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No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, está atrás, apenas, do câncer de pele não-melanoma. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), neste ano, devem ser confirmados 68.220 novos casos da doença.

As primeiras suspeitas costumam aparecer nos exames de rotina do urologista, seja no toque retal ou na dosagem de PSA, antígeno prostático específico, que deve ser inferior a quatro nanogramas por mililitro de sangue, ou 4ng/ml.

Quando um desses exames indicam a possibilidade de câncer, os pacientes são encaminhados para uma biópsia. Com uma agulha, são retirados entre 10 e 12 fragmentos da próstata, que vão ser analisados em laboratório.

O problema é que esta agulha não é guiada, ela retira os fragmentos de forma aleatória e, em alguns casos, pode retirar fragmentos que não representam a real condição da próstata.

“Como a biópsia atualmente é aleatória, feita por amostragem dentro da próstata, a agulha pode pegar um tumor sem agressividade, que pode ser apenas acompanhado com segurança; pode pegar uma parte sem agressividade de um tumor agressivo, indicando erradamente que é preciso fazer apenas observação; ou pode não pegar nenhum tumor em próstata com tumor agressivo”, explica o urologista Wilson Busato, chefe do Departamento de Uro-Oncologia da Sociedade Brasileira de Urologia.

Ressonância magnética pode apoiar o diagnóstico

Um estudo publicado no The New England Journal of Medicine aponta a possibilidade de a ressonância magnética aumentar a eficácia do diagnóstico de câncer de próstata clinicamente significativo, aquele que exige um tratamento ativo, que não deve ficar apenas em observação.

A pesquisa foi coordenada pelo Departamento de Cirurgia da University College London e desenvolvida por 35 universidades e centros de saúde da Europa e dos Estados Unidos.

O estudo acompanhou 500 homens, sendo que 252 foram submetidos à uma ressonância magnética, enquanto que 248 foram encaminhados para a realização de biópsia.

Tumores de alto grau foram identificados, respectivamente, em 38% dos pacientes que realizaram a ressonância magnética e em 26% dos pacientes que realizaram a biópsia padrão.

Para o radiologista Leonardo Bittencourt, do Departamento de Radiologia da Universidade Federal Fluminense (UFF), a importância do estudo é que ele deu corpo a uma crença do meio médico de que a ressonância vai ocupar um papel cada vez mais importante no diagnóstico do câncer de próstata porque ela pode ajudar a identificar o tumor com maior precisão se é ou não um tumor grave e, desta forma, diminuir o número de biópsias.

De acordo com o estudo, a ressonância se mostrou mais eficaz ao identificar quais pacientes que, de fato, irão precisar de um tratamento. Quando se fala em tumores na próstata, nem todos vão se transformar em um câncer.

De acordo com o Inca, alguns tumores crescem de forma rápida, se espalham para outros órgãos e podem levar à morte, são os chamados tumores significativos. Mas a grande maioria cresce de forma tão lenta que não chega a ameaçar a saúde do homem. Esses tumores são chamados insignificantes e podem levar cerca de 15 anos para atingir 1 cm³.

Para Busato, o uso da ressonância nessa área é recente, indicado para identificar se a próstata tem uma área suspeita de conter um câncer significativo e, desta forma, orientar a biópsia.

“Então, pelo menos num primeiro momento, a ressonância não substitui a biópsia, até porque as informações histológicas fornecidas pela biópsia ainda são muito necessárias”, explica.

O médico salienta que o uso da ressonância pode reduzir em 25% o número de biópsias desnecessárias, no entanto, o ideal é que outros estudos sejam feitos. “Não está claro, por exemplo, se o paciente que optou por não fazer a biopsia terá alguma forma de tumor mais agressivo posteriormente. Atualmente, as principais sociedades urológicas mundiais recomendam o uso da ressonância em pacientes que já foram biopsiados”.

Bittencourt concorda com a importância de novos estudos, mas acredita que esta pesquisa representa um avanço significativo.

“Evidências se acumularam ao longo dos anos, mas precisávamos de um estudo que comprovasse a eficácia da ressonância no diagnóstico. Esse estudo prova que o método é capaz de identificar com mais qualidade o câncer significativo e diminuir a necessidade da biópsia, que pode confundir e levar a interpretações erradas sobre a significância do tumor”.

O radiologista destaca, também que a ressonância magnética não substituirá a biópsia e, sim, tem a proposta de melhor direcionar os casos que necessitam desse procedimento. A biópsia é essencial para encaminhar o paciente para o tratamento mais adequado, bem como, para o médico afirmar o grau de desenvolvimento e agressividade do câncer.

 

R7

Um grupo de médicos apostou num círculo virtuoso ao criar, em agosto de 2017, o programa Juntos Contra o Melanoma. Trata-se do câncer de pele mais agressivo e perigoso: somente no Brasil, há mais de cinco mil novos casos e 1.500 óbitos todo ano. Através de cartilhas e workshops, o objetivo do Grupo Brasileiro de Melanoma, que reúne 2 mil médicos, é conscientizar a população e promover ações para nichos profissionais que podem exercer um papel importante na detecção precoce da doença. Cabeleireiros, podólogos e tatuadores observam áreas de difícil visualização da pele dos clientes e, devidamente treinados, podem sugerir uma visita ao especialista – é bom lembrar que o melanoma tem mais de 90% de chances de cura quando descoberto e tratado em suas fases iniciais. O próximo workshop será no dia 28, em São Paulo, para podólogos, mas já está com as inscrições encerradas; em junho, no dia 25, haverá treinamento para tatuadores. A ideia é tão boa que deveria ser replicada no país todo!

O melanoma é um tumor que tem origem dos melanócitos, as células que produzem melanina. Representa apenas 5% dos casos de câncer de pele, mas tem uma grande capacidade de produzir metástases e se espalhar para outros órgãos, como fígado, pulmões e o cérebro. Quase sempre surge como uma lesão cutânea enegrecida, ou com uma parte enegrecida e outra de várias cores. A maior parte ocorre nas costas, cabeça, pescoço e couro cabeludo. Os no couro cabeludo são os que costumam ter pior prognóstico, mas há também os que surgem nas unhas, pés e palma das mãos e nem sempre são percebidos. É aí que os profissionais dos salões podem ajudar depois do treinamento adequado para reconhecer lesões. Ainda sobre o melanoma no couro cabeludo: ele representa apenas 6% do total de diagnósticos, mas responde por 10% das mortes. Pode acometer qualquer pessoa, mas é mais frequente em homens idosos, calvos e com a pele danificada pelo sol. Os cabelos, apesar de dificultarem o diagnóstico, oferecem uma importante barreira física contra os raios ultravioleta, ao passo que a calvície facilita sua ocorrência. Fundamental não assustar o cliente, basta perguntar se ele já havia notado a lesão e se algum médico a avaliou. Caso isso não tenha sido feito, o profissional deve sugerir que seria bom procurar um dermatologista.

Podólogos também podem desempenhar um papel relevante. O melanoma acral lentiginoso é o mais comum nas palmas das mãos, plantas dos pés e na região das unhas. De acordo com Grupo Brasileiro de Melanoma, é mais frequente entre os 60 e 70 anos de idade, com ligeira predominância no sexo feminino. Raro entre pessoas de pele branca, é o subtipo mais comum em afrodescendentes, asiáticos e hispânicos. Encontrar uma mancha irregular escura (preta, marrom ou azulada), que aumenta de tamanho, sangra ou coça, é um sinal de alerta. Nas unhas, o melanoma aparece como manchas pretas estriadas, bem diferentes das manchas de “sangue pisado”, por trauma.

Os principais fatores de risco para o desenvolvimento do melanoma são casos na família ou quando a própria pessoa já teve câncer de pele; presença de mais de 50 nevos (pintas ou sinais comuns) ou de nevos atípicos, que são as pintas com pigmentação muito irregular; exposição excessiva ao sol e episódios de queimadura solar; ter pele clara, olhos azuis, cabelos claros ou ruivos. Maio é o mês de combate ao melanoma e uma oportunidade para fazer um autoexame de toda a superfície do corpo. A busca de sinais suspeitos deve obedecer à Regra do ABCDE, que descreve as características do melanoma inicial:

Assimetria: a forma de uma metade do sinal não corresponde à outra metade.

Bordas irregulares: as bordas podem ser entalhadas, mal definidas ou mal delimitadas. O pigmento pode se espalhar para a pele ao redor.

Cor desigual: tons de preto e marrom podem estar presentes. Áreas de branco, cinza, vermelho, rosado ou azul também podem ser vistas.

Diâmetro: há uma mudança no tamanho, geralmente um aumento. Os melanomas podem ser pequenos, mas a maioria tem mais de 6 mm de diâmetro.

Evolução: geralmente o sinal apresenta modificações de cor, tamanho, forma e espessura ao longo do tempo.

 

G1

A dor nas costas é a principal causa de afastamento do trabalho no Brasil. Quando é uma hérnia de disco, a pessoa fica sem posição. Não consegue sentar, deitar, de todas as formas ela sente dor. Antes da cirurgia, é possível tentar outros tratamentos, como acupuntura. 

A hérnia de disco pode ocorrer por causa da compressão do nervo, pelo disco em si ou pela junção das duas situações. Com a idade, o disco vai ficando mais duro e perde a elasticidade. O que devemos fazer é adequar os hábitos de vida com a condição da coluna.

De acordo com a localização da hérnia, a manifestação pode ser diferente, assim como o tratamento. Veja alguns sintomas:

Dor na região lombar

Dor piora com o movimento e melhora em repouso

Dor pode irradiar para os membros inferiores

Pode sentir formigamento

Em casos graves, pode ter perda de força e até paralisia de algum músculo

Em 80% dos casos, a hérnia é genética. Outros fatores de risco são a obesidade, sedentarismo, traumas antecedentes e problemas mecânicos da coluna. Se alguém da família teve hérnia de disco, é bom se prevenir e reforçar grupos musculares, não fumar, evitar obesidade e praticar atividade física regularmente.

Antes de pensar em cirurgia, os especialistas sempre oferecem outras alternativas: terapia manual, fisioterapia com uso de aparelho, acupuntura, pilates, alongamento. O que vai determinar o tratamento é a dor. Quando a pessoa está em crise, não é recomendado fazer massagem, alongamento ou manipular o local.

 

A espondilite anquilosante atinge as articulações, principalmente da coluna e da bacia. Não tem cura, mas se diagnosticada logo no começo e tratada, pode ser controlada. Veja a reportagem:

 

G1

Cientistas americanos descobriram uma possível maneira de diagnosticar muito precocemente o autismo: com uma nova forma de interpretar exames de eletroencefalograma (EEG). Oi?

O eletroencefalograma nada mais é do que um teste no qual eletrodos são colocados no couro cabeludo para medir a atividade elétrica do cérebro. Ele é usado, por exemplo, para ajudar a detectar a epilepsia.

No entanto, mesmo resultados normais ou inconclusivos às vezes escondem informações valiosas – por exemplo, para o diagnóstico do autismo. Como pegar essas alterações sutis? Com a ajuda de um algoritmo (uma fórmula de computador), que foi desenvolvido por William Bosl, professor de Informática em Saúde da Universidade de São Francisco, nos Estados Unidos.

Então vamos à pesquisa. Nela, exames de EEG foram feitos em 99 bebês com alto risco de desenvolver autismo, uma vez que seus irmãos mais velhos tinham o transtorno. Outros 89 pequenos com baixa probabilidade de manifestar o quadro também passaram pelo procedimento.

Os testes – com direito ao uso daquele algoritmo – foram realizados no período de 3 a 36 meses de idade das crianças. Todas também se submeteram a avaliações de comportamento comumente empregadas em consultas clínicas para confirmar ou descartar a presença do autismo.

Resultado: os algoritmos acertaram o diagnóstico em mais de 95% dos casos aos 3 meses de vida. E, aos 9, o índice beirou os 100%. “Também conseguimos prever a gravidade do transtorno nessa faixa de idade com bastante confiabilidade”, afirmou Bosl, em comunicado.

Segundo Charles Nelson, diretor dos Laboratórios de Neurociência Cognitiva do Hospital Infantil de Boston (EUA) e coautor do estudo, por ser um exame de baixo custo e não invasivo, o EEG seria facilmente incorporado ao checkup dos bebês. O potencial do método, se confirmado com mais estudos, representaria um avanço na medicina, porque normalmente o transtorno de espectro de autismo tende a ser diagnosticados mais tarde, com base em aspectos comportamentais. E isso, claro, atrasa o início do tratamento.

 

saude é vital