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Era evidente que o menino de seis anos sentado em frente a Douglas Tynan, psicólogo de crianças e adolescentes em Delaware, não tinha transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH). Tynan estava seguro disso, mas o professor do garoto segundanista não concordava.

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Ele não prestava atenção na aula, mas em casa seu comportamento não era anormal para uma criança de sua idade. O menino, que adora ler, contou a Tynan que gosta de levar seus livros para a escola porque os da sala de aula são muito fáceis.

O que o professor não considerou foi a possibilidade de o menino ser superdotado do ponto de vista acadêmico, como sua mãe tinha sido quando criança, observou o psicólogo. (Estudos têm demonstrado que é menos provável que as crianças negras, como a que estava em seu consultório, sejam identificadas e direcionadas para programas voltados para alunos superdotados.)

Outros testes foram feitos com o menino, revelando que Tynan estava certo: não era por causa do TDAH que ele não prestava atenção na aula, mas sim porque estava entediado.

O TDAH é um transtorno do neurodesenvolvimento que começa na infância e, geralmente, envolve falta de atenção, desorganização, hiperatividade e impulsividade, causando problemas em dois ou ma

O paciente deve se submeter a uma avaliação cuidadosa para evitar que seja diagnosticado com TDAH por engano ou que a condição não seja identificada quando ela de fato existir.

A seguir, alguns dos problemas mais comuns que podem ser confundidos com o TDAH.

Transtornos de comportamento e humor Condições relacionadas à saúde mental, como ansiedade, depressão ou transtorno opositor desafiador, podem apresentar sintomas parecidos com os do TDAH, como a falta de concentração ou de motivação, atitudes negativas ou dificuldade para planejar e completar tarefas, explicou Max Wiznitzer, neurologista pediátrico do Hospital Rainbow para Bebês e Crianças, em Cleveland, e especialista em TDAH.

Mas esses sintomas – tanto em crianças quanto em adultos – podem coincidir com uma variedade de outras características e transtornos. De fato, a dificuldade de concentração é uma das manifestações mais comuns listadas no manual diagnóstico da Associação Americana de Psiquiatria e está relacionada com 17 diagnósticos, de acordo com um estudo publicado em abril.

Isso é válido para adultos e crianças. Entre os pacientes de Wiznitzer, é a ansiedade que mais se confunde com o TDAH. “Uma pessoa com ansiedade pode se concentrar? Não. O motivo dessa falta de foco não é a mesma coisa que o TDAH, mas o resultado final, sim”, disse ele. E, para complicar ainda mais, é comum que quem tem TDAH também sofra de um transtorno de comportamento ou de humor.

Uso de substâncias O uso intenso de substâncias pode provocar falta de concentração, hiperatividade e outros problemas. Se alguém usa drogas durante anos e depois comenta com um médico que houve declínio em sua capacidade cognitiva – como dificuldade para prestar atenção, reter informações ou se lembrar de coisas –, é de extrema importância observar há quanto tempo a pessoa apresenta esses sintomas, afirmou David Goodman, professor assistente de psiquiatria e ciências comportamentais na Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins, acrescentando que, se os sintomas não se manifestarem antes dos 12 anos, o paciente não atende aos critérios para o diagnóstico de TDAH.

Um estudo de 2017 descobriu que cerca de 95 por cento dos participantes que começaram a apresentar sintomas parecidos com os do TDAH a partir dos 12 anos não tinham o transtorno, por mais que apresentassem resultados positivos nas listas de verificação de sintomas. Entre aqueles que exibiam manifestações debilitantes, o motivo mais comum era, na verdade, o abuso de substâncias, seguido por transtornos como depressão e ansiedade.

Problemas de sono Os adultos precisam dormir entre sete e nove horas por noite, e os adolescentes e crianças pequenas, ainda mais. Mas, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças, mais de um terço dos adultos americanos – e cerca de 77 por cento dos estudantes do ensino médio – não dormem o bastante.

Alguns estudos indicaram que a privação de sono afeta a capacidade de pensar claramente e de executar determinadas tarefas, além de ter um impacto negativo no humor.

Um estudo amplo revelou que pessoas que costumavam dormir entre três e seis horas apresentaram piores resultados em testes cognitivos que mediam a capacidade do cérebro de reter informações e no tempo que levavam para completar uma tarefa. Essas deficiências se parecem com sintomas comuns do TDAH, como lentidão mental, esquecimento ou o hábito de deixar tarefas inacabadas.

Distração digital Qualquer pessoa que tenha um smartphone é constantemente bombardeada por mensagens de texto, notificações e oportunidades para ficar na tela; isso pode fazer parecer que nossa atenção está sempre sendo desviada ou que nossa capacidade de concentração diminuiu. Mas isso não significa que todos temos TDAH.

Quando afastada das telas, uma pessoa neurotípica pode se concentrar melhor, enquanto alguém com TDAH ainda vai ter dificuldades para se concentrar, mesmo que as distrações externas sejam eliminadas, destacou Goodman.

As pesquisas sobre o tema sugerem que as pessoas que se consideram usuárias intensas de tecnologia digital são mais propensas a relatar sintomas de TDAH, mas que nem todas têm o transtorno.

Condições físicas e estresse Os terapeutas e pesquisadores especializados no transtorno dizem que é importante fazer uma avaliação médica antes de apresentar um diagnóstico de TDAH, porque há uma ampla variedade de doenças que podem levar a sintomas parecidos com os da condição, como falta de atenção, problemas de memória ou confusão mental, que podem fazer com que as pessoas se sintam mais lentas, se distraiam com facilidade ou esqueçam muitas coisas.

Alguns exemplos são as lesões cerebrais, as doenças crônicas como a fibromialgia ou a síndrome da taquicardia postural ortostática, o diabetes, as cardiopatias ou os distúrbios endócrinos como o hipotireoidismo.

O estresse – tanto o crônico como o agudo – também pode ser confundido com o TDAH, já que pode dificultar o planejamento, a organização e a autorregulação.

Como saber se você tem TDAH? Um diagnóstico preciso de TDAH envolve vários passos: uma entrevista com o paciente, prontuário médico, histórico de desenvolvimento, questionários de sintomas e, se possível, conversas com outras pessoas próximas do paciente, como o cônjuge ou professores.

Os questionários por si sós não bastam. Um estudo descobriu que, quando adultos preenchiam uma escala diagnóstica de TDAH, muitas vezes eram identificados como pacientes com a condição, mesmo que não tivessem o transtorno.

Pode ser mais difícil diagnosticar TDAH em adultos porque eles já têm um histórico de vida mais longo, o que implica um maior número de fatores que agravam o quadro, frisou Margaret Sibley, professora de psiquiatria e ciências comportamentais da Faculdade de Medicina da Universidade de Washington, em Seattle. Além disso, não há diretrizes de prática clínica nos Estados Unidos para diagnosticar e tratar pacientes em etapas posteriores à infância, o que fez com que muitos pacientes recorressem a sites em busca de diagnósticos e tratamentos rápidos.

Outros tentam desvendar os sintomas por intermédio de pesquisas nas redes sociais. “Está surgindo uma tendência ao autodiagnóstico e ao questionamento da necessidade de um diagnóstico médico. Mas é preciso ter cuidado, porque, com um autodiagnóstico incorreto, você pode não ter a solução adequada para seus problemas”, alertou Sibley. Portanto, uma avaliação completa é o mais aconselhável. Ela sugeriu começar com um clínico geral e depois consultar um profissional de saúde mental.

Tynan comentou que, primeiramente, costuma presumir que o paciente não tem TDAH e então tenta analisar quais outros fatores podem causar seus sintomas. “Se encontro provas contundentes de ansiedade, depressão e TDAH, devo questionar: ‘O que está se passando aqui?’”

Christina Caron, do The New York Times

Foto: Vartika Sharma/The New York Times

Crianças e adolescentes que mudam de residência diversas vezes antes dos 15 anos possuem 40% mais chances de desenvolver depressão na fase adulta. Este é o resultado de um estudo recente publicado na revista científica Jama Psychiatry.

A pesquisa investigou os locais de residência de quase 1,1 milhão de pessoas nascidas na Dinamarca entre 1981 e 2001, que permaneceram no país durante os primeiros 15 anos de suas vidas.

Ao acompanhar esses indivíduos até a fase adulta, os pesquisadores descobriram que pelo menos 35 mil deles, ainda residentes na Dinamarca, receberam diagnóstico de depressão.

Como as mudanças frequentes impactam a probabilidade de depressão? O estudo revelou, pela primeira vez, uma conexão entre as mudanças frequentes durante a infância, independentemente se ocorreram em bairros de baixa ou alta renda, e a maior probabilidade de desenvolver depressão na idade adulta.

Além disso, a análise indicou que quanto mais frequentes são essas mudanças, maior é o risco.

Crianças que se mudam uma vez entre 10 e 15 anos têm 41% mais chances de serem diagnosticadas com depressão comparadas àquelas que não se mudam. Aqueles que se mudam duas ou mais vezes nesse período apresentam um risco 61% maior.

Por que um ambiente estável é importante para a saúde mental das crianças? Os pesquisadores concluíram que crescer em um ambiente doméstico estável, em termos de localização, pode servir como uma proteção contra transtornos de saúde mental.

Clive Sabel, professor de Big Data e Ciência Espacial da Universidade de Plymouth e principal autor do estudo, afirmou que esta é a primeira evidência que sugere que mudar para um novo bairro durante a infância está entre os fatores que levam ao diagnóstico de doenças mentais.

Sabel destaca que os dados obtidos podem representar apenas uma fração do impacto total.

Quais são os outros riscos associados às mudanças frequentes? Os resultados do estudo dinamarquês reforçam evidências anteriores de que crianças que mudam de residência frequentemente desde o nascimento até a metade da adolescência têm maior probabilidade de enfrentar resultados adversos, como tentativa de suicídio, criminalidade violenta, doenças mentais e abuso de substâncias.

Sabel observa que durante a infância, as crianças estão construindo suas redes sociais através da escola, grupos esportivos e outras atividades. Cada mudança exige uma adaptação a novos ambientes, o que pode ser perturbador e exigir novas estratégias para ajudar as crianças a superar esses desafios.

Embora o estudo tenha analisado apenas indivíduos dinamarqueses, os pesquisadores acreditam que resultados semelhantes podem ser encontrados em outras partes do mundo.

Quais são os sinais de depressão? Sentimentos pessimistas; Excesso de reclamação; Tristeza persistente; Perda de interesse por atividades que costumavam ser agradáveis; Mudanças no apetite ou peso; Ter dificuldade em dormir (insônia) ou dormir excessivamente (hipersonia); Sentimentos de culpa ou inutilidade; Irritabilidade; Falta de autocuidado; Cansaço intenso. É possível ainda que esses sintomas estejam associados a outros sintomas psíquicos, como ataques de pânico e ansiedade.

Se você ou alguém que você conhece apresenta esses sintomas, é importante buscar ajuda profissional. Consulte um psicólogo para uma avaliação adequada e orientação sobre o tratamento.

Catraca Livre

A partir desta quinta-feira, dia 1º de agosto, as consultas, exames e cirurgias eletivas de pacientes em hospitais da rede estadual de saúde passam a ser agendadas exclusivamente pelo Sistema Estadual de Regulação (Regula Piauí). O objetivo é a distribuição de vagas de forma proporcional, garantindo o acesso aos serviços do SUS para todos os piauienses.

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O Sistema Estadual de Regulação já estava disponível para todos os municípios do estado desde junho. Com exceção de Teresina, as demais secretarias municipais já migraram para o novo sistema e estão aptas a fazer o agendamento após atendimento na atenção básica.

No caso de Teresina e visando assegurar que nenhum paciente seja prejudicado a partir desta quinta, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) dará suporte nos hospitais estaduais que realizam consultas para a Fundação Municipal de Saúde (FMS) como Hospital Getúlio Vargas (HGV), Hospital da Polícia Militar (HPM), Hospital Infantil Lucídio Portella, Hospital Natan Portella, Hospital do Mocambinho, Hospital Areolino de Abreu e a Nova Maternidade Dona Evangelina Rosa.

"Quem chegar nesses hospitais com consultas agendadas sem ser pelo Regula Piauí, a partir desta quinta, fará a revalidação no próprio hospital, de forma que ninguém fique sem atendimento. Basta levar o documento que comprova o agendamento. Não será de forma alguma bloqueado o atendimento, apenas a data que foi colocada pela prefeitura pode não ser a mesma no estado", garante o secretário de saúde, Antonio Luiz.

O gestor afirmou que várias reuniões foram realizadas com a FMS sobre o sistema de regulação estadual, no entanto, nenhuma obteve sucesso. "O intuito era fazer uma transição mais confortável. O que podemos informar para a população é o que o único sistema que deverá ser utilizado pelos secretários municipais de saúde é o sistema de regulação estadual, que nós estamos chamando de Regula Piauí", disse, ressaltando que qualquer marcação que Teresina faça não é vista no sistema pelos hospitais estaduais aqui na capital.

"É preciso que a pessoa, que tenha alguma marcação feita pelo município de Teresina, procure o hospital que teve a consulta marcada e lá fazer uma validação de acordo com as vagas disponíveis para Teresina utlizando o critério populacional", reforça o secretário.

Ainda segundo Antonio Luiz, o Regula Piauí distribui de forma mais igualitária as vagas entre os municipios. "Tratamos os municipios por critério populacional ofertando as vagas que eles têm direito, evitando qualquer ingerência", finaliza.

Foram em vão as diversas estratégias para ficar em forma e contentou-se com a fama de "gordinho saudável"? Saiba que essa estratégia não faz bem para saúde! O estudo disponível no Journal of the American College of Cardiology diz que obesos metabolicamente saudáveis lidam com alto risco de doenças cardiovasculares.

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Saiba o perigo que há entre os obesos metabolicamente saudáveis Pesquisadores da Universidade de Birmingham, da Inglaterra, checaram mais de 3,5 milhões de pessoas por mais de 5 anos pelos registros eletrônicos de saúde entre 1995 a 2015 presentes na THIN (The Health Improvement Network).

Assim, os resultados mostraram que mesmo que um sujeito não tenha colesterol e triglicérides alterados, diabetes ou hipertensão, os obesos lidam com alto risco de desenvolver muitas doenças cardiovasculares.

O comentário do especialista "Isso é uma coisa que nós notamos na prática a nível de consultório. Percebemos que os pacientes obesos evoluem com mais complicações. São pacientes que se tornam mais diabéticos", concluiu em entrevista exclusiva para o Sport Life o cardiologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Dr. Hélio Castello.

Como combater a obesidade? "Restrinja o seu intervalo de alimentação a uma janela de 6 a 8 horas. Não conte calorias, apenas alimente-se normalmente das 12h às 18h ou das 12h às 20h. Se preferir se alimentar no período da manhã, respeite seu relógio biológico na escolha da janela 8h-14h ou 08h-16h", comentou a endocrinologista Dra. Tassiane Alvarenga.

Tassiane pontuou que independente da modalidade da dieta, o ideal é comer mais fibras e mais plantas, isto é, uma boa ingestão de plantas garante mais tipos de bactérias para o intestino e menor risco de doenças metabólicas como diabetes no futuro.

"A palavra Dieta vem do grego e quer dizer 'modo de viver a vida', portanto, escolha não apenas o que você prefere para emagrecer, mas sim para manter o peso perdido. Resumindo, comece como você quer continuar", finalizou a Dra. Tassiane Alvarenga.

terra.com

Foto: Shutterstock / Sport Life