• prefeutura-de-barao.jpg
  • roma.png
  • vamol.jpg
  • WhatsApp_Image_2025-06-06_at_12.28.35_2.jpeg

cancerUm relatório do Fundo Mundial de Pesquisa sobre o Câncer (WCRF - World Cancer Research Fund, em inglês) alerta para o grande aumento de casos de câncer nos próximos anos. O documento intitulado "Dieta, Nutrição, Atividade Física e Câncer: uma Perspectiva Global", divulgado nesta quinta-feira (24), ressalta o excesso de peso e a obesidade, somados a estilos de vida com pouco exercício e muita comida "rápida" e processada, como principais fatores no desenvolvimento do câncer.

Em 2012, foram registrados cerca de 14,1 milhões de casos de câncer em todo o mundo (7,4 milhões de casos em homens e 6,7 milhões em mulheres). De acordo com o documento, este número deverá alcançar os 24 milhões de casos até 2035, o que representa um alarmante aumento de 58%.

O Fundo Mundial de Pesquisa sobre o Câncer e o Instituto Americano de Pesquisa do Câncer lançaram também recomendações para a redução do risco de desenvolvimento da doença. Baseadas nos estudos mais recentes disponíveis, as recomendações são: ter um peso saudável; ser fisicamente ativo; comer cereais integrais, frutas, legumes e grãos; limitar o consumo de fast-foods assim como de carnes vermelhas e processadas; evitar o consumo de bebidas adoçadas, priorizando o consumo de água e bebidas sem açúcar; limitar o consumo de álcool; optar por satisfazer as necessidades nutricionais por meio de dietas, em vez de consumir suplementos alimentares; amamentar, que é saudável tanto para a mãe, quanto para o bebê.

“As recomendações de prevenção do câncer são a peça central do nosso novo relatório. Elas formam um projeto global, um pacote que as pessoas podem seguir para ajudar a reduzir o risco de câncer. Elas são úteis para os cientistas porque podem ajudar a determinar futuras direções de pesquisa e para os formuladores de políticas porque podem instruir o desenvolvimento de medidas para ajudar as pessoas. Elas também são úteis para profissionais de saúde em seu trabalho com pacientes com câncer e com o público em geral”, afirma Kate Allen, diretora executiva de ciência e relações públicas do WCRF.

Os tipos de câncer mais comuns no mundo

Em 2012, o câncer de pulmão foi o câncer mais comum no mundo, contribuindo com 13% do total de novos casos diagnosticados. O câncer de mama (somente em mulheres) foi o segundo mais comum, com quase 1,7 milhão de novos casos no mesmo ano. O câncer colorretal foi o terceiro, com quase 1,4 milhão de casos.

Entre os homens, o câncer de pulmão foi o mais comum em todo o mundo, representando quase 17% do número total de novos casos, em 2012. Os três principais tipos da doença, pulmão, próstata e colorretal, contribuíram com quase 42% de todos os cânceres (excluindo câncer de pele não-melanoma).

Entre as mulheres, o câncer de mama foi o mais comum no mundo, contribuindo com mais de 25% do total de novos casos diagnosticados em 2012. Os três principais tipos da doença, mama, colorretal e pulmão, contribuíram com mais de 43% de todos os cânceres (excluindo câncer de pele não-melanoma). O câncer do colo do útero contribuiu com quase 8% de todos os casos.

A influência da obesidade e do sobrepeso

A evidência da ligação entre o excesso de peso e a obesidade nos casos de câncer vêm se fortalecendo desde 2007, quando foi feito o último relatório. São 12 os tipos da doença ligados aos distúrbio do peso. Por essa razão, a orientação para que as pessoas tenham um peso saudável é a número um nas recomendações atualizadas.

O conjunto de recomendações trabalha como um modo geral de viver de forma saudável para prevenir o câncer. Ser fisicamente ativo, além de reduzir os riscos da doença, pode ajudar as pessoas a manter um peso equilibrado. Assim como a redução na ingestão de fast-foods e alimentos processados também contribui para que não se tenha sobrepeso. O mesmo acontece com a redução no consumo de bebidas açucaradas.

 

Agência Brasil

Foto:Thinkstock

sonoA situação é cada vez mais comum. Uma pessoa tem dificuldade para dormir, vai a um médico, recebe a receita de um remédio e depois não consegue mais dormir sem ele. Quando a caixa termina, começa uma peregrinação aos consultórios para conseguir mais receitas e continuar comprando o chamado tarja-preta.

Especialistas são unânimes: o uso de remédios para dormir tornou-se uma epidemia. O cardiologista especialista em medicina do sono, Luciano Drager, da Faculdade de Medicina da USP, destaca que se trata de um problema de saúde pública.

“Isso é um importante problema de saúde pública porque muitos desses pacientes estão conseguindo receitas de remédios controlados ou meramente replicam receitas sem o menor acompanhamento. Então, o que você tem hoje é o uso desregrado, sem acompanhamento”.

A neurologista Andréa Bacelar, presidente da Associação Brasileira do Sono, explica que esta corrida atrás do medicamento tarja-preta para dormir não tem fim.

“Como o paciente gira em vários médicos, em várias especialidades, ele às vezes chega e diz ‘ah doutor, é que eu tomo este remédio e o meu acabou, o senhor poderia me dar mais uma receitinha porque o meu outro médico prescreveu? ’ Então acaba se tornando um ciclo vicioso”, destaca a especialista.

Em alguns casos, segundo os especialistas, a pessoa recorre ao mercado clandestino ou a algumas farmácias que criam sistema para burlar as regras e vender medicamentos sem receita. Em 2013, o IBGE fez uma pesquisa em 69.954 domicílios para entender os hábitos de saúde dos brasileiros. Uma das perguntas, feita para maiores de 18 anos, foi sobre o uso de remédios para dormir.

Entre os entrevistados, 11.186 disseram que tinham usado algum tipo de medicamento para dormir nas duas últimas semanas. Destes, 9.767 garantiram que compraram comprimidos com receita médica. Isso significa que 1.419 pessoas conseguiram comprar medicamentos tarja-preta sem receita médica.

Medicamentos causam dependência

Entre os remédios mais receitados no mundo estão os benzodiazepínicos, um tipo de ansiolítico usado para tratar ansiedade ou distúrbio do sono. O problema é que, quando usados a longo prazo de forma constante, eles podem causar dependência química.

“É um ciclo vicioso. É como se o cérebro estivesse pedindo uma nova dose da medicação para que ele possa responder da mesma maneira da noite anterior e, só assim, induzir o sono”, explica o cardiologista Luciano Drager.

A neurologista Andrea Bacelar explica que esses remédios são eficientes, o problema é que devem ser receitados temporariamente, para uso esporádico. Além disso, são medicamentos que devem ser receitados em situações bem específicas. Segundo a médica, o que se vê é a banalização destas medicações, usadas para qualquer queixa.

“Eu estou nervoso, estou preocupado, estou sem sono, tudo é motivo para usar um benzodiazepínico. E não é bem assim. Nem transtorno de ansiedade crônica a gente trata com tranquilizante. Essas medicações são para utilizar agudamente. Tem um problema agudo de pânico, por exemplo, ou teve uma crise convulsiva, alguma questão que tirou a pessoa do controle, nestes casos estas medicações são muito bem-vindas, mas não para uso contínuo e não para sono. Eles não são hipnóticos, eles são medicamentos que relaxam, tranquilizam, que até fazem relaxamento muscular, mas eles não são indutores do sono”, destaca Andrea Bacelar.

Para o neurologista Álvaro Pentagna, do Ambulatório de Sono do Hospital das Clínicas da USP, não são só as pessoas que têm mania de tomar remédios por si, os médicos também têm mania de prescrever de forma indiscriminada.

“Isso é uma coisa que a gente tem que pensar. Escolher um medicamento para ajudar a pessoa a dormir é uma decisão que tem que seguir critérios. Você tem que entender melhor o seu paciente antes de simplesmente prescrever algo como ‘ah toma esse remédio para você dormir’. Dormir não é uma coisa que se faz à noite, é um processo que se inicia quando você acorda”.

"Dormir não é uma coisa que se faz à noite, é um processo que se inicia quando você acorda”

Álvaro Pentagna, neurologista

O que o neurologista diz é que tudo o que uma pessoa faz durante o dia, vai ajudar a dormir; e tudo o que acontece durante a noite vai interferir no dia e na noite seguinte. O dormir e acordar é algo cíclico, “não simplesmente um desliga-liga”, segundo ele.

Drager destaca que, além de causar dependência, esses remédios levam a um sono de pior qualidade, que não promove o relaxamento e descanso necessários para a reposição de energias. “Quantitativamente o sono pode ser ok, mas qualitativamente é ruim, sem o descanso necessário. Ele mantém o prejuízo na saúde do paciente, impactando no dia seguinte”.

Quando maior a dose, mais difícil parar

Muitas vezes, quando o paciente procura um médico especialista em medicina do sono, já é tarde demais. O organismo já está dependente daquela substância e a pessoa não consegue dormir sem a medicação, que acaba tomando em doses cada vez mais altas. É comum que, ao tentar parar com a medicação, o paciente passe por crises de abstinência.

“O paciente não consegue parar. Ele começa a ter sensações pela falta da substância, o receptor no cérebro que está acostumado a funcionar com aquele medicamento, ele vai gerar sensações ruins no corpo por conta da falta da substância: sudorese, taquicardia, mal-estar, alteração visual, sensação de ansiedade”, destaca Andrea Bacelar.

A médica explica que para conseguir deixar de usar a medicação, o paciente precisa passar por um longo período de "desmame", na qual as doses são gradativamente diminuídas. Mesmo assim, em alguns casos, para evitar o sofrimento do paciente, os benzodiazepínicos precisam ser substituídos, aos poucos, por outras medicações que não causam dependência química.

Efeitos colaterais a longo prazo

O uso prolongado, crônico, dos benzodiazepínicos pode trazer uma série de prejuízos à saúde, principalmente no que diz respeito às alterações de comportamento.

“A pessoa vai estar mais suscetível a acidentes em casa, quedas e fraturas, ou acidentes automobilísticos, déficit de atenção, de concentração, memória, tudo isso pode ser alterado cronicamente”, explica Drager.

A expectativa média de vida do brasileiro aumentou. A neurologista destaca que hoje uma pessoa vive 90 anos e o avanço da idade é o maior fator de risco para déficit de memória e para as demências em geral.

“Se eu agrego ao aumento da idade o uso crônico dessas substâncias, certamente vou acelerar e agravar essa questão da memória. O indivíduo que abusa de tranquilizantes certamente vai se queixar que a memória não está boa, que não está gravando as coisas, isso também está atrelado a estas substâncias”, explica.

Quem tem dificuldade para dormir e faz, ou não, uso dessas substâncias, deve procurar um médico especialista em medicina do sono para uma fazer uma avaliação completa que possa identificar as causas da insônia e, desta forma, indicar o melhor tratamento.

“Insônia não se trata somente com remédio. Existem outras estratégias que podem ajudar a melhorar a qualidade do sono. A insônia também pode vir acompanhada de distúrbios respiratórios e remédios para dormir não tratam esses distúrbios. Nós precisamos realmente acabar com esse uso indiscriminado de medicações que não são seguras a longo prazo”, conclui Drager.

 

R7

Foto: Click - Notícias

Um incômodo que chega antes do tempo: menopausa precoce. A recepcionista Andreia Carrasco parou de menstruar aos 34 anos. O corpo dava vários sinais. “Ondas de calor terríveis, em segundos a sua pele esquenta de um jeito. A pele mudou, ficou seca, o cabelo também. O ganho de peso me incomoda muito”. Esse turbilhão de transformações na menopausa aparece porque o corpo deixa de produzir alguns hormônios.

A menopausa precoce é aquela que acontece antes dos 40 anos. No Brasil, as mulheres entram na menopausa entre 46 e 51 anos. Ela pode ocorrer por diversos motivos: causas genéticas, quimioterapia, radioterapia, cirurgia no ovário, medicamentos para acne com isotretinoína, cirurgia de endometriose grave no ovário, cistos de ovário e doenças autoimunes.

Dois ginecologistas – Luiz Fernando Carvalho e o consultor José Bento – participaram do Bem Estar desta quarta-feira (23) sobre menopausa precoce.

A mulher nasce com uma quantidade determinada de folículos no ovário e vai perdendo ao longo da vida. A partir da puberdade, ela começa a perder cerca de 300 folículos por mês. Se ela tiver uma das causas que aceleram a perda, a menopausa pode chegar antes do esperado.

A menopausa precoce dá alguns sinais: irregularidade menstrual e diminuição do fluxo menstrual. Esses sinais não são tão claros para mulheres que tomam pílula.

Os fatores de risco para a menopausa precoce são:

Menopausa precoce na família (mãe ou irmã)

Doença autoimune

Retirada de um dos ovários ou cirurgia parcial em ambos os ovários

Quimioterapia ou radioterapia na infância

Pessoas que trabalham com radioterapia

Já os sintomas da menopausa são:

Queda do cabelo

Secura da pele

Queda da mama

Secura vaginal

Perda da massa óssea

Perda da libido

Fogacho

 

G1

Um levantamento realizado em nove países e publicado em Londres nesta quarta-feira (23) mostra que menos de um terço dos alimentos industrializados pode ser considerado saudável. O Access to Nutrition Index (ou Acesso ao Índice de Nutrição) foi feito com apoio do empresário americano Bill Gates e do Ministério de Relações Internacionais da Holanda e analisou 23.013 produtos em nações como Austrália, China, Índia, Reino Unido e Estados Unidos.

Em entrevista exclusiva ao R7, Inge Kauer, diretora-executiva da Fundação Access to Nutrition e uma das responsáveis pelo estudo, explica que o dado é preocupante especialmente porque a maior parte do que comemos e bebemos atualmente tem origem industrial.

“Analisamos produtos de 21 empresas ao redor do mundo e achamos importante que os fabricantes ofereçam opções de comidas e bebidas com ingredientes saudáveis especialmente se você olhar países como o Brasil, onde quase 54% da população nas capitais apresenta excesso de peso”.

Inge esclarece que, durante o levantamento, foram analisados fatores como presença de sal, açúcar e gordura saturadas nas comidas e bebidas. A apresentação de frutas, grãos, legumes e outros ingredientes orgânicos na composição dos produtos também foi levada em consideração.

Conscientização do público infantil

Outro dado alarmante revelado pelo estudo é que, entre as comidas e bebidas analisadas, apenas 14% cumprem os critérios da OMS (Organização Mundial da Saúde) de comercialização para crianças: “Isso diz respeito principalmente às crianças pequenas. A OMS recomenda que os produtos sinalizem — em propagandas, embalagens — que os bebês devem ser alimentados exclusivamente de leite materno até os seis meses de idade. Descobrimos que muitos fabricantes falham em avisar seus consumidores sobre isso”, diz Inge.

Segundo o levantamento, das 21 empresas analisadas, apenas seis investem em todos os tipos de mídia na hora de fazer marketing para comercializar produtos infantis. E apenas uma das empresas estende essa política de propaganda responsável para adolescentes de 13 a 18 anos.

Pontos positivos e transparência

A diretora-executiva da Access to Nutrition afirma que, entre as conclusões positivas do estudo, destaca-se o fato de que as empresas têm focado mais em desenvolver produtos saudáveis nos mercados emergentes — embora, muitas vezes, falhem em conscientizar o público consumidor.

Sete das companhias abordadas reforçaram suas estratégias de nutrição e sistemas de gestão, enquanto dez demonstraram considerar o valor nutritivo dos produtos vendidos quando adquirem ou se fundem a empresas menores.

Por fim, Inge Kauer sugere que os fabricantes sejam mais transparentes ao fornecer dados sobre seus produtos e mesmo contratem auditorias independentes para analisar as propriedades nutricionais das bebidas e comidas:

“Em muitos casos, a diferença entre nossa análise e as avaliações que as empresas fazem de si mesmas mostrou a necessidade do estabelecimento de metas e de mais transparência. São instrumentos fundamentais para combater o problema da obesidade — que hoje atinge 2 milhões de pessoas no mundo”.

 

R7