O ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou nesta quarta-feira, 31, que há estoque de vacina contra a febre amarela para toda a população brasileira que ainda não foi imunizada. No entanto, o ministério manterá a estratégia de vacinar apenas a população das áreas afetadas pela doença.
Em entrevista à Rádio Eldorado, Ricardo Barros, disse que o País está enfrentando o ciclo de febre amarela com absoluta tranquilidade, com a melhor técnica de imunização e que segue todos os protocolos da Organização Mundial da Saúde (OMS).
"Este ano de fato tivemos 81 óbitos, sendo que no ano passado tivemos 147 óbitos e 213 casos da doença contra 468 na mesma semana epidemiológica em 2017. Este episódio de febre amarela, deste ano de 2018, está muito mais controlado do que aquele do ano passado," disse Barros.
De acordo com Ricardo Barros, há recomendação para vacinar 70% da população do território nacional. "O ano passado vacinamos a população do Espírito Santo, esse ano vacinaremos Rio de Janeiro e Salvador integralmente e grande parte da população de São Paulo já foi vacinada", explicou.
O ministro da Saúde prevê que a campanha de vacinação contra a febre amarela deste ano, cujo slogan é "Informação para todos, vacina para quem precisa" alcançará excelentes resultados. "Estamos com a vacinação em andamento, não temos mais filas, está tudo devidamente organizado e as unidades de saúde já estão preparadas para receber o público. Nós vacinaremos a população em área de risco sem nenhuma dificuldade e na maior velocidade, disse.
Mais de cem especialistas e organizações internacionais em saúde infantil pediram ao Facebook que extinga seu recém-lançado aplicativo de mensagens voltado a crianças com menos de 13 anos, o Messenger Kids.
Em uma carta aberta a Mark Zuckerberg divulgada nesta terça-feira, os especialistas e grupos de proteção à infância afirmam que o Messenger Kids é uma iniciativa "irresponsável" que almeja estimular as crianças pequenas a usar o Facebook.
O argumento dos signatários da carta é de que crianças pequenas não estão prontas para ter contas em redes sociais.
"O Messenger Kids provavelmente será a primeira plataforma de redes sociais amplamente usada por crianças de 4 a 11 anos. Mas um crescente número de estudos demonstra que o uso excessivo de aparelhos digitais e de redes sociais é danoso para crianças e adolescentes, o que torna bastante provável que o novo aplicativo prejudique o desenvolvimento saudável dessas crianças", diz a carta aberta.
"Crianças pequenas não têm idade para navegar nas complexidades dos relacionamentos online, que frequentemente derivam em mal-entendidos e conflitos até mesmo entre usuários com maturidade."
O Messenger Kids foi anunciado em dezembro como uma "solução divertida e segura" para que crianças conversem, via vídeo ou chat, com amigos e familiares. É uma versão simplificada do Messenger, que no entanto exige consentimento parental antes do uso e cujos dados gerados não são usados para publicidade dirigida.
"Após conversar com milhares de pais, associações parentais e especialistas em paternidade nos EUA, descobrimos que havia a necessidade de um aplicativo de mensagens que permitisse às crianças se conectar com as pessoas que amam, mas também tivesse o nível de controle desejado pelos pais", dizia comunicado de dezembro do Facebook.
Em resposta à carta aberta desta terça, o Facebook afirmou que "desde o lançamento, em dezembro, temos escutado de pais ao redor dos EUA que o Messenger Kids os ajuda a manter contato com seus filhos e que seus filhos mantenham contato com familiares, perto ou longe. Soubemos, por exemplo, que pais que trabalham à noite agora podem contar histórias de ninar para seus filhos; que mães em viagens profissionais estão tendo atualizações diárias de seus filhos enquanto estão longe".
Mas a carta aberta questiona a necessidade de o Facebook oferecer esse serviço. "Para conversar com familiares e amigos à distância não é necessário ter uma conta no Messenger Kids. As crianças podem usar as contas dos pais no Facebook ou no Skype. Eles também podem simplesmente telefonar."
A carta menciona também pesquisas científicas segundo as quais o uso de redes sociais aumenta os riscos de depressão e de ansiedade entre adolescentes.
"Adolescentes que passam uma hora por dia conversando em redes sociais dizem ter menos satisfação com praticamente todos os aspectos de sua vida diária", diz a carta.
"Crianças da 8ª série (entre 13 e 14 anos) que usam redes sociais de seis a oito horas por semana têm 47% mais chances de se considerarem infelizes do que seus amigos que usam as redes sociais com menor frequência."
Os especialistas citam também um estudo feito com meninas de 10 a 12 anos. "Quanto mais elas usavam redes como o Facebook, maior era sua tendência a idealizar a magreza, preocupar-se com sua aparência e fazer dietas".
Outras estatísticas mencionadas apontam que:
- 78% dos adolescentes checam seus telefones a cada hora
- 50% deles se dizem viciados em seus telefones
- Metade dos pais afirma que é uma "batalha constante" controlar o tempo gasto pelos filhos diante de telas
Além disso, os especialistas questionam a alegação de que o Messenger Kids vai atrair, de forma segura, usuários infantis que mentiam sua idade para abrir contas em outras redes sociais.
"Crianças de 11 ou 12 anos que já usam o Snapchat, Instagram ou Facebook dificilmente vão migrar para um aplicativo que é claramente voltado para crianças menores. O Messenger Kids não está respondendo a uma necessidade - está criando uma."
A carta termina afirmando que "seria melhor deixar as crianças pequenas em paz para que se desenvolvam sem as pressões derivadas do uso das redes sociais. A criação de crianças na era digital já é difícil o bastante. Pedimos que vocês não usem os enormes alcance e influência do Facebook para tornar esse trabalho ainda mais difícil."
A diferença entre o remédio certo, que resolve o problema, e o remédio errado, que não fez nenhum efeito, pode ser o seu DNA. O teste pode ajudar na escolha até para os remédios contra a depressão.
Cerca de 350 milhões de pessoas no mundo sofrem de depressão. Segundo a OMS, 5% da população mundial. Para tratar a doença, existem alguns tipos de remédio. O psiquiatra tem que avaliar bem os sintomas do paciente para escolher o remédio mais adequado. Não é fácil acertar. Por isso, a importância do teste genético. O teste de DNA fornece ao psiquiatra um perfil detalhado de 18 genes ligados à saúde mental. Ele indica quais os remédios que funcionam e quais não fazem efeito.
Cada código genético é constituído por bilhões de letras e cada sequência forma um gene. Se a sequência de uma pessoa é ABC e ela tiver AB ou ACD, houve mutação, que não significa uma doença, necessariamente. Após a investigação é possível afirmar se está correlacionada com alguma doença ou se é apenas uma característica.
O teste também pode te ajudar a tomar o remédio certo pra parar de fumar, como mostrou uma pesquisa da Incor. O estudo selecionou mil pacientes. Através das características genéticas viram qual medicamento é melhor para cada um. O estudo ainda está em andamento, mas os cientistas já comemoram porque a maioria dos pacientes conseguiu parar de fumar.
A genética também tem sido usada em tratamentos de câncer. São duas frentes: os testes para saber a predisposição para um câncer (para se prevenir) e testes genéticos que avaliam o tumor (melhor tratamento).
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou ontem (29) sobre a resistência generalizada aos antibióticos que são usados para combater bactérias que causam várias infeções. Os mais frequentes microrganismos causadores de doenças são a Escherichia coli, que provoca infeções do trato urinário, e as bactérias Klebsiella pneumoniae, a Staphylococcus aureus e a Streptococcus pneumoniae, que causam a pneumonia, seguidas pela salmonella. A informação é da ONU News.
A OMS lançou no início desta semana o Sistema Mundial de Vigilância da Resistência aos Antimicrobianos, visando "padronizar a coleta de dados dos países para dar uma imagem mais completa dos padrões e tendências" referentes ao assunto.
Segundo a agência da ONU, o sistema não inclui dados sobre a resistência da bactéria que provoca a tuberculose, a Mycobacterium tuberculosis, porque o relatório global sobre a doença já inclui essas atualizações desde 1994.
Um estudo da OMS analisou pacientes com suspeita de infeção sanguínea em diversos países, onde as bactérias resistentes a pelo menos um dos antibióticos variou de zero a 82%. A agência revelou ainda que a resistência à penicilina, usada há décadas para tratar a pneumonia, variou de zero a 5% entre os países que reportaram sua situação. E uma proporção entre 8% a 65% de infectados pela bactéria E. Coli apresentou resistência ao antibiótico ciprofloxacina que trata a infecção.
Brasil e Moçambique
Brasil e Moçambique sãos os únicos países de língua portuguesa incluídos no Sistema Global de Vigilância Antimicrobiana da OMS, que envolve 25 países de alta renda, 20 de renda média e sete de baixa renda. Timor-Leste está ainda por adotar as regras do sistema de vigilância nacional. A OMS disse apoiar os países a criarem esses guias para que haja dados confiáveis e significativos sobre a sua situação.