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O Governo do Piauí, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), realiza o I Congresso da Rede de Urgência e Emergência (RUE) entre os dias 29 de fevereiro e 02 de março, no Centro de Convenções de Teresina. Durante o evento também acontecerá o I Simpósio de Responsabilidade Social no Atendimento Pré-Hospitalar e o I Simpósio Multiprofissional de Urgências Pediátricas.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) Estadual e a Sociedade de Pediatria do Piauí (Sopepi) também são parceiras do evento.

“Esperamos que esse encontro resulte na construção de um espaço colaborativo para a produção de conhecimento e diálogos que, por sua vez, se transformarão em sabedoria para o cenário das urgências e para a vida da comunidade, promovendo mudanças sustentáveis em nosso sistema único de saúde”, destaca Telmo Mesquita, coordenador do RUE.

Com palestrantes do Piauí e outros seis estados do país, o evento propõe uma profunda reflexão científica sobre os desafios e avanços nos serviços de urgência e emergência no estado. A programação também conta conferências, talk-shows, painéis, relatos de experiência, apresentações de trabalhos científicos e trilhas com simulação realística.

“É um congresso multiprofissional, portanto, atende não somente aos profissionais que atuam na área de emergência, mas também em unidades básicas de saúde, consultórios, ambulatórios e gestores hospitalares que devem trabalhar em parceria com profissionais especializados em emergência, além de estudantes, que são muito bem-vindos”, afirma Cristiane Rocha, coordenadora do SAMU estadual.

Todos os profissionais e estudantes da área de saúde podem participar do congresso e simpósios. Já para receber o certificado do evento e ter acesso aos minicursos, os interessados deverão fazer obrigatoriamente a inscrição no congresso por meio do site oficial do evento: www.congressorue.com.br.

Sesapi

Os primeiros anos de vida são fundamentais para conduzir e definir os hábitos alimentares que crianças e adultos terão futuramente.

bebe6meses

A alimentação de bebês até os 6 meses se resume na ingestão do leite materno, salvo exceções em que é necessário fazer a introdução de fórmulas. Nenhum alimento sólido é recomendado nessa faixa etária, já que o corpo ainda não está preparado para recebê-lo.

A partir dessa idade, se o bebê já estiver apto, é a hora de começar a oferecer alimentos diversificados à criança.

Neste artigo, vamos falar um pouco desse processo e de como é importante cuidar da alimentação durante toda a infância.

Índice — Neste artigo você verá:

Introdução alimentar: o que oferecer a partir dos 6 meses?

O que é uma alimentação saudável para as crianças?

Alimentação saudável e educação infantil: o papel da escola

Introdução alimentar: o que oferecer a partir dos 6 meses?

Quando o bebê completa 6 meses e já está preparado para o consumo de alimentos diferentes do leite, é dado início a introdução alimentar.

Desse período até os 2 anos, ainda é recomendado que o leite materno continue sendo oferecido. Ele é muito importante para suprir as necessidades nutricionais, e no início dessa fase ainda deve ser a principal fonte de alimentação dos pequenos.

Aos poucos, vai acontecendo a transição do leite para os alimentos sólidos, e o tempo necessário para isso varia de criança para criança e de acordo com a rotina familiar.

A introdução alimentar se baseia inicialmente na apresentação dos alimentos para a criança, e é o momento em que ela irá experimentá-los, não apenas com o paladar, mas também com o tato e o olfato.

É interessante que o bebê seja apresentado a alimentos variados, o que permite que seu paladar seja desenvolvido logo cedo.

Ao longo do dia, devem ser oferecidos alimentos que são parte dos principais grupos alimentares. Veja quais são e alguns exemplos:

Cereais: arroz, milho e aveia;

Feijões e leguminosas: grão de bico, ervilha e lentilha;

Raízes e tubérculos: batata, cenoura, mandioca e inhame;

Legumes e verduras: quiabo, pepino, abobrinha, brócolis e couve;

Carnes, ovos, leites e derivados: carnes de gado, porco e aves, iogurtes sem açúcar ou aditivos e leites líquidos e em pó (se liberado pelos médicos);

Frutas: frescas ou secas;

Oleaginosas: amendoim, castanhas e nozes;

Sementes: gergelim, linhaça e chia.

Ao iniciar o contato com estes alimentos, o bebê também deve começar a tomar água, que pode ser oferecida tanto depois da refeição, quanto ao longo do dia.

Leia mais: Cardápio para bebê: o que dar nos primeiros meses de vida?

Preparação dos alimentos A criança pode e deve consumir os mesmos alimentos que são consumidos pelos adultos que vivem na casa, desde que sejam feitas as devidas adaptações à ela.

Porém, essa alimentação deve ser o mais equilibrada possível, o que faz toda a diferença para criar um padrão saudável no contexto familiar.

É importante que eles sejam preparados sem sal ou com o mínimo possível, sem açúcar ou qualquer outro tipo de adoçante, até mesmo o mel, e deixados em uma consistência que facilite a mastigação, já que os dentinhos ainda não estão formados.

A depender do tipo de alimento, é possível escolher como será oferecido: amassado (dando o alimento com uma colher) ou em pedaços mais sólidos (onde a criança pode pegar com as próprias mãos).

Método BLW A abordagem BLW, ou Baby-Led Weaning, é um método de iniciação alimentar que é, de certa forma, guiado pelo bebê. A ideia é que os alimentos sejam oferecidos em pedaços, tiras ou bastões, sem amassar ou triturar.

O bebê pega a comida com as mãos e tem a oportunidade de interagir com ela, gerando interesse, conhecimento e autonomia. É estimulado o respeito ao ritmo da criança e à sua individualidade, e tudo isso visa criar no indivíduo uma relação saudável com a alimentação.

Vale destacar que é importante ficar atento à forma e tamanho em que os alimentos são cortados para que as chances de engasgo sejam reduzidas. É importante ter uma orientação profissional para entender os meios mais seguros.

Pais e responsáveis podem levar os conceitos do BLW para os métodos tradicionais, ou até misturar os dois.

Entender as vantagens e desvantagens de cada formato também é importante, assim como perceber as respostas da criança e se adequar ao que mais se encaixa na dinâmica familiar.

Dicas para a introdução alimentar

É normal a criança cuspir a comida ao primeiro contato, ela pode estranhar o alimento inicialmente. Logo após os 6 meses, também faz um movimento com a língua que empurra a comida para fora. Nada disso indica que ela não gostou do alimento, então você pode tentar oferecer novamente.

Reconheça os sinais de saciedade, eles são marcados pela perda de interesse do bebê no que está sendo dado a ele. Ao perceber que ele não deseja mais comer, não insista. É importante que a própria criança aprenda a identificar os limites do seu próprio corpo e a parar de comer quando estiver saciada.

A quantidade ingerida deve ir aumentando com o tempo. Enquanto o leite é a principal fonte de alimentação da criança, não é necessário se preocupar com o quanto de comida ela ingere.

Utilize talheres pequenos e utensílios resistentes, como pratos, potes e copos de plástico que não irão quebrar facilmente caso caiam no chão.

Cuide da saúde bucal do bebê. Mesmo que os dentes ainda não tenham nascido, pode ser necessário fazer a higiene da boca todos os dias.

Entenda que este momento também é um processo de aprendizado para a criança. O que não se deve oferecer?

Alguns alimentos não são recomendados para os pequenos. Veja algumas coisas que devem ser evitadas, especialmente até os dois anos:

Açúcar; Mel e derivados (até os 2 anos);

Papinhas industrializadas;

Frituras;

Café, erva-mate, chás verde e preto;

Refrigerantes, bolachas e achocolatados;

Alimentos processados e ultraprocessados em geral.

Fique atento ao que parece ser saudável, mas não é. Iogurtes, por exemplo, podem ser feitos com base no leite, mas muitos deles são ricos em açúcar, conservantes, corantes e aromatizantes.

O mesmo vale para sucos “de fruta”, mas que carregam baixa concentração dela em si, porém altos níveis de ingredientes adicionados.

Estudos indicam que o consumo prematuro de alimentos com excesso de açúcar e outras substâncias encontradas em ultraprocessados pode criar uma preferência futura por esse tipo de alimento, e reduzir o interesse e consumo de comidas saudáveis.

Isso está associado a baixos níveis de nutrientes no organismo e ao aumento de peso. Por isso, é tão importante que os responsáveis façam boas escolhas e criem uma base alimentar sólida e saudável.

O que é uma alimentação saudável para as crianças? De acordo com a ONU, a recomendação é que as crianças tenham uma dieta que combine alimentos de origem animal, frutas, vegetais, leguminosas e sementes, preferencialmente sem processamento.

O Ministério da Saúde orienta que a base da alimentação seja alimentos in natura ou minimamente processados, não apenas para crianças, mas para pessoas de qualquer idade.

Estes são os que estão em seu estado natural, com o mínimo de intervenção industrial. A aveia em flocos, por exemplo, passa por um processo que a deixa neste formato.

Mas ela continua sendo um alimento muito próximo de seu estado natural, com todos os seus nutrientes ainda presentes nela e livre de substâncias que podem ser negativas para o organismo.

Alimentos processados ou ultraprocessados são aqueles que passam por grandes alterações em sua estrutura ou composição, e que geralmente carregam diversos aditivos, conservantes, corantes e outras substâncias que não são necessárias para a nossa alimentação.

Salgadinhos, refrigerantes, sucos em pó, bolachas, embutidos e alimentos instantâneos são exemplos de produtos que se encaixam nessa categoria.

Eles estão associados a diversos problemas de saúde, e só podem ser consumidos como uma exceção à rotina alimentar, não como parte dela.

Alimentação saudável e educação infantil: o papel da escola A partir do momento em que a criança começa a ir para a escola, ela é exposta ao que está sendo oferecido fora de casa. Por conta disso, as instituições de ensino possuem um papel fundamental na alimentação dos pequenos e, consequentemente, na sua saúde.

Existem leis com diretrizes que indicam o que deve ou não deve ser oferecido dentro das escolas, evitando, por exemplo, alimentos calóricos e com baixo valor nutricional.

Mesmo assim, cabe à elas a responsabilidade de ir além, trazendo um real incentivo à alimentação saudável, criando uma rotina equilibrada e ensinando sobre os alimentos.

Esse incentivo ainda pode incluir práticas relacionadas ao plantio, assim como dar foco em atividades físicas, estimulando o cuidado com o corpo que vai além do consumo alimentar.

Mesmo com as orientações dos órgãos governamentais, é normal que muitos pais e cuidadores ainda tenham dúvidas sobre a alimentação infantil, especialmente nos primeiros meses.

Por isso, é muito importante ter um acompanhamento pediátrico e, se necessário, nutricional, já que estes profissionais vão entender as necessidades individuais de cada criança e orientar da melhor forma.

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Foto: divulgação/minuto saudável

Ao divulgar a lista de 521 municípios brasileiros selecionados para iniciar a vacinação contra a dengue via Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de fevereiro, o Ministério da Saúde alertou que a dose é mais uma tecnologia incorporada no combate à doença, mas que não se pode abrir mão das demais estratégias de combate ao mosquito Aedes aegypti.  

“O Brasil dá esse passo importante, mas é bom lembrar que essa é uma tecnologia que agrega com outras estratégias de combate ao mosquito da dengue e com todas as ações de controle e enfrentamento da doença. Ou seja, ela se junta. Uma mensagem importante que devemos passar é que não podemos abrir mão das outras estratégias. Mesmo as pessoas que são vacinadas também não podem abrir mão dos cuidados individuais e com o seu município”, disse o diretor do departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis, Eder Gatti.

A pasta confirmou que serão vacinadas crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra maior número de hospitalizações por dengue depois dos idosos. Com as 6,5 milhões de doses previstas para serem fornecidas em 2024 pelo laboratório Takeda, fabricante da Qdenga, 3,2 milhões de pessoas serão imunizadas este ano.  

“A vacina é mais uma tecnologia. Não podemos abrir mão das outras estratégias. As pessoas serão vacinadas ao longo do ano, então, a gente espera um efeito acumulativo ao longo do tempo da vacinação. Ou seja, sobre o impacto imediato, a gente sabe que a vacina vai contribuir, mas isso tem algumas limitações”, reforçou Gatti.

Cuidados

Em nota, o ministério destacou que evitar a proliferação do Aedes Aegypti segue como medida mais eficaz no combate à dengue, já que as larvas se desenvolvem em água parada. “É preciso empenho da sociedade para eliminar os criadouros com medidas simples e que podem ser implementadas na rotina, como tampar caixas d’água e outros reservatórios, higienizar potes de água de animais de estimação, tampar ralos e pias, entre outras.”

A pasta sugere que a população faça uma inspeção em casa pelo menos uma vez por semana para encontrar possíveis focos de larvas. Além disso, é recomendado que as pessoas recebam bem os agentes de saúde e os agentes de combate às endemias. Por fim, recomenda-se como medida adicional de controle, o uso de repelentes e a instalação de telas mosquiteiras, especialmente em regiões com maior registro de casos.

O Ministério da Saúde informou que 521 municípios brasileiros foram selecionados para iniciar a vacinação contra a dengue via Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de fevereiro. As cidades compõem um total de 37 regiões de saúde que, segundo a pasta, são consideradas endêmicas para a doença. A lista completa pode ser acessada aqui.

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As regiões selecionadas atendem a três critérios: são formadas por municípios de grande porte, com mais de 100 mil habitantes; registram alta transmissão de dengue no período 2023-2024; e têm maior predominância do sorotipo DENV-2. Conforme a lista, 16 estados e o Distrito Federal têm cidades que preenchem os requisitos.

A pasta confirmou ainda que serão vacinadas crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra maior número de hospitalizações por dengue. Os números mostram que, de janeiro de 2019 a novembro de 2023, o grupo respondeu por 16,4 mil hospitalizações, atrás apenas dos idosos, grupo para o qual a vacina não foi autorizada.

“A definição de um público-alvo e regiões prioritárias para a imunização foi necessária em razão da capacidade limitada de fornecimento de doses pelo laboratório fabricante da vacina. A primeira remessa com cerca de 757 mil doses chegou ao Brasil no último sábado. O lote faz parte de um total de 1,32 milhão de doses fornecidas pela farmacêutica.”

“Outra remessa, com mais de 568 mil doses, está com entrega prevista para fevereiro. Além dessas, o Ministério da Saúde adquiriu o quantitativo total disponível pelo fabricante para 2024: 5,2 milhões de doses. De acordo com a empresa, a previsão é que sejam entregues ao longo do ano, até dezembro. Para 2025, a pasta já contratou 9 milhões de doses.” 

O esquema vacinal será composto por duas doses, com intervalo de três meses entre elas. O Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público. A Qdenga, produzida pelo laboratório Takeda, foi incorporada ao SUS em dezembro do ano passado, após análise da Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no SUS (Conitec).

Agência Brasil

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

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