Desde que a obesidade se tornou uma epidemia global – estima-se que, por volta de 2045, 22% das pessoas serão obesas – os pesquisadores têm se debruçado com mais afinco a estudar todos os tipos de fatores de risco, inclusive para o ganho de peso feminino depois da menopausa. Embora boa parte das mulheres ponha a culpa do aumento da circunferência da cintura na hereditariedade, estudo divulgado este mês pela Sociedade Norte-Americana de Menopausa (NAMS, em inglês) mostra que o exercício pode vencer predisposições genéticas.
Pesquisas anteriores sugeriam que a influência da genética no índice de massa corporal aumentava entre a infância e o início da vida adulta. Entretanto, havia pouca informação disponível sobre seu efeito em fases mais maduras da vida. A resposta veio no artigo “Physical activity modifies genetic susceptibility to obesity in postmenopausal women”, que analisou dados de 8.200 mulheres: os pesquisadores constataram que a atividade física reduzia a influência da predisposição genética para a obesidade – e seu efeito era ainda mais significativo no grupo mais velho, composto de mulheres acima de 70 anos.
Manter hábitos alimentares mais saudáveis é sempre um desafio, por isso é fundamental se fazer uma pergunta: estou realmente com fome? Se a disposição para comer legumes e vegetais está saciada, então não há dúvidas de que não há nenhuma necessidade de encarar uma sobremesa. Visão e olfato são sentidos que podem disparar o gatilho do apetite – assim como estados de espírito “gulosos” – mas isso não significa que tenhamos fome. Estar consciente é o primeiro passo para conseguir se controlar.
Para JoAnn Pinkerton, diretora-executiva da instituição responsável pelo levantamento e que se define como “uma apaixonada pelo campo da saúde feminina”, a pesquisa será uma importante ferramenta para garantir longevidade com qualidade: “nós nascemos com nossos genes, mas as mulheres que praticarem exercícios terão enormes benefícios em equilíbrio, massa muscular e na proteção dos ossos, sem falar nos aspectos positivos que envolvem humor, concentração e cognição”.
Os médicos costumam dizer que quando alguém sofre um ataque cardíaco, "o tempo é músculo".
O coração depende de um fornecimento contínuo de oxigênio proveniente das artérias coronárias. Se elas entopem e o abastecimento para, as células musculares do órgão começam a morrer em questão de minutos.
Em muitos casos, a menos que os cirurgiões consigam aliviar a obstrução dentro de uma hora, mais de 1 bilhão de células musculares são irreversivelmente perdidas.
Os pacientes que sobrevivem costumam desenvolver um quadro de insuficiência cardíaca permanente. E, cinco anos após o ataque, 50% deles não estarão mais vivos. No Brasil, cerca de 50 mil pacientes morrem anualmente em decorrência de insuficiência cardíaca, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia.
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"No fim das contas, seus corações ficam tão fracos que não conseguem sustentar um fluxo de sangue suficiente e simplesmente param por completo", explica Sanjay Sinha, cardiologista do Hospital Addenbrooke, em Cambridge, no Reino Unido.
Nos próximos cinco anos, no entanto, a medicina regenerativa poderá oferecer uma nova alternativa radical: curativos para o coração, preparados em laboratório.
Diferentemente de alguns órgãos, como a pele e o fígado, o coração tem uma capacidade muito limitada de regeneração. As células musculares cardíacas se replicam a uma taxa de apenas 0,5% ao ano, o que não é suficiente para reparar qualquer dano significativo.
As células mortas acabam sendo substituídas por camadas espessas de tecido cicatrizado rígido e resistente, o que significa que essas partes do coração simplesmente deixam de funcionar.
Atualmente, o transplante é a única opção para pacientes com insuficiência cardíaca. Mas, na ausência de doadores em número suficiente, menos de 400 procedimentos do tipo são realizados por ano no Brasil.
As células-tronco podem oferecer uma alternativa. Em ensaios clínicos, cientistas tentaram "recuperar a musculatura" de corações lesados injetando células-tronco individuais - do sangue ou da medula óssea do próprio paciente - diretamente no coração.
Embora essa abordagem tenha regenerado com sucesso os vasos sanguíneos comprometidos e melhorado, assim, o fluxo de sangue para o coração, apresentou um benefício mínimo em termos de resolver o problema principal: fazer crescer novamente o músculo cardíaco perdido. Isso porque 95% das células-tronco injetadas não são incorporadas ao órgão e desaparecem imediatamente na corrente sanguínea.
Curativos
Mas, em parceria com uma equipe de biólogos do Instituto de Células-Tronco da Universidade de Cambridge, Sinha está desenvolvendo uma solução ligeiramente diferente: curativos para "remendar" o coração. São retalhos minúsculos de músculo cardíaco que pulsam - cada um com menos de 2,5 centímetros quadrados de área e meio centímetro de espessura - criados em pequenas placas no laboratório.
Cultivados ao longo de um mês, os curativos são feitos a partir de amostras de células do sangue, que são reprogramadas para a função de um determinado tipo de célula-tronco (capaz de se transformar em qualquer célula no corpo humano) - no caso, em células do músculo cardíaco, dos vasos sanguíneos e do epicárdio, membrana que envolve e dá forma ao coração.
Esses aglomerados de células cardíacas são então cultivados em um suporte especial, sendo organizados e alinhados em uma estrutura semelhante à do tecido cardíaco verdadeiro.
"Acreditamos que esses curativos terão uma chance muito maior de serem naturalmente assimilados pelo coração do paciente, já que estamos criando um tecido totalmente funcional que já bate e se contrai através da combinação de todos esses tipos diferentes de células que se comunicam entre si", explica Sinha.
"Sabemos que as células epicárdicas são particularmente importantes na coordenação do desenvolvimento adequado do músculo cardíaco. Pesquisas mostram que, nos embriões, ocorre muita interferência entre o epicárdio e o coração que está se desenvolvendo", acrescenta.
Sinha se prepara atualmente para testar os curativos em camundongos e, em seguida, em porcos. Se tudo der certo, o cardiologista pode estar pronto para realizar as primeiras experiências em seres humanos em cinco anos.
Em busca da batida perfeita
E ele não está sozinho. Nos Estados Unidos, uma equipe formada por cientistas das universidades de Stanford, Duke e Wisconsin também está tentando desenvolver curativos cardíacos.
Assim como Sinha, os pesquisadores imaginam um procedimento que começaria pela identificação dos tecidos cardíacos lesados por meio de exames de ultra-sonografia e ressonância magnética. Com base no formato das cicatrizes, eles imprimiriam um curativo personalizado em 3D. Os cirurgiões abririam então a caixa torácica e costurariam o "remendo" diretamente no órgão, de maneira que fique conectado às veias e artérias existentes.
A greve de caminhoneiros está afetando a distribuição de medicamentos para distribuidoras, farmácias e hospitais em todo país, de acordo com a indústria.
Em nota divulgada nesta sexta-feira (25), o Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos de São Paulo) afirmou ter recebido uma série de mensagens de empresas associadas relatando problemas de envio de produtos para seus clientes.
Um dos laboratórios, de acordo com o comunicado, teria informado estar com 60% da carga programada para distribuição nesta semana retida nos armazéns da empresa.
As falhas na distribuição, dizo Sindusfarma, pode trazer consequências graves para pacientes.
No Dia Internacional da Tireoide, lembrado nesta sexta-feira (25), a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) publicou mitos e verdades relacionados à glândula, localizada na base da região anterior do pescoço.
Por meio da folhetos e vídeos informativos, a proposta da campanha, que segue até domingo (27), é esclarecer dúvidas de pacientes e do público em geral.
Segundo a entidade, a tireoide produz dois hormônios: a tri-iodotironina (T3) e a tiroxina (T4), importantes em todas as fases da vida, desde a formação dos órgãos fetais (principalmente o cérebro), crescimento, desenvolvimento, fertilidade e reprodução, até a velhice. Os hormônios também têm atuação importante nos batimentos cardíacos, sono, raciocínio, memória, temperatura do corpo, funcionamento intestinal e metabolismo.
Confira os principais mitos e verdades sobre a tireoide divulgados pela SBEM :
O hipotireoidismo é muito comum
Falso – O hipotireoidismo é uma doença comum, que afeta de 8% a 12% dos brasileiros – principalmente mulheres e idosos.
Crianças não têm doença da tireoide
Falso – Crianças podem ter algum tipo de doença da tireoide, que pode levá-las a parar de crescer e a ir mal na escola. A forma mais grave de hipotireoidismo é a congênita, que se manifesta já em recém-nascidos. Se não diagnosticado e não tratado, o quadro pode causar deficiência mental irreversível.
Doenças da tireoide afetam a gravidez
Verdadeiro – Tanto o hipertireoidismo quanto o hipotireoidismo podem afetar a fertilidade e, se não tratados adequadamente, podem associar-se a complicações da gestação e a problemas para o feto.
A obesidade pode ser causada pelo hipotireoidismo
Falso – O hipotireoidismo não tratado associa-se apenas a um ganho leve de peso – em geral, por retenção de líquidos.
Tomar hormônio da tireoide ajuda a emagrecer
Falso – O hipertireoidismo realmente emagrece, mas à custa de massa magra, com diminuição de força muscular. Usar T4 ou, pior, T3 pode causar arritmias, hipertensão, diarreia e outras manifestações graves e até fatais.
Posso saber se tenho problema na tireoide fazendo um exame de sangue
Falso – Os exames para diagnóstico de alteração da função tireoidiana são as dosagens do TSH e da T4 livre. O médico pode ainda solicitar outros exames, se necessário.
O ultrassom da tireoide é importante para a detecção do nódulo e para que o médico possa operar logo
Falso – Nódulos de tireoide são muito frequentes no ultrassom. Por isso, ele só deve ser solicitado quando o médico suspeita de algo. A maior parte dos nódulos é benigna, não se caracteriza como câncer e não necessita de cirurgia.
O iodo faz bem para a tireoide
Falso – O iodo da alimentação geralmente é suficiente para produção dos hormônios tireoidianos em qualquer faixa etária. Em excesso, o iodo pode produzir sérios danos – inclusive piorar ou causar hipo ou hipertireoidismo.
O cansaço pode ser causado por hipotireoidismo
Verdadeiro – Os principais sintomas do hipotireoidismo são sonolência excessiva, cansaço e falta de disposição, lentidão e dificuldade para exercer as tarefas e funções habituais, esquecimento fácil, tristeza, intestino preso, ressecamento da pele e dos cabelos, unhas fracas e ganho de peso inexplicável. Mas esses sintomas podem aparecer em muitas outras doenças.
A T3 (tri-iodotironina) é útil no tratamento de estresse, cansaço ou desânimo
Falso – Não há indicação de uso de T3 nessas situações. Ela pode causar riscos à saúde.
A T3 (tri-iodotironina) pode ser formulada com segurança
Falso – A maioria das farmácias de manipulação não atinge alta precisão ao formular o hormônio em microgramas. Os hormônios formulados não estão sujeitos aos mesmos controles de qualidade dos medicamentos industrializados nem ao monitoramento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Deve-se tomar iodo durante a gestação
Falso – A indicação de suplementação deve ser individualmente avaliada, levando em conta a alimentação e outros fatores. Alguns suplementos vitamínicos oferecidos às gestantes contêm pequenas quantidades de iodo.