O colesterol alto é uma condição perigosa justamente por ser silenciosa, ou seja, muitas pessoas podem estar com os níveis elevados de colesterol sem apresentar sinais óbvios. Mesmo assim, essa situação é uma das principais responsáveis pelo desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como a aterosclerose, que é o acúmulo de placas nas artérias, aumentando assim o risco de infarto e AVC.
Dada a natureza silenciosa do colesterol acima do normal, exames regulares são essenciais, especialmente para aqueles que já apresentam fatores de risco. A detecção precoce é a chave para a prevenção de complicações sérias.
Causas e fatores de risco O colesterol é uma substância semelhante à gordura, produzida pelo fígado e fundamental para diversas funções no corpo, como a produção de hormônios e vitamina D. No entanto, fatores como uma dieta rica em gorduras trans e saturadas, sedentarismo, tabagismo e certas condições de saúde, como diabetes e hipotireoidismo, podem elevar significativamente os níveis de colesterol. Além disso, a genética também desempenha um papel importante. Pessoas com histórico familiar de colesterol alto devem ser particularmente vigilantes e realizar exames periódicos para monitorar seus níveis.
Sinais e sintomas do colesterol alto Embora seja raro que o colesterol alto apresente sintomas evidentes, existem algumas indicações que podem aparecer em casos mais graves, como na hipercolesterolemia familiar. Entre os sinais estão a presença de um anel branco ao redor da íris (arco corneano) e pequenos nódulos amarelados perto dos olhos (xantelasmas). Depósitos de gordura sob a pele, conhecidos como xantomas, também podem surgir em áreas como cotovelos, joelhos e pés.
Dada a gravidade dos problemas que o colesterol elevado pode causar, como derrames e infartos, é crucial adotar um estilo de vida saudável e monitorar regularmente os níveis de colesterol.
Como reduzir o colesterol de forma natural Existem várias maneiras de reduzir o colesterol alto naturalmente. Mudanças na dieta são fundamentais: evite alimentos ricos em gorduras trans e saturadas, além de limitar a ingestão de alimentos processados e fritos. Incorporar exercícios físicos regulares e técnicas de gerenciamento de estresse, como ioga, também pode ser benéfico. Finalmente, parar de fumar é uma das atitudes mais importantes para reduzir o risco de doenças cardiovasculares associadas ao colesterol alto.
Entre 2000 e 2021, mais de 93 mil mortes de idosos foram registrados devido à desnutrição no Brasil. Também não houve uma redução significativa nos óbitos entre pessoas com 80 anos ou mais. Essas conclusões são de um estudo realizado por pesquisadores da Ufam (Universidade Federal do Amazonas) e da UFVJM (Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri), publicado nesta segunda-feira (12).
O estudo destaca que o aumento da expectativa de vida, aliado à redução das taxas de natalidade, tem alterado a pirâmide etária global, o que impacta significativamente a saúde da população idosa. Entre os idosos, as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) são as principais causas de morte. Em 2016, 63,9% das mortes globais ocorreram em pessoas idosas, com as DCNT como principal causa.
Apesar de ser uma causa evitável, a desnutrição proteico-calórica ainda é prevalente entre os idosos. “Esses resultados são surpreendentes, pois indicam uma negligência em relação a um estilo de vida saudável e aos cuidados com a saúde”, explica Ronilson Ferreira Freitas, pesquisador da Ufam e coautor do estudo. A mortalidade foi consistentemente maior entre homens, sugerindo diferenças significativas na forma como homens e mulheres lidam com a saúde.
Desnutrição No Brasil, as DCNT são responsáveis por cerca de 70% dos anos de vida perdidos por incapacidade, e os idosos são especialmente vulneráveis à desnutrição, que pode comprometer funções fisiológicas, limitar atividades diárias e aumentar a susceptibilidade a infecções e ao risco de morte.
Embora as doenças crônicas relacionadas à obesidade sejam atualmente as principais causas de morte, a desnutrição continua sendo um problema grave de saúde pública, principalmente em países de renda média e baixa. Em 2012, a região Sul do Brasil teve a menor taxa de mortalidade por desnutrição entre idosos (16,37 por 100 mil habitantes), enquanto a região Nordeste apresentou a maior taxa (31,80 por 100 mil habitantes). Esses números reforçam a necessidade de estudos de longo prazo para embasar políticas públicas de saúde que promovam um envelhecimento saudável, segundo os pesquisadores.
Principais resultados Utilizando dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade do SUS, o estudo analisou a tendência temporal da mortalidade por desnutrição proteico-calórica entre idosos no Brasil de 2000 a 2021, revelando os seguintes resultados:
Número total de mortes: 93.850 óbitos entre 2000 e 2021. Maior taxa de mortalidade: registrada em 2006, com 28,74 óbitos por 100.000 habitantes. Menor taxa de mortalidade: registrada em 2021, com 10,64 óbitos por 100.000 habitantes. Diferença por sexo: A mortalidade foi maior entre homens, atingindo 33,53 óbitos por 100.000 habitantes em 2006, enquanto entre as mulheres, a maior taxa foi de 25,01 óbitos por 100.000 habitantes no mesmo ano. Diferença por faixa etária: as taxas aumentaram com a idade, sendo mais elevadas entre aqueles com 80 anos ou mais. Tendência geral: houve uma queda geral na mortalidade por desnutrição proteico-calórica, com uma Taxa de Incremento Anual (TIA) de -3,454%. No entanto, para o grupo com 80 anos ou mais, a tendência permaneceu estacionária. Apesar da redução na mortalidade por desnutrição proteico-calórica ao longo dos 21 anos analisados, os números permanecem preocupantes. “A desnutrição continua sendo um desafio significativo na saúde pública, especialmente entre os idosos, que enfrentam maior vulnerabilidade devido às mudanças fisiológicas, sociais e patológicas associadas ao envelhecimento”, destaca o pesquisador.
Estudos mostram que a desnutrição proteico-calórica é um forte preditor de outras morbidades e mortalidade, impactando negativamente a qualidade de vida dos idosos, aumentando a susceptibilidade a infecções e outras complicações de saúde. Além disso, o processo de envelhecimento agrava o risco de desnutrição, devido a fatores como redução do apetite, alterações digestivas e uso de múltiplos medicamentos.
Embora tenham ocorrido avanços na redução da desnutrição, o cenário atual exige uma atenção renovada, especialmente diante das crescentes desigualdades. No contexto da criação de uma aliança global contra a fome e a pobreza, anunciada em 24 de julho durante a reunião do G20 no Brasil, a pesquisa pode ajudar na formulação de políticas públicas voltadas para garantir uma alimentação adequada à população idosa. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Brasil tem cerca de 32 milhões de pessoas com mais de 60 anos, o que equivale a 15% da população.
Freitas ressalta a importância de que tanto a sociedade quanto o Estado se preparem para o aumento da população idosa. Ele destaca o crescente número de idosos em instituições de longa permanência, que sobrevivem muitas vezes com escassos recursos públicos e dependem de doações. “As características do envelhecimento expõem a população mais velha a um risco maior de desnutrição. É crucial que as políticas públicas existentes sejam revisadas e aprimoradas”, conclui o pesquisador.
Cientistas podem ter descoberto a causa do autismo ao descobrir uma ligação entre o risco da condição e ácidos graxos no sangue do cordão umbilical.
O estudo de pesquisadores da Universidade de Fukui investigou a ligação entre ácidos graxos poli-insaturados (AGPI) em amostras de sangue do cordão umbilical e pontuações de autismo em 200 crianças.
A partir das análises, os pesquisadores identificaram um composto específico no ácido do sangue do cordão umbilical, chamado diHETrE, que pode ter “fortes implicações” na gravidade do TEA.
Especificamente, os autores descobriram que níveis mais altos de diHETrE estavam associados a dificuldades em interações sociais. Por outro lado, níveis baixos estavam ligados a comportamentos repetitivos e restritivos em crianças.
Segundo eles, essa correlação foi mais evidente em meninas do que em meninos.
Detalhes do estudo As amostras do cordão umbilical foram coletadas e preservadas imediatamente após o nascimento das crianças.
Os pesquisadores, então, avaliaram os sintomas de TEA nessas mesmas crianças aos 6 anos de idade com a ajuda de suas mães.
Com base nos resultados, os pesquisadores sugerem que medir os níveis de diHETrE no nascimento pode se tornar uma ferramenta valiosa para prever o risco de uma criança desenvolver TEA. Eles também dizem que inibir o metabolismo do diHETrE durante a gravidez pode ser um caminho para prevenir traços de TEA em crianças. No entanto, eles reforçaram que mais pesquisas são necessárias nessa área.
A equipe publicou os resultados do estudo O estudo no jornal científico Psychiatry and Clinical Neurosciences.
O que é autismo? O autismo – também conhecido como transtorno do espectro autista – constitui um grupo diversificado de condições relacionadas ao desenvolvimento do cérebro.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1 em cada 100 crianças tem autismo.
As habilidades e necessidades de pessoas autistas variam e podem evoluir ao longo do tempo. Enquanto algumas pessoas com autismo podem viver de forma independente, outras têm deficiências graves e requerem cuidados e suporte por toda a vida.
Adelzira Cardoso, coordenadora do Programa Saúde da Mulher da Secretaria de Saúde do Município de Floriano, numa entrevista ao Ivan Nunes, do PN, esteve externando sobre as ações que estão em andamento no mês de agosto.
Conforma ela, há programação que beneficia várias pessoas e há vários atendimentos programados para vários dias. Veja a entrevista.