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cancerO dissulfiram, conhecido comercialmente como Antabuse, é uma medicação usada há mais de 60 anos no tratamento do alcoolismo. Como em tantos outros casos, essa foi uma descoberta casual feita em 1937. O dissulfiram era uma substância utilizada no beneficiamento da borracha e se percebeu que os trabalhadores constantemente expostos a ele, desenvolviam dores pelo corpo, semelhantes a um quadro gripal, quando ingeriam bebidas alcoólicas.

 

Descoberta ao acaso

No início dos anos 70 ocorreu a publicação de um caso clínico de uma senhora portadora de câncer de mama que havia se espalhado para os ossos e que, por ter desenvolvido alcoolismo severo, teve o seu tratamento do câncer suspenso e substituído por dissulfiram. Esta paciente veio a falecer dez anos depois por “despencar embriagada” de uma janela. Na autópsia, surpreendentemente, as metástases ósseas haviam desaparecido.

 

Este caso motivou várias pesquisas que demonstraram que o dissulfiram, em laboratório, era capaz de matar células cancerosas de vários tipos e também era capaz de retardar o crescimento de câncer em animais. Em 1993, foi realizado um pequeno estudo clínico com 64 pacientes, metade dos quais recebeu dissulfiram em adição ao tratamento padrão. Após seis anos de seguimento, a sobrevida do grupo que recebeu dissulfiram foi de 81% comparada a 55% no grupo controle.

 

Um estudo epidemiológico, realizado na Dinamarca, utilizando o registro nacional de oncologia, identificou mais de 240.000 casos de câncer entre os anos de 2000 e 2013. Entre estes, 3.000 pacientes receberam Antabuse (dissulfiram). A taxa de mortalidade por câncer entre os 1177 pacientes que continuavam tomando Antabuse era 34% menor do que entre os pacientes que abandonaram o seu uso.

 

Mecanismo de ação do dissulfiram

Apesar de todas estas evidências, o uso do dissulfiram no tratamento do câncer não prosperou, em parte por conta de resultados inconsistentes e em parte porque os pesquisadores não entendiam como o dissulfiram funcionava. Finalmente este mistério parece ter chegado ao fim graças a um grupo de cientistas escandinavos e americanos que, em 14 de dezembro, publicaram na revista Nature, o mecanismo de ação do dissulfiram.

 

De uma maneira simplificada podemos dizer que um dos produtos do metabolismo do dissulfiram se liga ao cobre dentro das células. Como consequência, este produto impede a célula cancerosa de se livrar do lixo metabólico que ela produz, causando uma “intoxicação ” e a sua morte.

 

Para os leitores mais afeitos à ciência, a proteína inibida pelo Ditiocarb (produto do metabolismo do dissulfiram) complexado com cobre se chama NPL4 e o sistema de “limpeza” do lixo celular é o sistema da ubiquitina proteassomal. É importante notar que o dissulfiram não tem esse efeito em células normais nem em qualquer célula cancerosa.

 

Este efeito é notado principalmente nas células-tronco cancerosas, que transportam cobre em quantidades 10 vezes maior que as outras células. Hoje se sabe que são essas células-tronco cancerosas as responsáveis pelo desenvolvimento de resistência aos quimioterápicos e recorrência dos tumores.

 

Coadjuvante ao tratamento

Deste modo, o dissulfiram não deve ser uma “cura” para o câncer, mas um coadjuvante para prevenir a resistência e a recorrência. Entre os tumores nos quais as células-tronco têm um papel proeminente na agressividade, está o glioblastoma, cujo tratamento atual é um desafio.

 

Evidentemente essa descoberta agora necessita da demonstração prática de sua utilidade através de grandes estudos clínicos que a indústria farmacêutica reluta em financiar, porque o dissulfiram é uma droga antiga, genérica e barata. É improvável que o lucro advindo da venda desta medicação cubra os custos dos estudos clínicos necessários. São estudos que certamente serão conduzidos pelos grandes centros mundiais de tratamento do câncer.

 

veja

iStockphoto/Getty Images

Evidências crescentes mostram que a comida que entra no seu prato pode alterar a forma como um possível câncer cresceria e se espalharia pelo corpo, afirmam pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido.

 

Uma pesquisa com animais, publicada na revista científica "Nature", indica que tumores identificados nas mamas sofreram com a falta do nutriente asparagina – encontrado no aspargo e em alimentos ricos em proteína, como carnes, ovos e frutos do mar.

 

O estudo aponta para melhores resultados no tratamento da doença no futuro, aproveitando os chamados "vícios culinários" do câncer. Mas os resultados ainda precisam ser confirmados em humanos.

 

"Não recomendamos aos pacientes excluírem totalmente qualquer grupo de alimentos de suas dietas sem falar com seus médicos", disse Baroness Delyth Morgan, presidente executiva da Breast Cancer Now, instituição que financia pesquisas relacionadas ao câncer de mama no Reino Unido, reforçando que as pessoas não devem adotar dietas radicais na esteira do estudo.

 

   "Encorajamos todos os pacientes a seguirem uma dieta saudável e variada", acrescentou ela.

 

Retardamento

Conduzida no Centro de Pesquisas em Câncer da Universidade de Cambridge, a pesquisa que reforça o poder da alimentação no desenvolvimento de tumores foi realizada com ratos portadores de um tipo agressivo de câncer de mama – o câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do de pele não melanoma, respondendo por cerca de 28% dos casos novos a cada ano.

 

Os animais morreriam em algumas semanas, conforme o tumor se espalhasse pelo corpo. Mas quando foram submetidos a uma dieta com baixo teor de asparagina ou a drogas para bloquear esse nutriente, o tumor teve dificuldade para se espalhar.

 

   "Foi uma grande mudança, (os cânceres) foram muito difíceis de encontrar", disse o pesquisador Greg Hannon.

 

No ano passado, a Universidade de Glasgow, na Escócia, mostrou que cortar os aminoácidos serina e glicina retardou o desenvolvimento de linfoma e câncer intestinal.

 

   "Estamos vendo evidências crescentes de que cânceres específicos são dependentes de componentes específicos de nossa dieta", disse Hannon à BBC.

 

   "No futuro, modificando a dieta de um paciente ou usando drogas que mudam a maneira como as células cancerígenas podem acessar esses nutrientes, esperamos melhorar os resultados na terapia."

 

Implicações futuras

 

Um câncer em estágio inicial raramente mata. É quando ele se espalha pelo corpo - um processo conhecido como metástase – que pode se tornar fatal.

 

E uma célula cancerígena precisa passar por grandes mudanças para se espalhar. Isso inclui aprender a "romper" o tumor principal, a sobreviver na corrente sanguínea e a se desenvolver em outros partes do corpo. É para esse processo que os cientistas estimam que a asparagina seja necessária.

 

Mas os amantes de aspargos não devem temer essa conclusão. As descobertas da pesquisa que vieram a público agora ainda precisam ser confirmadas em pessoas e, de qualquer maneira, é difícil evitar a asparagina na dieta.

 

A longo prazo, os cientistas estimam que os pacientes receberiam bebidas especiais que são nutricionalmente equilibradas, mas que não possuem asparagina.

 

O professor Charles Swanton, diretor médico do Centro de Pesquisas de Câncer do Reino Unido, observa que "curiosamente, a droga L-asparaginase é usada para tratar leucemia linfoblástica aguda, que é dependente da asparagina".

 

   "É possível que, no futuro, essa droga possa ser reutilizada para ajudar a tratar pacientes com câncer de mama", acrescenta.

 

Ainda são necessários, porém, novos testes antes de um possível tratamento como esse ser colocado em prática.

 

BBC

Para resguardar a vida do folião, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) elabora o plano de contingência para reforçar o atendimento de urgência e emergência em todo o Piauí, além de ações reforçando os cuidados para a prevenção de diversas doenças transmissíveis e transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

 

Todos os hospitais regionais terão reforços nas equipes e em insumos para o período carnavalesco, o aporte de recursos enviados a alguns municípios estratégicos tem como objetivo dar uma maior resolutividade a atendimentos de urgência e emergência na própria região ou uma transferência com menos riscos para outros hospitais de referência.

 

Haverá uma mobilização maior para o litoral por conta do intenso fluxo de foliões que vão para a região curtir o Carnaval, como explica o diretor da Unidade de Descentralização e Organização Hospitalar, Neris Júnior. Ambulância e equipe formada por médico, enfermeiro e técnico de Enfermagem estarão prestando serviços no Centro Integrado, um espaço localizado próximo ao Sesc Praia em parceria com a Secretaria de Estado de Segurança (SSP-PI) e Secretaria de Estado do Turismo (Setur) para dar suporte ao turistas.

 

O SAMU Aéreo também estará de prontidão para atender todo o estado.

 

A Secretaria da Saúde também enviou equipes para as regiões de Parnaíba, Floriano, Água Branca e Barras para se agregarem aos parceiros do projeto “Vida no Trânsito” na realização de ações educativas, distribuição de preservativos e orientações sobre doenças transmissíveis. O Vida no Trânsito realiza blitz educativas e prevê a conscientização para doenças não transmissíveis, como suicídio, violência e acidentes de trânsito.

 

Reforçando os cuidados para a prevenção de diversas doenças, o “Fevereiro Multicolorido” lembra aos foliões que a saúde tem todas as cores e a prevenção deve ocorrer em qualquer período do ano.

 

Para o Piauí, serão disponibilizados mais de dois milhões de preservativos e géis lubrificantes, que vão estar disponíveis em todos os serviços de saúde nos municípios, que também são responsáveis por facilitar o acesso à população, seja nos locais das festividades, blitz, rodoviárias e locais de grande concentração populacional. Não é necessária a identificação do usuário e não há limite no quantitativo.

 

Além de disponibilizar preservativos e gel lubrificante, equipes de saúde realizam testagem rápida para doenças transmissíveis como HIV/Aids e sífilis. “Carnaval animado é você curtir com saúde e nada melhor que aproveitar a folia de maneira consciente”, comenta a coordenadora de Doenças Transmissíveis da Secretaria da Saúde, Karinna Amorim.

 

Combate ao Aedes na folia

O Aedes aegypti não dá folga na folia, por isso, em parceria com escolas, clubes, espaços de lazer comunitários e serviços públicos e privados, a Secretaria da Saúde intensifica as ações de combate ao vetor e medidas de prevenção às doenças.

 

O diretor da Unidade de Vigilância e Atenção à Saúde, Herlon Guimarães, recomenda alguns cuidados para os foliões que forem curtir o Carnaval. “Se for viajar, deixar domicílios livres de possíveis focos para o mosquito Aedes. Realize inspeção no interior da casa, quintal e toda área externa o que contribui para não permitir infestações no imóvel, o que pode prejudicar toda uma região”, alerta Herlon.

 

Outros cuidados

- Atenção redobrada com o lixo produzido. O grande consumo de produtos feitos de materiais recicláveis, depositados em locais inadequados, é motivo de preocupação porque o lixo pode ser um criadouro do mosquito.

 

- Em festas, blocos, desfiles de Carnaval, além dos cuidados com relação ao lixo, para não deixar as cidades sujas, o uso de repelentes é fator de proteção, para evitar o contato com os mosquitos vetores de doenças.

 

Govpi

maçaA manutenção de hábitos saudáveis é fundamental para a prevenção do desenvolvimento de doenças crônicas. A adoção de hábitos saudáveis deve ser estimulada desde a infância e adolescência, promovendo alimentação saudável, evitando o consumo de sódio, álcool e combate ao sedentarismo.

 

Evitar o tabagismo também é importante, pois o cigarro aumenta o risco para a hipertensão, está relacionado ao aumento de resistência para medicamentos anti-hipertensivos e complicações cardiovasculares, além do maior risco para insuficiência renal. No caso da hipertensão arterial, e outras doenças cardiovasculares, como doença arterial coronariana a mudança de hábitos é parte fundamental do tratamento não medicamentoso, devendo ser incorporadas a rotina por toda a vida.

 

Sabemos que as ações educacionais em estilo de vida são mais efetivas quando iniciadas ainda na infância. De forma análoga, o custo da saúde pública se reduz quando analisamos pessoas que iniciaram hábitos saudáveis desde a infância, quando comparado com pessoas que apresentam as doenças cardiovasculares e a partir desse momento começam a modificar a alimentação e incorporam a atividade física.

 

Alguns passos podem ser recomendados para a adoção de hábitos saudáveis

 

Procure utilizar o mínimo de sal no preparo dos alimentos

 

Evite deixar o saleiro na mesa, assim você não adiciona mais sal na refeição

 

Para saber o conteúdo de sódio dos alimentos, fique atento ao rótulo!

 

Na hora de temperar os alimentos, prefira temperos naturais como alho, cebola, orégano e manjericão. Evite o uso de temperos industrializados, como caldos prontos e glutamato monossódico, pois costumam ter alta quantidade de sódio.

 

Alimentos embutidos, enlatados, molhos prontos e carnes salgadas (como carne seca) devem ser evitados, devido a sua alta quantidade de sal e gordura

 

Consuma menor quantidade de gordura no dia a dia; dê preferência ao uso de óleos vegetais e consuma mais preparações cozidas, assadas e/ou grelhadas

 

Evite o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e cigarros

 

Procure consumir pelo menos três porções de frutas e hortaliças por dia e dê preferência às versões integrais de alimentos como pães, cereais e massas.

 

Procure um profissional capacitado para orientar a prática de atividades físicas, saiba que 30 minutos diários de caminhada já é uma importante ferramenta na prevenção

 

Mantenha seu peso saudável. O excesso de peso contribui para o desenvolvimento da hipertensão arterial.

 

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