• 1200x200.gif
  • prefeutura-de-barao.jpg
  • roma.png
  • SITE_BANNER.png
  • vamol.jpg

É normal roncar todos os dias? Roncar todos os dias nunca é normal. O ronco eventual é normal, por exemplo, em dia que está muito cansado, se tomou álcool antes de dormir, se está resfriado ou gripado. Mas, roncar todos os dias nunca é normal e deve sempre ser investigado. Roncar não é engraçado e não deve ser constrangedor. Roncar é sinal de apneia do sono (distúrbio no qual a respiração para durante o sono), que pode ser grave. Quem ronca deve procurar ajuda médica. Quem tem um parceiro que ronca deve orientar a pessoa a procurar ajuda, independentemente do incômodo para ela mesma, pois quem ronca pode e provavelmente está doente.


Existe ronco "inofensivo" ou sempre vai indicar alguma alteração? Existe o que chamamos de “ronco primário”, ou seja, somente roncar sem doença associada. Mas, essa situação é rara e pode evoluir para apneia do sono. Mesmo o ronco primário é algo que merece atenção, pois independentemente de ser alguma doença, o próprio incômodo gerado é algo importante, segundo o otorrinolaringologista. Muitas pessoas que roncam são discriminadas em viagens de ônibus ou avião, ao compartilhar o mesmo quarto em viagens ou até mesmo em casa, porque o ronco pode atrapalhar o sono das outras pessoas.


Crianças podem roncar? Sim, muitas crianças roncam e isso é um mau sinal, pois também pode ser indicativo de apneia do sono. Infelizmente, muitos pais acreditam que roncar todos os dias “é uma característica da criança”. Isso é um grande erro e o ronco constante deve ser sempre investigado. A criança que ronca geralmente tem paradas respiratórias, sono agitado, roda muito na cama, baba no travesseiro, fica de boca aberta constantemente, toma muita água e pode inclusive reagir durante o dia com hiperatividade. Existe correlação direta entre ronco constante na criança e mau rendimento escolar.


Excesso de peso causa ronco? O excesso de peso causa ronco e ao mesmo tempo é consequência do ronco. O excesso de peso provoca aumento de gordura na garganta, especialmente na parte detrás, que chamamos de faringe posterior. Também existe deposição de gordura na região detrás da língua. Ambas as situações estreitam a garganta, levando a uma maior possibilidade de obstrução respiratória total ou parcial, gerando ronco e apneia do sono. Por outro lado, a própria doença apneia do sono gera alterações endocrinológicas hormonais durante o sono, sendo que existe um desequilíbrio entre os dois hormônios de fome e saciedade, que são leptina e grelina. Então, a apneia do sono gera o sobrepeso que piora a apneia do sono e, assim, se forma um ciclo ruim para o corpo.


Que doenças respiratórias podem estar associadas ao ronco? Muitas doenças respiratórias podem ser causas ou efeitos do ronco e apneia do sono, como desvios do septo nasal, aumento das conchas nasais, aumento da adenoide, pólipos nasais, sinusite crônica, aumento das amígdalas palatinas, aumento das amígdalas linguais, estreitamento anatômico da faringe posterior, aumento do comprimento e largura da úvula - a campainha da garganta.


O ronco pode afetar a saúde cardíaca? Sim, o ronco e apneia do sono prejudicam imensamente o sistema cardiovascular. Quando a pessoa para de respirar durante o sono por mais de 10 segundos, quando volta existe um esforço inspiratório súbito e intenso, como um efeito de um fole sendo aberto com muita força e rapidez. Isto faz com que essa pressão negativa do tórax aspire muito rapidamente grande volume de sangue venoso da cabeça e dos membros. Isso pode dilatar subitamente as cavidades cardíacas, levando a estiramento dos nervos, podendo levar a arritmias e até morte dormindo. Também existe correlação direta entre apneia do sono e hipertensão arterial e arritmias. O estado de estresse que a apneia do sono leva acaba por aumentar a adrenalina do corpo, que fica em níveis sempre altos, levando a diversas complicações, inclusive o AVC.


O ronco atrapalha a qualidade do sono? O ronco e a apneia do sono atrapalham a qualidade do sono em vários aspectos, pois a respiração não é normal e existem inúmeros períodos de queda na oxigenação do sangue e, consequentemente, queda de oxigenação do cérebro. É comum que aconteça uma fragmentação do sono com microdesperares, no qual a pessoa “acorda” várias vezes durante a noite, mesmo sem perceber, sem recobrar a consciência.


O ronco e apneia do sono prejudicam todo o corpo. Aumentam a incidência de ateroesclerose, hipertensão arterial, arritmia cardíaca, doença coronariana, infarto, AVC. Além disso, podem aumentar a resistência periférica à insulina, podendo gerar ou piorar o diabetes. Favorecem a irritabilidade, comprometem a concentração e causam sonolência constante. O ronco e a apneia também aumentam a incidência de Alzheimer precoce, pela má oxigenação crônica do cérebro.

 
Existe uma posição para dormir e não roncar? Existem indivíduos que roncam somente de barriga para cima, mas isso não é regra. A grande maioria ronca o tempo todo em todas posições, sendo mais ou menos. Mas, se a pessoa ronca ou tem apneias somente de barriga para cima, então não deve dormir nesta posição.


Pessoas cansadas roncam mais? Este é um ciclo vicioso ruim, pois o excesso de cansaço gera ronco e apneia do sono e o ronco e apneia do sono geram cansaço... Ou seja, a pessoa vive ruim, vive cansada e não consegue entender por quê.


Como saber se eu tenho apneia do sono? Quem ronca todos os dias deve procurar um médico especialista em sono, que pode ser otorrinolaringologista, cardiologista ou neurologista, e realizar um exame que se chama de “polissonografia”, que é feito em um laboratório do sono, no qual a pessoa vai dormir a noite toda lá, com monitores de respiração, oxigenação, cardiológicos, eletroencefalograma etc. Muitos acreditam que não conseguem dormir no laboratório do sono, mas isso não corresponde à realidade. A massiva maioria dorme sim e consegue-se um resultado conclusivo.

 

R7

canabidiolA Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou os pais de uma criança com paralisia cerebral a importar diretamente do exterior um medicamento a base de canabidiol, uma substância existente na folha da Cannabis Sativa, a planta da maconha. Segundo o tribunal, a decisão, tomada na última terça-feira (14), é inédita no STJ.

A família ganhou autorização após comprovar que o medicamento é necessário para conter cerca de 240 crises epiléticas por mês sofridas por sua filha. Segundo os pais, que são de Pernambuco, os médicos que acompanham a criança receitaram o canabidiol como terapia alternativa diante da ineficácia dos tratamentos tradicionais.
Após serem orientados a comprar o medicamento, os pais passaram a importá-lo por conta própria, mas, diante da legislação que impede a importação direta e a comercialização do canabidiol, eles entraram com ação contra a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para receber o remédio. A autorização foi concedida pela Justiça de Pernambuco, mas a União recorreu ao STJ para derrubar a decisão.

Segundo a Anvisa, medicamentos sem registro no Brasil podem ser importados por pessoa física. O procedimento é possível por meio de pedido excepcional de importação para uso pessoal. Os pedidos devem ser protocolados na agência, onde serão analisados pelos técnicos que levam em conta aspectos como a eficácia e a segurança do produto e se eles estão devidamente registrados em seus países de origem ou em outros países. A importação, conforme a Anvisa, também é possível em relação a medicamentos classificados como substância de uso proscrito, como é o caso da maconha.

 

Agência Brasil

REUTERS/Jose Luis Gonzalez

vaczikaOs Institutos Nacionais da Saúde (NIH, na sigla em inglês) dos Estados Unidos iniciaram testes clínicos em humanos para uma vacina experimental contra o vírus da zika desenvolvida por pesquisadores do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas (Niaid, na sigla em inglês).

"O Niaid segue comprometido com o desenvolvimento de vacinas seguras e efetivas contra o vírus da zika, e estamos felizes de começar os testes clínicos com uma vacina atenuada", afirmou nesta quinta-feira em comunicado o diretor do instituto, Anthony Fauci.

Essas vacinas são aquelas que têm micro-organismos vivos ou debilitados previamente e cujo propósito é provocar uma resposta defensiva do corpo para a prevenção de certas doenças.

Atualmente, não estão disponíveis vacinas autorizadas para a infecção pelo vírus da zika, que é transmitido aos humanos principalmente pela picada de um mosquito infectado e também através do sexo, mas vários centros se encontram em diversas etapas de desenvolvimento.

O teste inclui um total de 28 adultos sadios com entre 18 e 50 anos que serão avaliados no Centro de Pesquisas de Imunização da Universidade Johns Hopkins em Baltimore (Maryland) e no Centro de Testes de Vacinas da Universidade de Vermont.

A equipe dirigida pelo cientista Stephen Whitehead, do Niaid, utilizou técnicas de engenharia genética para desenvolver um chamado vírus quimérico, criado através da combinação de genes de vários vírus.

O vírus quimérico está vivo, porém atenuado, por isso não pode provocar a doença nos receptores. Quando é injetado no corpo, o vírus enfraquecido deve provocar uma resposta do sistema imunológico.

A primeira fase dos testes clínicos analisará a resposta imunológica nos participantes e avaliará a segurança da vacina experimental, cujos resultados foram "promissores" em testes anteriores em macacos, de acordo com os cientistas.

Todos os 28 participantes serão distribuídos aleatoriamente para receber uma única dose subcutânea da vacina experimental (20) ou um placebo (oito).

Nem os participantes, nem os pesquisadores, saberão quem está recebendo a vacina experimental.

Depois da vacinação, os participantes receberão um diário para registrar sua temperatura em determinados momentos e suas amostras de sangue. Além disso, outros indicadores serão analisados durante seis meses.

Os pesquisadores estudarão essas amostras para ver se os participantes desenvolvem ou não anticorpos em resposta à vacina experimental.

 

EFE

Scott Olson/Getty Images

De acordo com dados divulgados no ano passado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 1,7 milhão de crianças menores de cinco anos morrem anualmente devido à poluição ambiental. Uma das causas, segundo novo estudo, pode ter relação com o uso de carrinhos de bebê em vias onde o tráfego de veículos é intenso. Um simples passeio pode expor as crianças a cerca de 60% a mais de poluição quando comparadas aos adultos. A poluição já foi relacionada ao aumento de problemas neurológicos.

A pesquisa, publicada na revista Environment International, explica que o nível de exposição é maior, pois o equipamento é baixo e, portanto, mais próximo do chão e mais perto dos gases poluentes liberados pelos canos de escapamento dos veículos. Além disso, os riscos para a saúde são maiores porque as crianças são pequenas e mais frágeis por ainda estarem em fase de desenvolvimento.


Por causa disso, os pesquisadores recomendam aos pais que evitem usar carrinhos de bebê muito baixos em ruas e avenidas movimentadas. Eles também indicam o uso de uma cobertura protetora para reduzir a exposição aos poluentes.


Partículas poluentes
De acordo com especialistas, a poluição do trânsito – proveniente de carros, ônibus e caminhões – contém altos níveis de metais tóxicos que podem prejudicar o desenvolvimento cerebral dos bebês, danificando o lobo frontal e afetando a capacidade cognitiva e neurológica, principalmente quando o tempo de exposição é prolongado. Após a revisão de pesquisas anteriores, os cientistas da Universidade de Surrey, na Inglaterra, descobriram que, dentro do carrinho de bebê tradicional (geralmente mais baixos), a cabeça das crianças fica a uma altura de 0,55 a 0,85 metro acima do solo.

Como a quantidade de partículas finas poluentes é mais elevada no primeiro metro acima do nível do solo, as crianças acabam sendo expostas a até 60% a mais de poluição do que os adultos. Isso representa uma ameaça, especialmente porque as partículas tóxicas emitidas pelo escapamentos dos veículos são consideravelmente maiores para os pulmões e vasos sanguíneos das crianças em comparação aos dos adultos.

“Quando você considera como eles [bebês] são vulneráveis nesta fase inicial da vida, é extremamente preocupante que eles estejam sendo expostos a esses níveis perigosos de poluição”, comentou Prashant Kumar, um dos autores do estudo, ao The Telegraph.

Como diminuir os riscos
Os pesquisadores aconselham que os adultos procurem utilizar carrinhos de bebê mais altos – como o modelo usado por Kate Middleton durante o batizado da princesa Charlotte, que ocorreu no mês passado. Por serem mais altos, essa versão reduz o nível de exposição. Além disso, usar carrinho de bebê em áreas com menor tráfego pode ajudar a contornar os riscos à saúde, assim como usar a cobertura protetora e evitar pontos críticos de poluição, como semáforos e paradas de ônibus.

Pensando globalmente, a equipe recomendou a governos e setores industriais a diminuição das emissões de poluentes de veículos grandes, como caminhões, e o incentivo ao uso do transporte público. “Para ajudar a proteger a saúde das crianças, precisamos promover alternativas aos carros movidos a gasolina e diesel”, acrescentou Jonathan Grigg, do Royal College of Pediatrics and Child Health, no Reino Unido, à BBC.

Já Stefan Reis, do Centro de Ecologia e Hidrologia, comentou a importância do estudo para estimular projetos que solucionem o problema da poluição. “A pesquisa é convincente e importante para a avaliação tanto das fontes de emissões de poluentes do ar como os fatores locais, individuais e comportamentais que contribuem para a exposição. Com isso, pode ser possível a criação de projetos de intervenções”, concluiu.

 

veja