessárias mais amostras para confirmar certamente se ouve uma inversão na frequência da circulação dos sorotipos.
Uma das questões é que não há informações sobre os sorotipos circulantes nos estados de Roraima, Amapá, Maranhão, Rio Grande do Norte e Paraíba.
O que é certo, no entanto, é que a circulação do sorotipo 2 avança no território.
O dado anterior sobre diferentes sorotipos da dengue foi publicado em julho de 2016 (semana epidemiológica 27); nele, o Ministério da Saúde informava sobre a predominância do sorotipo 1 da dengue, com 89,7% das infecções.
No mesmo período, o sorotipo 2 correspondia a 6% das infecções.
O sorotipo 2
Historicamente, a chegada do sorotipo 2 tem sido associado a mais casos de dengue hemorrágica. No boletim atual do Ministério da Saúde, não há uma diferenciação para essa forma de dengue especificamente.
Em estudo publicado na revista do Instituto de Estudos Avançados da USP em 2008, pesquisadores citam que a entrada do DENV-2 no inicío dos anos 1990 trouxe os primeiros diagnósticos da febre hemorrágica.
Em um outro estudo publicado na PLOs em 2013, pesquisadores brasileiros associaram a circulação do sorotipo a um maior número de surtos e de manifestações graves da doença quando comparado aos outros três sorotipos da dengue.
A pesquisa também mostrou que o vírus possui maior variabilidade genética, o que pode a chegada de novos surtos.
Gravidade dos sorotipos
Segundo a pasta, os quatro sorotipos da dengue (1,2,3 e 4) estão circulando no país e todos podem provocar formas brandas e graves da doença.
A questão com os sorotipos 2 e 3, no entanto, é que eles costumam ser mais agressivos e foram associados ao aumento no número de casos de dengues graves -- como a hemorrágica.
A infecção por dengue tem sintomas variados e diferentes níveis de gravidade: pode causar desde uma infecção indetectável até quadros de hemorragia e choque, com evolução para óbito.
Na dengue clássica, a primeira manifestação é febre alta, seguida de cefaléia, prostração e dores nas articulações. Há dor abdominal generalizada, principalmente nas crianças. A doença tem uma duração de 5 a 7 dias.
Já na hemorrágica, os sintomas iniciais são semelhantes aos da clássica, mas evoluem rapidamente para sintomas de insuficiência circulatória. Nessa forma, há a possibilidade de choque por dengue, quando a pressão arterial é tão baixa que leva, no limite, à falência múltipla de órgãos.
Possível aumento nos casos
Uma outra questão com a circulação do DENV 2 é que a maioria da população não está imunizada especificamente para esse sorotipo -- o que pode levar a um aumento no número de infecções.
"Quando vemos essa mudança, a gente já se preocupa com um possível aumento nos casos. Em 2017, tivemos uma queda. A tendência agora pode ser de aumento", diz Ballalai.
A infectologista também aponta para o aumento de casos mais graves, por ocasião de segundas infecções.
“O vírus da dengue pode deflagrar casos mais graves em uma segunda infecção, não é como em outras doenças", explica Ballalai.