Em algum momento todos nós morremos. No entanto, por razões diferentes. As causas mais comuns de morte incluem doenças cardiovasculares, como derrames e ataques cardíacos. O estilo de vida tem uma influência significativa.
Um estudo publicado no JAMA Network Open descobriu que, em comparação com os homens, as mulheres têm um risco aumentado de morrer de doenças cardiovasculares se fumarem muito maconha. Detalhes do estudo A análise avaliou dados de cerca de 121 mil pessoas, incluindo 66 mil mulheres e 55 mil homens. Quando os primeiros dados foram coletados, os participantes tinham em média 55 anos.
No geral, 3,8% dos homens e 1,9% das mulheres relataram que eram usuários pesados de cannabis, o que foi definido como “uso diário ou quase diário por pelo menos alguns meses”.
Esses indivíduos tendiam a ser mais jovens e fumar tabaco. Eles eram menos propensos a beber álcool ou apresentar hipertensão, dislipidemia, obesidade ou diabetes.
Ao longo do estudo, 2,53% dos homens e 1,45% das mulheres morreram. Entre os homens, 0,57% dessas mortes foram de doenças cardiovasculares e 1,36% foram de câncer.
Entre as mulheres, 0,19% das mortes foram de doenças cardiovasculares e 0,99% foram de câncer.
Ingrediente ativo da cannabis como fator de risco para doenças vasculares Segundo os pesquisadores, é totalmente plausível que a cannabis possa piorar doenças cardiovasculares. O ingrediente ativo THC podem contribui para a inflamação, disfunção endotelial e desenvolvimento de aterosclerose.
Outro fator contribuinte pode ser a maior exposição ao monóxido de carbono através do fumo de cannabis, levando a níveis mais altos de carboxihemoglobina no sangue.
Ainda não está claro por que as mulheres são mais afetadas que os homens. Os pesquisadores acreditam que os hormônios sexuais desempenhem um papel.
O diagnóstico de câncer tem um impacto significativo na trajetória do indivíduo. Medos, incertezas e desconfortos físicos causados pela doença e seu tratamento passam a ocupar lugar central na vida do indivíduo.
O sofrimento abrange diversas dimensões e usamos o termo em inglês “distress”, definido como uma experiência multifatorial desagradável e angustiante, de natureza psicológica (cognitiva, comportamental e emocional), social, espiritual e/ou física que pode interferir na habilidade de lidar efetivamente com o câncer, seus sintomas físicos e tratamentos.
É fundamental que as campanhas nacionais de Outubro Rosa e Novembro Azul foquem sempre na importância dos cuidados integrais da saúde mental, essencial para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes e também para o maior eficácia do tratamento e prognóstico melhor com maiores taxas de sobrevida.
O sofrimento pode ir desde a percepção da própria vulnerabilidade, tristeza, fantasias e medo ante o desconhecido, sendo considerado uma resposta natural da pessoa que vivencia a doença e seu tratamento, até reações mais intensas levando a um distúrbio psiquiátrico diagnosticável. Em cerca de 1/3 dos pacientes com “distress” significativo ocorre a evolução para depressão, ansiedade, transtorno de ajustamento e transtorno do estresse pós-traumático.
Ainda, por questões de preconceito e estigma, temos uma baixa procura por suporte psíquico dos pacientes oncológicos. Os principais fatores incluem: 1) baixo interesse dos próprios pacientes em discutir questões emocionais já que privilegiam os sintomas físicos; 2) conhecimento insuficiente do tipo de apoio que pode receber; 3) medo de ser estigmatizado; 4) paciente aguarda que o oncologista aborde o assunto.
Alguns oncologistas relutam em discutir aspectos emocionais por entenderem sintomas somáticos depressivos como secundários ao câncer. Em algumas situações, os sintomas depressivos e ansiosos são até considerados reações normais e isso impede o diagnóstico e tratamento corretos aumentando diversos riscos envolvidos.
Segundo um estudo com 21 mil pacientes, a taxa de depressão pode variar entre 2% a 56% dos pacientes, enquanto 44% dos pacientes sofrem de algum grau de ansiedade e 23% têm sofrimento significativo. As maiores prevalências de depressão ocorrem em pacientes com câncer de pulmão (13%), câncer ginecológico (10,9%) e câncer de mama (9,3%). Mulheres mais pobres, jovens e isoladas são as mais afetadas. A depressão ocorre mais no primeiro ano após o diagnóstico.
Em um estudo com 4,7 milhões de pacientes com câncer, 2491 pacientes cometeram o suicídio e o risco de suicídio foi 2,7 vezes maior nos primeiros 6 meses após o diagnóstico.
Infelizmente, dentro desse contexto, observamos mulheres que enfrentam essa luta, seja contra o câncer ou contra a depressão sem o apoio de seu companheiro. Recentemente, tivemos na imprensa o caso da cantora Preta Gil, que precisou lidar com o abandono do marido nessa fase super difícil. E isso está longe de ser uma exceção: segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia, 70% das mulheres diagnosticadas com câncer lidam com o abandono do parceiro durante o tratamento. Isso deixa claro que há falta de reciprocidade aos cuidados que as mulheres cuidadoras dispensam aos seus maridos quando eles adoecem, demonstrando a faceta de uma sociedade machista ou mesmo da fragilidade e confiabilidade do relacionamento que se supunha ser sólido.
O fato de que a rede de apoio é fundamental torna-se irrefutável para o enfrentamento de todos os desafios após o diagnóstico e também durante o tratamento. A rede de apoio ajuda a mulher a enfrentar os inúmeros desafios físicos e mentais da doença, ajudando-as no aumento da resiliência. Pensemos nisso!
Nosso corpo precisa de 2,4 microgramas de vitamina B12 diariamente para realizar funções importantes. Acontece que não conseguimos B12 por conta própria, portanto, ela precisa vir por meio de alimentos e suplementos. Quando alguém não consome essa vitamina suficiente, o corpo reage à sua deficiência de várias maneiras.
Confira alguns sintomas incomuns de deficiência de vitamina B12:
Dormência nos membros Uma deficiência grave de vitamina B12 pode causar dormência nos nervos. Isso acontece devido à neuropatia periférica em que os nervos são danificados. A vitamina B12 tem um papel importante na produção de neurotransmissores e a falta dela afeta a transmissão nervosa.
Dificuldade em andar As pessoas que têm níveis extremamente baixos de vitamina B12 podem ter dificuldade em andar de maneira adequada. Esta é outra consequência do dano do nervo periférico. Devido à dormência nos membros, especialmente nos pés, fica difícil para andar corretamente.
Inchaço na língua A falta de vitamina B12 pode levar à glossite. Esta é uma condição em que a língua incha e muda de cor. Parece mais avermelhada. A pessoa também experimenta coceira inexplicável e sensação de queimação na boca.
Problemas de memória A falta de vitamina B12 leva a dificuldades cognitivas e afeta o raciocínio e a capacidade de pensamento, principalmente devido à interrupção dos neurotransmissores.
A perda de memória é um sintoma clássico de deficiência de vitamina B12 que muitas pessoas ignoram.
O uso de Cannabis pode levar ao adelgaçamento do córtex cerebral em adolescentes, de acordo com um estudo recente publicado no The Journal of Neuroscience. As descobertas foram feitas através da colaboração de pesquisadores de duas instituições The Centre Hospitalier Universitaire Sainte-Justine e Université de Montréal.
Segundo os especialistas, o THC substância psicoativa encontrada na Cannabis causa o encolhimento da arborização dendrítica, a "rede de antenas" dos neurônios, cujo papel é crítico para a comunicação entre os neurônios. Consequentemente, isso causa a atrofia de algumas regiões do córtex cerebral, que pode ser prejudicial para pessoas ainda passando pela maturação para a fase adulta.
Se fizermos a analogia do cérebro como um computador, os neurônios seriam o processador central, recebendo todas as informações através das sinapses através da rede dendrítica, explica Tomas Paus, professor de psiquiatria e neurociência da Université de Montréal.
Portanto, uma diminuição na entrada de dados no processador central pelos dendritos torna mais difícil para o cérebro aprender coisas novas, interagir com pessoas, lidar com novas situações, etc. acontecer na vida de um jovem."
Essa conclusão foi feita após a análise de imagens de ressonância magnética (IRM) dos cérebros de adolescentes. Previamente, os pesquisadores já haviam descoberto que jovens que usam Cannabis antes dos 16 anos têm um córtex cerebral mais fino, porém, não sabiam o que causava esse fenômeno.
Com as limitações do do IRM, os especialistas também introduziram um modelo de pesquisa realizado em ratos, do time de Graciela Pineyro, professora do Departamento de Farmacologia e Fisiologia da Université de Montréal.
O modelo permitiu demonstrar que o THC modifica a expressão de certos genes que afetam a estrutura e função das sinapses e dendritos, explica Pineyro, O resultado é a atrofia da arborescência dendrítica que poderia contribuir para o adelgaçamento observado em certas regiões do córtex.
Esse mesmo gene observado em ratos também estava presente nas regiões corticais mais finas de adolescentes que experimentaram Cannabis. Portanto, juntando as duas informações, os pesquisadores foram capazes de chegar à conclusão do estudo.
O objetivo da pesquisa, além de investigar as mudanças decorrentes do uso da Cannabis, também era de analisar como a substância afeta a maturação cerebral e a cognição. De acordo com os pesquisadores, as descobertas podem auxiliar no desenvolvimento de medidas eficazes de saúde pública futuramente.