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Trinta e um municípios do Piauí receberam a nota máxima nos indicadores de desempenho no Programa Previne Brasil. O Programa, instituído pela Portaria nº 2.979 de 12 de novembro de 2019, é um novo modelo de financiamento à Atenção Primária à Saúde (APS).

O novo modelo de financiamento altera algumas formas de repasse das transferências para os municípios, que passam a ser distribuídas com base em três critérios: capitação ponderada, pagamento por desempenho e incentivo para ações estratégicas.

A proposta tem como princípio a estruturação de um modelo de financiamento focado em aumentar o acesso das pessoas aos serviços da Atenção Primária e o vínculo entre população e equipe, com base em mecanismos que induzem à responsabilização dos gestores e dos profissionais pelas pessoas que assistem.

O desempenho dos municípios do Piauí no ano passado superou o ano de 2022. O Previne Brasil considera o número de pessoas acompanhadas nos serviços de saúde, em especial as pessoas que participam de programas sociais, crianças e idosos; a melhoria das condições de saúde da população com prioridade no tratamento de doenças crônicas como diabetes e redução de mortes de crianças e mães; e a adesão a programas estratégicos, como o Conecte SUS (informatização) e Saúde na Hora, que amplia o horário de atendimento à população.

“Queremos parabenizar nossos municípios pelo empenho em melhorar os índices do Programa Previne Brasil. Quem ganha com essas melhorias é a população que está recebendo um serviço de saúde ainda melhor”, destaca a superintendente de atenção aos municípios, Leila Santos.

Os municípios mais bem colocados do estado foram: Floresta do Piauí, Vila Nova do Piauí, Santo Inácio do Piauí, Guadalupe, Francinópolis, Monsenhor Hipólito, Belém do Piauí, Cocal dos Alves, Caridade do Piauí, Dom Inocêncio, Sebastião Leal, Caldeirão Grande do Piauí, São Félix do Piauí, Boqueirão do Piauí, São João da Varjota, Prata do Piauí, Sussuapara, São Miguel da Baixa Grande, Queimada Nova, Acauã, Boa Hora, Patos do Piauí, Fronteiras, Esperantina, Agricolândia, São João da Canabrava, Barra D'alcântara, Elesbão Veloso, São Francisco de Assis do Piauí, Demerval Lobão e Lagoa do Barro do Piauí.

“Neste ano vamos alinhar, ainda mais, nossos esforços junto com os nossos municípios para que os indicadores do Previne Brasil possam aumentar, e assim trazer mais benefícios em saúde para nossa população”, reforça destaca a gerente da Atenção Primária da Sesapi, Bhássia Barroso.

Confira os indicadores:

Proporção de gestantes com, pelo menos, seis consultas pré-natal realizadas, sendo a 1ª até a 12ª semana de gestação

Em 2022: 17%

Em 2023: 34%

Proporção de gestantes com realização de exames para sífilis e HIV

Em 2022: 53%

Em 2023: 89%

Proporção de gestantes com atendimento odontológico realizado

Em 2022: 45%

Em 2023: 68%

Proporção de mulheres com coleta de citopatológico na APS

Em 2022: 17%

Em 2023: 34%

Proporção de crianças de um ano de idade, vacinadas na APS contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, infecções causadas por Haemophilus influenzae tipo B e poliomielite inativada

Em 2022: 58%

Em 2023: 75%

Proporção de pessoas com hipertensão, com consulta e pressão arterial aferida no semestre Em 2022: 24%

Em 2023: 40%

Proporção de pessoas com diabetes, com consulta e hemoglobina glicada solicitada no semestre

Em 2022: 16%

Em 2023: 36%

Sesapi

A Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi) investiga a morte de uma mulher de 31 anos por suspeita de dengue. A vítima residia em Brasília, mas veio visitar familiares em Alvorada do Gurguéia e foi internada no Hospital de Bom Jesus por conta de sintomas graves da doença.

Uma amostra de material foi colhida e enviada para exames no Laboratório Central de Saúde Pública do Estado (Lacen-PI). A suspeita é que a paciente tenha se infectado com a doença em Brasília, antes de chegar ao Piauí.

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“Essa paciente teve todo sinal clínico compatível com febre hemorrágica por dengue. Sabemos, pela equipe de saúde do município, que há probabilidade da contaminação ter ocorrido em Brasília, porque ela já chegou no estado com sintomas”, afirma Amélia Costa, coordenadora de Epidemiologia da Sesapi.

Para reforçar a estratégia de enfrentamento à dengue em todo o estado, a Sesapi realizou a distribuição de 11 mil testes para detecção da doença para os 224 municípios piauienses, levando em consideração a população e a incidência de casos prováveis.

“É um cuidado para que os municípios não fiquem sem esses testes. Estamos chamando a atenção para todas as autoridades e profissionais de saúde, para um alerta em relação aos casos de dengue no estado do Piauí”, concluiu a coordenadora.

Sesapi

Foto: divulgação

Com o aumento no número de casos e escassez de produtos, muitas pessoas buscam receita caseiras para se proteger contra o mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue. Porém, o médico infectologista Lucas Godoy, do Hospital Santa Helena da Rede D’Or São Luiz, alerta para a falta de comprovação da efetividade dessas preparações. “São necessárias concentrações específicas de certos princípios ativos e, além disso, da manutenção da estabilidade”, explica. Dados do Ministério da Saúde mostram que o Brasil registrou 262.247 casos prováveis da doença até esta segunda-feira (5), com 29 mortes confirmadas e outras 173 em investigação.

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O infectologista ressalta que alguns óleos extraídos de plantas, como a citronela, eucalipto e a lavanda, as receitas que encontramos na internet são, em sua maioria, uma combinação entre os ingredientes naturais e o álcool. “Esses componentes podem causar dermatites e outras reações dermatológicas”, ressalta.

Para Godoy, o melhor caminho é procurar os produtos vendidos em farmácias, já que eles passam por um rigoroso processo de verificação junto aos órgãos competentes, sendo necessários estudos que comprovem sua efetividade.

Ele explica que, no Brasil, os principais princípios ativos desses repelentes são a Icaridina e o DEET. “A concentração ideal de icadirina é acima de 20% e do DEET entre 30–50% (em crianças recomenda-se concentrações menores) para as aplicações aconteçam em um intervalo de 10h de segurança”, explica. O médico ainda acrescenta que concentrações abaixo do padrão necessitam de “reaplicações mais frequentes. ”

Falta de repelente O presidente do Conselho Regional de Farmácia do Distrito Federal, Humberto Lopes, explicou que a atual escassez de repelentes nos estabelecimentos farmacêuticos é resultado da sazonalidade do pico do mosquito da dengue. "Esse cenário tem ocasionado um consumo desproporcional, gerando temporariamente a falta de repelentes nas drogarias locais.", concluiu.

Eliminar focos O infectologista ressalta que a principal ação para o combate à dengue é a eliminação dos focos de proliferação do mosquito Aedes aegypti. “A autonomia de voo do Aedes aegypti ultrapassa dificilmente os 100 metros, por isso, quando alguém contrai a doença o foco pode estar mais perto do que se imagina.”

Godoy explica que a população deve fazer uma vigilância ativa a possíveis locais com água parada. “Até mesmo tampinhas de garrafas podem servir de reservatório”, explica. “Esse mosquito costuma ‘atacar’ no início da manhã e ao final do dia. Por isso atenção redobrada nesses períodos”, ressalta.

Situação do Brasil O painel de monitoramento de arboviroses mostrou que, até sexta-feira (2), o Brasil registrou 262.247 casos prováveis da doença, com 29 mortes confirmadas e 174 em investigação. 54,47% dos pacientes são mulheres, e a faixa etária de 30 a 39 anos é que mais contraiu a doença.

O Distrito Federal tem a maior incidência da doença, seguido pelo Acre, Minhas Gerais. Segundo a ministra Nísia Trindade, os locais mais críticos vão ter prioridade na entrega de vacinas. O governo espera distribuir 6,5 milhões de doses e espera começar a imunização no território nacional.

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Foto: PEDRO VENTURA/AGÊNCIA BRASÍLIA

Distrito Federal, Minas Gerais, Acre e Paraná são as unidades da federação com os maiores índices de incidência de casos de dengue no Brasil, aponta o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde divulgado nesta sexta-feira (2).

Os dados do governo federal compilam as notificações até a semana epidemiológica 4, que se encerrou em 27 de janeiro. Nestas quatro primeiras semanas, foram notificados 243.720 casos prováveis de dengue. Neste período, o Brasil teve 24 mortes confirmadas e 163 estão em investigação.

Os mais de 243 mil casos prováveis já superam o verificado em todo o ano de 2017 (veja série histórica dos casos por ano).

"Quando comparado com o mesmo período de 2023 observa-se um aumento de 273% no número de casos prováveis. As regiões geográficas onde se apresentam os maiores coeficientes de incidência são Centro-Oeste, Sudeste e Sul", afirma o Ministério da Saúde. Os casos foram registrados em mais de 3 mil municípios brasileiros.

Coeficiente x números absolutos O coefiiciente de incidência atual é de 120 casos/100 mil habitantes no país. O coeficiente é diferente do número absoluto: São Paulo tem 39 mil casos, mas, de forma proporcional em relação ao total da população, a situação é mais grave no Acre, que teve menos de 3 mil notificações.

O Acre está em situação de emergência por conta da dengue desde o início de janeiro.

O estado de Minas Gerais também está, desde 27 de janeiro, em situação de emergência em saúde pública por causa da alta incidência de casos de dengue e chikungunya.

Nesta sexta, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, afirmou que a cidade vive uma epidemia de dengue. O município registrou 44,2% dos casos de dengue notificados em todo o ano passado apenas no mês de janeiro deste ano.

Ações do governo federal Na quinta-feira (1º), o Ministério da Saúde anunciou a criação de um centro de operações de emergência de combate à dengue. Haverá a participação de representantes de estados, municípios e outros ministérios.

Em outra frente, o Ministério da Defesa se colocou à disposição dos estados para enviar militares para ajudar no enfrentamento à dengue. O Distrito Federal, que teve um aumento significativo no número de casos, já pediu o apoio dos militares.

Vacinação O avanço da dengue ocorre em meio à expectativa pelo início da vacinação. O Ministério da Saúde informou que a previsão é a de que a distribuição das vacinas aos estados comece na semana que vem.

O imunizante foi desenvolvido por um laboratório japonês é o segundo aprovado pela Anvisa e o primeiro a ser incorporado ao Programa Nacional de Imunizações.

A atual campanha é tem como público-alvo a faixa etária de 10 a 14 anos em 521 cidades do Brasil. O número representa apenas 10% das cidades no país.

Nesta semana o Instituto Butantan publicou estudo em revista científica que afirma que sua vacina de dose única é eficaz (79,6% de eficácia contra casos da doença). O pedido de aprovação deve ser enviada à Anvisa neste ano e uso pode começar em 2025.

Casos de dengue - série histórica 2010 - 1.011.548 casos

2011 - 739.370

2012 - 589.591

2013 - 1.454.871

2014 - 589.107

2015 - 1.688.688

2016 - 1.483.623

2017 - 239.389

2018 - 262.594

2019 - 1.545.462

2020 - 948.533

2021 - 531.922

2022 - 1.420.259

2023 - 1.658.816

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